A disputa ao governo de São Paulo em 2022 tem dois campos muito bem definidos: um mais à esquerda e outro mais à direita. De acordo com a mais recente pesquisa Exame/Ideia, em uma simulação de primeiro turno, Geraldo Alckmin (PSDB) tem 19% nas intenções de voto, Fernando Haddad (PT), 16%, Márcio França (PSB) aparece com 15%, e Guilherme Boulos (PSOL) tem 14%. Os quatro nomes estão tecnicamente empatados, dentro da margem de erro.
O pesquisa Exame/Ideia ouviu 2.000 pessoas entre os dias 23 e 26 de agosto. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem é um projeto que une Exame e o Ideia, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A margem de erro é de 1,75 ponto porcentual para mais ou para menos.
Maurício Moura, fundador do IDEIA, explica que a eleição para o governo do estado mais rico do Brasil tem uma direita com um maior número de candidatos, e uma esquerda com uma vaga praticamente certa no segundo turno.
“Nós temos Alckmin e França representando uma ala mais à direita. Ambos recebem mais intenções de votos no interior do estado. Já Haddad e Boulos, mais para à esquerda, conseguem conquistar a maior parte do eleitor da capital e da região metropolitana”, afirma.
Ainda faltam algumas peças a serem definidas da corrida eleitoral ao Palácio dos Bandeirantes. Está mais forte a convergência de uma candidatura única da esquerda, unindo Boulos e Haddad, o que os levaria praticamente direto ao segundo turno, muito provavelmente em primeiro lugar.
Outro ponto é a saída de Alckmin do PSDB. A mudança mais provável é para o PSD, o que deve modificar as forças políticas no estado. Há uma tendência que este movimento do ex-governador também reflita no interior, com muitos deputados e prefeitos o seguindo para a nova legenda.