ARTIGO — Governo já não consegue mais vestir a saia justa

Por Reginaldo Gonçalves

A falta de transparência e a possibilidade de driblar a LDO – Lei de Responsabilidade Fiscal é latente. A frustração na arrecadação nada mais é, do que a falta de visão e a nova manobra orçamentária na proposta aprovada pelo Congresso, de fixar gastos sobre algo que já era identificado no momento do fechamento do Orçamento Público, que funciona bem, mas, quando não utilizado de forma devida cria futuras justificativas de impossibilidade de arrecadação em virtude de uma piora do quadro econômico que começará a funcionar bem, agora passado o período de Carnaval. O governo quer prorrogar qualquer tomada de decisão no corte dos gastos buscando alternativas para o aumento dos tributos que já foram flexibilizados para cima, como cigarros, bebidas, sorvetes e artigos de toucador. Sabendo que na Páscoa o consumo de chocolates aumenta espantosamente, o governo já deu seu jeito de aumentar a arrecadação de impostos, fazendo com que a data seja “magra,” e que o ovos sejam substituídos por “bombons”.

Em decorrência da pressão por resultados positivos, antecipou-se a proposta de corte do gasto público em R$ 25 bi, em virtude de algumas situações pontuais, como o rebaixamento da nota de crédito pela Standard and Poor’s (S&P) de BB+ para BB, convalidando que o perfil do crédito do Brasil se debilitou.

A inércia na busca de alternativas para estimular a melhora da capacidade produtiva das indústrias de forma geral, não somente alguns setores, devem ser vistos com medidas emergenciais, mas, parece que a busca pela aprovação da CPMF, faz parte de um dos dez mandamentos de Moisés, para dar a terra prometida, ou seja, busca-se de todas as formas planejar alternativas que não tirem os benefícios sociais disponibilizados as pessoas carentes, nem que para isso o governo tenha que comprometer o FGTS, por meio de garantias de financiamento.

O mercado já não leva a sério o governo e suas promessas vazias. Aumentar tributos sem contrapartida somente para manter os gastos ou manter inchada a administração pública sem investimentos de grande envergadura não vão reduzir os custos das fábricas que sofrem com as condições das estradas e altos custos de energia elétrica e combustíveis, o que de certa forma, acaba refletindo no preço de venda dos produtos. É fato, que a chuva e os temporais estão contribuindo para recuperação das bacias hidrográficas, e que justificar a adoção da bandeira das sete cores do arco-íris para penalizar os usuários de energia já não devem existir mais, no entanto, tudo isso existe para reforçar o caixa das empresas geradoras de energia elétrica, que não fizeram investimentos estruturais nos últimos dez anos potencializando o aumento e prejudicando todos os consumidores, pois, parte dos custos se deve a má gestão do caixa.

Outra situação que é fato, é a recomposição do caixa da Petrobras, que foi usurpado por má gestão do Conselho de Administração, onde o governo impunha as regras no preço dos combustíveis, dilapidando-se do que pode, não repassando os aumentos dos preços e fazendo com que uma empresa fosse responsável por segurar os índices inflacionários, as metas estabelecidas pela equipe econômica para equilíbrio da economia e estímulo do emprego.

Atualmente a Petrobras, não é autosuficiente na produção e distribuição do petróleo brasileiro e precisa importar uma parte desse produto do exterior e mesmo com a queda significativa do barril, chegando abaixo de US$ 30,00, quando o preço já foi superior a casa de US$ 110,00, o preço do combustível continua subindo e criando um gatilho do aumento dos preços de toda a cadeia produtiva.

A meta atual da equipe econômica, de 0,5% do PIB para 2016 de superávit primário, necessária para não haver uma aceleração do endividamento público interno já não é realidade. Prevendo que não haverá a arrecadação projetada para o orçamento e criando uma banda de flutuação para o superávit, o governo pretende utilizá-lo como meio de justificar o aumento dos gastos públicos, mesmo com a pressão de cortar R$ 30 bi em gastos, mas, como observa-se não deve passar dos R$ 25 bi.

Na fixação das receitas orçamentárias, antes mesmo da aprovação, o governo já tinha definido que na receita seria aprovada a CPMF, para que fosse possível a fixação dos gastos, o que com certeza se não aprovado irá gerar uma crise ainda maior prejudicando a governabilidade, que já não tem crédito. Para se blindar no G20 o governo corre contra o tempo, por isso a antecipação dos cortes, para que seja possível que haja uma economia no PIB de 0,5% ou R$ 30,5 bi. A desconfiança está na banda larga cuja proposta da meta fiscal é de que haja uma flexibilização entre 1% a 1,5% do PIB, o que poderá deixar de ter um superávit primário de 0,5% para atingir um déficit primário de até 1,0%.

