O Governo provisório de Michel Temer vai suspender a contratação de 2 milhões de novas unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida 3, lançado pela presidenta Dilma, em março desse ano. O anúncio foi dado pelo ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo, do PSDB. A ação, contrária às conquistas adquiridas nos últimos 13 anos, ocorre logo após Bruno Araújo ter cancelado 35.606 na modalidade de construção por intermédio dos movimentos populares.
“Esse governo provisório e sem voto está acabando com o Brasil. Agora, querem destruir o maior programa de habitação que este país já teve, o Minha Casa Minha Vida. É muita maldade para tão pouco tempo de governo, acabar com o sonho de 2 milhões de famílias que iriam ganhar a casa própria”, relatou o líder do Governo Dilma no Senado, Humberto Costa.
A presidenta Dilma Rousseff anunciou o MCMV 3 em março desse ano, e previa a construção de 2 milhões de unidades, com investimentos de cerca de R$ 210,6 bilhões, sendo R$ 41,2 bilhões do Orçamento-Geral da União. Nessa terceira etapa, estavam previstas, também, a criação da faixa intermediária chamada de “Faixa 1,5” para famílias com renda até R$ 2.350,00, com subsídios de até R$ 45 mil para a compra de imóveis, de valor até R$ 135 mil.
O Minha Casa Minha Vida já contemplou mais de 2,6 milhões de famílias, beneficiando 10,5 milhões de pessoas. Além disso, outras 1,586 milhão de casas já estão sendo construídas. Já foram investidos quase R$ 300 bilhões desde 2014. Em Pernambuco, o investimento do MCMV foi de R$ 8,714 bilhões, entregando moradias para mais de 79.340 famílias.