Michel Temer reconheceu que o rótulo de “golpista” contra ele e os apoiadores do impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff “foi muito bem sucedido”. Apesar disso, ele destacou que a expressão é de natureza politica e não jurídica, além de não ter apoio no texto constitucional.
“A pergunta mais do que razoável é quais são os golpistas? Os representantes do povo que numericamente, expressivamente decretaram o impedimento, sob a presidência do presidente do Supremo Tribunal Federal? Serão todos golpistas no sentido jurídico?”, questionou temer durante uma entrevista à imprensa internacional durante viagem à China, onde está participando de uma reunião de cúpula do G20.
Temer defendeu um golpe é caracterizado pela destruição das normas e do sistema constitucional, que não ocorreu com o afastamento de Dilma Rousseff. Ele afirmou que a Constituiçao, em se artigo 79, deixa claro que o vice-presidente substituirá o presidente em casos de ausência ou impedimento e que o Congresso Nacional é o responsável por acatar eventuais pedidos de impeachment.
Apesar da defesa constitucional, Temer reconheceu que a pecha de golpista imposta pelos opositores ao seu governo funcionou. “Temos o hábito de apadrinhar certos rótulos e este é um rótulo, digamos assim, muito bem sucedido, mas contrário ao texto Constitucional. Na verdade, dá-se golpe quando você tem uma ruptura constitucional”. Justificou.