Denúncia contra Lula afasta doadores de Haddad

A principal consequência das recentes denúncias contra Lula na campanha eleitoral de Fernando Haddad foi financeira. Depois que os procuradores da Operação Lava Jato apareceram na TV até com power point para detalhar os documentos, pessoas que já tinham prometido contribuir subiram no muro, revela Mônica Bergamo, ns sua coluna desta quinta-feira na Folha de S.Paulo.

Do ponto de vista eleitoral – diz a colunista –, a denúncia, na análise de um dos integrantes da campanha, não ajuda, mas também não atrapalha. Os votos declarados em Haddad até agora estariam razoavelmente consolidados. Ele tem 9% das intenções de votos, segundo o Datafolha.

Haddad sancionou na terça (20) lei que obriga os supermercados a limparem seus carrinhos e cestos de compras. O não cumprimento da medida pode levar à interdição do estabelecimento.

Lula na mira da Justiça, PT prepara Wagner para 2018

O Partido dos Trabalhadores começa a preparar o ex-governador da Bahia Jaques Wagner para ser lançado ao Planalto em 2018, diante da segunda denúncia contra Lula da Silva acolhida pela Justiça Federal, revelam grãos petistas.

Outrora plano B, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em evidência no 3º colégio eleitoral do País, está enrolado com a Justiça na Operação Acrônimo.

A cúpula do PT já espera a condenação do ex-presidente Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro até ano que vem, e em seguida a inevitável confirmação da sentença em segunda instância, o que tira de vez o Barba da corrida presidencial  por causa da Lei Ficha Limpa.

Por sua vez, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, garantiu aos sindicatos de categorias dos funcionários ontem que a estatal não será privatizada, apesar do déficit no caixa.

O Ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, e Guilherme Campos também evitaram nova greve dos carteiros e brecaram a série após sete anos de paralisações pontuais. O acordo com os sindicatos foi assinado com reajuste de 9%.

PT: Lula fará tour pelo Nordeste para apoiar candidatos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará nesta semana um tour pelo Nordeste para participar de campanhas de candidatos a prefeitos do PT. Até o momento, já estão marcadas participações do petista em Fortaleza (CE) e no Recife (PE).

Na quarta-feira (21), Lula estará na capital cearense para participar de comício ao lado da deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins (PT-CE), que tenta voltar à Prefeitura de Fortaleza. O evento está marcado para 16 horas na Praça do Ferreira, no centro da cidade.

Na quinta-feira (22), o ex-presidente irá ao Recife para participar de evento do candidato do PT à Prefeitura da capital pernambucana, João Paulo. O petista é uma das principais apostas do partido para vencer as eleições municipais nas capitais brasileiras.

Lula participará dos eventos na mesma semana em que o juiz federal Sérgio Moro deve decidir se aceita ou não a denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, apresentada na semana passada pelo MPF (Ministério Público Federal).

TCU: Planalto terá de localizar 568 presentes de Lula

Sem alarde, o Tribunal de Contas da União deu o pontapé para mudar a interpretação da lei da guarda de presentes recebidos por presidentes da República, e determinou à Secretaria de Administração da Presidência que a partir de agora os presentes recebidos por Michel Temer sejam catalogados e incorporados ao patrimônio da União.

O caso envolve também os presentes recebidos por Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.

O TCU deu prazo de 120 dias para a Presidência ‘localizar’ exatos 568 ‘bens recebidos’ pelo ex-presidente Lula da Silva enquanto chefe da nação.

São aquelas ‘tralhas’ que estão dando dor de cabeça ao petista na Operação Lava Jato.

Janot reafirma que Lula quer embaraçar Lava-Jato

O Globo 

Depois de o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), foi a vez do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dizer que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta embaraçar as investigações. Em parecer assinado na última sexta-feira, Janot reproduziu as palavras de Teori, mesmo depois de o ministro ter recuado e mandado tirar essa expressão de sua decisão.

Na semana passada, ao negar um pedido de Lula para suspender processos que tramitam na 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada pelo juiz Sérgio Moro, Teori disse que isso se tratava de “mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações”. Na última quarta-feira, Teori manteve a decisão, mas afirmou que usou uma expressão inadequada e determinou que ela fosse suprimida.

Janot, em documento assinado dois dias depois do recuo do ministro, apoiou-se nessas palavras para atacar recurso da defesa contra a decisão de Teori. “Efetivamente, tem absoluta razão o relator: essa reclamação constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações”, escreveu o procurador-geral. Ele ainda disse que Lula “no fundo quer gerar verdadeiro tumulto processual, conforme já consignado noutros feitos”.

Lula reúne bancadas do PT para definir oposição

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer transformar o mote “Nenhum direito a menos” na principal bandeira da oposição que o PT fará ao governo de Michel Temer. Com esta ideia, Lula reunirá na noite desta terça-feira, 13, em Brasília, as bancadas do PT na Câmara e no Senado para organizar como será o combate do partido no Congresso.

Um dia depois da cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deu a largada ao processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, Lula age para reunificar a seara petista. “O PT tem de reaprender a fazer oposição”, disse ele, na segunda-feira, após participar da cerimônia de posse da ministra Carmen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós vamos ter de brigar porque é inaceitável você tentar resolver o problema da crise mexendo nos direitos dos trabalhadores.”

Alvo da Operação Lava Jato, Lula dará nova voz de comando ao PT no momento em que o partido enfrenta a sua maior crise, com a perda da Presidência da República e enfrentando muitas dificuldades nas campanhas para as prefeituras. Diante de tantos problemas, uma ala da legenda quer mudar a direção do PT, antecipando a eleição direta, com voto dos filiados, marcada para novembro de 2017. Os novos rumos do PT, agora na oposição, serão discutidos em reunião do Diretório Nacional do partido, marcada para as próximas quinta e sextas-feiras em São Paulo, com a presença de Lula.

Na reunião de hoje em Brasília, uma espécie de prévia do encontro em São Paulo, o ex-presidente e parlamentares petistas devem discutir as estratégias para se contrapor ao governo Temer. Além de reforçarem o discurso de que Dilma foi vítima de um golpe, a intenção dos petistas é marcar de agora em diante que as três reformas propostas pelo peemedebista – PEC do Teto dos Gastos e reformas Previdenciária e Trabalhista – tratam-se de retirada de direitos do cidadão e dos trabalhadores. Também vão questionar as mudanças em programas sociais vitrines da era petista feitas pelo atual governo, como o Pronatec e Minha Casa, Minha Vida.

Para tanto, os petistas querem atuar em duas frentes. A primeira é fortalecer a atuação em meios de comunicação, como redes sociais e rádios comunitárias – para defender o legado do partido e protestar contra a agenda de Temer – dias atrás houve um encontro em São Paulo com a presença de Lula e parlamentares da bancada para discutir o uso das mídias digitais.

A segunda é ter uma atuação no Congresso combativa às reformas de Temer. As bancadas do PT da Câmara e do Senado começaram a fazer mudanças no corpo técnico das lideranças. Nessa ação, querem ter uma atuação com foco em gastos do governo Temer – vão ressuscitar o uso do Siafi, sistema de acompanhamento de despesas públicas e o acompanhamento mais atento no Diário Oficial da União (DOU).

Nesse trabalho, ex-ministros de Dilma e Lula também têm participado dessas discussões da nova cara do PT, como Gilberto Carvalho e Tereza Campello. “Vamos voltar a fazer oposição como antigamente”, definiu um assessor da liderança do PT no Senado, relembrando a combativa atuação do partido durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

FHC prevê prisão de Lula e admite fim do PSDB

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos principais articuladores do golpe de 2016, admite que seu próprio partido, o PSDB, é parte da “velharia da política”. “Parece, infelizmente me parece [que PSDB e PT integram a velharia]”, disse.

