Dilma lidera pesquisa, mas tem empate técnico com Aécio no 2º turno

Na primeira pesquisa eleitoral feita após a derrota do Brasil na etapa final da Copa do Mundo, a taxa de intenção de votos na presidente Dilma Rousseff oscilou dois pontos porcentuais para baixo. Segundo o instituto Datafolha, ela tem 36%, contra 20% para Aécio Neves (PSDB) e 8% para Eduardo Campos (PSB).download

Em um eventual segundo turno contra o tucano, a petista teria 44%, e seu adversário, 40%. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, os dois estão empatados tecnicamente – mas no limite da margem, ou seja, é estatisticamente improvável que ambos tenham a mesma taxa. Em um confronto direto com Eduardo Campos, a presidente venceria por 45% a 38%.

Mas a pesquisa não é conclusiva em relação a um segundo turno. Os adversários de Dilma, somados, tem 36%, mesmo porcentual da petista. Para vencer já no primeiro turno, ela terá de obter mais votos que a soma dos rivais.

O levantamento mostrou piora na avaliação do governo. A parcela dos eleitores que considera a administração do País boa ou ótima caiu de 35% para 32%. Os que veem o governo como ruim ou péssimo passaram de 26% para 29%.

A pesquisa anterior do Datafolha, feita durante a Copa, havia detectado um crescimento de quatro pontos porcentuais na intenção de voto em Dilma, em comparação com o levantamento realizado um mês antes, no início de junho (de 34% para 38%).

O número de junho, porém, foi um ponto fora da curva. Na pesquisa Datafolha de maio, Dilma tinha 37%, patamar próximo ao atingido no início de julho e agora. O mau resultado da época pode ter relação com greves e manifestações ocorridas no País naquele momento. Dois levantamentos do Ibope, feitos um pouco antes e logo depois, mostraram a presidente com 39% e 38%, respectivamente – ou seja, em uma situação de estabilidade, não de oscilação.

A partir de meados de junho, o cenário político foi tomado pelo clima do futebol. Logo na abertura do evento da Fifa, Dilma foi vaiada e xingada por parte do público.

Em um primeiro momento, Aécio e Campos afirmaram que as vaias seriam consequência do que a presidente havia “plantado” ao longo do tempo. O tucano, porém, recuou horas mais tarde. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, creditou as ofensas a Dilma à “elite” presente no estádio. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, porém, disse que a manifestação não partiu apenas da “elite branca”.

Na final da Copa, no Maracanã, Dilma voltou a ser hostilizada pela torcida, ao entregar a taça à seleção alemã.

Datafolha: Dilma cresce 4 pontos; adversários oscilam

unnamed (6)Do Portal Terra

Pesquisa Datafolha encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira aponta que as intenções de voto da presidente Dilma Rousseff (PT) cresceram de 34% para 38%, quatro pontos em um mês. De acordo com o levantamento, no mesmo intervalo, as intenções de voto no senador Aécio Neves (PSDB) oscilaram de 19% para 20% e no ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) de 7% para 9%, o que o deixa em empate técnico com Pastor Everaldo Pereira (PSC), que se manteve com 4%. Esta é a primeira pesquisa do instituto feita após o início da Copa do Mundo no Brasil e também depois da oficialização dos vices nas chapas.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada no início de junho, Dilma aparecia com 34% das intenções de voto, Aécio com 19% e Campos 7%.

NANICOS

Atrás do candidato do PSC aparecem José Maria (PSTU), com 2%; Eduardo Jorge (PV), com 1%; Mauro Iasi (PCB) e Luciana Genro (PSOL), com 1% cada; e também Eymael (PSDC) e Levy Fidelix (PRTB), que aparecem com 0% das intenções de voto. Do total de entrevistados, 13% afirmaram que votariam branco ou nulo, e 11% não souberam ou não responderam.

SEGUNDO TURNO

Segundo a pesquisa, no segundo turno Dilma venceria Aécio com 46% dos votos contra 39% do tucano. A petista superaria também Campos, com 48% dos votos contra 35%. 

Quando o entrevistador pergunta pelo voto sem apresentar os nomes dos concorrentes, Dilma passou de 19% para 25%, de acordo com o novo levantamento.O Datafolha entrevistou 2.857 eleitores em 177 municípios, entre os dias 1 e 2 de julho. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A taxa de confiança do levantamento – registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00194/2014 – é de 95%. 

