Foi divulgada uma nova pesquisa sobre o valor da cesta básica, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, realizada pelos cursos de Ciências Contábeis e de Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip, coordenada pela professora Eliane Alves. Segundo os dados levantados, foi constatada a primeira queda do ano, de 1,86%, no mês de fevereiro de 2021. De acordo com a pesquisa, no segundo mês deste ano, o valor da alimentação básica caruaruense passou de R$ 371,86 para R$ 365,06, ficando R$ 6,80 mais barata.
Foi constatado, de acordo com a professora Eliane Alves, que os itens que contribuíram para essa baixa nos preços foram a banana (-23,61%), o óleo (-7,29%), o leite (-4,56%) e a margarina (-4,02%). Na contramão desses dados, o açúcar (8,09%), a farinha (4,53%), o feijão (3,62%) e o café (2,26%) registram alta em fevereiro.
Se compararmos Caruaru à Recife, a alimentação básica caruaruense continua apresentando um valor inferior, com uma diferença de R$ 104,65. Na capital pernambucana, a cesta básica está custando R$ 469,71.
Baseado na metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a pesquisa levantou também as horas trabalhadas para a obtenção da cesta básica, além de qual seria o salário mínimo ideal para os caruaruenses diante deste panorama. Uma família de Caruaru deveria, então, receber, um salário mínimo em fevereiro de 2021, de R$ 3.066,86 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos que garantem a sobrevivência digna de um grupo familiar. Em relação às horas trabalhadas, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, segundo o Ministério do Trabalho, o trabalhador de Caruaru em fevereiro utilizou 38,27% (84h19min) de todo o seu tempo de ocupação profissional só́ com as despesas de alimentação.