“Infelizmente, nós não fomos capazes de superar esses entraves enormes, que eu chamo de atraso. Não é direita e esquerda. É outra coisa, é cultural. São pessoas que querem tirar proveito do Estado”, comentou, em entrevista ao jornalista Josias de Souza, do portal UOL, publicada nesta quarta-feira 7.

Sobre o ex-presidente Lula, ele diz não acreditar na versão do petista sobre o sítio em Atibaia e o apartamento no Guarujá. “É difícil colar”, diz FHC. “É difícil porque houve uso reiterado dos bens. É claro que a Justiça vai ter que provar. Às vezes não é fácil provar”, acrescenta.

Recentemente, o tucano foi acusado pela ex-amante, Miriam Dutra, de ter apartamentos em Paris e Nova York, além de uma fazenda em Minas, em nome de um laranja.

Ele prevê ainda a prisão de Lula. Em sua opinião, há dúvida de que “há o risco” de Lula ser remetido à cadeia. “Risco não só para ele, para todos nós, pelas consequências disso”, afirma.

A eventual prisão de Lula, segundo FHC, será “uma questão delicada do ponto de vista político”. “Imagino que os procuradores e os juízes estão numa situação complicada, porque eles têm a lei. Se houver fatos, o que o juiz vai fazer?”, questiona.

O ex-presidente prevê no Brasil o surgimento de um populista como Donald Trump. “Pode [surgir um Trump], porque a descrença nos partidos é muito ampla, sobretudo nos mais jovens”, afirma. “Há uma desconexão. É mundial. Para dizer de uma maneira mais genérica: a democracia representativa liberal está em crise porque não há mais essa conexão entre classe, partido e poder”.

Lula ataca noticia de depoimento de Delcídio e Duque

Os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticaram os últimos vazamentos de trechos das delações premiadas do ex-senador Delcídio do Amaral e do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Segundo eles, “há nítido interesse em inviabilizar a presença de Lula no pleito de 2018” e os ataques possuem “claro intuito político de desgaste de sua figura pública”.

Por meio de nota destacam que “não há qualquer base concreta sobre a existência desses depoimentos, senão fofocas veiculadas por alguns agentes do Estado”.

Leia a íntegra da nota:

O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ontem (3/9/2016) alvo de múltiplos ataques com claro intuito político de desgaste de sua figura pública, uma campanha sórdida, sem materialidade, e baseada única e exclusivamente em fragmentos de supostos depoimentos de Delcidio Amaral e Renato Duque vazados à imprensa. Há nítido interesse em inviabilizar a presença de Lula no pleito de 2018. Na qualidade de seus advogados,esclarecemos o que segue:

1- Não há qualquer base concreta sobre a existência desses depoimentos, senão fofocas veiculadas por alguns agentes do Estado que se utilizam desse estratagema na tentativa de maquiar métodos ilegítimos de investigação e a inequívoca utilização do aparato estatal para perseguir o ex-Presidente;

2- As reportagens publicadas devem servir, exclusivamente, para que o Procurador Geral da República abra investigações reais e efetivas com o intuito de identificar os agentes do Estado que se utilizam de meios ilegais e contrários às garantias fundamentais para perseguir seus inimigos ou desafetos políticos;

3- A defesa de Lula fez, em julho, representações ao Procurador Geral da República para apurar eventual crime de abuso de autoridade e aquele previsto no art. 10, da Lei 9.296/96, diante da privação da liberdade imposta a Lula por meio de uma condução coercitiva sem previsão legal, da divulgação de conversas telefônicas realizadas por Lula – inclusive com seus advogados – dentre outros fatos. Nosso cliente é vítima de possíveis crimes praticados por agentes do Estado no âmbito da Operação Lava Jato, mas até hoje nenhuma providência foi tomada para apurá-los e puni-los;

