Fundação de Cultura iniciou reservas para mesas no revéillon

Teve início nesta segunda-feira, 17, as reservas de mesas para as pessoas que pretendem fazer a passagem de ano no Marco Zero de Caruaru. Ao todo, serão disponibilizadas 100 mesas, cada uma com quatro cadeiras. Tudo gratuito.

Os interessados devem ligar para a Fundação de Cultura e Turismo, das 8h às 13h, para fazer a reserva. É importante lembrar que o processo só será consolidado quando a documentação for apresentada na Fundação. Será necessário ir ao órgão com um documento de identificação com foto e o CPF. No dia 31, as mesas só estarão reservadas até às 22h30. Caso quem reservou a mesa não chegue até este horário, a mesma será repassada para outra pessoa.

A reserva segue enquanto houver vagas. A Fundação de Cultura funciona na Praça Coronel José de Vasconcelos, 100. O telefone para reserva é o 81 37023-4010. Procurar por Betânia; Wagner ou Reginaldo.

Programação de valorização da cultura negra e combate ao racismo é realizada em Caruaru

A Secretaria Especial da Mulher e Direitos Humanos promove a III Semana da Consciência Negra de Caruaru com uma série de atividades alusivas ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro em homenagem à morte do líder Zumbi.  Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do enfrentamento ao racismo, as ações serão estendidas até dezembro.

Oficina, Caminhada de Terreiros, exposição de matrizes africanas, roda de diálogo, palestra, cine-debate e semanas culinárias compõem a programação que irá discutir questões como a intolerância religiosa e a discriminação racial e propõe a valorização da cultura negra.

Dando início as atividades, na última segunda-feira (3) foi realizada, no Centro Administrativo da Prefeitura de Caruaru, uma oficina com o tema racismo institucional,  ministrada pela coordenadora colegiada da Rede de Mulheres de Terreiro de Pernambuco, Vera Baroni. Participaram da discussão representantes dos terreiros da cidade, do Conselho de Igualdade Racial, da Delegacia da Mulher e do Centro de Referência da Mulher Maria Bonita (CRMMB).

Na terça-feira (4), uma delegação de Caruaru, formada pelo gerente de Direitos Humanos, Aristóteles Veloso, a assessora de igualdade racial, Solange Pereira, e representantes dos terreiros da cidade, participou da 8ª Caminhada de Terreiros de Pernambuco, ocorrida em Recife. A caminhada de Caruaru terá sua quarta edição no dia 29 de novembro como ato de reflexão e incentivo ao combate de todas as formas de preconceito.

Raquel Lyra concede entrevista na Rádio Cultura de Caruaru

A deputada estadual Raquel Lyra (PSB) participou nesta sexta-feira (17) do programa Mesa Redonda, na Rádio Cultura do Nordeste, de Caruaru. “Minha palavra é de agradecimento ao povo de Caruaru e de Pernambuco pela expressiva votação”, comentou. Durante duas horas ela respondeu perguntas dos jornalistas César Lucena e Rosoni Santos, além dos ouvintes através das redes sociais. “Continuamos com nosso projeto de mudança para o Brasil. Infelizmente não foi possível com Eduardo e esta mudança agora é representada por Aécio”, disse sobre o segundo turno.

Acompanhada nos estúdios por diversas lideranças, vereadores e suplentes, Raquel Lyra foi questionada sobre as eleições de 2016 e comentou que ainda era muito cedo para tratar do assunto. “Ainda estamos no segundo turno de uma eleição e já falando na próxima. Inclusive defendo uma reforma política, com unificação das eleições, para que de cinco em cinco anos a gente vá a urnas e escolha todos os cargos”, afirmou. A deputada estadual ainda listou diversas obras do Governo do Estado em Caruaru, bem como projetos que desenvolveu na Secretaria da Criança e da Juventude e na Assembleia Legislativa.RAQUELRADIOCULTURA

