Lula Tôrres apresenta projeto que arrecada alimentos não perecíveis de empresas promotoras de eventos

O vereador Lula Tôrres (PR), apresentou na Sessão Ordinária de ontem, o Projeto de Lei que obriga as empresas promotoras de eventos e shows a divulgarem e realizarem campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis.

“ Com essa iniciativa podemos contribuir para diminuir um dos problemas mais graves do país, a fome, portanto é necessário um grande esforço da sociedade, envolvendo todas as entidades públicas e privadas”, ressaltou o republicano.

No conteúdo do projeto a empresa ou pessoa física promotora deverá informar previamente à Secretaria Municipal de Ação Social qual será a entidade que receberá as doações, sendo assim reconhecidas somente aquelas como de utilidade pública pela prefeitura da cidade.

Vereadora participa de capacitação em Salvador

A vereadora Rosimery da Apodec (DEM) participou entre os dias 5 e 9 deste mês, do II Seminário Internacional e VI Curso de Capacitação Técnica da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE) em Salvador.

O evento contou com a presença de especialistas do Brasil e do exterior, que debateram questões como as perspectivas do esporte paralímpico, além de realizarem treinamentos para técnico de bocha e de futebol, como também um curso sobre classificação funcional, que abordou os graus de deficiência.

“Foi uma excelente oportunidade para nos capacitarmos, com conhecimentos técnicos e táticos de alto nível, com profissionais de renome que atuam nos principais clubes filiados à ANDE e que desenvolvem trabalhos voltados à prática esportiva de pessoas com paralisia cerebral”, destacou a vereadora.

Encontro de Secretários Municipais de Educação é realizado em Gravatá

A Prefeitura de Gravatá sediou ontem, o Encontro de Secretário Municipais de Educação. O objetivo do evento foi alinhar e estreitar os laços entre a Secretaria Estadual de Educação com as demais secretarias do município.

Ao todo foram 13 municípios participantes, dentre eles Vitória de Santo Antão, Bezerros, Gravatá e Recife.

OPINIÃO: Raquel e o ‘marginalzinho’

Por MENELAU JÚNIOR

A jornalista Raquel Sheherazade esteve, mais uma vez, no meio de uma polêmica. No “Jornal do SBT” de 4 de fevereiro, Raquel comentou o caso de um “marginalzinho” de 16 anos que foi preso pela população e amarrado nu a um poste.

Nas redes sociais, não se fala em outra coisa. Muita gente apoiando a polêmica opinião de Raquel, e muita gente condenando-a sob a alegação de que ela defendeu a “justiça com as próprias mãos”, ou seja, fez apologia ao crime.

É preciso olhar com cautela o texto da jornalista. Ela disse que “num país que ostenta incríveis 26 assassinatos a cada 100 mil habitantes, arquiva mais de 80% de inquéritos de homicídio e sofre de violência endêmica, a atitude dos ‘vingadores’ é até compreensível”.

“Compreensível” não é, em nenhuma acepção, “aceitável”; antes, significa “aquilo que pode ser explicado”. Em artigo publicado no dia 11 na Folha de São Paulo, a própria Raquel explicou isso. Os apressadinhos também nem observaram que a própria Raquel chamou os cidadãos que amarraram o bandido de “vingadores”, ou seja, ela reconhece que o que foi feito foi uma espécie de vingança. “Vingança” não é algo bom, mas pode ser explicada, certo? Se um pai, por exemplo, mata um homem porque este estuprou e matou sua filha, o assassinato não é aceitável – e é crime, óbvio – , mas é “explicável”. E Raquel explica a atitude da população: ela estaria cansada de ver a impunidade (80% dos homicídios nunca são esclarecidos) e revoltada com um “Estado omisso”, uma “polícia desmoralizada”, uma “Justiça falha”.

Raquel ainda classifica a atitude da população como “legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite”. E, com um riso irônico, critica os defensores dos direitos humanos propondo uma campanha: “Façam um favor ao Brasil. Adote um bandido!” A ironia, claro, revoltou os “defensores dos direitos humanos”. Curiosamente, a morte de um cinegrafista da Band não gerou a mesma comoção quanto o “marginalzinho” amarrado ao poste…

A questão é a seguinte: Raquel Sheherazade disse o que a maioria dos brasileiros pensa e acha feio falar. Raquel Sheherazade disse que, se estamos partindo para a ‘justiça com as próprias mãos”, isso é reflexo da inércia do Estado, que não consegue pôr um freio na violência desembestada. Raquel Sheherazade disse que muitos defendem com unhas, dentes e ideologias os direitos dos bandidos, mas se calam diante dos casos de pais de família mortos, mulheres estupradas e crianças violentadas.

Raquel Sheherazade não é inocente, assim como também não somos. Entretanto, não deixemos que nossas ideologias nos impeçam de discutir o que realmente interessa: POR QUE, CADA VEZ MAIS, AS PESSOAS ESTÃO PARTINDO PARA A VINGANÇA COLETIVA? O que a violência dos cidadãos constantemente violados quer dizer ao Estado brasileiro, que assiste a um homicídio a cada 15 minutos?

Repito: desviar a atenção e crucificar Raquel é muito fácil – e até “politicamente correto”. Mas o que está em discussão não é isso. É saber POR QUE, CADA VEZ MAIS, AS PESSOAS ESTÃO PARTINDO PARA A VINGANÇA COLETIVA…

O vídeo pode ser visto aqui.

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Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todas as quintas-feiras. E-mail: menelaujr@uol.com.br