Caruaru ganha dois prêmios nacionais de inovação em saúde

A UPE e a UFPE, em parceria com a Secretaria de Saúde de Caruaru, ganharam dois prêmios nacionais de inovação em saúde, o INOVA SUS 2015. Os projetos receberão incentivos de 120 mil reais do governo federal e um deles é inédito, sendo a primeira experiência do país em residência multiprofissional em área rural que vem acontecendo, a cerca de um ano, em sítios como Rafael, Xicuru e Contenda.

No primeiro lugar geral, referente à Região Nordeste, na modalidade I, ficou o projeto da UPE “Saúde do Campo: ressignificando saberes e práticas entre trabalhadores e movimentos sociais”. Na prática 40 residentes de várias profissões de saúde como dentistas, serviço social, enfermeiros, fisioterapeutas, dentre outros, fazem um acompanhamento sistemático aos moradores da zona rural, sendo, dessa forma, um apoio ao Estratégia de Saúde da Família.

Já na modalidade II, o primeiro lugar foi para a UFPE, com o projeto “ Qualificação e Expansão das Ações do Laboratório de Sensibilidades, Habilidades e Expressão”. Nesse projeto, o estudante de medicina busca estimular a prática da humanização do serviço e, após aprendizagem, vai a campo, atender a comunidade, como vem acontecendo com campanhas do tipo “Lava Pés” que já faz parte do calendário da Semana Santa e busca identificar pacientes com diabetes que estão com seus pés comprometidos com possíveis amputações.

Cerca de 30% dos jovens consomem doces em excesso

Pesquisa do Ministério da Saúde aponta que um em cada cinco brasileiros consome doces em excesso, cinco vezes ou mais na semana. O índice é ainda maior entre os jovens: 28,5% da população de 18 a 24 anos possui alimentação com excesso de açúcar. Nessa faixa etária, 30% também costuma beber refrigerantes diariamente. Esses hábitos preocupam diante do avanço de doenças crônicas no país, em especial o diabetes. A doença atinge atualmente 7,4% da população adulta do país, acima dos 5,5% registrados em 2006.

Os dados são da pesquisa Vigitel 2015 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), lançado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (7), Dia Mundial da Saúde. O estudo monitora fatores de risco para doenças crônicas, atualmente responsáveis por 72% dos óbitos no país. Foram entrevistados por telefone 54 mil adultos (18 anos ou mais) que vivem nas capitais brasileiras.

O diabetes é mais frequente nas mulheres (7,8%) que nos homens (6,9%) e se torna mais comum com o avanço da idade. Entre as cidades, o Rio de Janeiro apresentou o maior índice (8,8%), seguido de Porto Alegre (8,7%) e Campo Grande (7,9%). Palmas (3,9%) apresenta o menor percentual de população adulta com diagnóstico de diabetes, junto com São Luís (4,4%), Boa Vista (4,6%) e Macapá (4,6%).

“O crescimento do diabetes é uma tendência mundial, devido ao processo de envelhecimento da população, sendo diretamente ligado as mudanças dos hábitos alimentares e à prática de atividade física. A obesidade é um dos principais fatores de risco e precisamos conscientizar e educar cada vez mais nossas crianças e jovens para o cuidado precoce da saúde, evitando o adoecimento”, destaca o ministro da Saúde, Marcelo Castro. “O Ministério da Saúde tem atuado na promoção de hábitos saudáveis e alcançado resultados importantes no acesso a diagnóstico, assistência e tratamento, fundamentais para conter o avanço da doença e reduzir as complicações. Sem dúvida, essa é uma conquista do SUS”, reitera.

Apesar do avanço do diabetes no país, o número de internações devido a complicações da doença reduziu 11,5% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram 67,1 internações por 100 mil habitantes contra 75,9 por 100 habitantes em 2010. Ano passado, foram registradas 137,4 mil internações por agravos da doença no SUS, a um custo de R$ 92 milhões. Esse é resultado de políticas voltadas à melhoria do atendimento na Atenção Básica e expansão do acesso à medicamentos.