Artigo: Cultura forte atrai profissionais fortes

Por Alexandre Slivnik

Organizações com colaboradores engajados e motivados apresentam uma cultura bem definida e respeitada não só pelos clientes internos, como também pelos clientes externos. Segundo uma pesquisa feita pela revista Carta Capital, em 2013, as empresas mais admiradas no brasil são: Natura, Apple, Ambev, Google, Itaú, Nestlé…e no mundo, de acordo com a revista Fortune, em 2013, são: Apple, Google, Amazon, Coca-Cola, Starbucks, Disney. Cada uma, à sua maneira, tem uma identidade marcante e clara, tanto para os funcionários como para o consumidor.

Para conseguir manter uma imagem forte, que ultrapassa os muros da organização, os colaboradores precisam estar em total sintonia com a cultura da empresa, ou ela não será praticada por eles. Uma organização, com missão definida, que cria processos condizentes com ela, ganha credibilidade com o seu time, pois terá mais do que um discurso, terá ações reais que provam o que fala. Por exemplo, se sua organização se diz aberta a receber as ideias de seus colaboradores, precisa realmente dar voz a eles. Se os líderes não dão liberdade para que os colaboradores falem abertamente, a cultura da sua organização não está sendo praticada e talvez você não esteja enxergando isto.

Uma empresa de cultura forte se preocupa em fazer com que seus valores sejam praticados em todos os momentos – nunca abandona seus funcionários. Está lá, junto com eles, mostrando que existe uma coerência nos processos. Tudo fala a mesma língua e funciona de maneira única: a contratação, o treinamento, a seleção, a relação com os funcionários, a entrega para o cliente.

A Disney, por exemplo, entre suas maiores preocupações estão a organização e a limpeza. Portanto, isso começa na mesa de trabalho de cada funcionário e vai até a entrada do parque. Quando um colaborador enxerga harmonia entre a teoria e a prática, ele fica mais engajado pela causa. E ter uma causa traz motivação e vontade de participar. Isso explica a paixão dos funcionários da Disney: eles trabalham felizes porque praticam todos os dias algo maior do que apenas sua função. Faz parte da essência cumprir a missão.

Outro case: A Apple. Todos sabem que essa empresa tem mais do que clientes, tem fãs apaixonados. Isso é ouro para qualquer corporação. Quem é “applemaníaco” veste a camisa com o símbolo da maçã no peito, tal qual torcer veste a camisa do time do coração. Tente falar mal da Apple para ele! Pode gerar uma discussão acalorada, digna de roda de futebol. E note o feito da Apple: o consumidor não ganha nada para falar bem dela, pelo contrário, ele paga. O que essa empresa tem de diferente? Será que o seu Iphone faz coisas que o Android não consegue? Pode ser que o Android faça até mais coisas! Entretanto, quando você vai a uma loja da Apple, começa a entender a diferença.

O colaborador dessa organização se enche de orgulho ao falar dos produtos e vende ideais de que você está comprando algo muito especial. A experiência de compra na Apple é maravilhosa, porque o vendedor não tem discurso pronto – ele de fato acredita naquilo.  Uma foto publicada em uma rede social quando a Apple inaugurou sua primeira loja no brasil, na cidade do Rio de Janeiro, simboliza muito bem o que estou afirmando. A imagem mostra um cliente portador de necessidades especiais conversando com o vendedor. O cliente não tinha as pernas e estava sentado em um skate. O vendedor não teve dúvidas: sentou-se no chão para atender melhor o comprador. Um atendimento atencioso como esse é reflexo de uma cultura definida e disseminada.

Talvez, a empresa não tenha funcionários apaixonados como os da Apple e da Disney. Muito pelo contrário! Eles estão insatisfeitos. Ou cabe a reflexão: “ nosso ambiente de trabalho não é tão pró-funcionário quanto o da Google… o que faço para reverter isso? “ Nesse caso, a primeira pergunta que você tem de fazer a si mesmo é se seu trabalho na organização o ajuda a cumprir sua missão pessoal, ou seja, se você se sente feliz trabalhando nela. Se a resposta for negativa, o melhor é começar a procurar um lugar que combine mais com você, ou começar a ser o agente de mudança na empresa. Se a resposta for: “ Sim, eu me sinto feliz trabalhando nessa corporação”, há maneiras de ajudar a empresa a se ajustar a um modelo de gestão de felicidade.