Haja no guarda-roupa do governo saias-justas para fazer a troca! Chegará uma hora que será difícil acreditar nas propostas de mudanças. Aumentar tributos gera mais sonegação, fazendo com que o remédio se torne ainda mais amargo.

*Reginaldo Gonçalves, é mestre em Ciências Contábeis pela PUC-SP e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM).

Mais de 3 mil empresas foram abertas em Caruaru em 2015

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No ano de 2015, o total de empresas abertas (Incluindo MEIs) em Pernambuco foi de 64.796 empresas, contra 62.413 em 2014, o que representar um crescimento de 3,8%. No geral, Pernambuco terminou 2015 com 479.699 empresas em atividade. No final de 2014 esse número era de 418.743. Segundo o Diretor Regional da Jucepe, Raffiê Dellon, os números de Caruaru chamam atenção de modo positivo: “O caruaruense tem uma vocação empreendedora que já consta na veia, os números de 2015, apesar das dificuldades econômicas em nível nacional, são melhores que 2014 também na esfera municipal”. Comentou Raffiê.

No Recife, foram registradas 16.715 em 2015. Depois da capital pernambucana, os municípios que mais ganharam empresas no período foram Jaboatão dos Guararapes (5.019), Olinda (3.720), Caruaru (3.478), Petrolina (3.387), Paulista (2.697), Cabo de Santo Agostinho (1.398), Camaragibe (1.255), Garanhuns (1.031) e Vitória de Santo Antão (985).

No mesmo período, as atividades empresariais mais registradas em Pernambuco foram Comércio Varejista de Vestuário (4.946), Cabeleireiros (2.834), Minimercados e Mercearias (1.963) e Lanchonetes (1.893), Comércio varejista de bebidas (1.635), Comércio varejista de cosméticos (1.570), Restaurantes e similares (1.403) e Serviços ambulantes de alimentação (1.229).

Processo contra Cunha bate recorde de lentidão

Do Congresso em Foco

O processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já é a pauta mais demorada que já passou do Conselho de Ética desde que foi instituída a exigência de parecer preliminar, em 2011. A tramitação atingiu neste domingo a marca de 78 dias de tramitação sem que tenha sido apreciado parecer prévio. O prazo é quase o dobro da média de duração desta fase do processo, que, normalmente, é de 40 dias. Ao todo, de acordo com apuração do jornal O Globo, vinte casos já foram analisados pelo Conselho. Até então, o recorde de lentidão era dos processos contra Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) e Devanir Ribeiro (PT-SP), com 77 dias cada.

Também tramita pelos menos 78 dias, um processo contra o deputado Roberto Freire (PPS-SP), porém, neste caso, o próprio partido que fez a denúncia, o PCdoB, desistiu e tentou suspender o processo, o que foi negado pela presidência da Casa.

O parecer preliminar que o Conselho de Ética deve emitir representa a fase anterior à discussão do mérito do processo. Nesta etapa, não se debate se o representado é culpado ou inocente. Julga-se, apenas, se há elementos suficientes para que ele seja investigado. No caso das reuniões para tratar do processo de Cunha, porém, apoiadores e opositores do presidente da Câmara chegam a dizer até mesmo como votarão.

Próximo encontro

Nesta terça-feira (23) haverá uma nova reunião do Conselho de Ética para discutir o caso de Cunha. No último encontro, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) apresentou um novo parecer preliminar defendendo a admissibilidade do processo. Em dezembro, o conselho chegou a aprovar um parecer, mas o documento foi anulado pelo vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que alegou ser necessário abrir um novo prazo para vista e discussão. Na sexta-feira (29), o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA) entrou com um mandado de segurança pedindo a revogação do ato de Maranhão ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Operação Acarajé é nova complicação para dono da Odebrecht

Da Agência Estado

Às vésperas de ser sentenciado pelo juiz federal Sérgio Moro – que conduz os processos da Operação Lava Jato, em Curitiba – em ação penal em fase de alegações finais, o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht é um dos alvos da 23ª fase das investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. A Operação Acarajé, deflagrada na manhã desta segunda-feira, 22, traz novas e contundentes provas, segundo investigadores, contra o maior empreiteiro do País.

