TCU acata representação de deputados do PV sobre substância contaminante para combate a incêndios

A pedido dos deputados Célio Studart (PV-CE) Israel Batista (PV- DF), O Tribunal de Contas da União vai investigar o uso de um retardante de chamas altamente poluente em um incêndio em reservas ambientais. O produto, utilizado por determinação do ministro do Meio Ambiente, ainda não possui a devida regulação ambiental no Brasil.
Para agravar ainda mais a situação, a nota técnica, produzida pela Coordenação de Avaliação Ambiental de Substâncias e Produtos Perigosos do Ibama, é taxativa ao recomendar “a suspensão do consumo de água, pesca, caça e consumo de frutas e vegetais na região exposta ao produto pelo prazo de 40 dias”, haja vista que, o produto lançado na floresta demora pelo menos 28 dias para que cerca de 80% a 90% de seu material se degrade.
Entenda o caso
Em outubro, os deputados do Partido Verde protocolaram representação sobre possíveis irregularidades praticadas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acerca do processo de aquisição, sem licitação, de 20 mil litros do retardante de chama Fire Limit FL-02, para uso no combate às queimadas e incêndios florestais.
A época, os parlamentares questionaram ainda ao Tribunal de Contas da União sobre o uso do componente que causava contaminações na água e no solo.
A substância seria utilizada no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães na Estação Ecológica da Serra das Araras, localizados em Mato Grosso.
Nesta quarta-feira (15), o TCU se manifestou favorável ao questionamento e irá investigar o caso.
Documentos na íntegra

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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