Meirelles diz a jornalistas que a economia brasileira vai bem

Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil

A economia brasileira vai bem, avaliou hoje (7) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista a jornalistas, em Hamburgo, na Alemanha, onde acontece a Cúpula do G20.

“Estamos administrando de uma forma bastante focada e concentrada na agenda econômica. A economia vai bem, o que é um aspecto mais relevante. O mercado tem mantido relativa estabilidade”, disse.

Meirelles disse que houve alguns ajustes de cronograma na aprovação de reformas. “A reforma trabalhista está caminhando. A reforma da Previdência deve ser discutida no segundo semestre. Em resumo, continuamos trabalhando em ritmo intenso”, disse.

Se for indagado por colegas ministros do G20 sobre a crise política no Brasil, Meirelles disse que a resposta será que as instituições do país estão funcionado, de acordo com a Constituição. “Existe um funcionamento normal das instituições, e, o mais importante, do ponto de vista dos ministros de economia, é que a economia funciona bem e está dando mostras de resiliência e de força neste período de certa incerteza”, disse.

Meirelles também disse que acredita que a denúncia contra o presidente Michel Temer não deve ser aceita pela Câmara dos Deputados “Existe uma decisão a ser tomada pela Câmara dos Deputados. A expectativa, a essa altura, do governo, é que possivelmente a denúncia não deve ser aceita”, disse.

Câmara cria CPI para investigar atuação do crime organizado no país

Débora Brito – Repórter da Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), autorizou a instalação de uma comissão parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a atuação do crime organizado no Brasil. A comissão será composta por 34 deputados que, no prazo de 120 dias, devem investigar a origem de recursos, armamentos, custos e econômicos da violência promovida por facções criminosas no país.

O autor do requerimento para abertura da CPI é o deputado Sabino Castelo Branco (PTB-AM), que citou em sua justificativa as chacinas ocorridas nos presídios de Manaus (AM), Alcaçuz (RN) e Boa Vista (RR). A onda de rebeliões provocou a morte de mais de uma centena de pessoas no início deste ano.

A autorização para instalação da CPI já foi lida em plenário ontem (6), mas ainda não há uma data definida para início dos trabalhos. A instalação deve ocorrer somente em agosto, depois do recesso parlamentar do Congresso Nacional, previsto para ter início em 18 de julho.

Presidente da Câmara diz que momento pede tranquilidade e prudência

Débora Brito – Repórter da Agência Brasil*
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje (7) que é preciso “ter muita tranquilidade e prudência neste momento”. A manifestação do deputado foi feita em sua conta pessoal do Twitter após a imprensa ter noticiado que o nome de Maia é cotado para assumir a Presidência da República. Se houver um afastamento de Michel Temer da presidência, Maia é o primeiro da linha sucessória.

O processo da denúncia está previsto para começar a ser analisado na próxima semana na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara e terá de passar por votação no plenário da Casa. Pela Constituição Federal, em caso de impedimento do presidente da República, quem assume o cargo é o presidente da Câmara.

Rodrigo Maia reafirmou que a agenda da Casa deve ser restabelecida “o mais rápido possível”, com a votação da reforma da Previdência e outros projetos. “Não podemos estar satisfeitos apenas com a reforma trabalhista. Temos Previdência, tributária e mudanças na legislação de segurança pública”, lembrou.

A reforma trabalhista foi aprovada pelos deputados em abril deste ano, e ainda está sob análise do Senado. E desde maio, a reforma da Previdência aguarda para entrar na pauta de votação do plenário da Câmara.

Rodrigo Maia está em missão oficial na Argentina, onde participa, com mais quatro deputados brasileiros, do Primeiro Fórum Parlamentar sobre Relações Internacionais e Diplomacia Parlamentar. O deputado voltará ao Brasil neste sábado (8).

Em entrevista no Congresso argentino, em Buenos Aires, Maia manifestou sua lealdade, a de seu partido, com o presidente Michel Temer. “Aprendi em casa a ser leal, correto e serei com o presidente Michel Temer sempre serei”, declarou.

