Shows: secretário indignado com acusações de propina

Do JC Online

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Durante debate promovido neste sábado (25) pelo pograma Mesa de Bar, da Rádio Jornal, o secretário de Turismo do Estado, Felipe Carreras, se exaltou ao comentar as denúncias feitas pelos cantores André Rio e Cezzinha de cobrança de percentuais dos cachês dos artistas de Pernambuco para que eles se apresentem em eventos públicos. As acusações vieram à público nesta semana, através de áudios de um grupo fechado no Whatsapp que vazaram. Durante a transmissão, Carreras disse que está “indignado” com as informações e que faz questão que a Polícia Civil apure o caso com rigor.

De acordo com o secretário, o governo do Estado sempre esteve aberto para dialogar com os artistas. Ele disse ainda que tem conhecimento de várias queixas feitas pela categoria e que várias delas são legítimas. “O governo sempre esteve de portas abertas para os artistas pernambucanos e sabemos que várias das queixas que a classe tem a fazer são legítimas, mas recebemos com indignação a informação de que pessoas sérias de vários órgãos foram colocadas sob suspeita de cobrança de propina. André Rio agora fala de produtores do interior, mas não deixa de nos citar como corresponsáveis. Nossas imagens estão sendo maculadas”, afirmou.

O secretário disse ainda que espera que todos os fatos denunciados pelos artistas sejam apurados pela polícia. “É bom que fique claro que que ontem (24) eu fui pessoalmente à Secretaria de Defesa Social pedir a abertura de um inquérito para que, caso exista algum culpado, este seja punido”, cravou o titular da pasta do Turismo. Neste sábado (25), a assessoria de comunicação da Polícia Civil confirmou o recebimento do pedido e disse que na próxima segunda (27) o chefe da corporação, Antônio Barros, encaminhará a abertura do inquérito.

Questionado por Carreras se já havia recebido alguma proposta de propina de algum representante da Empetur ou da Fundarpe, o cantor André Rio foi categórico. “Não”, disse, mas completou dizendo que as propostas sempre vieram de empresários e de representantes de prefreituras do interior. O artista afirmou ainda que, quando falou em corresponsabilidade do governo, referia-se ao fato de que o governo não teria a preocupação de fiscalizar como as prefeituras estariam usando as verbas destinadas à cultura repassadas à elas pelo Estado. “Temos que construir uma política mais forte. Não estou acusando ninguém, mas dizer que a responsabilidade é apenas das prefeituras é muito fácil”, afirmou o cantor.