TJPE aumenta penas dos “Canibais de Garanhuns”


Sentença da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco transitou em julgado na segunda (15). Foto: Anaclarice Almeida/DP/D.A Press
Sentença da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco transitou em julgado na segunda (15). Foto: Anaclarice Almeida/DP/D.A Press
Diário de Pernambuco
O trio conhecido como “Canibais de Garanhuns”, cujos crimes chocaram a população de todo o Estado, teve suas penas aumentadas, de acordo com decisão unânime dos desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Em 2014, eles foram condenados pela morte, ocultação e vilipêndio do cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, ocorrido em 2008, em Olinda. De acordo com a nova determinação, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira cumprirá 27 anos e um meio de prisão, quando havia sido condenado, inicialmente, a  21 anos e seis meses. Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva, por sua vez, ficam sentenciadas a 24 anos em regime fechado e mais um de detenção. A sentença inicial havia sido de 19 anos, para ambas. A decisão transitou em julgado na segunda-feira (15) e não cabe mais recurso no Estado, a não ser que siga para a instância federal.
Os anos de condenação pelo assassinato de Jéssica, entretanto, não são os únicos a serem cumpridos pelo trio. O grupo também foi condenado, em dezembro de 2018, por matar e vilipendiar o corpo de Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão, 20 anos. Eles esquartejaram, enterraram e comeram parte dos corpos de ambas. Os crimes foram cometidos em fevereiro de 2012, na casa que o trio morava em Garanhuns, no Agreste pernambucano. Nesses processos, Jorge pegou 71 anos de reclusão, enquanto Isabel, 68. Bruna, que também respondia por falsidade ideológica, recebeu 71 anos e 10 meses. Somadas as punições, o trio foi condenado a 210 anos de prisão.
A majoração das penas atende a um pedido do Ministério Público de Pernambuco pelo homicídio qualificado. O caso ganhou repercussão nacional pelo fato de os acusados terem consumido a carne das vítimas, inclusive comercializado lanches utilizando a carne humana.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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