Renan manda para a CCJ decisão sobre CPI da Petrobras

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu encaminhar os dois pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Os dois tratam de denúncias sobre a Petrobras, mas o segundo requerimento, apresentado pelos governistas, propõe ampliar as investigações ao Porto de Suape, aos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e aos contratos firmados pela União com a empresa Ideia Digital, alvo da Operação Loggof da Polícia Federal.

Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a decisão de Calheiros, que não acatou as questões de ordem levantadas pela base aliada e pela oposição, não era a que os governistas esperavam. “Me sinto de um lado satisfeito, do outro insatisfeito. Nós temos sido absolutamente claros: defendemos que se faça todo tipo de investigação sobre a Petrobras e todos os casos de suposta corrupção que possam existir no nosso país. Mas sabemos que CPI em ano eleitoral significa muita discussão, debate, briga, quebras de sigilo, depoimentos e pouca coisa além do que os órgão de investigação já apuram”, afirmou.

Humberto avalia que a oposição quer fazer uma investigação sobre a Petrobras com viés político e com o objetivo de desgastar a empresa. “Alguns dizem, inclusive, que a estratégia serve para modificar o modelo de exploração de pré-sal no futuro, caso algum candidato da oposição ganhe as eleições”, comentou.

Ele reiterou que, se o entendimento da oposição é de que órgãos como Polícia Federal, Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União e Controladoria-Geral da União não são capazes de investigar a Petrobras, os governistas são obrigados a entender que o raciocínio também vale para outras denúncias de corrupção com recursos federais, como é o caso do metrô de São Paulo.

A decisão do presidente do Senado ainda não tem previsão de entrada na pauta da CCJ. Na tarde desta quarta-feira (2), a oposição apresentou requerimento de instalação de CPI mista, formada por deputados e senadores, para investigar as mesmas denúncias contra a Petrobras que constavam do requerimento de CPI exclusiva do Senado.

OPINIÃO: Nosso Governador

Por MENELAU JÚNIOR

lyraAmanhã, 4 de abril, um fato político mais que especial marcará a política de nossa cidade: teremos o Governador.

O empresário João Soares Lyra Neto vem de uma família de políticos. Na década de 70, em plena ditadura militar, lutou junto com os mais importantes líderes políticos pela resistência democrática durante todo o período do regime militar. Filiado ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro), chegou a ser presidente do partido em Caruaru. No início dos anos 80, começou a participar ativamente de campanhas políticas e fez parte da coordenação estadual pela retomada das Diretas-Já no país. Sua trajetória política teve início em 1988, quando, seguindo os passos do pai, João Lyra Filho, foi eleito prefeito de Caruaru, cargo que voltou a assumir em 1997, para um segundo mandato. Foi ainda líder do governo Miguel Arraes na Assembleia Legislativa durante seu mandato de deputado estadual. Lyra Neto já tem seu legado: como a geração precisa continuar, já preparou sua aguerrida filha para trilhar também o caminho do respeito e da dignidade neste mundo tão corrompido da política brasileira.

Lyra agora é o Governador de Pernambuco. E assim será nos próximos nove meses. Alicerce do agora ex-governador Eduardo Campos em seus dois bem-sucedidos mandatos, João Lyra é caso raro na política: tem o respeito e a verdadeira admiração até de seus opositores políticos. De estilo apaziguador, ele agora tem nas mãos os destinos de um dos estados que mais se desenvolveram nos últimos anos.

Prefeito de Caruaru duas vezes, João Lyra recebe de Eduardo Campos um estado que ele também ajudou a moldar. Para os caruaruenses, ter um filho no posto maior do estado deve ser motivo de esperança em dias ainda melhores. Mais que isso, para nós é motivo de orgulho saber que um homem de conduta irretocável estará à frente das decisões políticas de Pernambuco no momento em que o ex-governador se lança no maior desafio político da sua carreira.

O Brasil, infelizmente, não é referência de ética e honestidade quando se pensa em política. Há mais de uma década, escândalos de corrupção se sucedem ininterruptamente – mascarados por resultados animadores da economia. Neste momento difícil, em que indicadores econômicos mostram a fragilidade do país e a inépcia governamental impede o crescimento, Lyra tem a difícil missão de terminar bem um mandato de sucesso do qual ele sempre foi parte indissolúvel.

Como caruaruense apaixonado por esta cidade, sinto-me orgulhoso por ter João Lyra Neto como governador. Antes de um político de sucesso, Lyra é um homem ético, honesto e comprometido com as verdadeiras causas populares. No país da demagogia e do populismo desavergonhado, ter um governador como João Lyra Neto é uma honra e um privilégio.

Até a próxima semana.

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Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todas as quintas-feiras. E-mail: menelaujr@uol.com.br

Encontro de jornalistas discute desafios e rumos da profissão

O jornalismo, suas tendências contemporâneas e o futuro da profissão e dos profissionais que escolheram a missão de informar. Esses serão temas de encontro a ser promovido no próximo dia 7 de abril, Dia do Jornalista, às 19h, no auditório da Favip (Faculdade do Vale do Ipojuca). A iniciativa é uma parceria entre o Sinjope (Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco) e a instituição.

Entre os convidados para a palestra-debate estão o repórter da Rede Globo Nordeste, Bruno Fontes, o coordenador de jornalismo da Rádio JC News, Carlos Morais, e o diretor do Sinjope e representante da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) em Pernambuco, Osnaldo Moraes.

Diante dos desafios da profissão, o encontro será uma oportunidade para reunir profissionais e estudantes de comunicação social para discutir temas importantes para os profissionais e futuros jornalistas como a questão da reabilitação do diploma para o exercício da profissão, o mercado de trabalho no estado e a violência contra os profissionais de imprensa, entre outros temas.