Sérgio Moro envia lista da Odebrecht para o STF

O juiz federal Sérgio Moro enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (28) a lista de pagamentos que teriam sido feitos a cerca de 200 políticos, apreendida em uma busca da Polícia Federal na casa de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, um dos executivos da Odebrecht, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Acarajé, deflagrada no mês passado.

De acordo com análise preliminar feita por Moro, a lista envolve pagamentos a pessoas com foro por prerrogativa de função, como deputados e senadores, e, portanto, deve ser remetida ao Supremo, instância responsável por esses processos.

Em despacho na última sexta-feira (25), no qual libertou nove presos temporários na 26ª fase da Operação Lava Jato, identificada como Operação Xepa, o juiz disse que ainda não é possível avaliar a legalidade dos pagamentos, sendo que a Odebrecht é uma das maiores doadoras para campanhas políticas.

“Os pagamentos retratados nas planilhas encontradas na residência do executivo Benedi­cto Barbosa podem ser doações eleitorais lícitas ou mesmo pagamentos que não tenham se efetivado”. diz Moro. “A cautela recomenda, porém, que a questão seja submetida desde logo ao Supremo Tribunal Federal”.

Advogados fazem apelo para que OAB não apresente pedido de impeachment

Edjalma Borges-Congresso em Foco

Advogados, juristas e ex-presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestaram no domingo 27, por meio de nota, contra a proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff formulada pelo Conselho Federal da instituição a ser protocolada nesta segunda-feira (28) na Câmara dos Deputados.

Na nota, que será entregue amanhã (29) ao presidente da OAB, Claudio Lamachia, os advogados consideram o pedido de impeachment “um erro brutal”, e alertam que “essa decisão, por sua gravidade e consequências, que lembra o erro cometido em 1964, jamais poderia haver sido tomada em sem uma ampla consulta aos advogados brasileiros, em termos absolutamente transparentes e democráticos, assegurando-lhes o acesso às diferentes posições a respeito do grave momento nacional e das soluções do ponto de vista da preservação da Constituição e do Estado de Direito”.

O pedido de impeachment defendido pela OAB inclui as acusações feitas contra a presidente Dilma pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido–MS) em delação premiada no âmbito daOperação Lava Jato.

Leia a íntegra da nota:
Excelentíssimo Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

Ao ingressarmos na Ordem todos os advogados fizemos o seguinte juramento:
“Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.”

O juramento, que deve pautar nossa atuação profissional, aplica-se com idêntica carga imperativa ao exercício das altas responsabilidades de direção da Ordem nos Conselhos Seccionais e no Conselho Federal.

A crise política e econômica em que o Brasil está mergulhado demanda uma solução política e jurídica, que respeite a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos e o aperfeiçoamento da cultura e as instituições jurídicas.

A consciência democrática e a consciência jurídica nacional estão em luta aberta contra as soluções de natureza autoritária que rompam o processo democrático, o respeito ao mandato da Presidente da República e ameaçam mergulhar o país numa conflagração civil de grandes proporções, tempo indefinido, dores incalculáveis e resultado incerto.

O pedido de impeachment da Presidente da República, que tramita na Câmara dos Deputados, é considerado pela maioria dos grandes juristas brasileiros imprestável para a finalidade a que se propõe. Não há crime de responsabilidade a fundamentar o pedido. Logo, trata-se de um golpe contra o mandato da Presidente e contra as instituições democráticas mal travestido de legalidade.

Advogados e juristas de todo o Brasil se reúnem em grupos e comitês e defesa da democracia e contra o golpe. No entanto, o Conselho Federal da OAB, para a surpresa e indignação da consciência cívica e democrática dos advogados e da sociedade brasileira, e sem qualquer consulta ao conjunto dos advogados, resolve somar-se ao movimento golpista de clara orientação partidária mediante a apresentação de um pedido de impeachment da Presidente da República.