Sobre declarações de lideranças de partidos, como PSDB e o DEM, de que Temer ser afastado da presidência e ele assumir no lugar, Maia criticou as especulações. “Quando se vive uma crise tão profunda como essa cabe especulação de qualquer tipo. Tem algumas que eu li pela manhã que são muito criativas, mas com pouco informação”, disse.

Maia manifestou preocupação com a crise no Brasil e reiterou que seu partido deve ser o último a desembarcar da base de apoio a Michel Temer. Apesar de manter o discurso alinhado ao governo, o deputado esclareceu que não cabe a ele fazer defesas em prol da agenda governista na Câmara.

“Se você pensar que o Brasil vive uma crise tão profunda, quem tem responsabilidade com a democracia, com o futuro do Brasil, se falar que não está preocupado vai estar mentindo. É claro que a gente tem preocupação, principalmente na posição que estou hoje. Qualquer movimento que eu faça é interpretado”, afirmou.

Xicuru recebe plenária do Plano Plurianual

Neste domingo (9), a Secretaria de Planejamento dará continuidade ao ciclo de atividades do Mobiliza Caruaru – Plano Plurianual. A quarta plenária será com moradores da zona rural, 4º distrito em Xicuru, de 8h às 12h, na Escola Maria Socorro Freitas.

O principal propósito é compartilhar e construir em conjunto com a população a nova agenda de desenvolvimento para os próximos anos, considerando nesta pauta todos os interesses da sociedade caruaruense.

A plenária que iria acontecer no SESI na última terça-feira (4), ficou para o dia 22 de julho.

Procuradores pedem que fim de grupo especial da PF na Lava Jato seja revisto: “Evidente retrocesso”

Congresso em Foco

Investigadores da Operação Lava Jato manifestaram sua insatisfação, por meio de notas (leia as íntegras abaixo), contra a decisão da Polícia Federal de desfazer um grupo especial de agentes da força-tarefa no Paraná com a alegação de que eles passarão a trabalhar de forma integrada em Delegacias de Combate à Corrupção e Desvios de Verbas Públicas (Delecor). Também por meio de nota, a PF justificou, nesta quinta-feira (6), que o atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná será adequado à demanda e “reforçado em caso de necessidade”, mas que isso não indica o fim da Lava Jato ou de seus desdobramentos. Mas a explicação oficial não parece ter convencido membros da força-tarefa no Paraná, formada por procuradores do Ministério Público Federal no estado, e entidades como a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

“O Ministério Público Federal espera que a decisão possa ser revista”, diz trecho da nota assinada pela Procuradoria da República no Paraná.

O anúncio veio pouco mais de um mês após o corte de verbas destinado à Lava Jato e à Superintendência da Polícia Federal do Paraná, que tiveram quase um terço de seu orçamento cortado neste ano pelo governo Michel Temer. O Ministério da Justiça destinou para ambos R$ 20,5 milhões – R$ 3,4 milhões para os gastos extras da operação – ante os R$ 29,1 milhões de 2016, dos quais R$ 4,1 milhões especificamente para a Lava Jato. A queda representa um percentual de 29,5%. Além disso, houve um contingenciamento de 44% da verba.

O corte representou uma asfixia aos trabalhos da Operação Lava Jato, com consequências diretas em pagamento de diárias, realização de diligências e outras ações necessárias à continuidade da operação. No entanto, o órgão não menciona o assunto e nem cita o fim do grupo como uma consequência do corte de verbas, mesmo diante do fato de que o dinheiro posto à disposição da instituição é muito inferior aos repassados nos últimos anos.

Em 2014, por exemplo, no início da Operação Lava Jato, os recursos para a Superintendência do Paraná cresceram 44%, saltando de R$ 14 milhões em 2013 para R$ 20,4 milhões. Já em 2015, manteve-se o mesmo nível de gastos autorizados pelo governo federal, ainda sob o comando da ex-presidente Dilma Rousseff.

A redução do quadro de pessoal que trabalhava nas equipes da Lava Jato também era uma preocupação dos investigadores em Curitiba. O grupo chegou a ter 11 delegados em dedicação exclusiva à operação e, atualmente, apenas seis delegados continuam a trabalhar com esse foco.

