É prática quase corriqueira no dia a dia da maioria da população, a chamada automedicação. A crença em busca da cura de determinados sinais e sintomas que podem afetar a saúde do indivíduo, faz com que esta prática ainda hoje seja comum. A falta de controle mais efetivo e rigoroso por parte dos órgãos competentes, assim como o desconhecimento da população acerca deste fato, possibilita a aquisição de medicamentos sem receita médica (sem a consulta de um médico para tal).
Segundo Dr. Marco Antônio, Hospital Esperança – Rede D´Or São Luiz, um grupo de medicamentos que está inserido neste contexto, são os descongestionantes nasais e antigripais. “Os descongestionantes nasais podem ser extremamente prejudiciais à saúde de várias pessoas. Tendo como princípio básico uma “vasodilatação” momentânea das vias respiratórias, a maioria destas medicações provocam um alívio imediato dos sintomas, entretanto, às custas de possíveis efeitos colaterais”, alerta o médico.
Nem todos têm conhecimento, mas o uso indiscriminado e sem orientação médica dos famosos antigripais e dos remédios que vêm em versão dia e noite podem não apenas gerar um efeito rebote (em que quanto mais se usa, mais se aumenta o problema), mas também ocasionar problemas mais sérios. “O aumento da pressão arterial sistêmica; aumento dos batimentos cardíacos, que pode induzir ao aparecimento de arritmias cardíacas; irritação dos locais onde frequentemente são aplicados; dependência da medicação; e até a presença de choque e parada cardíaca em situações mais raras, são alguns dos problemas que podem surgir” ressalta o médico.
Portanto, o alerta dos médicos é o mesmo dos nossos avós, todo cuidado é pouco, por isso a orientação é procurar um médico para que o ele possa dar as orientações corretas. O uso frequente deste tipo de medicação pode acarretar danos à saúde.