Executivos da área internacional da Odebrecht afirmaram em suas delações premiadas que pessoas próximas a Hugo Chávez receberam dinheiro ilegal da empreiteira, na Venezuela.
Não há na delação relato de nenhuma ilegalidade cometida pessoalmente por Chávez.
Enquanto isso, os executivos da Odebrecht no Rio tiveram participação na formação da aliança que reelegeu Luiz Fernando Pezão em 2014.
Naquele ano, segundo o deputado federal Aureo Lídio, do Solidariedade, a aliança entre o seu partido e o PMDB de Pezão foi selada numa reunião dentro do Palácio Guanabara, no dia 23 de janeiro de 2014, com a presença do ainda governador Sérgio Cabral, de Pezão, do presidente nacional do SD, Paulinho da Força Sindical, e de Aureo.
Acertou-se que a aliança aconteceria mediante doação eleitoral da Odebrecht para o caixa nacional do Solidariedade.
Em novembro de 2014, Pezão foi eleito com o apoio do SD e, coincidentemente, o partido de Paulinho e Aureo declarou ao TSE ter recebido R$ 2,1 milhões de empresas do grupo. Procurados pela coluna, nem a Odebrecht nem Pezão quiseram comentar. O SD negou que tenha havido a negociação. (O Globo)