A aprovação da Medida Provisória nº 634/2014, na manhã desta terça-feira (13), foi antecedida por um intenso debate entre os governistas e a oposição na Comissão Especial do Congresso que analisa a medida. A MP, entre outros pontos, reajusta em 4,5% o limite de isenção do Imposto de Renda por iniciativa da presidenta Dilma Rousseff (PT), anunciada em homenagem ao Dia do Trabalho.
Os oposicionistas tentaram, inicialmente, impedir a votação da medida. Derrotados na manobra, propuseram aprovar, em prejuízo das contas públicas, proposta do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, de reajuste de 6,5% ao ano na tabela do IR até 2019.
Coube ao líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), denunciar a postura demagógica da oposição que, quando governou o Brasil com Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), imprimiu uma defasagem sem precedentes nos limites de isenção do Imposto de Renda, que atingiu mais de 39%.
“No governo do PSDB e do DEM, quando a inflação chegou a 22,6% ao ano, sabem quanto foi o reajuste que eles deram durante seis anos? Zero. Zero. Foi essa a generosidade deles com a classe média”, afirmou Humberto, para constrangimento da oposição.
No governo Lula, a correção começou a ser feita de forma sistemática. A defasagem caiu para 5,81% e, no governo Dilma, chegou apenas a 4%.
“A herança do PSDB e DEM para a classe média é essa: prejuízo e arrocho. Mas nossos governos estão corrigindo isso e seguimos na luta para, com responsabilidade, zerar esse déficit dos trabalhadores”, disse o líder do PT.