Negados desbloqueios de bens e fazenda de Padilha

Folha de S.Paulo

O desembargador Luiz Carlos da Costa, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou o pedido do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e manteve o bloqueio de bens no valor de R$ 38,2 milhões (incluindo contas bancárias e propriedades) e também o embargo à Fazenda Cachoeira, onde foram detectados 735 hectares de desmatamento entre os anos de 1998 e 2015, segundo o Ministério Público Estadual.

As atividades econômicas na área também estão suspensas. Cabe recurso.

Uma operação policial com a Promotoria no início deste mês encontrou pelo menos 1.900 cabeças de gado durante os mandados de busca e apreensão em quatro fazendas do ministro e seus demais sócios.

Padilha e seis sócios são alvos de duas ações de bloqueio de R$ 108 milhões em bens por degradação ambiental.

Aécio promete PSDB unido

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), assegurou nesta terça-feira que o partido permanecerá unido após a decisão da Executiva Nacional tucana de reconduzi-lo ao comando da legenda e disse que a candidatura tucana ao Palácio do Planalto amadurecerá ao longo do próximo ano.

A recondução de Aécio à presidência do PSDB fortaleceu a posição do parlamentar mineiro na disputa interna para ser, mais uma vez, o postulante do partido à Presidência da República em 2018, ao mesmo tempo que tem potencial de gerar cizânia no ninho tucano com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que saiu fortalecido das eleições municipais deste ano e também é pretendente a ser candidato ao Planalto.

“Houve uma decisão da direção nacional do partido provocada por 22 diretórios estaduais, na verdade, seguindo algo que se transformou quase numa tradição no PSDB, a prorrogação por mais um ano dos mandatos da direção do partido”, disse Aécio em entrevista à imprensa.

“Portanto, os mandatos que findariam em maio de 2017 estão prorrogados já até maio de 2018, algo absolutamente convergente e que vem retirar da pauta, da agenda de 2017 –um ano que, sabemos, extremamente delicado, com uma agenda econômica a enfrentar e o PSDB com a responsabilidade que tem em conduzir essa agenda –qualquer tipo de disputa ou de desentendimento dentro do partido”, acrescentou.