STF nega liminar e mantém intervenção em Gravatá

O prefeito afastado de Gravatá, Bruno Martiniano, teve negado o pedido de suspensão de liminar requerido junto ao Supremo Tribunal Federal contra a intervenção estadual que, no município, ocorre desde novembro de 2015.

O Ministério Público Federal e o Ministério Público de Pernambuco, esta semana, se manifestaram contra o pedido, reafirmando, assim, a decisão prevista na liminar concedida, anteriormente, para que a intervenção acontecesse.

O Ministro Ricardo Lewandowski não concedeu o pedido de liminar e, diante de tal decisão, a intervenção de Gravatá, administrada pelo gestor Mário Cavalcanti, segue até 31 de dezembro de 2016. A decisão será publicada pelo Superior Tribunal Federal na edição de amanhã do Diário Oficial.

General descarta rumores de intervenção militar

Eduardo Dias da Costa afirmou que a população não quer o retorno do regime militar (Foto: Agência Brasil)

Por MÁRCIO DIDIER
Do Blog da Folha

Uma semana depois de afirmar que a “crise social” comprometeria a estabilidade do País e que, nesse caso, seria motivo de preocupação, “porque passaria a nos dizer respeito diretamente”, o comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, afirmou ontem, no Recife, que houve uma distorção o que havia dito. A declaração provocou rumores de uma eventual intervenção militar, em caso de agravamento das crises política e econômica o País.

“Houve uma distorção do que eu disse. Estamos vivendo uma crise política, econômica e ética e esses aspectos estão inter-relacionados. O que nos preocupa é que com uma eventual demora na solução a crise, ela também acabe se transformando numa crise social, provocando desemprego. E porque nos preocupa, nos afeta? Uma crise social pode gerar problemas de segurança pública e o Exército ter que ser chamado a intervir”, afirmou general, durante entrevista no Comando Geral do Nordeste.

Com uma fala pausada, pesando as palavras, o gaúcho de Cruz Alta de 63 anos garante, no entanto, que uma eventual participação do Exército seria apenas para garantir a democracia e funcionamento das instituições. “Essa crise social pode trazer prejuízo para a estabilidade, que é importante para que as instituições sigam funcionando, trabalhando e cabe a elas, as instituições, em nome da sociedade, resolver os problemas que o País está passando”, argumenta.

O general Villas Bôas, que comanda 217 mil homens, lembra que o Exército já foi chamado a intervir, por exemplo, quando houve greve da Polícia Militar na Bahia. Ele acrescentou, ainda, que em 2013, durante os protestos de junho, não foi necessário a intervenção militar.

“Nos protestos de junho de 2013, o sistema de segurança pública funcionou perfeitamente. Houve problemas decorrentes de toda aquela turbulência. O Exército, apesar de preparado, pronto, não foi chamado a intervir.”

Sobre a declaração que provocou rumores sobre uma intervenção militar, ele fala com tranquilidade. Lembra que foi numa videoconferência para o Brasil inteiro, com os oficiais R2, da reserva, “pessoal que serviu antigamente e que são civis”.

“Eles têm uma associação nacional e pediram para a gente fazer uma videoconferência e foi feita. E houve quem interpretasse que o Exército estava convocando a reserva”, disse, com um riso no rosto.

Indagado sobre as viagens que faz pelo Brasil, afirma que faz parte do planejamento e que não tem qualquer relação com uma possível mobilização de tropas. “Absolutamente, não”.

Além disso, o comandante afirmou que a população não quer a volta do regime militar. “A nossa interpretação é que as pessoas não tão na essência pedindo a volta de governo militar. Acredito que estão reclamando, sim, são os valores que as instituições militares representam. A verdade é que o Brasil hoje tem instituições consolidadas, tem sistema de peso e contrapeso, que dispensa a sociedade ser tutelada. Então, essa é a postura do Exército.”

Guilherme Uchôa recusa ajuda a Bruno Martiniano em Gravatá: “Deus me livre”

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Prefeito ficou isolado após pedido de intervenção no município aprovado pelo TCE (Foto: Gravatá Notícias)

Do Blog de Jamildo

O prefeito Bruno Martiniano (sem partido) fez uma reunião de emergência no condomínio Vila Hípica, onde reside, na cidade de Gravatá, para discutir o pedido de intervenção aprovado pelo TCE, na quarta (07).

Em reunião com seus auxiliares Ricardo Fonseca e Gabriel Tenório, Bruno chegou à conclusão de que o melhor caminho era apelar ao presidente da Alepe, Guilherme Uchôa (PDT), para barrar a intervenção. Uchôa, além da força política, teria força jurídica, por ser juiz aposentado e ter ajudado vários desembargadores a alcançar o cargo.

A estratégia, contudo, não deu certo, pois Guilherme Uchôa já teria rechaçado qualquer envolvimento com Bruno. Dizendo só ter encontrado com o prefeito “uma ou duas vezes”, Uchôa não quer se meter “na encrenca”.

“Deus me livre”, teria sido a resposta de Uchôa.

Dois meses atrás, Bruno Martiniano recebeu Uchôa com todas as pompas em Gravatá, para um almoço. Na época, Bruno queria que Uchôa providenciasse a sua filiação ao PDT. A articulação não deu certo, pois foi barrada pelo presidente estadual da sigla, deputado federal Wolney Queiroz, por suspeitas de corrupção, que posteriormente foram confirmadas na representação do TCE.

A rejeição de Guilherme Uchôa em ajudar Bruno é sintomática, pois Uchôa é conhecido por não entrar em “barco afundando”. Afinal, ninguém é detentor do recorde de dez anos como presidente da Alepe, sob três governadores diferentes, sem ser um grande avaliador de cenários políticos.

Na cidade, as informações de bastidores são de total isolamento de Bruno. Até seu irmão, vereador Pedro Martiniano, como o Blog já noticiou, rompeu com o prefeito dias antes do TCE revelar sua investigação. Os rumores são que o irmão teria sido avisado antes das denúncias do TCE e por isso, preventivamente, cortou todos os laços com o irmão, para salvaguardar sua reeleição como vereador.

O prefeito, contudo, só soube do “bombardeio” do TCE pela imprensa e, até agora, não conseguiu contestar nenhum do itens da representação preparada pelo Ministério Público de Contas e aprovada por todos os conselheiros do TCE, sendo relatora do processo Teresa Duere.

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Árvores na Rua Frei Caneca passam por intervenções de poda

A Diretoria de Meio Ambiente de Caruaru informa que no próximo domingo (19) será feita a intervenção de poda de rebaixamento de formação de copa em três árvores da espécie Castanhola, na Rua Frei Caneca, no bairro Maurício de Nassau.

O serviço é uma continuidade de ações realizadas na ultima quarta-feira (15) com o objetivo de diminuir a copa das árvores que estão comprometendo a estrutura elétrica do local.

A Diretoria pede atenção dos moradores e motoristas com relação ao tráfego devido à intervenção parcial da via. Os serviços serão iniciados às 6h com previsão de conclusão  para as 10h.