Os vinhos produzidos no Vale do São Francisco vão passar a ter certificação de procedência. Com o reconhecimento, vinhos e espumantes passam a ter o registro de Indicação Geográfica (IG), uma espécie de selo que garante a qualidade dos produtos da região.
O registro de indicação foi publicado na revista do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) na última terça-feira (1º). A procedência geográfica compreende a produção dos municípios de Lagoa Grande (PE), Petrolina (PE), Santa Maria da Boa Vista (PE), Casa Nova (BA) e Curaçá (BA).
Embora localizadas em uma área de caatinga, as localidades têm produção agrícola irrigada, e as videiras estão ligadas diretamente ao Rio São Francisco.
De acordo com especialistas, o clima tropical do semiárido, as características da região e a latitude das cidades permitem a colheita de uvas ao longo do ano e a produção de vinhos e espumantes com sabores originais.
Na avaliação do chefe de Projetos de Indicação Geográfica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wellington Gomes, o reconhecimento permite a valorização dos produtos da região.
“O reconhecimento oficial da indicação de procedência Vale do São Francisco para vinhos é resultado de um trabalho articulado entre produtores, universidades e instituições públicas de pesquisa. Para a valorização dos produtos típicos de um país é imprescindível essa articulação, sendo que a participação do Estado ocorre no sentido de fomentar o desenvolvimento rural e regional das cadeias de valor”, disse.
Além do Vale do São Francisco, outras regiões brasileiras também têm a indicação de procedência, como o Vale dos Vinhedos e a Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul.
No site do Ministério da Agricultura é possível verificar as indicações nacionais e internacionais registradas no Brasil.