Humberto avalia como positiva pesquisa Ibope

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, avaliou como positivo o resultado da pesquisa CNI/Ibope, divulgada hoje, que aponta a presidente Dilma Roussef (PT) como a grande favorita para a disputa eleitoral deste ano. No levantamento, a presidente está com 39% das intenções de voto, enquanto o segundo colocado, senador Aécio Neves (PSDB), aparece com 21%. Já o ex-governador Eduardo Campos tem 10%, seguido pelo Pastor Everaldo com 3%.

“A pesquisa demonstra claramente que a presidente Dilma está numa posição de equilíbrio, de estabilidade. Todos as pesquisas divulgadas até agora mostram que ela lidera com folga, inclusive com possibilidade de vitória no primeiro turno”, avaliou o senador.

Para Humberto, a presidente Dilma deve crescer ainda mais quando começar a campanha eleitoral. “Creio que daqui para frente à tendência é que ela amplie, tem muitas ações do governo que precisam ser conhecidas pela população. A Copa, que tinha sido pintada como um fator negativo, tem se mostrado bem organizada, bem estruturada. Isso é muito bom pro Brasil. Além disso, com a campanha de TV vamos poder esclarecer a população e mostrar todas as ações do Governo Dilma”, disse o senador.

Ibope: avaliação do governo Dilma é a pior desde FHC

A percepção da população a respeito do governo Dilma Rousseff (PT) só supera os índices verificados no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Esses resultados podem ser observados nos resultados da pesquisa CNI/Ibope sobre avaliação de governo, da maneira de governar e confiança nos presidentes eleitos desde 1994.

Na pesquisa divulgada hoje (19), a avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff atingiu 31%. Em junho de 2002, no segundo mandato de FHC, o porcentual era de 29%. Em julho de 1998, no primeiro mandato de FHC, o índice era de 32%. No segundo mandato de Lula (PT), em junho de 2010, a avaliação positiva era de 75%, e em junho de 2006, no primeiro mandato, era de 44%.

De acordo com a CNI/Ibope, 44% dos consultados aprovam a maneira de governo da atual presidente. Esse índice também só supera o verificado no segundo mandato de FHC, que era de 43% em junho de 2002. No primeiro mandato de FHC, a aprovação na maneira de governar era de 51%. Na mesma época do ano, Lula tinha 85% no primeiro mandato e 60% no segundo mandato.

A confiança na atual presidente atingiu 41% na pesquisa divulgada hoje. Em junho de 2002, FHC tinha 39%. Em seu primeiro mandato, em julho de 1998, FHC tinha 50%. Lula tinha 81% em junho de 2010 e 56% em junho de 2006.

O gerente de Pesquisa e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato Fonseca, disse que indicadores de avaliação de governo e confiança no presidente são muito influenciados pela situação econômica pela qual o país passa. Segundo ele, o fim do segundo mandato de FHC foi marcado pelo aumento da inflação, a exemplo do que ocorre neste momento no governo Dilma Rousseff.

Ibope: Armando lidera com 43% e Câmara tem 8%

Do Blog do Magno

Pesquisa do Ibope encomendada pelo diretório nacional do PTB e divulgada hoje na Folha de Pernambuco aponta o candidato a governador pela oposição, Armando Monteiro, na dianteira com 43% das intenções de voto contra 8% do socialista Paulo Câmara, apoiado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB).

Jair Pedro (PSTU) apareceu com apenas 2% e José Gomes Neto (PSOL) tem também 2%. Brancos e nulos somam 22% e os que não responderam ou disseram que não sabiam 22%. O Ibope ouviu 1.008 eleitores de todas as regiões de Pernambuco, entre os dias 26 e 29 de maio.

No Recife e Região Metropolitana, Armando é o preferido de 38% dos eleitores, contra 9% de Paulo. No interior, Armando alcança 47% e Paulo 8%.

O Ibope ouviu as pessoas também sobre o peso dos apoios e pergunta o seguinte: se os candidatos forem Armando Monteiro, com apoio de Lula e Dilma, e Paulo Câmara, com apoio de Eduardo Campos e Mariana Silva, em quem votaria?

Neste caso, Armando sobe para 53% e o candidato do PSB, 21%. O levantamento mostra ainda que Armando é menos rejeitado entre todos os pré-candidatos. Ele tem apenas 9% contra 17% de Paulo Câmara.