Em batalha jurídica com a Justiça Federal do Paraná e preso desde 19 de junho de 2015 – alvo da 14ª fase batizada de Operação Erga Omnes -, Odebrecht deve responder por mais essas novas acusações, envolvendo pagamentos para o marqueteiro do PT.

Santana está na República Dominicana, onde trabalha na candidatura presidencial do candidato Danilo Medina. Sua prisão foi considerada prejudicada. Ele atuou também nas campanhas de outros países, em que a Odebrecht tem relações comerciais.

O defensor de Santana, Fábio Tofic Simantob, encaminhou documento ao juiz Sérgio Moro na semana passada em que informava que seu cliente estava à disposição das autoridades. Segundo o advogado, Santana e a mulher, Mônica Moura, eles são “jornalistas e publicitários de formação” de renome internacional no marketing político. “Cada centavo que receberam na vida sendo fruto exclusivo de seu trabalho absolutamente lícito.”

Odebrecht tem reiterado, via defesa, que não tem qualquer participação no esquema de cartel e corrupção alvo da Petrobrás.

Dilma cometeu ‘erro tático’ com sua base, diz Luciana Santos

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Por Paulo Veras, do Jornal do Commercio

Presidente nacional do PCdoB, sigla mais fiel a Dilma Rousseff, Luciana Santos é contra a reforma da Previdência e vê erro estratégico na condução do ajuste fiscal. Em entrevista ao Jornal do Commercio, ela se coloca no debate pela sucessão em Olinda. No Recife, sinaliza que os comunistas esperam continuar na vice de Geraldo Julio (PSB).

JORNAL DO COMMERCIO – O PCdoB vai apoiar a reforma da Previdência?

LUCIANA SANTOS – Nós temos a compreensão de que esse debate é necessário. Todos os dados indicam que em função do envelhecimento da população brasileira, nós teremos daqui a alguns anos um colapso na Previdência. Agora, nós achamos que existem reformas estruturantes no País mais urgentes, que poderiam impactar nos recursos da própria Previdência.

JC – Quais seriam?

LUCIANA – A reforma tributária, por exemplo. Ela é muito mais urgente. Nós temos um tributo que penaliza os trabalhadores, os salários mais baixos. E a gente poderia fazer uma reforma que pudesse incidir onde se tem mais renda e mais patrimônio. Isso daria outra equação para as receitas da União. Há também o debate político numa situação em que a presidente precisa resgatar uma relação com a própria base social que a elegeu, que são os trabalhadores.

JC – Há um erro no modo como a presidente está conduzindo o ajuste?

LUCIANA – Desde o primeiro ano do mandato, quando se pautou aquelas duas primeiras Medidas Provisórias do seguro-desemprego, acho que foi um erro tático. De apresentar medidas que impactavam exatamente na base social que elegeu ela. É tanto que nós tivemos um ministro da Fazenda que durou só um ano. Acho que o que nós vamos persistir é em uma agenda que a própria presidente, paralelamente, também fez. Que são as PPPs, os anúncios de investimento em infraestrutura, para retomar o crescimento. O acordo de leniência é um debate necessário também. Porque nós temos que punir os executores da corrupção, mas não se pode penalizar os trabalhadores, os técnicos, os engenheiros e a própria economia.

JC – E como fica a posição do partido em relação à CPMF?

LUCIANA – É preciso que se diga que a proposta do governo é que seja um imposto temporário. E sirva exatamente para cobrir o déficit da própria Previdência e da Saúde, que é também um problema estrutural no País. Então achamos que a CPMF, sendo temporária, é necessária. Por que é preciso cortar gordura, mas não a ponto de paralisar os serviços essenciais da população.

JC – Esses temas não vão contra às bandeiras históricas do PCdoB?

LUCIANA – Por isso que nós não somos a favor da reforma da Previdência agora. Nós não votamos no fator previdenciário. É claro que na medida em que estamos na base do governo, nossa posição é avaliar. Mas a princípio, nós temos dito claramente que achamos incorreta a pauta da reforma da Previdência para o momento. Agora, a CPMF é imposto sobre a movimentação de quem tem conta em banco. Não é exatamente uma agenda contra o trabalhador. Diferentemente da reforma da Previdência.

JC – O PCdoB vai ter candidato em Olinda?

LUCIANA – Estamos construindo com muita calma. Não necessariamente teria que ser o PCdoB. Não é um projeto pessoal, é um projeto político das cidades, que precisam mais do que nunca melhorar a qualidade de vida. Nós estamos procurando debater esse assunto programaticamente para a partir daí lutar pela unidade das nossas forças, que sempre foi para nós algo muito caro.