A mortalidade prematura (pessoas com menos de 70 anos) também caiu entre 2000 e 2013, acompanhando a tendência em relação ao óbito por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) nessa faixa etária que reduziu 2,5% ao ano no período. Esse índice está acima da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que era de queda de 2% ao ano. Mas ainda é alto o número de pessoas que morrem por causa do diabetes no Brasil, foram registradas 58.017 óbitos em 2013.

MANUAL DO PÉ DIABÉTICO – A complicação mais frequente da doença, o chamado “pé diabético”, ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve feridas. Cerca de 20% das internações por diabetes deve-se a lesões nos membros inferiores e 85% das amputações não traumáticas são precedidas de feridas. Para reduzir esses índices, o Ministério da Saúde lança o Manual do Pé Diabético para orientar profissionais de saúde na assistência ao paciente.

Cuidados simples, como a procura diária nos pés de feridas, bolhas ou áreas avermelhadas, bem como observar a presença de dormência e até mesmo orientações quanto ao tipo de sapato utilizar, são importantes no diagnóstico e assistência adequada e podem evitar uma futura complicação ou mesmo a amputação. Essas e outras medidas estão presentes no documento que será disponibilizado para as equipes de Atenção Básica e de outras unidades de saúde.

O Ministério da Saúde tem investido em políticas de promoção da saúde e redução de agravos por doenças crônicas. As mais de 40 mil equipes de Saúde da Família cobrem atualmente mais de 60% do território brasileiro. As equipes contam com o apoio de profissionais, como nutricionistas, fisioterapeutas e de educação física que ficam nos mais de 4.000 Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Também são realizadas ações de promoção à saúde com mais de 18 milhões de alunos do ensino fundamental por meio do Programa Saúde na Escola. Pela atenção básica é possível resolver até 80% dos problemas de saúde.

Sobre o incentivo a prática de atividade física destaca-se o Programa Academia da Saúde, que já conta com 1.568 polos com equipamentos e profissionais qualificados. Além disso, o novo Guia Alimentar para a População Brasileira e o livro Alimentos Regionais Brasileiros do Ministério da Saúde orientam as famílias a optarem por refeições caseiras e evitarem a alimentação fast food.

Segundo dados do Vigitel, 87,2% da população com diabetes utiliza medicamento para controle da doença. O SUS oferece gratuitamente tratamento como insulinas e medicamentos, além de reagentes e seringas que ajudam no monitoramento do índice glicêmico do paciente. Esses produtos estão disponíveis nas unidades de saúde ou por meio do Aqui Tem Farmácia Popular, que está presente em mais de 4 mi municípios. Por meio deste programa, no ano passado, mais de 6,2 milhões de pacientes buscaram medicamentos gratuitos para diabetes. Esse número é mais que o dobro do total beneficiado em 2011 (2,6 milhões).

Essas e outras ações integram o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, que tem como meta deter o crescimento da diabetes e outros fatores de riscos, bem como incentivar a adoção de hábitos saudáveis entre a população.

Ministério da Saúde libera R$ 3,4 milhões para projetos de fitoterápicos

O fortalecimento e a ampliação da oferta de plantas medicinais e de fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) é o objetivo de doze projetos selecionados por meio de edital que estão recebendo, do Ministério da Saúde, R$ 3,4 milhões. O recurso será aplicado na compra de insumos, materiais de consumo, contratação de pessoal e capacitação de profissionais. Outros R$ 594 mil serão distribuídos entre os projetos selecionados e poderão ser utilizados na compra de mobiliário e equipamentos.

Os projetos selecionados estão em cidades dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. O incentivo tem o objetivo de fortalecer os projetos e aumentar a oferta de plantas medicinais e de fitoterápicos – com segurança, eficácia e qualidade – no SUS.

