Em resposta ao senador Armando Monteiro Neto, Dilma voltou a criticar o congelamento do teto de gastos públicos, sugerido pela equipe de Michel Temer.
“Nós acreditamos que a fase de ajuste de curto prazo não tem mais fôlego, que era fundamental agora procurar fazer as reformas necessárias ao país”, disse.
Assim como o ex-ministro, a presidente afastada defendeu uma revisão do regime fiscal. “Este é um país que tem uma estrutura tributária altamente regressiva. Ou seja, paga mais, que menos tem. Paga menos quem mais tem.”
Ela comparou Brasil à Eslovênia, que, “salvo engano, não tributa lucros e dividendos”.
“Lembro aos senhores que estava previsto que em 2015 teríamos US$ 5 bilhões de saldo comercial, e chegamos a US$ 19,7 ou US$ 19,6 bilhões de saldo comercial”, disse. “Este ano estávamos prevendo chegar de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões de saldo comercial. Temo que essa política cambial em operação no Brasil, que valorizou novamente o real, impeça esse fato”.