Quanto à confiança do eleitorado em relação a quem vai ganhar a disputa, a pergunta é: “Independente de sua intenção de voto, na sua opinião quem será o próximo governador de Pernambuco?”

Armando aparece com 46% das intenções de voto e Paulo com 10%. No Recife, o resultado é 45% a 12%; na periferia (demais municípios da metropolitana), fica 41% a 8%; e, no interior, 48% a 11%.

Na disputa para o Senado, João Paulo (PT) tem 40% das intenções de voto contra 18% de Fernando Bezerra (PSB). Na divisão por regiões, João Paulo venceria Bezerra inclusive no interior. No Recife, João tem 47% e Fernando 14%. Na área metropolitana, dá 53% a 9%. E no interior, João chega a 32% contra 24% de Fernando.

Em relação à disputa presidencial, Eduardo e Dilma aparecem empatados no Estado: 40% e 39%, respectivamente, enquanto o tucano Aécio Neves aparece com apenas 3% e o Pastor Everaldo 2%. Brancos e nulos somam 9% e indecisos 6%.

O Ibope ouviu 1.008 eleitores de todas as regiões de Pernambuco, entre os dias 26 e 29 de maio.

Ibope: Dilma se recupera, mas adversários sobem

Do Site da Band

A presidente Dilma Rousseff se recuperou e apareceu com 40% das intenções de voto para a Eleição de outubro, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Ibope. No último levantamento, realizado em abril, a petista contava com 37%.

No entanto, os principais adversários de Dilma também registraram crescimento. O tucano Aécio Neves passou de 14% para 20%. Já Eduardo Campos, do PSB, subiu de 6% para 11%.

Pastor Everaldo, do PSC, foi de 2% para 3%. Também foram citados Eduardo Jorge (PV) e José Maria (PSTU), com 1% cada. Levy Fidelix (PRTB), Randolfe Rodrigues (PSOL),Mauro Iasi (PCB) e Eymael (PSDC) não pontuaram.

A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 19 deste mês. Foram ouvidos 2002 eleitores de 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O número de brancos e nulos é de 14%. Já 10% não sabem ou não responderam.

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Datafolha: Dilma tem 35% de rejeição e Aécio 31%

Do Blog do Magno

Levantamento do Datafolha divulgado nesta sexta-feira (9) mostra que o nível de rejeição da presidente Dilma Rousseff (PT) subiu de 33%, índice registrado pelo instituto no mês passado, para 35%. O pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves, registrou queda de dois pontos percentuais, caindo de 33% para 31%. O ex-governador Eduardo Campos (PSB) manteve o índice de rejeição de 33%.

A rejeição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso fosse candidato, ainda seria a menor entre os principais concorrentes avaliados. Lula aparece no levantamento de hoje com apenas 17% de rejeição, uma queda de 2% diante do levantamento feito em abril, quando 19% do eleitorado disse não votar no petista em hipótese alguma.

A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 7 e 8 de maio de 2014 com 2.844 pessoas em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00104/2014.

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Datafolha: Aécio sobe 4 pontos e leva ao 2º turno

Do Blog do Magno

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo indica que a chance de vitória da presidente Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno caiu. Segundo o levantamento, a petista tem 37% das intenções de voto. Juntos, os outros candidatos somam 38%. Na segunda posição do levantamento, aparece o senador tucano Aécio Neves (MG), que cresceu quatro pontos percentuais em relação à última pesquisa, e tem 20% das intenções de voto. Na terceira colocação aparece o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que registrou 11% das intenções de voto.

O candidato Pastor Everaldo (PSC) tem 3% das intenções de voto e está empatado tecnicamente com outros nomes como Eduardo Jorge (PV), José Maria (PSTU), Denise Abreu (PEN) e Randolfe Rodrigues (PSOL), que registraram 1% cada um. Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) tiveram menos de 1%

Do total de entrevistados, 16% disseram que votariam em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos. Outros 8% declaram que ainda estão indecisos.

Lula Candidato:

De acordo com a pesquisa, 58% das pessoas ouvidas acham que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ser o candidato petista. Dos entrevistados que declararam preferência pelo PT, 75% disseram considerar o ex-presidente como melhor nome do partido nas urnas.

