Farmácias associativistas crescem mais que mercado

As farmácias filiadas à Federação Brasileira das Redes Associativas de Farmácias (Febrafar) passam por um momento muito especial, com crescimento maior do que o mercado em geral em relação as demais farmácias. Em número de lojas, essas redes já somam cerca de 9.700 em todo país, representado 12% de todo o mercado.

Em relação às vendas, o número varia em cada rede associada à Febrafar. Entretanto, segundo o presidente da Febrafar, Edison Tamascia, as projeções são muito animadoras. Posso afirmar que fecharemos 2016 de forma positiva, com o crescimento acima da inflação. Para se ter ideia, o número de medicamentos a serem vendidos deverá ter uma alta de cerca de 5% em média, considerando o número de unidades, o que é muito bom”, explica.

A principal lição que a Febrafar tem divulgado aos associados em relação a 2016 é da necessidade de modernização das farmácias e capacitação dos gestores. Para tanto, a associação priorizou o fornecimento de novas ferramentas e de cursos para capacitação dos parceiros.

Projeções para 2017

Para 2017, Tamascia projeta a continuidade do crescimento, mesmo perante o cenário de crise que o país passa. “Com base em dados de análises de mercado, vemos que o setor farmacêutico tem ainda muito o que crescer no país. E como é um produto de primeira importância, ele é pouco afetado pelos ânimos da economia. Assim, para as farmácias que possuem planejamento, o crescimento é praticamente certo”, explica.

Esse fato faz com que a expectativa seja de que as redes e farmácias ligadas à Febrafar também cresçam. O ritmo de adesão ao associativismo é grande, além disso, boa parte dos donos de farmácias ligadas à Febrafar estão abrindo novas lojas. “Observo que a grande maioria das redes possuem projetos de expansão. Cito o exemplo das redes ligadas à administradora Farmarcas, que possuem atualmente pouco menos de 600 lojas e pretendem atingir 1.000 em meados de 2018. São muitos os diferenciais das lojas ligadas ao associativismo, sendo que a junção de várias empresas em torno de um objetivo comum aumenta a possiblidade de êxito”, complementa o presidente da Febrafar.

Dentre os benefícios de se ligar ao associativismo, ele cita o fato de esses empresários passarem a conviver de uma forma mais efetiva e afetiva entre si, uma vez que eram, até então, concorrentes, o que faz com que sejam mais empreendedores.

Outro ponto importante é que essas empresas unem forças para comprar em conjunto, possuem ações de marketing compartilhadas e administração profissionalizada, dentre outros aspectos que só são possíveis de realizar de forma coletiva. “Ao participar de uma associação, a empresa se torna mais competitiva”, conta Tamascia.

Desafios existem

Há também riscos para o mercado farmacêutico. Edison conta que, por muito tempo, um dos principais desafios das farmácias eram questões regulatórias; contudo, ele observa que essa preocupação, nos próximos anos, será mais para indústrias.

“Para as farmácias, com certeza, um grande desafio continuará sendo relativo à questão tributária, que é muito complexa e que proporciona um custo muito alto, basta ver os casos de substituição tributária. Infelizmente, a solução para minimizar esse problema seria uma reforma tributária, o que não há perspectivas de ser feito”, finaliza.

Está com dores na face? Cuidado com os dentes inclusos

Dentes inclusos, também conhecidos popularmente como “siso”, são dentes que, mesmo completamente formados, não fizeram o irrompimento na época normal na cavidade bucal. Na grande maioria das vezes, os dentes são os terceiros molares, que são os últimos dentes permanentes a aparecerem, geralmente não há espaço suficiente na cavidade bucal para acomodá-los, fazendo com que os terceiros molares fiquem inclusos.

Ou seja, “presos” embaixo da gengiva por outros dentes ou pelo osso. Em alguns casos, os dentes podem estar semi-inclusos, podendo apresentar pericoronarite, que se trata de uma inflamação/infecção da gengiva que recobre os dentes principalmente os terceiros molares podendo desencadear dores intensas.

Em alguns pacientes os dentes inclusos podem estar relacionados com sinais e sintomas como dores na região dos dentes inclusos, na região da face, dor de ouvido e, principalmente, dores de cabeça. Muitos pacientes relatam dores de cabeça e, logo após a remoção dos dentes, as dores desaparecem, podendo os dentes estarem ou não relacionados.

Para a cirurgia dos terceiros molares inclusos são necessários alguns exames laboratoriais antes da cirurgia, bem como uso do laser e medicações que ajudam na recuperação. O procedimento normalmente tem duração de 20 a 40 minutos para cada dente, e é realizada na maioria dos pacientes no consultório odontológico, com anestesia local, proporcionando menos risco cirúrgico e menor custo. Logo após o término, o paciente poderá ir para casa.

No pós-operatório, o paciente é orientado quanto ao uso de medicações para prevenção de dor e infecção, além das recomendações pós-cirúrgica. Em alguns casos pode ocorrer edema (inchaço) que irá depender do trauma que foi ocasionado no momento da cirurgia.

O paciente pode sentir um desconforto, porém não deve sentir dor. O procedimento nos dentes inclusos deverá ser realizado de preferência por um profissional especialista em cirurgia bucomaxilofacial ou um profissional capacitado que realizou algum curso de cirurgia bucal.