Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) têm até esta sexta-feira (20) para informar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a relação dos municípios que terão eleições com identificação biométrica híbrida em 2016, ou seja, dos locais onde o eleitor poderá votar com ou sem o reconhecimento de seus dados biométricos.
Segundo dados de abril, mais de 46 milhões de eleitores de 1.536 municípios de todos os estados e do Distrito Federal estão aptos a serem identificados pelas impressões digitais na hora de votar. No entanto, em diversas cidades nas quais já foi iniciado o recadastramento eleitoral com biometria ou o cadastro biométrico ordinário, muitos eleitores ainda serão identificados da forma tradicional.
O recadastramento biométrico já atingiu todos os eleitores dos estados de Alagoas, Amapá e Sergipe e do Distrito Federal e das capitais Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Porto Velho (RO). A revisão ainda não começou em nove capitais: Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Porém, em muitos municípios, os cartórios eleitorais já realizam o cadastro biométrico ordinário de seus eleitores, independentemente de convocação extraordinária, a qual ocorre no caso do recadastramento. Isso quer dizer que a Justiça Eleitoral aproveita a ida do eleitor ao cartório, para resolver qualquer pendência ou tirar o primeiro título, por exemplo, e faz o seu cadastro biométrico.
O objetivo da Justiça Eleitoral ao cadastrar biometricamente os eleitores brasileiros é habilitá-los para que sejam identificados pelas impressões digitais nas eleições, conferindo ainda mais segurança ao processo eleitoral brasileiro. Os procedimentos e regras do recadastramento integram o Programa de Identificação Biométrica do Eleitor e são estabelecidos pelo TSE. Todavia, são os TREs que fixam os planos de ação, segundo suas peculiaridades, para o cumprimento de tais regras.
Eleitor do Distrito Federal, o garçom Fábio Santos de Sousa, de 31 anos, participou do recadastramento biométrico e usou a nova tecnologia nas Eleições Gerais de 2014. E aprovou: “Eu achei mais seguro, porque assim ninguém pode pôr outra pessoa para votar em meu lugar. Na fila eu fiquei cerca de uns 20 minutos, porque a minha seção tem muita gente, mas mesmo assim eu achei muito rápido. A tendência é que seja bem mais rápido, bem mais fácil: identificou, já foi”, disse.
Os eleitores convocados para o recadastramento devem se dirigir ao cartório eleitoral mais próximo portando o título de eleitor (se tiver), um documento de identificação com foto e comprovante de residência. No momento da atualização dos dados cadastrais, a Justiça Eleitoral colherá fotografia digitalizada do eleitor e, por meio de leitor óptico, também serão coletadas as impressões digitais dos dez dedos (ressalvada impossibilidade física do votante), bem como assinatura