Logo após cerimônia de posse marcada por discurso de autoritarismo, o empresário e novo presidente dos EUA Donald J. Trump se dirigiu à Casa Branca e realizou seus primeiros despachos presidenciais. Como já previsto e anunciado em seus discursos ao longo de sua campanha presidencial, Trump já começou a desmontar o programa de saúde do país batizado de “Obamacare”, como ficou conhecida a lei que entrou em vigor na gestão do então presidente Barack Obama.
O atual presidente determinou a redução da carga regulatória que envolve o programa de expansão do acesso à saúde. De acordo com porta-voz da Casa Branca, a ordem visa minimizar o peso econômico do programa a mais de 20 milhões de americanos. Pelas regras do programa de Obama, a lei exige que qualquer pessoa localizada nos EUA, sejam americanas ou estrangeiras, deve aderir a um plano de saúde sob pena de multa.
Além disso, as seguradoras são proibidas de variar os valores dos planos com base no histórico clínico ou no sexo, se recusar a assegurar paciente muito caro ou limitar quantidade de reembolsos anuais. A lógica econômica do programa é compensar os custos adicionais associados aos cidadãos mais caros com prêmios pagos por pessoas saudáveis e, com isso, ampliar o acesso à saúde – já que nos país não existe um sistema público.
Ainda em seu primeiro dia no comando, Trump retirou do portal da Casa Branca os direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e criou o “Dia do Patriotismo”.
Em seu discurso de posse, o polêmico republicano falou em tom nacionalista e populista. “Estamos devolvendo o poder para a população. Chegou a hora do povo”, discursou Trump. “Daqui em diante será a América primeiro”, prometeu. A cerimônia de posse aconteceu no Capitólio – prédio do Congresso norte-americano. Segundo os organizadores, entre 900 mil e 1 milhão de pessoas, de todo o país e do exterior, acompanharam em Washington a posse de Trump.
A posse também foi marcado por protestos contra o novo presidente. Ativistas mascarados destruíram carros e quebraram vidraças de lojas em ruas da capital norte-americana, longe do Capitólio. Eles levaram bandeiras anarquistas pretas e cartazes com os dizeres: “Junte-se à resistência. Lute agora”. A polícia usou spray de pimenta para evitar que os ativistas continuassem com as depredações nas ruas.