JC – A senhora tem a pretensão de disputar a prefeitura? Pode se afastar da presidência do PCdoB?

LUCIANA – Olinda é a minha vida. Então, esse é um debate que está posto. E mesmo com a presidência nacional do partido, nós vamos fazer a avaliação desses desafios. Existem muitos casos desses no Brasil todo. Nosso saudoso Eduardo Campos era presidente nacional do partido e era também governador. A princípio, não haveria contradição. Mas isso é uma construção política. Estamos abertos para que, no contexto do leque de forças do nosso campo, ver quem reunirá mais condições para termos êxito no resultado eleitoral.

JC – O PT tem feito gestos para o PCdoB em Olinda e já ofereceu até a vice. Essa aliança é possível?

LUCIANA – Nós estamos abertos para todas as construções políticas desde que isso seja uma construção de muitas forças. Até julho, muitas mudanças haverão. Até porque as eleições serão muito diferentes este ano. O período de campanha vai ser curtíssimo, não vai ter financiamento de campanha privado. Muitas variáveis ainda estão em desenvolvimento até o prazo das convenções.

JC – Com o PSB, que está se colocando como oposição, ainda é possível um entendimento?

LUCIANA – Essas são coisas que estão em construção. Todas as candidaturas do nosso campo são legítimas. Naturais até. A gente vê isso com paciência para poder, lá na frente, construir convergências. Esse tempo todo em que o PCdoB esteve a frente da prefeitura, o PSB participou do nosso governo.

JC – A candidatura de Antônio Campos causa algum desconforto ao PCdoB, que sempre foi aliado do PSB no Estado?

LUCIANA – Temos uma aliança que para o PCdoB é uma das mais programáticas. Historicamente, nossa afinidade política sempre foi com o PSB e o PT. A relação com Arraes vem até antes de o PT existir. Nós vamos lutar até as últimas consequências para esse ambiente de unidade política. Esse é o nosso espírito.

JC – No Recife, há um movimento que defende um vice do PMDB para Geraldo Julio. O PCdoB gostaria de continuar na vice?

LUCIANA – Natural que a gente tenha esse desejo. Pela questão da continuidade de um projeto político exitoso. Uma experiência que Luciano Siqueira, com Geraldo Julio, tem vivenciado. Mas nós ainda não tivemos nenhuma conversa nesse sentido, de mudança dessa construção política que nós já fizemos lá atrás.

JC – A troca da vice poderia prejudicar a aliança entre os dois partidos?

LUCIANA – Cada coisa a gente discute a seu tempo. Não tivemos nenhuma conversa com o PSB sobre isso. Então não tem porque a gente antecipar qualquer avaliação por que isso vai passar por uma discussão coletiva entre nós. Não tem nenhuma definição sobre isso.

JC – Hoje, a disposição do PCdoB, então, é apoiar a reeleição do prefeito?

LUCIANA – Claro. Nós somos do governo. Temos o vice-prefeito.

JC – Então uma eventual aliança com o PT no Recife estaria descartada?

LUCIANA – O que nos move são os projetos políticos. Nós temos afinidade com o PT. Tanto que apoiamos a presidente Dilma mesmo na adversidade, independente de popularidade. Nós não sabemos qual será o projeto eleitoral do PT, que também está em construção. Não tem como definir posições sem ter evoluído no processo de discussão das próprias alternativas que estão em curso na discussão do Recife. A princípio, nós vivenciamos esse período todo com Geraldo Julio e temos a vice-prefeitura. Essa é a aliança que está posta hoje.

Partidos questionam artigo de resolução do TSE sobre organização partidária

Da Agência Brasil

Cerca de 20 partidos políticos estão questionando no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o Artigo 39 da Resolução 23.456/2015, que disciplina a criação, organização, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. Os advogados dessas legendas afirmam que o Artigo 39 é inconstitucional por ferir a autonomia interna e o funcionamento dos partidos e pode prejudicar o lançamento de candidaturas às eleições, já que o caput do Artigo 39 da resolução diz que as comissões provisórias têm validade de 120 dias.

Preocupados com os riscos que podem acarretar o dispositivo da resolução, os advogados dos partidos entraram com um requerimento administrativo (Pedido Administrativo) no TSE para revogar o artigo. Segundo Rafael Carneiro, advogado do PSB, os partidos entendem que o artigo é inconstitucional e, por isso, querem sua exclusão do texto da resolução.

