Escola Técnica de Bonito é inaugurada

O governador Eduardo Campos entregou,ontem, a primeira Escola Técnica Estadual (ETE) do município de Bonito, no Agreste pernambucano. A unidade homenageia Célia de Souza Leão Arraes de Alencar, a primeira esposa do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Durante a solenidade, o governador também entregou tablets aos 75 alunos da ETE.

“Célia de Souza Leão Arraes de Alencar foi uma mulher de coração generoso, que nunca teve a oportunidade de ser professora, mas ensinou muito a todos nós”, declarou o governador, enfatizando que investir na educação é “a única maneira de proporcionar transformações na vida das pessoas”.

Além de Bonito, a unidade também vai beneficiar os municípios de Camocim de São Felix, Barra de Guabiraba, Agrestina e São Joaquim do Monte, todos no Agreste. A ETE oferece cursos (presenciais) de administração e redes de computadores, ambos integrados ao ensino médio. Além disso, a unidade oferece cursos, à distância, em serviços de restaurante e bar, logística, recursos humanos, segurança no trabalho e administração.

O secretário de Educação, Ricardo Dantas, detalhou que o prédio está localizado em um terreno de 15 mil metros quadrados e tem seis mil metros quadrados de área construída. “A unidade tem o padrão das demais escolas construídas pelo Governo. São 12 salas de aula, oito laboratórios, auditório, biblioteca, quadra poliesportiva, refeitório, cantina e área de convivência”, explicou, informando que foram investidos R$ 8,3 milhões.

João Lyra promete um governo de continuidade

O vice-governador João Lyra (PSB) pretende fazer um governo de continuidade a partir de 4 abril, quando assumirá o lugar do governador Eduardo Campos (PSB). Mas não será uma missão das mais fáceis. Entre nove e dez secretários devem deixar as respectivas funções para se engajar na pré-campanha de Eduardo à Presidência da República ou concorrer a mandatos legislativos. Entre eles, todos os nomes que foram cotados para disputar o governo nos últimos meses, como Tadeu Alencar (Casa Civil), Danilo Cabral (Cidades), Milton Coelho (Governo), além do secretário da Fazenda, Paulo Câmara, já escolhido como pré-candidato à sucessão de Eduardo.

João Lyra vai ter o desafio de manter o mesmo ritmo da gestão – uma vez que é a principal vitrine de Eduardo para a Presidência da República – sem os mesmos quadros que lhe robusteceram até agora. Será uma tarefa de soldado e fiel aliado, já que ele não foi escolhido dentro do PSB para ser o candidato ao Palácio do Campo das Princesas, mas nem por isso seu papel perde em importância. Governador é governador em qualquer lugar e a caneta é a mesma para os que sentam nessa cadeira.

Ainda não há preocupação visível entre os socialistas sobre o papel de João Lyra no futuro governo, mesmo que, durante o processo de escolha do pré-candidato – algo que durou mais de três meses – ele tenha ficado magoado por ter sido preterido. A avaliação é de que o vice-governador entendeu os motivos que levaram Eduardo a optar por Paulo Câmara e ele tem dito que fará um governo sem retaliações.

Do Diário de Pernambuco