Artigo: Fux “pressiona” por nomeação de filha como Desembargadora

Por LUIZ FLÁVIO GOMES

A nomeação de alguém para ser juiz (pela responsabilidade que o cargo implica), fora dos concursos públicos, deve ser fruto de um criterioso processo de seleção, fundado em marcos de referência muito claros. O candidato deve apresentar um relato e um curriculum substanciosos, que vão muito além da mera indicação ou da mera “força política” (que lembra tudo do Brasil-colônia).

Vivemos numa sociedade conflitiva, impregnada de subjetividades e interesses totalmente antagônicos. Se o processo de seleção de pessoas não se revestir de objetividade (pública e transparente), tudo fica ao sabor de quem manda mais, de quem influencia mais, de quem comanda mais. Criticamos a velha política e isso significa praticar a velha política.

O título deste artigo foi dado pela Folha de S. Paulo. Estaria havendo “constrangimento no meio jurídico” em razão da campanha do ministro em favor da sua filha, advogada, para ocupar uma cadeira no Tribunal de Justiça do RJ (pelo chamado quinto constitucional, que significa reserva de vagas para membros da advocacia/defensoria e do Ministério Público).

O tema do quinto constitucional é polêmico. Sou favorável a essa ideia, mas devemos reconhecer que o processo de escolha vigente está completamente ultrapassado (sendo mesmo até imoral, em alguns casos). Não há nada de errado que a filha ou filho de um ministro queira ser indicada ou indicado (para ser desembargador). A questão não é o “quem”, sim, o “como”. E o “como” passa pela modernização do processo.

Nas sociedades democráticas todos os procedimentos que decorrem de pura indicação, filiação, origem, cor de pelé etc. São cada vez mais contestados. Odeia-se, a cada dia com mais intensidade, sobretudo em sociedades extremamente desiguais como a nossa, a oligarquia, a plutocracia, o nepotismo, o filhotismo etc. A essência do cargo público deve residir na meritocracia (ou na eleição por voto direto do povo).

Tanto a escolha dos ministros dos tribunais superiores como a dos interessados no quinto constitucional deve ser modernizada, com ingredientes típicos da meritocracia, o que significa aferição de conhecimentos por meio de provas (ou formas substitutivas) e títulos.

Deveríamos pensar em sabatinas públicas honestas e transparentes (como a luz do sol) realizadas pelo Judiciário e pelo Legislativo, antes da nomeação pelo Executivo (que também deveria sabatinar o interessado publicamente). A própria OAB e o Ministério Público, na seleção dos melhores para o quinto constitucional, deveriam abrir um processo de sabatina pública, onde tudo poderia ser perguntado, para se aferir as competências e habilidades dos candidatos (conhecimento jurídico e reputação ilibada).

Constitui um atraso incomensurável conceber que alguém vai para a “folha do Estado” por meio de um mero processo de indicação ou nomeação direta de quem manda (tal como ocorria na colônia). O processo de escolha dos juízes, que não se submetem a concursos públicos, jamais deveria ser meramente burocrático ou procedimental (comprovação de tantos anos de advocacia ou de Ministério Público e “força política” de cada candidato).

Desde o Iluminismo prepondera a razão subjetiva (ou instrumental ou individualista) sobre a objetiva (ética e moralmente irrefutável). No caso brasileiro, essa razão subjetiva se tornou deplorável porque normalmente quem detém o poder detém também o poder de indicar, de nomear, de eleger, de sufragar (veja o que os inescrupulosos agentes econômicos e financeiros fazem com os corrompidos políticos).

LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil.

“Demóstenes é um passador de cachete”, detona Evandro

Por Pedro Augusto

Na sessão ordinária desta terça-feira (23), da Câmara Municipal de Vereadores, Evandro Silva, do PMDB, chamou Demóstenes Veras, do PROS, de “passador de cachete”. De acordo com Evandro, o colega de tribuna, que também é médico, não tem dado demonstrações de exercer as funções de um bom legislador.