Trata-se de um erro brutal e cujas consequências dramáticas em termos de perda da respeitabilidade da Ordem perante a história e sociedade brasileira sobreviverão em décadas o mandato dos atuais conselheiros da entidade. Essa decisão, por sua gravidade e consequências, que lembra o erro cometido pela Ordem em 1964, jamais poderia haver sido tomada sem uma ampla consulta aos advogados brasileiros, em termos absolutamente transparentes e democráticos, assegurando-lhes o acesso às diferentes posições a respeito do grave momento nacional e das soluções adequadas do ponto de vista da preservação da Constituição e do Estado Democrático.

O fato inegável é que, a continuar o crescente isolamento da OAB em relação ao amplo movimento de defesa da Constituição Federal e do Estado Democrático, a Ordem sairá desse diminuída em sua importância e protagonismo institucional, em prejuízo de toda a sociedade, mas especialmente dos advogados, que dependem de uma entidade nacional forte e respeitada para o prestígio da profissão e a defesa das suas prerrogativas.

A situação atual não se compara com o impedimento do presidente Collor. Então havia um virtual consenso na sociedade brasileira e era evidente a participação do presidente da República na prática de crime de responsabilidade. Bem diferente é a atual situação, em que o Conselho Federal da OAB arrisca-se a apartar-se da melhor expressão consciente da consciência democrática e jurídica nacional, servindo como instrumento de um golpe contra a democracia brasileira, como o movimento do impeachment vem sendo compreendido internamente e assim apresentado ao mundo por Chefes-de-Estado e pela mais séria imprensa internacional.
Neste sentido, por haver ainda haver tempo para evitar o erro na iminência de ser cometido pelo Conselho Federal da OAB, requeremos, enfaticamente, que seja suspenso o protocolo do pedido de impeachment da Presidente da República e se proceda imediatamente a uma ampla e direta consulta direta aos advogados brasileiros, através da Seccionais, de modo a permitir que cada colega possa manifestar a sua opinião pelo voto a respeito da decisão da Ordem de pedir o impeachment da Presidente da República sob os fundamentos preconizados pelo Conselho Federal.

Para que a democracia seja respeitada, é preciso assegurar de modo transparente e sem limitações o mais amplo contraditório. Tal procedimento democrático engrandecerá a Ordem, fortalecerá a nossa unidade e constituirá processo de elevação da cultura jurídica e da consciência democrática do conjunto dos advogados brasileiros.

Na hipótese de que o Ilustre Presidente considere não ser possível tempestivamente interromper o protocolo do pedido de impeachment, requeremos que a consulta direta aos advogados brasileiros ora requerida seja submetida a deliberação do Conselho Federal na primeira oportunidade, se possível por convocação extraordinária de modo que de nova decisão do Conselho possa rapidamente surtir seus regulares efeitos, em especial a retirada do pedido de impedimento da Presidente.

Em meio à crise, microfranquias crescem 12,8% no Brasil

Da Agência Brasil

Em tempos de crise econômica e redução na oferta de emprego, empreender pode ser uma alternativa para assegurar uma renda. Nesse cenário, as microfranquias têm despontado como um caminho para quem não dispõe de tanto capital para aplicar. A característica desse modelo de negócio é exigir investimento inicial pequeno, de até R$ 80 mil. Números da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram um aumento do interesse pelo sistema nos últimos anos.

De acordo com a ABF, em 2011 havia 336 redes classificadas como microfranquias no país. Em 2012, o número passou a 368, uma alta de 9,5%. No ano de 2013, o total de microfranquias atingiu 384, crescendo 4,3% e, por fim, em 2014, chegou a 433, com crescimento de 12,8% ante o ano anterior. A entidade ainda não fechou os dados de 2015. O diretor de Relacionamento e Mercado da ABF, Cláudio Tieghi, diz que o segmento de franquias cresce em momentos de crise.

“Historicamente o franchising se beneficia nesses momentos, no sentido de aumentar o fluxo de pessoas interessadas em empreender, ter o próprio negócio”, afirma Tieghi. Segundo ele, o fenômeno das microfranquias, intensificado nos últimos dez anos, ganha apelo especial com a queda do emprego. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2015 o Brasil fechou 1,54 milhão de vagas formais.

