Sete pessoas foram presas, nas últimas 24 horas, durante uma ação de fiscalização promovida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e pela Polícia Militar (PM-PE) no município de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do estado. Elas estavam furtando água da Adutora de Tabocas, que leva água da barragem de Jucazinho, via reservatório de Tabocas, para Santa Cruz do Capibaribe. Dos presos, quatro estavam utilizando a água para encher caminhões pipa e vendê-la à população do município.
A Compesa e a PM-PE conseguiram chegar aos suspeitos graças a denúncias feitas pela população. Nesta quinta-feira (3), quando recomeçou o ciclo de abastecimento no município, que é de apenas dois dias de água por localidade para 28 sem água, técnicos da companhia e policiais percorreram os 15km de adutora e encontraram água sendo furtada dentro da propriedade Sítio Tabocas, em Brejo da Madre de Deus. Lá, eles localizaram um açude clandestino, enchido com água furtada da adutora, onde dois pipeiros estavam abastecendo seus caminhões para comercializar a água na cidade.
Os dois pipeiros e dois proprietários do sítio foram presos e levados para a delegacia de Brejo para abertura de inquérito policial. Como a água já está escassa na região, uma vez que Jucazinho está reservando apenas 2% de sua capacidade, o furto vinha prejudicando ainda mais os moradores, já que a água perdia pressão por conta do desvio. “Eles enganavam a população vendendo uma água que seria entregue a ela pela Compesa. Do jeito que o rodízio está severo nessa cidade, qualquer furto é uma ação de má fé”, considerou o gerente da Unidade de Negócios do Alto Capibaribe, Mário Heitor Filho.
Além das duas ligações presentes no sítio, que alimentavam o açude, os agentes encontraram outras três na sexta (4). Dessa vez, a água desviada da adutora estava sendo usada para fins residenciais. A vazão na adutora de Tabocas é de 100 litros de água por segundo e havia caído por conta dos furtos. “Devemos continuar com a fiscalização que tem como principal objetivo garantir que a população tenha seu abastecimento conforme o calendário estabelecido, sem que a água seja desviada irregularmente”, afirmou Heitor.