Antes de mais nada, é preciso saber que uma mudança efetiva só acontece quando ela é “top-down”, isto é, o líder dos líderes da organização, “ o cara” da empresa precisa acreditar nessa mudança de cultura. Se o cara topo, o dono, o principal executivo não acreditar, a mudança dificilmente acontecerá, pois as pessoas precisam de referências e de coerência.

Valores são transmitidos e assimilados pelas atitudes que temos. Se o líder máximo não cumpre prazos, o restante da empresa se sentirá livre para não cumpri-los também. Contudo, se o cara que está  no topo preza pelo atendimento ao cliente, acima de tudo, e se for preciso ligará para um consumidor para dar uma satisfação sobre um problema, os colaboradores da empresa se sentirão inspirados a fazer o mesmo. O líder acredita na mudança? Então, o líder precisa fazer com que seus diretores acreditem, e assim por diante, é um efeito cascata.

Este artigo é parte integrante do livro “ O Poder de Ser Você”, que estará a venda em todas as livrarias a partir de setembro.

Alexandre Slivnik é autor do best-seller O Poder da Atitude, sócio-diretor do Instituto de Desenvolvimento Profissional (IDEPRO), diretor-executivo da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). Palestrante e profissional com 17 anos de experiência na área de RH e treinamento, é formado em educação física pela Universidade Mackenzie, com ênfase em qualidade de vida empresarial. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência Disney no Brasil, tendo visitado e estudado profundamente os parques e feito os treinamentos do Disney Institute sobre os temas excelência em liderança, inovação e criatividade, qualidade em serviços e excelência em negócios. Leva periodicamente vários grupos de executivos brasileiros para treinamentos in loco nos bastidores do complexo Disney, em Orlando, nos Estados Unidos, para estudar e ensinar como as empresas podem incorporar a mesma excelência e felicidade, o que é também tema de suas palestras, cursos, treinamentos e seminários. 

Raquel Lyra discute educação e cultura em reunião

Reunião no comitê de Raquel Lyra, em Caruaru, discutiu
políticas públicas para cultura e educação. Organizado pelo jornalista e
poeta Hérlon Cavalcanti, participaram do encontro artistas, professores e
mestres em ciência política, como Arnaldo Dantas, Marcos Aurélio, Ana Maria
Barros e Perpétua Dantas. Sebá, do Teatro Mamusebá, agradeceu o apoio da
deputada estadual no incentivo à cultura. “Hoje nós estamos com 120 alunos
na escola Mamusebá”, comentou.

A atriz e professora de teatro Maria Alves agradeceu o apoio de Raquel Lyra
na sua área e sugeriu propostas fora do âmbito cultural, enfatizando as
dificuldades nas localidades urbanas da cidade. Outros temas como Economia
Criativa, Modelo de Transferência da Feira e Obras Públicas também foram
levantados. “Raquel, você representa para todas essas pessoas a esperança”,
comentou o organizador Hérlon Cavalcanti.14

Agrestina sedia implantação da Câmara Temática de Cultura do Comagsul

Agrestina sedia hoje a implantação da Câmara Temática de Cultura do consórcio Comagsul, que abrange 22 municípios do interior do estado. O objetivo é promover discussões e fortalecer a gestão de políticas voltada para o setor cultural das cidades. A Câmara Temática está prevista no estatuto do consórcio. Como município anfitrião, Agrestina irá acompanhar de perto as propostas.

A programação inicia às 14h, com apresentação da Mazuca de Agrestina, além da presença do Secretário de Cultura do Estado, Marcelo Canutu e representantes do FUNCULTURA.