A aprovação ao governo Dilma caiu de 36%, no último levantamento, para 35%. Atualmente, 74% dos eleitores dizem querer mudanças no governo do País. Para 38% dos entrevistados, Lula é o político mais preparado. Dilma, que havia sido citada por 16% há um mês e 19% em fevereiro, apareceu com 15%. Aécio é considerado o melhor nome por 19%, e Campos 10%.  A pesquisa ouviu 2.844 pessoas em 174 municípios do País entre os dias 8 e 7 de maio. 

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A caminho do segundo turno

Da Revista ISTOÉ

Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra pela primeira vez, desde que começaram a ser divulgadas as enquetes eleitorais de 2014, que a sucessão da presidenta Dilma Rousseff deverá ser decidida apenas no segundo turno. No levantamento realizado com dois mil eleitores entre os dias 22 e 25 de abril, Dilma (PT) soma 35% das intenções de voto. É seguida pelo senador mineiro Aécio Neves (PSDB), com 23,7%, e pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 11%.

Juntos, Aécio e Campos têm 34,7% dos votos, praticamente a mesma votação de Dilma (diferença de 0,3%). Como a pesquisa tem uma margem de erro de 2,2%, se a eleição fosse hoje o futuro presidente seria escolhido no segundo turno numa disputa entre Dilma e o tucano Aécio Neves.

A mesma situação ocorre quando, diante do eleitor, é colocada uma lista mais ampla, incluindo os nomes de pré-candidatos nanicos como Levy Fidelix (PRTB) e Randolfe Rodrigues (Psol), por exemplo. Nesse caso, a presidenta fica com 34% das intenções de votos e os demais candidatos, 32,4%. Diferença de 1,6%. Um cenário que também permite concluir pela realização de segundo turno entre Dilma e Aécio. “A leitura completa da pesquisa indica que a presidenta terá muita dificuldade para reverter o quadro atual”, afirma Ricardo Guedes Ferreira Pinto, diretor do Sensus.

O resultado da primeira pesquisa da série que será feita por ISTOÉ em parceria com o Sensus explica a tensão que passou a dominar o Palácio do Planalto e a cúpula do PT nas últimas semanas. Desde que assumiu o governo, em janeiro de 2011, todas as enquetes apontavam para uma confortável reeleição da presidenta ainda no primeiro turno. Agora, mais do que a concreta hipótese dos dois escrutínios, há uma ameaça à própria reeleição. A distância que separa Dilma de seus opositores nunca foi tão pequena. No levantamento ISTOÉ/Sensus realizado em 136 municípios de 24 Estados, menos de 7% dos votos distanciam Dilma de Aécio em um eventual segundo turno. Se a eleição fosse hoje, a presidenta teria 38,6% e o senador mineiro 31,9%, uma diferença de 6,7%. Se a disputa fosse com o ex-governador Eduardo Campos a situação de Dilma seria mais confortável: teria 39,1% contra 24,8%.

“O que se percebe é que no último mês passou a ocorrer uma migração de votos da presidenta para candidatos da oposição. Antes, as pequenas quedas de Dilma aumentavam o índice de indecisos”, diz Guedes. Mais do que o crescimento das candidaturas de PSDB e PSB, dois outros fatores revelados na pesquisa ISTOÉ/Sensus têm tirado o sono dos aliados da presidenta. O primeiro é a alta taxa de rejeição. Hoje 42% dos eleitores afirmam que não votariam em Dilma de jeito nenhum. Eduardo Campos é rejeitado por 35,1% e Aécio Neves por 31,1%. “Como a presidenta é a mais conhecida dos eleitores, não é surpresa que tenha também um índice maior de rejeição, mas 42% é muita coisa”, analisa Guedes. “Não me recordo de nenhum caso de alguém que tenha conseguido se eleger chegando ao segundo turno com mais de 40% de rejeição. E o quadro atual não é favorável para a presidenta reverter esses números”, conclui.

O outro elemento que assombra as lideranças do PT e a cúpula do governo refere-se à fidelidade partidária. Historicamente, o PT costuma assegurar, nas eleições majoritárias, uma média mínima entre 16% e 18% dos votos para seus candidatos, o que tem invariavelmente levado o partido ao segundo turno nas principais disputas. São os chamados votos petistas. Este ano, o levantamento ISTOÉ/Sensus aponta para sinais de fadiga no partido. De acordo com a pesquisa, apenas 9,6% do eleitorado declarou identificação com a legenda da estrela vermelha. Ainda é a legenda com maior empatia (o PSDB tem 5,1% e o PMDB, 2,3%), mas está longe das marcas que exibia em disputas anteriores. “Certamente a prisão dos envolvidos com o mensalão e principalmente as denúncias que pesam sobre a Petrobras são fatores determinantes para isso”, explica Guedes.

