Do G1
No primeiro dia de votação do pacote de austeridade do Governo do Estado do Rio de Janeiro, servidores de várias categorias protestaram diante do Palácio Tiradentes, no Centro, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Por volta das 13, os manifestantes jogaram bombas na direção da Alerj e os policiais revidaram. No interior do Palácio Tiradentes o clima era tenso e deputados temiam que a Casa fosse invadida pelo grupo.
Ao menos 50 bombas foram arremessadas pela polícia. Ativistas responderam com pedras e morteiros. O spray de pimenta chegou até no plenário.
A confusão acontece a poucos metros do fórum, onde o clima de desespero também tomou conta. Advogados corriam para tentar escapar do confronto.
Entre várias pautas, os manifestantes protestam contra os problemas no pagamento da categoria e contra as medidas de arrocho propostas pelo Governo do RJ para tentar regularizar as contas públicas.
Por volta das 11h30, a Rua Primeiro de Março foi interditada ao tráfego de veículos, assim como a Avenida Presidente Antônio Carlos. No mesmo horário o trânsito era desviado para a Avenida Almirante Barroso e havia retenções na região. Agentes da CET-Rio atuam nos principais pontos de bloqueio.
A segurança foi reforçada por homens da Força Nacional e da Polícia Militar. Barreiras formadas por grades seguem instaladas na frente da construção para proteger o prédio.
O calendário de votações foi definido na última semana e as votações devem seguir até o próximo dia 15. Também ao longo da última semana, os parlamentares discutiram na Casa todos os projetos encaminhados pelo Palácio Guanabara e acrescentaram mais de 700 emendas às propostas.
Segundo o Centro de Operações, por conta da interdição, os motoristas podem optar pelos túneis Santa Bárbara e Rebouças e pelo Aterro do Flamengo, que apresentam boas condições de tráfego.
Inicialmente, o pacote previa a economia de R$ 27 bilhões. Com o corte de algumas das medidas, as resoluções preveem economia de R$ 11 bilhões.
Nesta terça os temas são relativamente simples para os deputados. Isso porque serão votados os projetos que tratam da redução do salário do governador, vice-governador e secretários. Também será submetido ao plenário da Casa a proposta que cria de um mecanismo de intimação eletrônica da Fazenda Estadual.
No mesmo dia, os parlamentares votarão, em sessão extraordinária, duas medidas para reduzir gastos no Parlamento. São elas: o fim da frota de veículos oficiais da Alerj e a mudança no horário de sessões solenes. Juntas, as duas medidas devem resultar numa economia de R$ 26 milhões, segundo cálculos da Casa.
Antes de cada votação, as propostas serão discutidas em reuniões dos líderes partidários, com a participação de representantes do governo, servidores e da sociedade civil que sejam impactados pelas medidas
Os dias de discussão dos projetos enviados pelo Governo do RJ foram marcados pelas manifestações. No dia 16 de novembro, manifestantes derrubaram as grades diante do prédio e a PM usou bombas durante um protesto.
No dia oito de novembro, manifestantes que estavam protestando contra o pacote de austeridade do governo estadual na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) invadiram o local. O grupo arrancou os tapumes que estão diante do Palácio Tiradentes, e, após confusão e correria, teve acesso ao plenário da assembleia e subiu na mesa da presidência.