“Estamos felizes com essa iniciativa e lembramos que trabalhar cultura não é fácil, porém ter a participação efetiva de representantes municipais nas ações irá contribuir com o desenvolvimento cultural de cada localidade”. Explanou Josenildo Santos, Secretário de Cultura Turismo e Juventude que representa o município no evento. Na ocasião também será apresentado o “Projeto Desbravando Agrestina” que contempla um roteiro histórico da cidade.10304701_661755093899420_6248201800555784835_n

Pernambuco leva cultura e atrativos turísticos ao interior de São Paulo

Nos dias 15 e 16 de agosto, a Secretaria de Turismo de Pernambuco, por meio da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), participa da 18ª edição da Feira Avirrp – promovida pela Associação das Agências de Viagens de Ribeirão Preto e Região; onde apresentará seus principais destinos e atrativos turísticos aos profissionais do setor.

A Empetur contará com estande de 28 m², em parceria com a Prefeitura do Recife, com a Associação de Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG) e com a Administração de Fernando de Noronha. Entre as ações desenvolvidas na feira estão, além da distribuição de material promocional, a realização de capacitações em turismo dos destinos indutores e um capacitação especial no estande do Ministério do Turismo, no dia 16.

Pernambuco promove a festa de encerramento da feira em parceria com a Operadora Flytour. O tema da noite será “Festa Brega” – homenagem ao rei do brega pernambucano – Reginaldo Rossi – e terá como atração o cantor e compositor André Rio, que fará um show dedicado ao rei. A gastronomia pernambucana também será destaque na festa com cardápio elaborado pela típica culinária do Estado.

Na edição deste ano, a estimativa é que a Feira Avirrp receba um público de aproximadamente dois mil profissionais do setor de turismo provenientes de vários municípios do interior de São Paulo e também de várias cidades do Brasil.

Opinião: A cultura do pessimismo

Por Daniel Finizola

Há alguns meses que estamos assistindo nas mídias tradicionais e alternativas a disseminação de um “ódio” como nunca antes visto no país. Quem não lembra de todo o pessimismo entrono na Copa? A imprensa nacional e internacional transformaram o Brasil num inferno. Nada iria funcionar. De repente o quadro muda, e Copa passou a ser aclamada como a Copa das Copas. Quem estava errado? Quem formou esse opinião pública massificada e pouco informada? Vai prevalecendo a informação frente à comunicação. O problema é: quem produz esse informação e a quem serve?

Lógico que o brilho da Copa não anula os absurdos que aconteceram para que ela fosse realizada. Falta de transparência e desapropriações arbitrárias são apenas alguns dos problemas que se acumulam no processo, mas o fato é que muitos tiveram que engolir o seu excessivo pessimismo em relação ao evento no país.

Ouvi algumas pessoas falando “estou triste por não ter comprado um ingresso para assistir um jogo”. Uma dessas pessoas admitiu que não procurou comprar um ingresso porque ficou decepcionada e assustada com tudo que saiu na imprensa sobre o mundial de futebol no Brasil. Enquanto isso, os brasileiros dão um show de simpatia e alegria. Lógico que vários problemas também aconteceram, mas nada capaz de acabar com o brilho do mundial.

Além do pessimismo, comentários infelizes são vistos na grande mídia. Muitos são preconceituosos, racistas. Cheio de valores que contribuem para a segregação em nosso país. Pior é ver que esses comentários são proferidos por pessoas tidas como referência e que construíram isso fazendo uso da mídia tradicional, contribuindo para formar a opinião pública.

A última foi a do jornalista, historiador e escritor Eduardo Bueno, que em um programa da SportTV mandou a frase “o Nordeste é uma bosta”. Lógico que não faltaram críticas. Bueno ganhou notoriedade nacional com seus quadros sobre história do Brasil na TV aberta em programas como o Fantástico. O historiador já declarou que está preparando um vídeo para as redes sociais e rasga o verbo: “O Nordeste é uma bosta porque o Brasil é uma bosta”.