Analistas políticos são unânimes ao afirmar que o bom desempenho eleitoral do PT em 2006 (quando o ex-presidente Lula foi reeleito) e em 2010 (quando Dilma venceu) pode ser atribuído, em boa parte, a uma arma poderosa: a melhora do poder aquisitivo do brasileiro desde que Lula e seus aliados chegaram ao Palácio do Planalto em 2003. Programas como o Bolsa Família, aliado a um momento de praticamente pleno emprego e ventos econômicos favoráveis, foram suficientes para se sobrepor à denúncia do mensalão, por exemplo. Agora, a pesquisa ISTOÉ/Sensus constata que a inflação vem implodindo esse capital político e gerando desconfiança entre os eleitores. Dos entrevistados, 65,9% disseram que hoje têm menos poder de compra do que há um ano e apenas 15% afirmam que podem consumir mais. Guedes explica que os anos seguidos de índices inflacionários superiores ao crescimento do PIB levam a uma corrosão no poder de compra.

“Na prática, a diminuição do poder aquisitivo fez com que pessoas que deixaram a linha da pobreza acabassem voltando para ela, embora os números absolutos não revelem isso”, diz Guedes. Certa de que se não conseguir mudar esses números corre sério risco de não se reeleger, a presidenta Dilma aproveitou o pronunciamento feito em razão do Dia do Trabalho para anunciar um pacote de bondades que visa principalmente repor o poder aquisitivo perdido pelos brasileiros nos últimos anos.

A pesquisa ISTOÉ/Sensus também mostra uma inédita reprovação do governo e da forma como a presidenta Dilma conduz a administração federal. Dos eleitores, 66,1% avaliam o governo como regular ou negativo e 49,1% desaprovam o desempenho pessoal da presidenta. Metade dos eleitores (50,2%) acredita que o Brasil não está no rumo certo. Números como esses fazem com que o fisiologismo que norteia a política brasiliense se aflore de forma perversa e partidos aliados passem a flertar com a traição sem o menor constrangimento.

Na segunda-feira 28, por exemplo, 20 dos 32 deputados do PR assinaram um documento pedindo a volta do ex-presidente Lula como candidato. Acreditam que Dilma não dará conta de virar o jogo e fazem esse movimento sem segredo. O líder do partido na Câmara, Bernardo Santana, pendurou em seu gabinete a foto oficial de Lula quando assumiu o governo em 2003. Os números negativos e a falta de perspectiva de dias melhores fazem com que também no PT o movimento Volta, Lula ganhe apoio. Na semana passada, a presidenta se pronunciou publicamente tentando conter a debandada: “Ninguém vai me separar de Lula, nem ele vai se separar de mim”, disse. “Sei da lealdade dele a mim e ele da minha lealdade a ele.”

Na oposição, a expectativa é de que as próximas pesquisas confirmem a tendência de queda da presidenta. “O eleitor está cansado disso tudo que está aí e é natural que esses votos comecem a migrar para os candidatos que representam a mudança”, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O ex-governador Eduardo Campos (PSB) faz a mesma aposta. Segundo ele, “a migração de votos será ainda maior quando os candidatos da oposição se tornarem mais conhecidos”. De acordo com o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, a pesquisa agora apresentada por ISTOÉ mostra que o eleitor ainda não assimilou a presença da ex-senadora Marina Silva (Rede) na chapa liderada por Campos. “Até agora, Marina transferiu para a aliança mais rejeição (ela tem 35,6%) do que votos”, afirma Guedes.

CNT: Intenção de votos em Dilma cai

Do Site da Band

A presidente Dilma Rousseff caiu na preferência do eleitorado brasileiro. De acordo com a pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte), divulgada nesta terça, a intenção de voto na presidente, que estava em 43,7% em fevereiro, caiu para 37% em abril.

Já a preferência pelo pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, cresceu de 17% para 21,6% nesse período. Eduardo Campos, do PSB, subiu de 9,9% para 11,8% das intenções de voto.

Brancos, nulos, não sabem ou não responderam somaram 29% dos 2002 entrevistados.