“A microfranquia é uma opção para pessoas com perfil técnico ou de gerente. Ela se equipara a uma oportunidade de substituição do emprego. Em vez de estar em uma empresa trabalhando, [o franqueado] pode desempenhar essas funções em casa. Ele pode também projetar e sair da realidade de microfranquia. Pode ter várias unidades no país ou migrar para uma franquia tradicional”, afirma.

No entanto, segundo ele, dedicação e disposição para trabalhar são quesitos fundamentais para quem deseja se aventurar com o modelo. “O que é mandatório na microfranquia é o total envolvimento da pessoa. Ela vai passar a fazer o trabalho em modalidade empreendedora. Muitas vezes nem tem funcionários ou tem poucos. A microfranquia é um negócio enxuto”, explica.

Para o casal Alessandra de Oliveira Janiques, 40 anos, e Renato Janiques, 61, o modelo pequeno e acessível foi ideal para realizar o sonho dela de ter o próprio negócio. Alessandra trabalhava como corretora de seguros e Renato estava se aposentando do Senado Federal. Alessandra, então, foi em busca de algo que pudessem tocar juntos em Brasília.

“A gente queria uma renda extra e uma ocupação para ele e para mim. Eu procurei, pesquisei, olhei vários ramos”, relata ela, que acabou se decidindo pela rede de lavanderias Lava e Leva, microfranquia com investimento total a partir de R$ 35 mil.

Um fator determinante para a escolha foi tratar-se de atividade no ramo de serviços. “Eu acho que, em época de crise, o serviço é a única coisa que as pessoas não deixam de fazer. Outro motivo foi a aprovação da PEC [Proposta de Emenda à Constituição] das domésticas. Mandaram um monte de empregada doméstica embora e lavar a roupa é complicado para a pessoa que trabalha. Pensei que, se a gente tivesse algo de qualidade, com baixo custo, logo estaria todo mundo aqui. Hoje, com oito meses de funcionamento, a gente tem mais de 100 clientes”, comemora Alessandra.

Para ela, ao ofertar empregos, o negócio também ajudou pessoas atingidas pela crise. “Tenho seis funcionários. Uma que estava sem emprego há nove meses, outra, há mais de dois anos. Em um momento em que houve demissões por causa da crise, a gente conseguiu contratar”, orgulha-se. Renato Janiques destaca o valor acessível da microfranquia. “O preço em si, o valor em maquinário, em insumos, é muito viável. Hoje estamos muito bem-sucedidos”, diz.

Alternativa 

A biomédica Juliana Reis Burjack, 35 anos, investiu em uma microfranquia por considerar o negócio uma alternativa melhor que o mercado em sua área no setor privado. “O biomédico, se não tiver muitas especializações, um doutorado, fica apenas em faculdades privadas e isso é muito instável. Na área laboratorial é bom, mas você ganha pouco. Por isso, optei pela franquia”, conta ela, que escolheu a rede de esmalterias Turquesa. A empresa permite aos franqueados investimento a partir de R$ 80 mil, incluindo taxa de franquia, reforma, treinamento e outros gastos.

“Uma das áreas de habilitação da biomedicina é estética. É uma área com grande potencial. Na crise, você pode até diminuir, mas não deixa de fazer [tratamentos de beleza]”, opina Juliana, que estará à frente de uma unidade da Turquesa em Águas Claras, cidade a cerca de 20 quilômetros da área central de Brasília. A nova empresa começa a funcionar em abril. Juliana dedicará os dias a tocar o negócio e as noites às aulas que dá como parte do mestrado em Microbiologia.

Empreendedorismo

O aumento do interesse dos brasileiros por empreender não se restringe às franquias. A edição mais recente da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae), mostra que, em 2015, a taxa de empreendedorismo no país foi 39,3%, a maior registrada nos últimos 14 anos. Segundo o gerente de Gestão Estratégica do Sebrae, Marcos Bedê, a elevação da taxa tem sido um fenômeno constante.

