Franquia de purificadores de água é alternativa em meio à crise hídrica

Beber água diariamente é uma recomendação constante para garantir o bom funcionamento do organismo, no entanto, é importante ficar atento a algumas questões, como a boa qualidade do líquido que será ingerido, usado para lavar alimentos ou para cozinhar. Por isso, é importante ficarmos atentos às diferenças entre os filtros e purificadores disponíveis no mercado.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Brasil, cerca de 50% dos lares possuem algum tipo de filtro de água, sendo em sua maioria os famosos filtros de barro. Nos últimos tempos nos deparamos com a realidade negativa da crise hídrica que atinge o dia a dia de muitas famílias no país, fato que tem impulsionado o surgimento de negócios focados no mercado da água e, principalmente, tem motivado as pessoas a adotar medidas para garantir a qualidade da água em seus lares.

A queda na capacidade dos reservatórios do Brasil tem sido observada há algum tempo, principalmente, no estado de São Paulo em que, somente no mês de setembro, o nível do Sistema Cantareira registrou a 25ª queda seguida e chegou a 15,9% da capacidade, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

“No atual cenário econômico, o mercado da água se tornou uma oportunidade para nós, a ponto de não sentirmos o impacto da crise. Posso dizer que enquanto as pessoas estão chorando, eu estou vendendo lenços”, afirma Paulo Oliveira, primeiro franqueado da Hoken – empresa especializada na fabricação de purificadores de água de alta tecnologia – na cidade do Rio de Janeiro.

Visto como algo promissor, o mercado da água é para muitos empreendedores fonte de vida e de cifras milionárias, uma vez que a crise hídrica se tornou uma oportunidade para a venda de purificadores de água. Franquias como a Hoken, que há 18 anos atua com a venda de aparelhos para garantir a qualidade da água oferecida aos clientes, têm aproveitado esse momento para intensificar seus planos de expansão e atrair novos franqueados.

Com 150 unidades espalhadas pelo Brasil, o Grupo Hoken espera fechar este ano com 70 a 100 novas lojas. “Nós temos a preocupação de levar saúde aos nossos clientes e, com isso, a crise hídrica evidencia ainda mais o nosso modelo de negócio e devemos registrar um crescimento de dois dígitos nas vendas de purificadores de água”, afirma o diretor geral da empresa, Claudio Eschecolla.

Para o franqueado Paulo Oliveira, que antes de abrir o próprio negócio trabalhava no setor de industrial, investir no segmento de purificadores de água foi uma boa oportunidade tanto pela possibilidade de gerir a própria empresa quando pelo produto oferecido. “Eu e meu sócio vimos na Hoken a possibilidade de voltarmos ao mercado de uma nova forma e a ótima viabilidade do negócio da marca nos permitiu isso”, diz.

Coluna: Ter filhos cedo é um péssimo negócio

Por Menelau Júnior

Sei que o título desta coluna não é agradável àquelas que sonham com a maternidade. Entretanto, a constatação não é minha, mas da Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): apenas uma em cada dez mulheres brasileiras entre 15 anos e 29 anos com pelo menos um filho continua estudando – e se você está entre elas, parabéns duplamente! . 41,8% delas ainda conseguiram concluir o ensino médio, mas não avançaram nos estudos, e 48,2% abandonaram a escola sem terminar a educação básica. Só para se ter uma ideia de como um filho atrapalha a vida escolar das mulheres, das que não têm crianças apenas 11,2% abandonaram a escola sem concluir o ensino médio.

Quando a gravidez ocorre na adolescência, o drama é igualmente perturbador: entre mulheres de 15 anos a 17 anos, apenas 28,4% continuam a estudar quando têm filho. Entre as sem filhos, a proporção chega a 88,4%.

É preciso lembrar que, nas universidades, o número de mulheres matriculadas já supera o dos homens. Os números do abandono entre as que têm filho ficam ainda mais claros diante deste fato. Ou seja, ter filho em idade de estudos – entre 15 e 29 anos – é um péssimo negócio para as mulheres que pretendem investir nos estudos e na carreira.

Outros números do IBGE confirmam a tese. No Sudeste, onde a população tem os melhores índices educacionais, verifica-se a menor taxa de filhos por casal. E pela primeira vez na história o Brasil registrou taxa de menos de 2 filhos (1,9) por casal. As mulheres, como se vê pelos números, estão adiando ao máximo a maternidade em nome da realização profissional e do aperfeiçoamento nos estudos.

Paradoxalmente, continua grande o número de adolescentes grávidas, principalmente nas camadas mais pobres da população. Além dos problemas econômicos que essa parcela já enfrenta, outro se atrela: a falta de perspectivas em função do abandono escolar. E sem escola não há mudanças sociais. Em outras palavras, como num ciclo vicioso, as mais pobres têm mais filhos, abandonam a escola e, por isso, vão continuar pobres. Bolsa família não muda a situação social efetiva de ninguém, a não ser na cabecinha oca dos petistas que mamam na Petrobras.

É, portanto, imperativo que sejam pensadas políticas de educação sexual nas escolas. O assunto precisa ser debatido com urgência pelo governo, pelas escolas e pela sociedade civil. A mesma sociedade que exalta a maternidade condena as mulheres que optam por filhos mais cedo. No mundo moderno, ter filhos continua sendo maravilhoso. Mas só depois dos estudos e do sucesso profissional.

Menelau Júnior é professor de português