Um deles é o projeto do município de Toledo, no Paraná. A secretaria municipal de Saúde produz e distribui as plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos para a comunidade dentro das unidades de saúde. Antes de tomar o medicamento, o paciente tem acesso, na rede pública de saúde, a uma consulta com o profissional prescritor. Após a receita médica, no caso de manipulados, os medicamentos são preparados na Farmácia Escola, parceira do projeto, e entregues gratuitamente aos usuários do SUS. Os tratamentos envolvem doenças de baixa gravidade tratáveis na atenção básica, como algumas respiratórias e digestivas, e o tratamento de determinados tipos de feridas.

Atualmente, o SUS oferta doze medicamentos fitoterápicos que são indicados, por exemplo, para uso ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares terapêuticos de gastrite e úlcera, além de medicamentos com indicação para artrite e osteoartrite. De acordo com o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), os fitoterápicos mais utilizados na rede pública são o guaco, a espinheira-santa e a isoflavona-de-soja, indicados como coadjuvantes no tratamento de problemas respiratórios, gastrite e úlcera e sintomas do climatério, respectivamente.

“Desde 2012 o Ministério da Saúde vem apoiando projetos da cadeia produtiva de plantas medicinais e de fitoterápicos por meio de editais. Com este repasse de R$ 3,4 milhões, destinado a custeio, os municípios e estados já podem iniciar a execução de seus projetos. A ação visa à disponibilização de fitoterápicos no SUS, porque entendemos a importância deste recurso terapêutico para a população e para o país”, afirma o diretor de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior.

Os produtos fitoterápicos e plantas medicinais, assim como todos os medicamentos, são testados para o conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, e também para garantir  a qualidade do insumo. Cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e às Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais o controle desses medicamentos.

Ministério da Saúde começa a enviar vacina contra gripe H1N1 aos estados

O Ministério da Saúde começa a enviar hoje (1º) aos estados a vacina contra a gripe. A entrega das doses aos municípios, segundo a pasta, é de responsabilidade dos governos estaduais. A campanha nacional de vacinação está prevista para ocorrer de 30 de abril a 20 de maio, mas alguns estados optaram por antecipar o início da imunização em razão de surtos de influenza A (H1N1), conhecida como gripe A.

De acordo com o ministério, nas três primeiras remessas da vacina, a serem enviadas até o dia 15 de abril, os estados vão receber 25,6 milhões de doses, o que corresponde a 48% do total de lotes a serem encaminhados para toda a campanha deste ano. Do montante, 5,7 milhões serão entregues ao estado de São Paulo, onde já foram registradas cerca de 40 mortes atribuídas ao vírus H1N1.

“A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo, observando a reserva adequada do produto para a campanha nacional. O cronograma de distribuição aos estados é elaborado de acordo com a entrega da vacina pelo laboratório produtor. As vacinas serão enviadas em seis remessas”, informou o ministério.

A pasta reforçou que, além da imunização, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por gripe. As ações de maior destaque incluem lavar sempre as mãos; evitar locais com aglomeração de pessoas (que facilitam a transmissão de doenças respiratórias); cobrir a boca com o braço ao tossir ou espirrar; utilizar álcool em gel nas mãos; e, caso julgue necessário, usar máscara de proteção.

“A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza tem como objetivo reduzir as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus na população alvo da campanha, como gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, as quais têm mais risco de adoecer”, destacou o ministério.

Ação gratuita de combate à alergia tira dúvidas da população

A asma atinge cerca de 10 milhões pessoas em todo o País e é uma das principais causas de internamentos no SUS, segundo o Ministério da Saúde. A asma mata cerca de 7 pessoas por dia e caracteriza-se como uma doença das vias aéreas ou brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões) causada por inflamação das vias aéreas. Pensando nisso, o médico alergologista e membro da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, em Pernambuco (ASBAI-PE), Waldemir Antunes, realiza entre os dias 04 e 08 de abril, uma ação para orientar a população sobre as alergias. Durante a próxima semana, o médico traz esclarecimentos sobre os tipos de alergias, prevenção e tratamento. A programação também contará com palestras relativas as alergias. Todo o atendimento é gratuito e aberto ao público.