“Se você pegar a série histórica, [a taxa de empreendedorismo] cresce ano a ano. Mostra uma tendência de aumento da propensão do brasileiro para se tornar empreendedor. Quando veio a crise no ano passado isso continuou, com uma coloração mais forte em termos de necessidade”, afirma. Segundo ele, o modelo franquia tem vantagens e desvantagens. “A principal vantagem é que você recebe um negócio praticamente pronto. O risco tende a ser um pouco menor”, comenta.

O especialista em estratégia empresarial, marketing e recursos humanos Jorge Pinho, professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), considera natural o interesse dos brasileiros por tocar o próprio negócio em tempos de emprego em baixa. “A recessão que estamos vivendo leva à diminuição de oportunidades e até do salário nas ofertas que por acaso apareçam. Isso faz com que as pessoas tentem arriscar sua competência, sua sorte, no empreendedorismo”.

Na avaliação dele, “tentar girar o capital de maneira sustentável” pode ser a “única alternativa” no período de crise. Pinho aconselha, no entanto, cautela e pesquisa antes de investir em um negócio, justamente em função da retração econômica. Para ele, é preciso buscar as áreas menos afetadas. “Eu acredito que existam possibilidades. Por exemplo, a questão da lavanderia. É uma aposta, pois a empregada doméstica agora está custando em torno de 25% a mais do que você paga a ela”, diz.

Comissões, impeachment e posicionamento do PMDB são principais temas da semana

Da Agência Brasil

A semana na Câmara dos Deputados deverá ser marcada por discussões em torno do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, da formação das comissões técnicas da Casa, da votação do projeto de lei que estabelece novas regras para o refinanciamento das dívidas dos estados com a União e da reunião do Diretório Nacional do PMDB, nesta terça-feira (29), para decidir se a legenda continua apoiando o governo. Além desses temas, outros como a votação de vetos presidenciais, as reuniões do Conselho de Ética e da Comissão de Orçamento vão movimentar a Câmara.

A expectativa de lideranças partidárias é de que haja quórum já na noite de hoje (28) para votar a urgência e até o mérito do projeto de lei complementar que modifica as regras de refinanciamento das dívidas dos estados com a União. O texto é resultado de acordo entre os governos estaduais e a União e prevê um prazo de mais 20 anos para os estados pagarem suas dívidas. O compromisso de votação urgente do projeto foi feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com governadores e líderes partidários.

A formação das comissões técnicas da Câmara deve movimentar a Casa já na tarde desta segunda-feira. Cunha convocou os líderes para uma reunião, às 16h, a fim de buscar acordo e definir a composição das comissões técnicas permanentes que até hoje não foram instaladas porque ele queria aguardar decisão do Supremo Tribunal Federal sobre os embargos em relação ao rito de tramitação do processo de impeachment.

Eduardo Cunha também queria aguardar o fim da chamada janela partidária, período em que os deputados puderam trocar de partido sem perder o mandato, para definir a formação das comissões. Até o fim da última semana, a Justiça Eleitoral tinha comunicado à Câmara que mais de 80 deputados haviam trocado de legenda.

Se os líderes definirem hoje a formação das comissões, elas poderão ser instaladas nesta terça ou quarta-feira.

O Congresso Nacional marcou para amanhã (29), às 19h, sessão deliberativa para apreciar 16 vetos presidenciais que estão trancando a pauta de votações da Casa. Entre os vetos estão aqueles feitos ao projeto que trata da repatriação de recursos do exterior, ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e a outras matérias orçamentárias.

PMDB

Por meio do Diretório Nacional, o PMDB vai decidir, em reunião marcada para a tarde de amanhã, se permanece na base de sustentação do governo no Congresso Nacional. Em reunião fechada, os integrantes do diretório vão debater e, por meio do voto que deverá ser aberto, decidir se mantêm o apoio. Se decidir sair, o partido dará um prazo para que os ministros e demais peemedebistas ocupantes de cargos no governo federal deixem os postos.

O vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, cancelou uma viagem que faria a Portugal para manter reuniões com peemedebistas. O objetivo é buscar a unidade do partido em torno de uma decisão unânime sobre os caminhos que a legenda deve seguir. No dia 12 de março, a Convenção Nacional do PMDB delegou ao Diretório Nacional o poder de decidir em até 30 dias se o partido deve continuar fazendo parte do governo.

Impeachment

A Comissão Especial da Câmara criada para analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff vai continuar mantendo reuniões nesta semana para deliberar sobre requerimentos apresentados ao colegiado. O presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), e o relator dos trabalhos, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), deverão se reunir com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, para conversar sobre o trabalho que estão fazendo.

A comissão especial vem realizando os trabalhos, aguardando o transcurso das dez sessões plenárias da Câmara, prazo que a presidenta Dilma tem para apresentar sua defesa por escrito. Já foram feitas quatro sessões para a contagem de prazo. Se ocorreram as cinco sessões previstas para esta semana, a décima e última sessão para apresentação da defesa deverá ser no dia 4 de abril.

Sérgio Moro deve enviar hoje ao Supremo lista da Odebrecht

Da Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro deve enviar hoje (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista de pagamentos que teriam sido feitos a cerca de 200 políticos, apreendida em uma busca da Polícia Federal na casa de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, um dos executivos da Odebrecht, durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Acarajé, deflagrada no mês passado.

De acordo com análise premiliminar feita por Moro, a lista envolve pagamentos a pessoas com foro por prerrogativa de função, como deputados e senadores, e, portanto, deve ser remetida ao Supremo, instância responsável por esses processos.

Em despacho na última sexta-feira (25), no qual libertou nove presos temporários na 26ª fase da Operação Lava Jato, identificada como Operação Xepa, o juiz disse que ainda não é possível avaliar a legalidade dos pagamentos, sendo que a Odebrecht é uma das maiores doadoras para campanhas políticas.

“Os pagamentos retratados nas planilhas encontradas na residência do executivo Benedi­cto Barbosa podem ser doações eleitorais lícitas ou mesmo pagamentos que não tenham se efetivado”. diz Moro. “A cautela recomenda, porém, que a questão seja submetida desde logo ao Supremo Tribunal Federal”.

Na quarta-feira (23), Moro colocou em segredo de Justiça a lista de pagamentos. A medida foi tomada pelo juiz após a relação ter sido anexada ao processo sobre as investigações da Lava Jato e divulgada pela imprensa.

Juizado da Páscoa não registra nenhuma ocorrência

205315de-7f16-4ac0-bd06-5157cbc53c31Os shows realizados no Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar, em Gravatá, no Agreste, não registraram nenhuma ocorrência durante a realização do Juizado da Páscoa, na Semana Santa. O sucesso dos dois dias de eventos se deve a atuação preventiva realizada pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil.

Os shows, que iniciaram às 20h e seguiram por cinco horas, animaram o público presente que, sem nenhum tipo de violência, puderam curtir variados ritmos de músicas. No local, foi possível danças forró, rock e sertanejo. Centenas de pessoas puderam curtir a Semana Santa ao lado dos parentes e amigos.

As apresentações no Pátio de Eventos foi uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Turismo, Esportes e Lazer, e Empetur, com o apoio da Prefeitura de Gravatá que, para os dois dias de eventos, não destinou nenhum recurso.

O Juizado da Páscoa esteve localizado na Escola Estadual Devaldo Borges, no Centro, bem perto do Pátio. Mesmo sem necessidade de atuação, ele esteve durante os dois dias composto por representantes da Prefeitura, do MPPE, Instituto de Criminalística, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Polícia Científica, TJPE.

O objetivo era resolver, caso tivesse necessidade, todos os delitos que houvessem e que fossem de menor gravidade. Isso significava dizer que, a pessoa que cometesse o delito sairia de lá com sua penalidade determinada, uma vez que a audiência aconteceria na hora.

