O candidato ao governo do Estado pela coligação Pernambuco Vai Mudar, senador Armando Monteiro (PTB), reafirmou, durante sabatina realizada na manhã desta quinta-feira (9), na Rádio Jornal, que vai votar no ex-presidente Lula nas eleições presidenciais desse ano. “Mantenho minha posição. Se Lula for candidato, eu voto em Lula”, disse Armando durante a entrevista. “O presidente Lula é alguém em que eu identifico um símbolo: ele veio de Pernambuco, e construiu uma liderança, com um olhar sobre os mais carentes”, completou.
“Lula fez muito por Pernambuco. Não há um grande projeto realizado no Estado que não tenha a participação de Lula: a Fiat, a refinaria, os estaleiros, a transposição do Rio São Francisco, o Prouni, a ampliação do bolsa-família , a politica de valorização do salário mínimo. Lula melhorou a condição de vida de milhões de pessoas”, destacou.
Armando e Lula trabalharam juntos no período em que o senador esteve à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o líder petista era presidente, alinhando parcerias que foram essenciais para a qualificação profissional e atração de indústrias. Estiveram juntos no mesmo palanque em 2010 e 2014 – inclusive com duas vindas de Lula ao Estado para pedir votos para o petebista. Além disso, Armando foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Dilma Rousseff.
Armando aproveitou para criticar o governador Paulo Câmara pelo processo “violento” que deixou de fora da disputa pelo Palácio das Princesas a vereadora do PT do Recife Marília Arraes. “Como é um governo é mal-avaliado, ele precisa se agarrar com o presidente lula, como tábua de salvação, e eliminar concorrentes”, ressaltou o candidato ao governo, enfatizando ainda que o pré-candidatura da petista era legítima. “Sempre a postulação de Marília. Ela é guerreira, ela é combativa. Ela foi pro PT quando todo mundo estava saindo”, continuou Armando, lembrando o apoio que recebeu da neta do ex-governador Miguel Arraes em 2014.
SEM CONTRADIÇÃO – Armando ainda rebateu as colocações de que a frente liderada por ele tenha dificuldades em estabelecer uma agenda tendo a mudança de Pernambuco como ponto comum. “Nós temos trajetórias distintas, mas nos reunimos em uma frente por Pernambuco. Onde meu enfoque sobre segurança ou modelo de gestão pode ser diferente do dos meus companheiros?”, questionou.