Os principais sintomas de uma pessoa asmática são falta de ar, aperto no peito com chiado e tosse seca. “O diagnóstico é feito por meio da prova de função pulmonar e quando confirmado, o paciente deve fazer o tratamento preventivo sob orientação médica. Não fazer jamais automedicação”, afirma Waldemir Antunes, médico alergologista e membro da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, em Pernambuco (ASBAI-PE). Ainda de acordo com o médico, a asma é mais comum no período da infância até a adolescência.

Grande parte da população não tem conhecimentos devidos sobre a asma e muitas vezes só procuraram o atendimento quando já estão em fortes crises. O tratamento é realizado a partir de um diagnóstico sobre qual a causa da alergia. “Fazemos testes cutâneos alérgicos e prova de função pulmonar. Para a prevenção temos a imunoterapia com antígenos. É uma vacina terapêutica para doenças alérgicas”, esclarece Waldemir Antunes.

De acordo com a Organização Mundial da Alergia (WAO, sigla em inglês) a previsão é que o número de asmáticos chegue a 400 milhões em todo o mundo até 2025. Ainda segundo o WAO, entre 30 e 40% da população mundial têm renite alérgica, que é uma das manifestações mais frequentes da alergia.

Ministério da Saúde divulga cronograma de envio da vacina contra gripe

O Ministério da Saúde esclarece que, a partir do dia 1º de abril, inicia o envio aos estados da vacina contra a influenza de 2016. A entrega aos municípios, por sua vez, é responsabilidade dos estados.

Nas três primeiras remessas (1º a 15 de abril), os estados receberão 25,6 milhões de doses, que corresponde a 48% do total a ser enviado para a campanha deste ano. Desse montante, serão entregues 5,7 milhões de doses para São Paulo.

A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo, observando a reserva adequada do produto para a campanha nacional. A Campanha acontece em todo o país do dia 30 de abril a 20 de maio, sendo o dia 30 de mobilização em todo o país.

O cronograma de distribuição aos estados é elaborado de acordo com a entrega da vacina pelo laboratório produtor. As vacinas serão enviadas em seis remessas.

Total de doses enviadas nas duas primeiras entregas (1º a 15 de abril)

REGIÃO DOSES ENVIADAS
Norte 4.174.000
Nordeste 6.028.965
Sudeste 9.987.620
Centro-Oeste 1.828.900
Sul 3.535.280

PREVENÇÃO – o Ministério da Saúde reforça que, além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por influenza. Medidas de higiene, como lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias, são algumas destas medidas.

MEDICAMENTO – Cabe ressaltar que todos os estados estão abastecidos com o Fosfato de Oseltamivir, medicamento para tratar a doença, que devem disponibilizá-lo em suas unidades de saúde. É importante que o medicamento seja administrado nas 48 horas do início dos sintomas.

VACINAÇÃO – A Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza tem como objetivo reduzir as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus na população alvo da campanha, como gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, as quais têm mais risco de adoecer.

No ano passado, a Campanha imunizou 84,3% do público-alvo, ultrapassando a meta de vacinar 80% do público alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença.

Tuberculose ainda preocupa em Pernambuco

Apesar de ser uma doença antiga, ela ainda é responsável por milhões de mortes anualmente em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), só no Brasil, cerca de 5 mil pessoas morrem por ano, vítimas da doença. Pernambuco registra por ano uma média de 4,5 mil novos casos de tuberculose, com uma média de 350 mortes. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), no ano passado o estado registrou 4.692 casos da doença.

O pneumologista Guilherme Costa, do Hospital Jayme da Fonte, explica que se trata de uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas que também pode se apresentar em outras partes do corpo. 24 de março é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento da doença, que está atrás apenas do HIV/AIDS em casos de fatalidade causada por um único agente infeccioso.