Confira o resultado do Caruaru da Sorte

Sorteio Realizado 27/03/2016

1º PREMIO MIL SEISCENTOS E SESSENTA REAIS (R$ 1.66O,OO)
GANHADOR: LÍDIA MARIA DE SOUZA GANHADOR: ZENILDO JOSÉ DE OLIVEIRA
CERTIFICADO: 114.259 CERTIFICADO: 94.068
ENDEREÇO: RUA SÃO MIGUEL Nº124 ENDEREÇO: RUA CARNEIRO VILELA Nº484
CIDADE: PALESTINA – SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE CIDADE: SALGADO – CARUARU
VENDEDOR: JUCIVALDO – DIST. BRANCO E RENATO VENDEDOR: ZÉLIA DO MERCADINHO

GANHADOR: DUCILENE SALES
CERTIFICADO: 63.671
ENDEREÇO: RUA SÃO PEDRO Nº55
CIDADE: GONÇALVES FERREIRA – CARUARU
VENDEDOR: LILIAN
BOLAS: 02 52 38 37 55 20 59 09 60 29 15 08 23 21 06 16 48 44 35 11 10 03 18 50 54 24 31 07 34 33 14 51 56 28 32 26 22 41.
2º PREMIO UM PÁLIO FIRE FLEX 0KM (R$ 26.666,67)
GANHADOR: ROSIMAR ANA DA SILVA
CERTIFICADO: 15.285
ENDEREÇO: RUA MARIA ANTÔNIA DO ROSÁRIO Nº66
CIDADE: NOVO AGRESTE – AGRESTINA
VENDEDOR: ANA MARIA
BOLAS: 54 22 52 23 16 09 41 32 53 10 36 02 33 40 19 59 48 55 06 04 20 50 13 21 01 30 27 35 57 11 29 42.
3º PREMIO UM PÁLIO FIRE FLEX 0KM (R$ 26.666,67)
GANHADOR: ANA PAULA DO NASCIMENTO
CERTIFICADO: 32.362
ENDEREÇO: RUA BARÃO DE ITAMARACÁ Nº237
CIDADE: INDIANÓPOLIS – CARUARU
VENDEDOR: JOSENILDO
BOLAS 48 06 42 55 36 49 11 19 59 27 43 32 15 01 33 12 21 07 04 02 23 26 57 53 40 37 31 24 16 52 41 47 56 54 50 51 05.
4º PREMIO UM PÁLIO FIRE FLEX OKM (R$ 26.666,67)
GANHADOR: ANDRÉ JOÃO DE OLIVEIRA GANHADOR: ALEX JOSÉ DA SILVA
CERTIFICADO: 73.209 CERTIFICADO: 83.866
ENDEREÇO: RUA JOÃO BEZERRA – PAU SANTO ENDEREÇO: TRAV. SÃO JOÃO BATISTA
CIDADE: ZONA RURAL – CARUARU CIDADE: CAIUCÁ – CARUARU
VENDEDOR: ADEILDO VENDEDOR: MARIA
BOLAS: 51 35 13 31 16 28 06 53 09 02 56 40 49 04 43 03 05 29 33 08 57 37 15 52 07 10 32 12 41 23 48 21 24 01 55 14 58.

Modalidade Giro da Sorte R$ 500,00 (Quinhentos Reais )