“Pedimos ao TSE para reconsiderar o Artigo 39 da resolução, porque ele fere a autonomia partidária estabelecida pela Constituição. A gente se insurge contra o artigo, porque as questões relativas ao funcionamento interno e a estrutura partidária devem ser decididas pelo partido de forma autônoma. O TSE optou por limitar esse prazo de comissão provisória para 120 dias, sem nenhum fundamento legal ou constitucional”, disse o advogado.

Segundo o representante do PSB, a definição sobre o prazo de validade das comissões provisórias dos partidos políticos deve ficar a critério da cada agremiação partidária e não da Justiça Eleitoral. “É uma ingerência na autonomia, na organização e no funcionamento interno dos partidos, sem fundamento legal”, afirmou.

O Artigo 39, que fixa o prazo de validade de 120 dias para as comissões provisórias partidárias, também, estabelece que esse prazo poderá ser prorrogado em situações excepcionais e devidamente justificadas pelo período necessário à realização de convenção partidária para escolha de novos dirigentes, mediante requerimento do partido ao presidente do Tribunal Eleitoral.

Para o advogado do DEM, Fabrício Medeiros, como a prorrogação do prazo de validade da comissão provisória depende da autorização do tribunal eleitoral, os partidos correm o risco de ter essa prorrogação negada e serem prejudicados. Segundo ele, essa questão do prazo de validade das comissões provisórias está dentro da autonomia partidária e não pode sofrer interferência do Estado e da Justiça Eleitoral.

“Isso pode trazer, de maneira indireta, prejuízo para os partidos políticos no pleito deste ano, uma vez que se eles estiverem com as comissões provisórias vencidas, ao se dirigirem ao tribunal competente, e diante da negativa do tribunal para a prorrogação dessas comissões provisórias, os partidos simplesmente não poderão concorrer no pleito deste ano”, disse o advogado do DEM.

Os dois advogados disseram também que o TSE deverá julgar o pedido dos partidos políticos na quinta-feira (25) da próxima semana, conforme informou o ministro Henrique Neves, relator do requerimento. Dentre os partidos que assinaram o pedido administrativo, estão o PSB, DEM, PSDB, PPS, PMB, PSOL, PTB, PCdoB e SD.

De acordo com a assessoria de imprensa do TSE, O ministro Henrique Neves disse que o tribunal jamais proibiu ou restringiu que as convenções partidárias sejam feitas pelas comissões provisórias, ou pelo diretório ou da maneira que estabelece o estatuto do partido. O ministro disse ainda, segundo a assessoria, que, em função da relevância do tema, vai ouvir o Ministério Público Eleitoral sobre a questão, e que deverá colocar a matéria no plenário da corte na próxima quinta-feira.

Projeção de instituições financeiras para queda do PIB chega a 3,4% este ano

Da Agência Brasil

A projeção de instituições financeiras para a queda da economia, este ano, está cada vez maior, enquanto a expectativa de recuperação em 2017 diminui há cinco semanas seguidas. As estimativas fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, este ano, passou de 3,33% para 3,40%, no quinto ajuste consecutivo. Para 2017, a estimativa de crescimento do PIB caiu de 0,59% para 0,50%.

As instituições financeiras projetam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feche este ano em 7,62%, no oitavo ajuste seguido. Na semana passada, a estimativa era 7,61%. Essa projeção ultrapassa o teto da meta para 2016, de 6,5%. Para o próximo ano, a expectativa é que o IPCA alcance o teto da meta (6%). O centro da meta de inflação para os dois anos é 4,5%.

Em um cenário de retração da economia, as instituições financeiras não esperam por alteração na taxa básica de juros, a Selic, neste ano. A expectativa é que a taxa encerre o período no atual patamar de 14,25% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 1° e 2 de março.

Para 2017, a mediana das expectativas (desconsidera os extremos nas projeções) é que a Selic encerre o período em 12,63% ao ano, ante a projeção anterior de 12,75% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

IGP-DI

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi ajustada de 7,98% para 7,84% este ano. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,72% para 7,75%. A projeção para os dois índices em 2017 segue em 5,50%.

A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), foi mantida em 7,04%, em 2016, e em 5,40%, no próximo ano.

A projeção para os preços administrados caiu de 7,70% para 7,50% este ano e permanece em 5,50% em 2017.

A projeção para a cotação do dólar foi alterada de R$ 4,38 para R$ 4,36, ao fim de 2016, e segue em R$ 4,40 ao fim de 2017.

