A Amil e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) firmaram, em abril, uma parceria para implementar ações estratégicas nas áreas de saúde e desnutrição infantil, na promoção do aleitamento materno, na alimentação complementar saudável e na prevenção do excesso de peso entre crianças e adolescentes da Amazônia, do Semiárido e de grandes centros urbanos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, 7,3% das crianças brasileiras menores de 5 anos estão acima do peso, sendo as meninas as mais afetadas. O aumento do sobrepeso e da obesidade entre crianças e adolescentes levou esse grupo a ser escolhido como um dos focos de atuação do programa do UNICEF, que prevê a disseminação de informações e de materiais sobre alimentação saudável nas regiões selecionadas, além da implantação de atividades de promoção de hábitos alimentares saudáveis e de estímulo à prática de atividades esportivas em escolas.
A Amil é uma das lideranças nacionais no combate à obesidade infantil. As ações do movimento Obesidade Infantil NÃO, lançado pela empresa em 2014, já impactaram mais de 120 milhões de pessoas. “Essa é mais uma parceria que evidencia nossa preocupação com a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros – uma das nossas responsabilidades como liderança em saúde no País. Esperamos que essa aliança com o UNICEF nos permita transformar a vida de milhares de crianças e adolescentes, para que se tornem adultos saudáveis”, afirma Sergio Ricardo Santos, CEO da Amil.
Outra área de atenção do projeto é o extremo oposto: a desnutrição. Embora, em 2014, o Brasil tenha saído do mapa da fome da Organização das Nações Unidas (ONU), alcançando índices menores que 5%, essa ainda é uma realidade encontrada em regiões específicas do País. Nesse sentido, outro foco do programa são as crianças indígenas menores de 5 anos que apresentam desnutrição crônica. Serão desenvolvidos e implementados projetos-piloto em cinco áreas indígenas de maior vulnerabilidade, visando melhorar o estado nutricional das crianças. Outra ação será uma pesquisa sobre determinantes sociais da mortalidade infantil nessa população.
“A nutrição adequada das crianças impacta todo o seu desenvolvimento. Historicamente, o Brasil alcançou resultados incríveis na redução da desnutrição, mas deixou para trás suas populações mais vulneráveis, como milhares de crianças indígenas. Ao mesmo tempo, a obesidade aumentou de forma preocupante. Precisamos agir rapidamente para reverter esta situação”, afirma Cristina Albuquerque, chefe da área de Saúde e HIV/aids do UNICEF no Brasil.
Para alcançar as crianças mais vulneráveis, o UNICEF vai mobilizar os municípios por meio de duas iniciativas que têm duração de quatro anos: o Selo UNICEF Município Aprovado e a Plataforma dos Centros Urbanos. Com elas, o UNICEF engaja prefeituras, sociedade civil, empresas e os próprios adolescentes para que, juntos, encontrem soluções para aperfeiçoar políticas públicas e ações que melhorem as condições de vida de meninos e meninas. Na última edição, mais de 1,8 mil municípios participaram dessas iniciativas. O programa do UNICEF também inclui intervenção acerca dos benefícios do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida.