A Associação de Tênis Feminino (WTA) informou nesta quarta-feira (1) que decidiu suspender os torneios na China por causa das preocupações com a segurança da tenista chinesa Peng Shuai, ex-número um do mundo no ranking de duplas.
“Não vejo como posso pedir aos nossos atletas para competirem lá quando Peng Shuai não está autorizada a se comunicar livremente e tem sido aparentemente pressionada a contradizer sua alegação de agressão sexual”, disse o presidente da WTA, Steve Simon, em comunicado.
“Dado o atual estado de coisas, também estou muito preocupado com os riscos que todas as nossas jogadoras e funcionários poderiam enfrentar se realizássemos eventos na China em 2022”, acrescentou.
O paradeiro de Peng tornou-se um assunto de preocupação internacional após ela ter postado uma mensagem em uma rede social alegando que o ex-vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli a havia agredido sexualmente.
Em 21 de novembro, o presidente do COI, Thomas Bach, participou de uma videochamada de 30 minutos com Peng (que os apoiadores dizem que pode estar sob coação política), durante a qual ela lhe disse que estava a salvo e com a família e amigos.
Mas Simon, que disse que a decisão de suspender os torneios na China teve o apoio total da diretoria do WTA, não está convencido de que tudo esteja bem com Peng.
“Enquanto agora sabemos onde Peng está, tenho sérias dúvidas de que ela esteja livre, segura e não sujeita a censura, coerção e intimidação”, declarou.
“A WTA foi clara sobre o que é necessário aqui, e repetimos nosso apelo para uma investigação completa e transparente [sem censura] sobre a acusação de agressão sexual de Peng Shuai”, concluiu.