Pesquisa mostra aumento do antipetismo no Brasil

Do Congresso em Foco

Está crescendo o número de brasileiros insatisfeitos com o PT. Os antipetistas subiram de 7,49% do eleitorado em 1997 para 11,44% em 2014. O número já é proporcionalmente maior do que o das pessoas que declaram preferência por PSDB e PMDB. De todo modo, cresce também o número de eleitores que não manifestam interesse por nenhum partido político.

A pesquisa, divulgada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo, foi elaborada pelo cientista político David Samuels, professor da Universidade de Minnesota (EUA), em parceria com o também cientista político Cesar Zucco Jr., da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. De acordo com o estudo, o PT é também o mais querido e mais odiado partido do Brasil.Em 2997, cerca de 14% do eleitorado declarava simpatia pelo PT. O número aumentou para 23,28% em 2006 e caiu para 15,95% em 2014. O PMDB e o PSDB também sofreram baixas quanto ao número de simpatizantes.

Em 2014, os dados foram coletados pela Brazilian Electoral Panel Survey, ligada ao Banco Interamericano de Desenvolvimento. Em 1997, foram entrevistadas 2.496 pessoas. Em 2006, a pesquisa ouviu 2.379 cidadãos e em 2014 o número chegou a 3.120 participantes.

Perfil

O pesquisador David Samuels disse à Folha de S. Paulo que acredita que os chamados antipetistas puros são “desiludidos com a democracia, verdadeiros herdeiros do regime militar”. No último levantamento, a maioria dos antipetistas defendia a volta dos militares ao poder. As visões do antipetista puro são mais radicais do que a dos simpáticos ao PSDB. Eles se declaram a favor do aborto, mas são contras políticas sociais como o Bolsa Família e as cotas para negros em universidades públicas. David diz não haver um único motivo para justificar o ódio pelo partido dos trabalhadores. Postura de Lula, Dilma e a ideologia dos políticos do partido são alguns dos motivos.

Ex-marqueteiro de Dilma tem prisão decretada

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Do Congresso em Foco

A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (22) a 23ª fase da Operação Lava Jato. Entre os alvos da nova etapa, batizada de Acarajé, estão o publicitário baiano João Santana, marqueteiro das campanhas presidenciais de Dilma e Lula, e a empreiteira Odebrecht, também sediada na Bahia. Desde as 6h, os agentes da PF cumprem em três estados (Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) 51 mandados: 38 de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva.

Segundo a TV Globo, há mandado de prisão contra Santana, mas ele não foi preso por estar no exterior. Ainda de acordo com a reportagem do Bom Dia, Brasil, também há ordem de prisão contra o engenheiro Zwi Skornicki, que, segundo as investigações, operava propinas no esquema da Petrobras investigado pela Lava Jato. A PF também esteve no prédio da Odebrecht em São Paulo no início da manhã.

De acordo com os investigadores da Lava Jato, há indícios de que João Santana possui contas não declaradas no exterior e que recebeu, por meio delas, US$ 7 milhões da Odebrecht. O publicitário passou a ser investigado após policiais federais apreenderem na casa de Zwi Skornicki um manuscrito atribuído à mulher de João Santana indicando contas dele fora do país, conforme informou a revista Veja.

“Como se defender da crise” é tema de palestra no Sindloja

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Com o objetivo de motivar o meio empresarial de Caruaru e região diante da atual crise econômica, o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Caruaru e a LAJR Consultoria Empresarial realizam a palestra “Defenda-se da crise! Ataque as dificuldades e problemas, e alcance seus resultados”. O evento será realizado no dia 26 deste mês, no horário das 19h às 20h30, no auditório do Sindloja.

O palestrante será Ângelo Buarque, consultor empresarial, perito judicial, professor universitário e auditor. Ele vai falar sobre medidas inovadoras e pontuais que devem ser adotadas dentro de uma empresa a curto, médio e logo prazos, como, por exemplo, o controle interno e soluções para os gestores e equipes; técnicas de alto impacto para melhorar as gestões financeira e administrativa; identificação dos pontos fortes e fracos nos ambientes interno e externo; e como trabalhar o
planejamento estratégico organizacional.

A capacitação é destinada para associados ao Sindloja, pequenos, médios e grandes empresários e estudantes universitários. Os participantes receberão certificado. O investimento é de R$ 20 para participante de empresas associadas ao Sindloja e R$ 30 para os demais interessados. As inscrições podem ser feitas através dos telefones (81) 3722-4070 / 9 9973 7620 ou diretamente no Sindloja.