1º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 98.389
GANHADOR: ROSILENE ANTONIETA DA SILVA
ENDEREÇO: RUA LUIZ ELIAS ZÉ Nº24
SAPUCÁIA – BONITO
2º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 120.874
GANHADOR: LUIZ VILAMAR DE OLIVEIRA
ENDEREÇO: RUA 42 Nº116
RENDEIRAS – CARUARU 3º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 129.429
GANHADOR: ROSA MARIA DA SILVA
ENDEREÇO: AV. CASTELO BRANCO Nº20
AGAMENOM MAGALHÃES – CARUARU 4º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 120.205
GANHADOR: JOAQUIM BARBOSA DE SOUZA
ENDEREÇO: SÍTIO ALEGRE
ZONA RURAL – BEZERROS 5º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 35.299
GANHADOR: JOSEFA SEVERINA DA SILVA
ENDEREÇO: AV. JOAQUIM NABUCO Nº502
DIVINÓPOLIS – CARUARU
6º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 59.922
GANHADOR: SAMUEL FERNANDO DA SILVA
ENDEREÇO: RUA BOA VISTA Nº121
CENTRO – JAQUEIRA 7ª RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 95.324
GANHADOR: ABGAILSON JOSÉ DA SILVA
ENDEREÇO: RUA OTHON BEZERRA DE MELLO Nº44 A
CENTRO – SÃO CAETANO 8º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 29.575
GANHADOR: MARIANA DOS SANTOS SILVA
ENDEREÇO: RUA CARDEAL Nº320
VILA ANDORINHA – CARUARU 9º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 6.037
GANHADOR: ADRIANA DE SOUZA SILVA
ENDEREÇO: SÍTIO CAVALO RUSSO
ZONA RURAL – BREJO DA MADRE DE DEUS 10º RODADA DA SORTE
CERTIFICADO: 13.684
GANHADOR: GILVANICE MARIA DE SOUZA SANTOS
ENDEREÇO: SÍTIO POÇO COMPRIDO
ZONA RURAL – SÃO JOAQUIM DO MONTE

 

PMDB forte para eleições proporcionais

O PMDB deve ser um dos partidos com mais densidade eleitoral nas eleições do próximo ano. Embora ainda não tenha divulgado um nome para a candidatura majoritária – o do deputado Tony Gel é o mais forte -, a sigla vem reunindo vereadores de destaque no Legislativo caruaruense e com boa votação. Além de Evandro Silva – único eleito no último pleito -, a legenda vai contar com Cecílio Pedro, Val de Cachoeira Seca, Eduardo Cantarelli e Louro do Juá.

VANGUARDA conversou com o presidente municipal da legenda, Marcelo Cumaru, e ele confirmou as novas filiações. “São vereadores que estão ligados ao deputado Tony Gel. Nossa expectativa é de aumentar ainda mais esse quadro e deixar o PMDB forte para as eleições proporcionais”, disse Cumaru. Esse reforço que o PMDB recebeu pode ainda ser ampliado com outros vereadores, mas Marcelo preferiu não revelar os nomes. “Ainda estamos conversando”, disse.

O cientista político Davi Cardoso, que está sendo responsável por montar vários blocos (módulos) com o pessoal ligado ao deputado Tony Gel, afirmou que a expectativa é que o PMDB faça pelo menos três vereadores, podendo até fazer quatro. “Teremos ainda a possibilidade de ter o vereador Neto e, desta forma, a sigla ganhará mais corpo, porém ainda é cedo para falar, pois o PMDB terá outras lideranças sem mandatos, mas com boas chances de votos”, completou Cardoso.

Davi disse ainda que o resultado da Operação Ponto Final I pode ser decisivo para o quadro deste ano, já que Eduardo Cantarelli, Louro do Juá, Cecílio Pedro, Neto, Val de Cachoeira Seca e Evandro Silva estão sendo acusados. Ele lembrou que existem duas ações – uma em Brasília e outra no Recife – que podem inocentar os vereadores e, desta forma, ajudar na recuperação da imagem de todos eles. “Se esses recursos forem julgados, deve anular a decisão local e isso vai mudar o quadro de forma significativa”, afirmou Davi.

 

Indefinições na Câmara de Vereadores de Caruaru

Wagner Gil

Apesar de faltar uma semana para o fim da troca de partido para quem vai disputar a eleição este ano, o quadro na Câmara de Vereadores de Caruaru se modificou bastante em relação ao início da legislatura. Nada está definido e, até o dia 2 de abril, muita coisa pode mudar na chamada dança das cadeiras. O jornal VANGUARDA fez um levantamento na última terça-feira (22) e dois partidos lideravam a bancada na Casa Jornalista José Carlos Florêncio: o PDT, com cinco edis, e o PRTB, com quatro. O detalhe é que alguns partidos sem nenhum vereador eleito após as últimas eleições tiveram acréscimo considerável.