Ela é causada por uma bactéria, o bacilo de Koch, que é transmitido pelo ar. “Quando alguém infectado tosse, fala ou espirra, ela expele gotículas de saliva com aerossóis contendo os bacilos. A transmissão acontece quando pessoas sadias respiram o ar contaminado, de forma íntima e frequente”, detalha o médico. A aglomeração de pessoas é um grande fator de transmissão. Pessoas com baixa imunidade também estão mais propensas a adquirir tuberculose, como os pacientes em uso de corticoide, quimioterapia ou portadores do HIV.

A gravidade do problema vem porque muitos pacientes não apresentam sintomas e outros ignoram os sinais: tosse contínua acompanhada de secreção por mais de quatro semanas, cansaço excessivo, sudorese noturna, palidez, falta de apetite, febre baixa, emagrecimento acentuado. Em alguns casos mais graves, pode haver dificuldade na respiração, eliminação de grande quantidade de sangue ao tossir, e até dor torácica. Existem vários tipos de tuberculose, mas a pulmonar é a forma mais freqüente e generalizada da doença.

Dr. Guilherme explica que o diagnóstico clínico é suspeitado pela análise dos sintomas e radiografia do tórax. “Exames como a baciloscopia de escarro e a cultura são importantes para confirmar o diagnóstico, afirma o pneumologista. O tratamento é feito com o uso de antibióticos, dura por seis meses na maioria dos casos e leva à cura da doença. Mas é muito importante não interromper o tratamento. Alguns pacientes param de tomar a medicação porque não apresentam mais sintomas, mas a tuberculose ainda pode não ter sido curada. “Isto faz com que os microrganismos fiquem ainda mais resistentes, agravando a doença”, afirma Dr. Guilherme.

A tuberculose é uma das maiores preocupações da OMS, que já declarou a doença como emergência mundial por seu caráter contagioso e suas complicações. No Brasil, apesar de estar sob controle, em 2013, foram notificados quase 70 mil novos casos. Em 2014, só no Recife foram registrados 131 casos de tuberculose, e este ano cinco novos casos já foram notificados. “Por este motivo, é muito importante ficar atento aos sintomas e também ao tratamento”, finaliza o médico.

Vigilância Sanitária interdita novamente farmácia veterinária

No último dia 17 de março foi realizada uma ação conjunta da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco – Adagro, Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco – CRMV-PE e da Vigilância Sanitária-Visa Garanhuns, para a interdição da Farmácia Veterinária Fofinho, em Garanhuns. O estabelecimento estava comercializando produtos com a validade vencida, violada ou ilegível, além de produtos fracionados e sem registro de lote.

No local foram apreendidos 284 produtos irregulares. Foram 63 unidades de cosméticos veterinários, 100 medicamentos veterinários e 121 unidades de petiscos e raçoes para cães, gatos e outras espécies, totalizando 68 kg de comida imprópria para o consumo animal.

Esta é a segunda vez que a farmácia é autuada pelos órgãos de fiscalização. A primeira interdição, aconteceu em setembro do ano passado, quando 2.633 produtos foram apreendidos por conter diversas irregularidades.

Novamente o caso foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Pernambuco (135º Circunscrição de Garanhuns) e também a Promotoria de Justiça do Ministério Público de Garanhuns.

 

Saúde seleciona boas experiências de combate ao Aedes aegypti

O Brasil está mobilizado para o combate ao Aedes aegypti. Diferentes ações são desenvolvidas diariamente para envolver toda a população no controle do mosquito, que transmite a dengue, a chikungunya, além do vírus Zika, relacionado ao aumento de casos de microcefalia. O Ministério da Saúde quer reunir e divulgar essas experiências para que possam ser replicadas em todo o país. Para isso, lançou chamada para premiar as melhores iniciativas desenvolvidas por profissionais de saúde, prefeituras e pela sociedade civil. As inscrições dos relatos devem ser feitas até 3 de abril, no portal da Comunidade de Práticas (CdP).