Leia a íntegra da nota da PF:

“Sobre a nota ‘PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba’, veiculada no portal da revista Época, a Polícia Federal informa:

1. Tendo em vista que cada delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato possuía cerca de vinte inquéritos cada um, essa equipe, juntamente com o Grupo de Trabalho da Operação Carne Fraca, passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);

2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;

3. Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais;

4. O número de policiais dedicados a essas investigações chega a 70;

5. A iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo Franco;

6. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;

7. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores, ex-integrantes da Operação Lava Jato;

8. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;

9. Conforme nota divulgada no dia 21/05/2017, deve-se ressaltar que as investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros dezesseis estados;

10. Desde o início, a Polícia Federal, de forma republicana e sem partidarismos, trabalha arduamente para o êxito das investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento dos crimes investigados.
Divisão de Comunicação Social”

Vendas de veículos crescem 13,5% em junho na comparação com 2016, diz Anfavea

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil

As vendas de veículos subiram 13,5% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 195 mil unidades comercializadas ante 171,8 mil em junho de 2016. Considerando o primeiro semestre, o aumento nas vendas foi de 3,7% de janeiro a junho deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Na comparação com maio, no entanto, as vendas de veículos em junho tiveram leve queda, de 0,3%. Os dados foram divulgados ontem (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

De acordo com o presidente da entidade, Antonio Carlos Botelho Megale, as vendas até agora indicam que a projeção feita pela Anfavea para 2017, de crescimento de 4%, deverá ser cumprida. “Começamos a ver o aumento das vendas de veículos elétricos e híbridos, que, embora com números ainda baixos, com 1.184 unidades até junho, já superam o total do ano passado inteiro.” Megale também destacou que na comparação de junho com maio é importante levar em conta que junho teve um dia útil a menos, o que interfere no total de vendas.

Produção

Segundo os dados da Anfavea, a produção de veículos cresceu 23,3% no semestre, com 1.263.200 veículos montados. Em junho deste ano foram produzidas 212.300 unidades, 15,1% a mais do que em junho de 2016 (184 mil). Na comparação com maio (250,9 mil novas unidades), a produção apresentou queda de 15,4% em junho.

“Com um dia útil a menos do que no mês anterior, junho tem pelo menos 5,5% a menos de produção. Além disso duas empresas deram férias coletivas para ajuste de estoque e uma para ajuste na linha de produção para entrada de novos produtos. Isso é normal, algumas montadoras usam esse período do ano para isso”, disse Megale.

Segundo ele, o aumento das exportações e a ligeira mudança no mix entre importados e locais também interferiu na produção. Com a venda de importados caindo, foi necessário suprir o mercado com veículos nacionais.

Com relação às exportações, junho de 2017 foi o melhor desde 2005, quando houve recorde. Segundo os dados da Anfavea, foram comercializadas no mercado externo 66.059 unidades, o que representa um aumento de 40,9% em relação a junho do ano passado. No acumulado do ano, as vendas para outros países chegaram a 372.563 unidades, 58,2% a mais do que no primeiro semestre de 2016. Entretanto, com relação a maio houve queda de 9,3%.

Os dados também mostram que estoque está em 222,7 mil unidades, o que pode ser considerado um nível estável, com capacidade para atender a demanda de 34 dias de vendas. “As fábricas estão ajustando a produção para manter um nível adequado de estoque em 30 dias. Se as vendas de julho costumam ser um pouco maiores, é natural que comece o mês com alguns dias a mais”, explicou o presidente da Anfavea.

De acordo com Megale, o nível de emprego no setor está estável, com pequenas variações entre as empresas. No último mês foram eliminados 300 postos de trabalho, o que representa ajustes feitos pelas montadoras. “Algumas contrataram, outras fizeram ajustes desligando, outras ficaram estáveis. É uma variação normal que acontece. Na comparação com junho do ano, passado houve queda de 5% no emprego e esperamos que no segundo semestre, com uma possível retomada, haja possibilidade de manter o nível de emprego estável ou melhorar.”

