Ação de Humberto garante aprovação da PEC do Trabalho Escravo

Articulada pelos líderes partidários no fim da tarde desta terça-feira (27), a inclusão na pauta do Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 57A/99 garantiu a aprovação, por unanimidade, de um grande avanço social para o Brasil: a expropriação de terras em que se verifique a prática de trabalho escravo. Conhecida como PEC do Trabalho Escravo, a proposta estava em discussão há 14 anos no Congresso Nacional e será promulgada na próxima quinta-feira.

“Fechamos. A PEC vai ser votada”, anunciou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), à ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, que aguardava o resultado da reunião dos líderes com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), numa sala próxima ao plenário do Senado.

Humberto negociou a apreciação do texto durante todo o dia com os demais líderes partidários e com Ideli Salvatti, que foi à Casa acompanhada de artistas e intelectuais, como o jornalista Leonardo Sakamoto e as atrizes Camila Pitanga e Maria Zilda Bethlem, engajados em uma campanha pela aprovação da PEC. A articulação tornou possível a votação da matéria, em dois turnos, na mesma sessão.

Uma proposta de regulamentação da PEC 57A, apontando como ocorrerá o perdimento de terras, imóveis e benfeitorias, deverá ser apreciada no Senado na próxima semana.

Para Humberto, é inadmissível que, em pleno século 21, ainda exista a possibilidade de alguém ser submetido à condição ultrajante do trabalho escravo. “O trabalho deve ser um fator de dignificação das pessoas, uma maneira, inclusive, de se relacionar com o mundo, com a sociedade”, declarou o líder do PT.

Segundo ele, a relação trabalhista tem de se dar em condições dignas e de justiça, principalmente em um país como o Brasil, “que cresceu, se desenvolveu, incluiu socialmente e não pode aceitar, de forma alguma, que exista no seu território alguém submetido a essas condições de trabalho”.

Além de prevê o confisco de propriedades em que esse crime for identificado, a medida ainda estabelece a destinação da terra à reforma agrária ou a programas de habitação urbanos.

2º Roteiro Turístico Noturno será realizado hoje

O evento, que é uma parceria do Senac, Ministério do Turismo e Fundação de Cultura, tem como objetivo abordar aspectos históricos e culturais de Caruaru, por meio de uma visitação guiada por 12 alunos formados no curso de Agentes de Informações Turísticas, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec. O roteiro será realizado hoje, a partir das 19h.

O 2º roteiro sairá do jardim do Espaço Cultural Tancredo Neves e diversos pontos turísticos serão visitados. As seguintes ruas farão parte do roteiro: Mestre Pedro até o Marco Zero; avenida Rio Branco, passando próximo ao Antigo Mercado de Farinha; e seguirão para o destino final, que será a Câmara Municipal.

Durante a caminhada, haverá apresentação do cantor Colibri e de Viny do Acordeon. Na segunda edição do evento, serão homenageados: Austregésilo de Athayde – cronista, jornalista e professor; Cel. José de Vasconcelos e Silva – o idealizador da Fábrica de Caroá; José Condé – escritor; Professora Sinhazinha – educadora; Cel. José Rodrigues de Jesus – dono da Fazenda que deu origem à cidade; Vigário Freire – religioso; Deputado Henrique Pinto – Político; Nelson Barbalho – Historiador e compositor; José Carlos Florêncio – Jornalista; João Condé – jornalista; Luísa Cavalcanti Maciel – artista plástica; Lídio Cavalcanti – Cordelista e compositor; João Salvador dos Santos – 1º prefeito de Caruaru; Álvaro Lins – professor e crítico literário.

Orçamento Participativo reúne moradores de Xicuru durante “Acontece no Campo”

No último dia do projeto “Acontece no Campo” durante o mês de maio, nesta terça (27), na comunidade de Xicuru, a equipe do Orçamento Participativo da prefeitura de Caruaru também esteve presente e recebeu 9 delegados que representam o OP e demais moradores da comunidade, a fim de acompanharem o andamento de ações aprovadas no 4º distrito, além de outras demandas da localidade.

O Orçamento Participativo contou com um estande de atendimento na praça da comunidade, com esclarecimentos da secretária de Saúde, Aparecida Souza, e do gerente de Limpeza Urbana da secretaria de Gestão e Serviços Públicos, Maurício Silva.

Durante o mês, o “Acontece no Campo” percorreu também as comunidades do Murici, Malhada de Pedra e Cachoeira Seca, contemplando os quatro distritos da zona rural com serviços como aferição de pressão, teste do pé diabético, oficinas, palestras e recreação.