Estão no PDT José Aílton (atualmente licenciado, ocupando o cargo de secretário de Desenvolvimento Rural), único que foi eleito pela sigla em 2012; Ranílson Enfermeiro (deixou o PTB), que foi o segundo mais votado nas últimas eleições; Ricardo Liberato (ex-PSC), Lula Torres (ex-PR) e Alecrim (ex-PSD). Um dos motivos da força do PDT para atrair vereadores é que o partido é a sigla do atual prefeito José Queiroz e, neste caso, pesa a força da máquina administrativa.

No PRTB, que tem quatro vereadores, estão Heleno do Inocoop, Edjaílson da CaruForró (ex-PTdoB), Rozael do Divinópolis (PRTB) e o Pastor Carlos (ex-PRB). Essa bancada pode ser ampliada. “Nós estamos fazendo um grupo com alguns vereadores e vamos nos unir a pelo menos outro partido para formar uma chapinha forte nas eleições proporcionais”, disse Rodrigues da Ceaca.

Demóstenes Veras, que fez algumas mudanças de partido nos últimos quatro anos, permanece no PP e deve apoiar a candidatura de Erick Lessa (PR) para prefeito. Veras já teria declarado seu voto majoritário em um programa de rádio.

Uma legenda que ganhou musculatura foi o PMDB. Nas últimas eleições municipais, o maior partido do Brasil só tinha um vereador eleito, Evandro Silva. Agora conta com Cecílio Pedro (que deixou o PTB e foi o segundo mais votado nas últimas eleições), Louro do Juá (ex-SDD), Eduardo Cantarelli (ex-SDD) e Val de Cachoeira Seca. Val e Evandro Silva estão afastados das funções devido à Operação Ponto Final II. Outro afastado pela Ponto Final e que pode ir para o PMDB é Neto (ex-PMN).

Nino do Rap está no DEM, mas deve deixar a legenda. Já Sivaldo Oliveira, que ocupa a cadeira na Câmara pelo PP, deve se filiar ao PSC, mesmo destino de Jajá, que saiu do PMN. Marcelo Gomes permanece no PSB, partido do vice-prefeito e potencial candidato Jorge Gomes. Enquanto isso, Gilberto de Dora deixou o ninho socialista e se filiou ao PSDB, sendo único tucano na Câmara. O presidente da Casa, Leonardo Chaves, está no PSD e, segundo informações extra-oficiais, já teria assinado sua ficha de filiação ao PDT.

Senado aprova mais de R$300 milhões para agricultores que tiveram prejuízo com a seca

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou, na semana passada, a medida provisória (MP) 715/2016 que destinou R$ 316,2 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Os recursos serão usados para pagar parcelas do Benefício Garantia-Safra voltadas a 440 mil famílias de agricultores familiares da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) atingidos pela seca no período 2014/2015.

A relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), defendeu a MP. Ela frisou que a urgência de créditos suplementares em caso de quebra de safra justifica sua edição.”Cabe destacar que a verba do Fundo Garantia-Safra prevista originariamente no Orçamento não foi considerada suficiente para pagar o benefício a todos os agricultores familiares vitimados por perda de produção”, disse.

O Benefício Garantia-Safra foi criado pela Lei 10.420/2002 e é destinado aos produtores que aderiram ao programa de mesmo nome, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e que perderam pelos menos 50% da produção agrícola, em decorrência de estiagem ou excesso de chuvas, de culturas como feijão, milho, arroz, mandioca e algodão. O Garantia-Safra é pago em parcelas pela rede bancária da Caixa Econômica Federal. O valor é definido pelo comitê gestor do programa.

Perdas compravas

Segundo a Constituição, o Executivo pode editar medida provisória de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. O governo alega que cerca de 80% dos agricultores familiares que aderiram ao programa tiveram perdas comprovadas superiores a 50% da produção com a seca de 2014 e 2015, a pior dos últimos 50 anos.

O impacto social causado pela estiagem, argumenta o Planalto, exige uma rápida intervenção para garantir a sobrevivência da população.