Por Vinícius Gomes
WhatsApp, Netflix, Spotify, Waze, Uber. O que esses e tantos outros apps têm em comum, além de estarem presentes em milhares de smartphones? Todos eles estão ditando uma nova era. Principalmente porque estão evidenciando uma mudança brusca na maneira de consumir bens e serviços, onde as preferências do cliente é quem conduzem o negócio. Por mais antigo que o conceito pareça, apenas agora isso realmente se tornou realidade de forma efetiva.
E isso, claro, tem causado um estardalhaço enorme por parte das grandes corporações, que por décadas dominaram seus respectivos setores e agora vêem uma suposta concorrência desleal disputar um espaço que sempre existiu, mas poucos souberam aproveitar.
Toda essa polêmica envolvendo o Uber, no Brasil e no mundo, têm mostrado isso. Os taxistas estão temerosos em relação a perda de passageiros, e, ao invés de se atualizarem e buscarem uma solução do impasse com diálogo, estão partindo para a truculência/intolerância/
Não quero aqui, com esse texto, desvalorizar a classe taxista, até porque muitos ralam bastante e realmente deve ser assustador ver que o seu modelo de negócio está ruindo ali, na sua frente, e não poder fazer nada. O problema é que, infelizmente, estão fazendo tudo errado para remediar o problema. A violência não vai resolver nada, só fortalecer o outro lado e mostrar ao cliente do Uber que sim, ele está fazendo a escolha correta.
É claro, também, que o serviço precisa estar devidamente regulamentado para funcionar. As bases legais devem ser justas para todos, e, a partir daí, a concorrência se estabelece de maneira igualitária. É interessante, então, que o poder público tenha a sensibilidade de tomar as decisões corretas para que não fira um princípio básico da humanidade: o livre arbítrio. E é isso que mais tem seduzido os usuários de todos os serviços online anteriormente mencionados.