OPINIÃO: A política e a cibercultura

Por DANIEL FINIZOLA

Ao analisar os movimentos que vêm acontecendo no Brasil e no mundo, percebemos que há uma crise de paradigma quanto ao sistema de representatividade política. Cada vez mais, se questiona a função e ação dos políticos e seus partidos. A eleição para o Parlamento Europeu amargou altos índices de abstenção: mais um exemplo de que a crise de representação política não é algo exclusivo do Brasil. O mesmo aconteceu recentemente com as eleições na Colômbia, onde o índice de abstenção chegou a 59,98%, segundo o site América Econômica.

Aos poucos, o mundo percebeu que os espaços virtuais como Facebook e Twitter podem incitar, de forma positiva, o debate político. Afinal de contas, no mundo virtual, ultrapassamos as barreiras da sociedade de massa, visto que existe a interação, certo? Mas me parece que as redes sociais não conseguiram quebrar o predomínio da informação sobre a comunicação.

Em tempos de eleição, Copa e crise de representatividade política, o mundo virtual virou um espaço onde se replica de tudo. Problema é replicar sem checar a informação e a quem servem determinadas bandeiras na internet. Hoje, o que temos no mundo virtual é um ciclo vicioso, onde os indivíduos procuram seus pares para inflar suas crenças com debates pobres e pouco fundamentados. Esse é o homem-massa da cibercultura, que este ano poderá ser responsável pelo debate eleitoral mais vazio da história das eleições no país.

É nesse contexto que uma página merece destaque na internet. Segue uma linha cômica, mas não dispensa uma panfletagem apócrifa e publicações mentirosas. Com cerca de 3,5 milhões de seguidores e alcançando 27 milhões de usuários no Facebook, a TV Revolta tem preferência política e ideológica clara, mas adora posar de “apolítica”. O responsável por esse fenômeno da rede é um radialista, João Victor Almeida Lins, de 32 anos. Mas aí eu pergunto: ser cidadão e fazer oposição ao governo significa compartilhar frases mentirosas? Não seria melhor pensar e debater um projeto de sociedade e país? Ou será que essas frases mentirosas produzidas pela TV Revolta fazem parte do projeto de governo da oposição? São essas as frases que representam os revoltados com a política?

Uma das postagens mais curtidas da TV Revolta atribuída a Oscar Niemeyer dizia: “Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá foi como criar um lindo vaso de flores pra vocês usarem como pinico”. Mas onde está registrada essa declaração do arquiteto? Pior é que essa postagem obteve 22.318 compartilhamentos. Protestar contra a situação política do país significa reproduzir frases de impacto mentirosas?

Somos um país com 105 milhões de brasileiros com acesso à internet, mecanismo fantástico que pode ser utilizado para fortalecer valores democráticos e republicanos como controle social e transparência. Fenômenos da cibercultura, como a TV Revolta, nos leva a um niilismo político irresponsável que não contribui para fortalecer valores democráticos. Importante: a liberdade de expressão, tão aclamada pela democracia, exige responsabilidade.

Até semana que vem.

daniel finizola

 

@DanielFinizola, formado em ciências sociais pela Fafica, é músico, compositor e educador. Escreve todas as quartas-feiras para o blog. Site: www.danielfinizola.com.br

Marcelo Gomes se coloca à disposição das lavanderias

A necessidade de um acordo entre donos de lavanderias, a prefeitura de Caruaru e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) é uma preocupação do vereador Marcelo Gomes (PSB). Em seu discurso na tribuna da Câmara Municipal, nesta terça-feira (27), durante a Reunião Ordinária, o vereador se colocou a disposição do setor para discutir o tema.

O socialista lembrou que, em 2013, teve reuniões com representante da associação das lavanderias de Caruaru e que esteve na reunião realizada no MPPE, para assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), firmado para possibilitar as mudanças das empresas para o Distrito Industrial do município.

“Tive reuniões com os representantes da associação das lavanderias para discutir o TAC e a transferência para o distrito industrial. Sem as lavanderias realmente não existe o polo de confecções de Caruaru, mas não acredito que em algum momento o prefeito tenha sido omisso. Serão distribuídos cem lotes para cada lavanderia, além disso eles terão isenção de impostos. O prazo é exíguo, está batendo na porta, e estou a disposição das lavanderias. Mas da forma como está estão despejando os resíduos nos córregos e isso é prejudicial ao meio ambiente, é necessário fazer algo para mudar a situação das lavanderias no município e proteger o meio ambiente”, ressaltou o vereador.

Marcelo Gomes se colocou à disposição das lavanderias para buscar um entendimento com o Ministério Público e a Prefeitura.