É importante entender que o Brasil é uma país complexo, de dimensões continentais, com uma diversidade cultural impar. Lógico que isso não é novidade para o historiador Bueno, que sabe muito bem a origem dos desafios desse país, mas, talvez, seja novidade para muitos dos pessimistas que tomam o país.

É preciso criticar quando necessário, fiscalizar, interagir e cobrar. Esses são alguns dos caminhos que possibilitarão um país diferente desse que muitos criticam, ora com razão, ora com interesses escusos e hipócritas. A ditadura militar no país propagou o slogan “Brasil: ame-o ou deixo-o”. Hoje, temos várias pessoas que – aparentemente – detestam o Brasil e nem por isso são obrigados a deixar o país. Seria muito melhor que essas pessoas fizessem a disputa política a partir das instituições pública que propiciam a participação e interação social. Esse é o caminho para acabar com os resquícios dos Anos de Chumbo.

@DanielFinizola, formado em ciências sociais pela Fafica, é músico, compositor e educador. Escreve todas as quartas-feiras para o blog. Site: www.danielfinizola.com.br

Parceria com Ministério da Cultura e Ancine renderá R$ 20 milhões para o audiovisual de Pernambuco

O governador João Lyra Neto participou, junto com a presidente Dilma Rousseff, do lançamento do Programa Brasil de Todas as Telas. A iniciativa objetiva ser o maior programa de desenvolvimento do setor do audiovisual, transformando o Brasil num dos cinco maiores centros produtores e programadores de conteúdos do Mundo.

A solenidade de lançamento ocorreu na tarde desta terça-feira (01/07), no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, João Lyra Neto, que administra um Estado que figura entre os três maiores produtores de audiovisual do Brasil, reforçou a parceria de Pernambuco com o Ministério da Cultura e a Agência Nacional do Cinema (Ancine).

O Estado de Pernambuco aderiu recentemente à chamada Pública Nº 1 da Ancine e aguarda um aporte de R$ 8,5 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual. Esses recursos suplementarão o Edital do Audiovisual de Pernambuco (Funcultura Audiovisual) para os anos de 2014/2015. No último ano, o Funcultura garantiu investimentos de R$ 11,5 milhões, o que, somados aos recursos federais, proporcionaria um aporte total de R$ 20 milhões para o próximo ano.

“A tradição pernambucana na área do audiovisual se consolidou ainda mais a partir do Edital do Audiovisual de Pernambuco (Funcultura Audiovisual) com um estímulo maior para a produção local, em valores a cada ano maiores”, destacou o governador, lembrando que, desde 2007 até 2014, já foram investidos no setor do audiovisual recursos da ordem de R$ 55,5 milhões, beneficiando 568 projetos, via editais. “Em 2006, o investimento era de R$ 500 mil. No ano da atual gestão, esse valor vem numa crescente, chegando a R$ 11,5 milhões em 2013/2014”, ressaltou o secretário de Cultura, Marcelo Canuto.

Recentemente fixado como Lei pelo governador João Lyra Neto, o Funcultura Audiovisual é uma referência nacional para o setor e considerado um dos instrumentos mais transparentes e importantes na área no País. Lançado anualmente, o edital do Funcultura abrange toda a área de audiovisual, desde cineclubes a longas metragens.

MAIS AÇÕES – O fortalecimento da cadeira produtiva do cinema em Pernambuco passa ainda por ações de difusão, como o projeto Cinema na Estrada, que nos últimos dois anos realizou 100 exibições em 78 cidades ou distritos do Estado. A ação acontece dentro do circuito de festivais de cultura intitulados Pernambuco Nação Cultural, realizado durante todo o ano, atingindo todas as macrorregiões de Pernambuco, em locais onde o acesso à produção e a equipamentos culturais, como o cinema, é restrito ou mesmo inexistente.