4 – O processo de delação premiada deve, necessariamente, observar os requisitos previstos nos arts. 4º. a 7º. da Lei no. 13.850/2013, principalmente a voluntariedade, a efetiva e real colaboração para elucidação e punição da organização criminosa e o sigilo até a apresentação de denúncia. Sem a observância desses requisitos a delação premiada não tem qualquer valor jurídico (CPP, art.157);

5- Hipotéticas firmações genéricas e desprovidas de prova não servem para delação premiada segundo os critérios legais, e a divulgação desse material configura publicidade opressiva e abuso de autoridade;

6 – Há uma clara intenção de alguns agentes do estado de se utilizarem de delações premiadas negociadas com pessoas em situação processual desfavorável ou privadas da liberdade para obter versões que possam ser utilizadas contra Lula, após terem apurado, por meio de uma reprovável devassa, que ele não cometeu os crimes que haviam sido anunciados por esses mesmos agentes em entrevistas concedidas a partir do início da 24ª. Fase da Operação Lava Jato;

7- As inequívocas violações aos direitos fundamentais de Lula não foram corrigidas e paralisadas pelas autoridades brasileiras a despeito de todas providências que adotamos para essa finalidade. Em razão disso levamos o assunto, em julho, ao Comitê de Direitos Humanos da ONU. O comunicado será aditado para incluir as novas violações que estão sendo praticadas contra o ex-Presidente pelas autoridades brasileiras.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

Tríplex de Lula era propina, diz delator da OAS

Folha de S. Paulo 

Um tríplex em Guarujá (SP) destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria abatido das propinas que a OAS tinha de pagar ao PT por obras na Petrobras, disse o empreiteiro Léo Pinheiro a investigadores da Lava Jato.

O depoimento, revelado pela revista “Veja” e confirmado pela Folha, consta da negociação de delação premiada de Pinheiro, que foi suspensa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após vazamento de uma informação anterior, que mencionava o ministro do Supremo Dias Toffoli.

Também são citados a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

Moro nega pedido para intimar Lula

Do G1

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fosse intimado a prestar esclarecimentos sobre objetos apreendidos em um cofre do Banco do Brasil (BB) durante a 24ª fase da Lava Jato.

Moro afirmou no despacho desta terça-feira (16) que “não cabe nova intimação do investigado ou de sua defesa, como requer o MPF, pois, como investigado, dispõe do direito ao silêncio, ainda que eventualmente tenha se apropriado indevidamente de algum presente”.

Os bens foram retirados do Palácio do Planalto pelo ex-presidente e guardados em um cofre da Agência Líbero Badaró do Banco do Brasil, em São Paulo, por cinco anos sem qualquer custo.

Os procuradores haviam pedido que o juiz desse prazo de cinco dias para Lula indicar a data e a circunstância em que ganhou cada item. À época do pedido do MPF, o Instituto Lula afirmou, por meio de nota, que não existiam ilegalidades nos fatos apontados pelo MPF.

Na decisão desta terça, Moro disse que examinando o material apreendido, “há alguns bens que, se recebidos como presentes durante o exercício do mandato de Presidente da República, talvez devessem ter sido incorporados ao acervo do Presidência”.

O juiz explicou que a intimação da defesa de Lula para prestar esclarecimentos tinha como objetivo afastar essa dúvida. Porém, como os advogados do ex-presidente informaram por meio de uma petição que ele não tinha mais a intenção de esclarecer estes fatos, não há necessidade da nova intimação.

Entre os itens estão moedas de ouro, medalhas, esculturas e até uma espada e uma adaga. Tudo está acondicionado em 23 caixas de papelão e em uma caixa maior de madeira. Nas caixas de papelão, há inscrições com o nome da transportadora Granero.

A PF investiga indícios de que o transporte e armazenagem dos bens de Lula ao sair da Presidência tenham sido pagos por empreiteiras investigadas na Lava Jato como forma de compensação pelos negócios fechados com a Petrobras.

À época da apreensão, a assessoria de imprensa do Instituto Lula disse que os objetos guardados são do acervo presidencial privado e que o material é regular e está dentro da lei.