“Ele é ineficiente aqui (Câmara) e no seu consultório. Não passa de um passador de cachete. Não possui competência como médico bem como só vive justificando para faltar às reuniões. Isso é ético? Ou seja, receber sem aparecer na Casa? Ele deveria devolver o dinheiro”.

Em nota, a Assessoria de Imprensa de Demóstenes respondeu:

O médico, respeitado e reconhecido como profissional por toda sociedade, e vereador Ético e sério da nossa cidade, Demóstenes Veras, estranha a atitude raivosa e destemperada do edil Evandro Silva quando na tribuna da Câmara municipal o chamou de ” passador de cachete “.  Demóstenes diz entender o momento delicado que passa Evandro, tendo em vista os últimos acontecimentos em relação a sua prisão, o processo em que atualmente responde na justiça e pelo pedido de afastamento das suas funções de vereador pelo Tribunal de Justiça. No entanto acha que o vereador precisa se conter nas suas declarações e se concentrar na satisfação que vai dar a sociedade e a justiça pelos seus atos recentes que envergonhou a cidade e a Casa Legislativa. Aliás ” passar cachetes ” como diz o vereador em desespero tem salvado muitas vidas durante 29 anos de prática profissional  do renomado médico.

Secretaria de Saúde de Agrestina realiza Audiência Pública nesta quarta-feira

Agrestina sedia na manhã desta quarta-feira, a partir das 9h, uma Audiência Pública sobre Saúde, na Câmara de Vereadores do município. Na ocasião serão apresentados os indicativos do 2º quadrimestre nas áreas de atendimento à população, bem como PSF’S, NASF, Centros de Saúde, Caps, SAMU, Vigilância em Saúde, Hospital, Construção da UPA tipo II e Melhor em Casa que será implantado na cidade.

O objetivo é apresentar a população o resultado dos indicadores de saúde alcançado, bem como os investimentos na área. De acordo com a coordenadora da Atenção Básica do município, Thadima Siqueira, para atingir as metas do governo Federal as equipes de saúde da família foram ampliadas “Aumentamos mais duas equipes uma do PSF, chamada de equipe 10, e outra do NASF responsável pela zona urbana.”

Seminário eleitoral prepara advogados para o dia da eleição

As regras eleitorais, especialmente as que valem para o dia da eleição, serão discutidas pela Comissão de Direito Eleitoral da OAB/PE durante o Seminário de Direito Eleitoral – Eleições 2014, que acontece nesta quarta-feira (24). A proposta do seminário é preparar os advogados para situações e questionamentos comuns ao dia da eleição. O evento acontece no auditório do pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE).

As inscrições podem ser realizadas através do site da Escola Superior de Advocacia Professor Ruy Antunes (ESA) (www.esape.com.br). O investimento é de R$ 50 para advogados e estudantes, e de R$ 70 para o público em geral. O seminário terá carga horária de dez horas e emissão de certificado. Começará às 9h.

A ideia do seminário nasceu exatamente da necessidade dos advogados. Vários temas importantes e atuais sobre o dia da eleição serão apresentados durante o evento. Cibele Figueiredo, secretária-geral do TRE/PE, abordará o tema “Dia da eleição: o que pode e o que não pode”, discutindo diversos aspectos da eleição em si, como o início da votação, qual o papel do fiscal, do delegado e do advogado. Em seguida, Orson Lemos, servidor da Corregedoria do TRE/PE, falará sobre “Biometria: a fiscalização da urna biométrica”, um tema extremamente atual e novo. “Essa é a primeira vez que os eleitores de Recife irão votar através do sistema de identificação biométrica e as dúvidas são freqüentes”, pondera Diana Câmara.

O seminário realizado pela OAB/PE, através da Comissão de Direito Eleitoral, conta com o apoio do TRE, da ESA, Escola Judiciária Eleitoral de Pernambuco (EJE) e do grupo Ser Educacional, através da Faculdade Maurício de Nassau. É uma oportunidade única para quem quer se reciclar e apreender um pouco mais sobre direito eleitoral ou se qualificar para atuar no dia da eleição.