A taxa média de transmissão (Rt) da Covid-19 no Brasil foi de 1,1 na última semana, estima o Imperial College de Londres em levantamento divulgado nesta terça-feira (17). Segundo números da universidade britânica, referentes ao intervalo encerrado na última segunda-feira (16), o índice brasileiro cresceu 0,33 e voltou praticamente ao mesmo patamar de duas semanas atrás. O avanço do novo coronavírus sugere que o país saiu mais uma vez da tendência de desaceleração do patógeno.
O atual índice do Rt, também chamado de R0, indica que cada 100 pessoas contaminadas contagiam outras 110. A taxa de contágio é uma das principais referênciais para acompanhar a evolução epidêmica do Sars-CoV-2 no Brasil. Quando abaixo de um, o índice indica tendência de estabilização.
Especialistas costumam ponderar, no entanto, que é preciso acompanhar o Rt por um período prolongado de tempo para avaliar cenários, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do coronavírus, que chega a 14 dias. Além disso, por ser uma média nacional, a taxa de contágio não significa que a doença está avançando em todas as cidades e estados do país.
Dentro da margem da universidade britânica, o Rt brasileiro pode variar de 1,05 até 1,24. O Brasil aparece à frente de outros países sul-americanos que também enfrentam momentos delicados com a Covid-19, como a Argentina (0,97%) e Colômbia (0,93).
O Imperial College projeta que o Brasil registrará 3.070 mortes pelo novo coronavírus nesta semana, um aumento de 348 óbitos em relação à última semana. Na margem do Rt estimada, as perdas para a Covid-19 podem chegar a 3.350 no pior cenário. O número se aproxima de países europeus que enfrentam uma segunda onda, como o Reino Unido (3.670 vítimas fatais nesta semana) e a França (4.080).
Segundo o último boletim do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, divulgado nesta terça-feira, o Brasil já registrou 166.101 mortes desde a chegada do Sars-CoV-2 ao Brasil.
Fonte: O Globo