O ministro do Planejamento, Romero Jucá, considerou precipitadas as declarações de parlamentares do DEM, da base de apoio ao governo Michel Temer, sobre a sua saída do governo. Citando o deputado Pauderney Avelino (AM) e o senador Ronaldo Caiado (GO), Jucá disse que não será pautado pelas posições dos parlamentares.
Para o ministro, se o DEM tem essa posição (pela sua saída do ministério), outros partidos têm outros posicionamentos. “É importante que as coisas sejam esclarecidas. O Pauderney estava sendo atacado recentemente e nem por isso desconfiei dele. Não pauto minhas decisões por posição individual de qualquer parlamentar, mas pela minha consciência. É no mínimo precipitado se pedir qualquer providência antes que algo seja provado”, afirmou, durante entrevista coletiva para esclarecer o vazamento de uma conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Hoje, o jornal Folha de S. Paulo divulgou a conversa na qual Jucá sugere a existência de um pacto para obstruir a operação Lava Jato.
Em entrevista coletiva à imprensa, Jucá tentou ainda diferenciar os impactos que as investigações da Operação Lava Jato tiveram no governo da presidente afastada Dilma Rousseff dos efeitos que as suspeitas podem ter no governo Temer.
“Da minha parte entendo que uma coisa é operação Lava Jato no governo do PT, que tem a direção do partido envolvido. Outra coisa é a Lava Jato no governo Temer, que tem algumas pessoas mencionadas”, argumentou. “Não sou réu no processo, não cometi nenhum tipo de delito. Não tenho foco na Lava Jato e não perco um minuto do dia com preocupação com a operação”, completou.
Por isso, Jucá disse estar tranquilo no cargo de ministro. “Se surgir algo concreto contra alguém, isso será avaliado. Estou tranquilo, mas cargo de ministro é do presidente Temer. Não nasci ministro do Planejamento e não vou morrer ministro, espero”, brincou. “Não me sinto atrapalhando o governo, pelo contrário, me sinto ajudando”, concluiu.