Em 2008, o Governo do Estado criou o Festival de Cinema de Triunfo, um festival de caráter nacional, cujo objetivo é interiorizar as ações de cinema. Este ano, o festival acontece de 4 a 9 de agosto, reunindo 42 produções e cineastas de 11 estados brasileiros. Outra ação governamental importante é o FestCINE, que está na 15ª edição. O evento é direcionado exclusivamente aos curtas de Pernambuco.

O já citado edital do Funcultura Audiovisual proporciona, além da produção de conteúdos, o desenvolvimento e fortalecimento de outros festivais de cinema, produzidos por entidades da iniciativa privada. Em 2006, existiam nove festivais de cinema em Pernambuco. Em 2012, esse número passou para 30.

São políticas públicas como esta que fazem do cinema pernambucano um dos mais aclamados e premiados do país, pela crítica e instituições nacionais e internacionais. Entre os filmes de cineastas pernambucanos mais premiados nos últimos anos, estão “O Som ao Redor” (Kléber Mendonça Filho), “Febre do Rato” (Cláudio Assis), “Tatuagem” (Hilton Lacerda), “Eles Voltam” (Marcelo Lordello), “Era uma vez Eu, Verônica” (Marcelo Gomes), “Boa Sorte meu Amor” (Daniel Aragão), “Doméstica” (Gabriel Mascaro), “Rio Doce-CDU” (Adelina Pontual), “Pernamcubanos” (Nilton Pereira), entre outros.

Humberto diz que Lei Menino Bernardo vai mudar cultura brasileira

Com o apoio integral do PT, liderado pelo senador Humberto Costa (PE), o Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto enviado pelo governo ao Congresso que garante o direito a crianças e adolescentes de serem educados sem castigos físicos. A Lei Menino Bernardo, chamada anteriormente de Lei da Palmada, segue agora para sanção presidencial. A apresentadora de tevê Xuxa Meneghel, militante dos direitos infantis, participou da sessão no plenário do Senado.

Na tribuna do plenário, Humberto anunciou o apoio fechado da bancada do PT à proposta.  “Essa lei vai mudar os costumes e a cultura do brasileiro. Vai fazer com que as pessoas pensem em alternativas e métodos para se criar uma criança e um adolescente. Estamos esclarecendo aos responsáveis como se pode e se deve agir com os seus filhos”, declarou.

O parlamentar lembrou que no passado, quando se falava sobre a violência doméstica contra a mulher, havia uma concepção de que “em briga de marido e mulher ninguém deveria meter a colher”. Segundo o senador, o argumento era de que o Estado não poderia invadir a intimidade da família.

“Atualmente, em pleno século 21, vemos que as pessoas ainda usam o castigo físico e a violência com os filhos e isso não significa que elas estejam certas. A lei é necessária para criar constrangimentos e mudar essa mentalidade”, avaliou.

Bernardo

O Projeto de Lei da Câmara 58/2014, que recebeu o nome de Menino Bernardo – em referência ao menino gaúcho morto brutalmente pela madrasta com o consentimento do pai – altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para proibir o tratamento cruel ou degradante como forma de correção. Estão sujeitos à lei pais, integrantes da família, responsáveis ou qualquer pessoa encarregada de cuidar dos menores de idade.

Pelo texto, castigos físicos são conceituados como qualquer ação punitiva ou disciplinar com emprego de força física que resulte em sofrimento físico ou lesão. Já o tratamento cruel ou degradante é tratado como qualquer um que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize o menor de idade.

Quem for flagrado agredindo o menor será encaminhado a um programa comunitário de proteção a família, tratamento psicológico ou psiquiátrico e fará cursos de orientação. Além disso, dependendo da gravidade do caso, será obrigado a encaminhar a criança a tratamento especializado e ainda advertido. A proposta também determina que o profissional da saúde, educação e assistência social que não comunicar às autoridades competentes fato que tenha conhecimento serão multados de 3 a 20 salários mínimos.