As regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram, no mês de dezembro de 2014, os maiores crescimentos na quantidade de pessoas com dívidas em atraso no país, em relação a dezembro de 2013. Os aumentos foram de 5,41% e de 5,03%, respectivamente ― bem acima da média nacional divulgada na semana passada, de 3,45%. O dado é do Indicador Regional de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Na outra ponta, a região Nordeste registrou crescimento inferior à média do país: de 1,70%. Norte e Sul registraram, respectivamente, altas de 3,66% e 3,58%. Assim como ocorrido nos meses anteriores, a região Sudeste foi a que teve a maior participação no número total de pessoas inadimplentes no Brasil (40,35%), seguida pelo Nordeste (26,04%), Sul (12,92%), Norte (8,89%) e Centro-Oeste (7,78%).
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, não houve mudanças significativas no ranking de participação de pessoas inadimplentes em relação ao que foi observado no mês anterior. As regiões Sudeste e Sul contribuíram, respectivamente, com 2,14 e 0,46 pontos percentuais para o crescimento de 3,45% no crescimento de pessoas inadimplentes em todo o país.
Já Norte e Centro-Oeste tiveram um impacto menor na alta nacional, com contribuições de 0,32 e 0,39 pontos percentuais, respectivamente.
Comunicação lidera dívidas na maior parte das regiões
A abertura dos dados por setor credor da economia mostra que o segmento de Comunicação (telefonia, internet, TV a cabo, entre outros serviços) lidera o crescimento no número de dívidas no Brasil. Em dezembro de 2014, o número de dívidas deste segmento cresceu 16,11% na média nacional, em relação ao mesmo mês no ano anterior.
No Norte, a alta deste segmento foi de 37,18%. Em segundo lugar para o Brasil aparece o setor de Água e Luz, com alta 7,73%. Para Marcela Kawauti, outro setor que merece destaque é o Comércio, que em dezembro registrou queda no número de dívidas (-1,01%) para o país como um todo, na comparação com dezembro de 2013. No Nordeste, esse número foi de -4,56%. O setor de Bancos é o que apresenta maior participação no total das dívidas no Brasil, concentrando 46,39%.