Segundo a Anfavea, em junho, 2.788 funcionários estavam em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) e 9.754 estavam no Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Projeções

Megale ressaltou que, com base nos números observados, a previsão da Anfavea para 2017 foi revista em alguns aspectos. Com relação às exportações os números passam de 558 mil unidades para 70 mil unidades, aumento de 35,6% em relação ao ano passado. Para a produção, as novas previsões indicam 2.621.000 novos veículos no ano, puxado principalmente pelo aumento nas exportações. Já para as vendas, a entidade manteve a previsão de crescimento de 4% em 2017.

Estudo mostra perfil do consumidor inadimplente em momento de recessão

Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

A maior parte das pessoas inadimplentes (19,4%) tem entre 41 e 50 anos de idade. A classe social mais atingida recebe de um a dois salários mínimos, o que representa 39,1% do total, e a maioria dos 61 milhões de inadimplentes tem apenas uma dívida (37,3%). Os dados são de um estudo da Serasa Experian sobre o perfil do consumidor inadimplente brasileiro no mês de maio deste ano, quando o número total dos negativados atingiu o recorde histórico de 61 milhões, impulsionado pelo desemprego e a recessão econômica, ressaltou a entidade.

“É essencial que o mercado possa entender o cenário econômico, por meio de análise de informações, para desenvolver estratégias que possam impulsionar o crescimento do país”, disse o diretor de Decision Analytics da Serasa Experian, Julio Guedes,, em comunicado divulgado pela Serasa.

Em segundo lugar no ranking de participação entre os inadimplentes estão os jovens de 18 a 25 anos, que respondem por 14,9% do total. Na segunda posição da classe social mais atingida vem aquela que ganha entre dois e cinco salários mínimos (11,7%).

Depois dos 37,3% que têm somente uma dívida, 30,7% dos consumidores negativados têm quatro dívidas ou mais. O percentual de consumidores com duas dívidas é de 19,9%. Os que têm três dívidas representam 12,1% do total.

O estudo mostrou que a região com maior percentual de inadimplentes é a Sudeste, com 45,2% do total, seguida da Região Nordeste, que corresponde a 25,1%. O Sul é o terceiro colocado no ranking, com 12,8% dos negativados. O Norte (8,9%) e o Centro-Oeste (8%) ficam em quarto e quinto lugares, respectivamente.

Brasil está superando a crise econômica, diz Temer na reunião do Brics

Ao discusar hoje (7) na reunião do Brics, bloco formado pelo Brasil, a Rússia, India, China e África do Sul, o presidente Michel Temer destacou que com diálogo com a sociedade e o Congresso Nacional o país está superando a crise econômica.

“O Brasil está superando uma das crises mais graves de sua história, graças a uma ambiciosa agenda de reformas que traz de volta o crescimento e o emprego. Diante de nossos problemas, escolhemos o caminho mais responsável, que construímos em constante interlocução com o Congresso Nacional e com o conjunto da sociedade”, disse.

“O Brics é espaço capaz de traduzir nossos esforços individuais em ganhos conjuntos. É exemplo do quanto se pode alcançar com disposição pragmática na busca de resultados tangíveis em favor do desenvolvimento, em favor do bem-estar de nossos povos”, acrescentou.

Temer ressaltou também a importância da cooperação entre os países que integram o Brics, aliança à qual o Brasil atribui alta prioridade. “Vemos a cooperação intra-Brics como valioso instrumento para multiplicar oportunidades, não apenas na área financeira. Temos aqui também terreno fértil para cooperar nos campos do comércio, do investimento, da inovação, ciência e tecnologia”.

Antes da reunião, ao chegar ao Hotel Grand Elysée Hamburg, o presidente falou rapidamente com os jornalistas e disse que não existe crise econômica no Brasil. “Pode levantar os dados e você verá que nós estamos crescendo empregos, crescendo indústria, crescendo agronegócio. Lá não existe crise econômica”.

“Vou comparecer a essa reunião do Brics, que é a primeira que vamos fazer, onde vamos discutir, naturalmente, a questão intra-Brics para o desenvolvimento dessa aliança dos cinco países. E, de igual maneira, participar dessa grande reunião, que é o G20. Onde, certamente, alguns temas fundamentais para os países componentes do grupo serão debatidos, entre eles o meio ambiente”, disse Temer.