O Ministério da Saúde espera dar visibilidade às iniciativas, com a promoção da troca de experiências com base no uso dos protocolos e outros documentos de apoio, sejam de dificuldades ou de soluções, e o fortalecimento da educação permanente em saúde. São três categorias, seguindo os eixos de trabalho do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia: Mobilização e Combate ao Vetor; Cuidado (vigilância e atenção à saúde); e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa.

“O governo federal e seus diversos parceiros têm apresentado esforços para envolver toda a população brasileira no combate ao Aedes aegypti. Queremos valorizar as iniciativas de profissionais de saúde, servidores públicos e sociedade civil desenvolvidas em todo o território nacional”, explica o diretor de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Alexandre Medeiros.

A premiação está aberta a estudantes, trabalhadores, docentes, gestores e usuários do SUS do âmbito local, municipal, regional, estadual ou nacional, bem como pessoas ligadas a instituições e sociedade civil que desenvolvem experiências relacionadas ao combate ao Aedes aegypti, assim como o manejo das doenças causadas pelo vetor.

Serão selecionados oito relatos, que terão divulgação completa em mídias da Comunidade de Práticas e de parceiros. Os três melhores terão a oportunidade de mostrar sua experiência pessoalmente, por meio de visita técnica ao Ministério da Saúde, em Brasília (DF), com custeio de passagens aéreas e diárias.

Concursados da saúde reforçam hospitais

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) já iniciou a lotação dos novos servidores aprovados em concurso público. Até o momento, 189 profissionais foram encaminhados para hospitais e serviços do Estado. Assistentes sociais, enfermeiros uteístas, psicólogos e fonoaudiólogos já se apresentaram nos hospitais Agamenon Magalhães (HAM), Barão de Lucena (HBL), Correia Picanço, Restauração (HR), Getúlio Vargas (HGV), Otávio de Freitas (HOF) e Serviço de Verificação de Óbito (SVO).

“Estes profissionais já passaram por perícia médica, tomaram posse e se apresentaram na SES para lotação e estão se apresentando aos serviços. Essa agilidade é uma repercussão da nossa proposta em ocupar essas vagas o mais rápido possível também diante da epidemia que estamos vivendo com as arboviroses em Pernambuco. A intenção é fortalecer a assistência aos pacientes com doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: chikungunya, dengue e zika vírus”, comenta a secretária executiva de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, Ricarda Samara. As lotações, para os profissionais que tomaram posse, ocorrem até o dia 7 de abril.

A SES continua dando andamento ao processo admissional dos profissionais, que foram avisados, mediante telegrama, sobre o cronograma a ser seguido para posse. As perícias médicas estão sendo realizadas nos hospitais Geral de Areias e dos Servidores até o dia 31 de março. Os profissionais que não receberam o telegrama devem entrar em contato com a SES pelo telefone 3184.0017.

CONVOCAÇÃO – No último dia 03 de março, o governador Paulo Câmara anunciou, no Palácio do Campo das Princesas, a maior convocação de profissionais de saúde dos últimos 20 anos em Pernambuco. Os atos de nomeação dos 2.560 profissionais de diversas áreas, que irão reforçar as escalas de 18 unidades da rede estadual de saúde, incluindo hospitais, unidades da Farmácia de Pernambuco e SVO, além do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) e da Fundação Hemope, foram publicados no Diário Oficial do Estado de Pernambuco no dia 04.03.

Dos nomeados, 209 são médicos aprovados no último concurso público para a categoria, em 2013. Também foram chamados 489 enfermeiros e 428 profissionais de Nível Superior, além de 1.434 profissionais de Nível Médio, todos selecionados do concurso público para profissionais de saúde realizado pela SES em 2014. Também estão inclusos os 12 profissionais que foram convocados para a Fundação Hemope, sendo 02 médicos, 02 enfermeiros e 08 de Nível Médio, aprovados no concurso realizado em 2013 para a instituição.