O presidente está em Hamburgo, na Alemanha, para participar também da reunião do G20, grupo que reúne os 20 paises mais ricos do mundo.

STJ nega pedido da defesa de Lula para suspender perícia em acervo presidencial

André Richter – Repórter da Agência Brasil

O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender a decisão do juiz federal Sérgio Moro que autorizou a Polícia Federal (PF) a periciar o acervo pessoal do ex-presidente.

A perícia foi determinada no processo em que os investigadores da Operação Lava Jato acusam a empreiteira OAS de pagar os custos do armazenamento do acervo, composto por presentes e objetos oferecidos por delegações estrangeiras durante os mandatos de Lula.

Na decisão, assinada no dia 30 de junho e publicada hoje (6), o ministro entendeu que Moro pode determinar as diligências para averiguar a real propriedade dos bens.

No recurso apresentado ao STJ, a defesa de Lula alegou incompetência de Moro para determinar a realização da perícia e alegou o risco de o presidente perder a titularidade dos bens.

Caixa começa neste sábado fase final de pagamento das contas inativas do FGTS

Cerca de 2 mil agências da Caixa em todo o país abrirão neste sábado (8), das 9h às 15h, para atendimento exclusivo de trabalhadores com contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Na segunda-feira (10), as agências abrirão com duas horas de antecedência. Nas regiões em que o banco abre às 9h, o atendimento começa às 8h e fecha uma hora mais tarde”. Os funcionários vão solucionar dúvidas, acertar cadastros, emitir senha do Cartão Cidadão e fazer pagamentos.

Com o início do pagamento das contas inativas de quem nasceu em dezembro, neste sábado, o programa entra em sua fase final, que termina no dia 31 deste mês. Mais de 2,5 milhões de trabalhadores têm direito ao saque. O valor total disponível ultrapassa R$ 3,5 bilhões e equivale a aproximadamente 8% do total disponível.

A vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Deusdina Pereira, ressaltou o sucesso das ações do banco. “Chegamos à fase final dos pagamentos das contas inativas do FGTS. Já conseguimos pagar o benefício a grande parte dos clientes, garantindo o cumprimento praticamente integral do calendário estipulado”, disse.

Até o dia 28 de junho, a Caixa pagou mais de R$ 38,2 bilhões relativos às contas inativas, e o número de trabalhadores nascidos até novembro e que já sacaram alcançou 22,6 milhões de pessoas. O valor equivale a 95,38 % do total inicialmente previsto (R$ 40 bilhões) e a aproximadamente 81% dos trabalhadores (27,7 milhões) nascidos entre janeiro e novembro.

Orientações

A Caixa lembra que os valores até R$ 1.500 podem ser sacados no autoatendimento, somente com a senha do Cartão Cidadão. Até R$ 3 mil, o saque pode ser feito com o Cartão Cidadão nos postos de autoatendimento, lotéricas e correspondentes do banco. Quanto aos valores acima disso, os saques só podem ser feitos nas agências.

Para facilidade no atendimento, os trabalhadores devem sempre ter em mãos o documento de identificação e a Carteira de Trabalho, ou outro que comprove a rescisão do contrato. Para valores acima R$ 10 mil é obrigatória a apresentação desses documentos.

O banco informa também que criou um serviço exclusivo em seu site para facilitar o atendimento ao trabalhador que tem direito ao pagamento de conta inativa.

Na página, a pessoa pode saber se tem contas inativas, conforme contempladas pela Medida Provisória (MP) 763/16, que determina o pagamento, o valor a receber, a data do saque e os canais disponíveis para o pagamento.

Outra opção é o Serviço de Atendimento ao Cliente pelo 0800 726 2017. Para fazer a consulta do saldo no 0800 ou no site, o trabalhador deve informar seu número de CPF ou PIS/Pasep. Nesses canais, o trabalhador pode, inclusive, indicar que deseja receber o crédito em uma de suas contas na Caixa.

De acordo com a MP, tem direito ao saque o trabalhador que pediu demissão ou foi demitido por justa causa até 31 de dezembro de 2015. Ele pode sacar o saldo da conta vinculada, estando ou não fora do regime do FGTS, respeitado o calendário publicado pela Caixa.