Entrega de moradias vai reunir ministros e foca palanque em 2018

Aliados da prefeita Raquel Lyra (PSDB) e adversários de Paulo Câmara (PSB), estarão no mesmo palanque. Quatro ministros de Temer devem comparecer ao evento hoje pela manhã em Caruaru, além do senador Armando Monteiro

Wagner Gil

A entrega de moradias dos residenciais Luiz Bezerra Torres I e II será um grande ato político, nesta segunda-feira (28), com a presença de ministros da alta cúpula do Governo Federal, entre eles Bruno Araújo, do Ministério das Cidades, e que está envolvido de forma direta na conclusão desses dois empreendimentos. Além dele, devem aportar em Caruaru Mendonça Filho (Educação), Fernando Bezerra (Minas e Energia), Raul Jungmann (Defesa) e Helder Barbalho (Integração Nacional).

A entrega das moradias no estilo apartamento irá acontecer em evento solene às 10h, no endereço do residencial, que fica no Bairro Nossa Senhora das Graças, logo após o Alto do Moura. Os dois empreendimentos fazem parte do Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, e tiveram obras iniciadas no governo de Lula. Durante a gestão da presidente Dilma Rousseff houve atraso no repasse de verbas às construtoras e o programa foi reduzido de forma drástica.

Com o impeachment de Dilma e a nomeação do deputado federal Bruno Araújo como ministro das Cidades, o governo teve como prioridade concluir as obras inacabadas deste importante programa. Há pouco mais de um mês, o tucano esteve em Caruaru entregando centenas de unidades. As moradias que serão entregues nesta segunda vão beneficiar, de forma direta, 2.404 famílias.

O secretário de Governo da Prefeitura de Caruaru, Rubens Júnior, falou da importância da entrega desses empreendimentos, destacando o atual momento que o Brasil passa. “Estamos em um momento de crise política, mudanças no Congresso, mas o país não pode parar. O ministro Bruno Araújo tem se dedicado bastante a esse programa e nós aqui em Caruaru temos que comemorar esse desenvolvimento”, disse.

Ele afirmou ainda que a presença de vários ministros de Estado mostram a importância de Caruaru e o reconhecimento do Governo Federal ao trabalho da prefeita Raquel Lyra (PSDB) em Caruaru. “A presença de vários ministros na cidade colocam Caruaru no cenário nacional. Temos muitas demandas que precisam de apoio do governo. Essa ponte é importante e, quem sabe, se com tantos ministros aqui, não teremos anúncio da liberação de mais recursos e obras”, analisou o secretário.

Polícia prende segundo homem por ataque em Londres

A Polícia Metropolitana de Londres prendeu um segundo homem suspeito de ter envolvimento no ataque registrado na sexta-feira (25) perto do Palácio de Buckingham, quando três agentes foram feridos por um indivíduo que já foi detido.

O homem, de 30 anos, mora no norte de Londres e foi preso por cometer, preparar e instigar atos terroristas, disse a polícia.

A prisão foi realizada por agentes da unidade antiterrosimo, que investiga o ataque de sexta-feira, quando um homem de 26 anos feriu com uma arma branca três agentes que tentaram abordá-lo quando ele parava em um veículo em uma área restrita próxima ao palácio da família real do Reino Unido.

Segundo a polícia, o jovem preso em frente ao Palácio de Buckingham tinha uma espada e gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande), quando foi preso. Ele também teria conduzido o veículo deliberadamente na direção dos agentes, na tentativa de atropelá-los.

A rainha Elizabeth II não estava no palácio na hora do incidente. Ela está passando as férias de verão no castelo de Balmoral, na Escócia.

Corinthians perde, mas permanece líder do Campeonato Brasileiro

Mesmo com a derrota de 1×0 diante do Atlético Goianiense, sábado, em São Paulo, o Corinthians permanece na liderança do Campeonato Brasileiro com 50 pontos. Depois, vêm o Grêmio (40), Santos (40), Palmeiras (36), Flamengo (35) e Botafogo (31).

Na zona de rebaixamento estão o Avaí (25 pontos), São Paulo (23), Vitória (22) e Atlético Goianiense (18).

Principais resultados do fim de semana:

Corinthians 0x1 Atlético Goianiense

Flamengo 2×0 Atlético Paranaense

Cruzeiro 0x1 Santos

Avaí 1×0 Chapecoense

Vasco 1×0 Fluminense

Bahia 1×2 Botafogo

Palmeiras 4×2 São Paulo

Ponte Preta 1×2 Atlético Mineiro

Taxa de feminicídios no Brasil é a quinta maior do mundo

Apenas na última semana, foram registrados pelo menos cinco casos de mulheres assassinadas por seus companheiros ou ex-companheiros só em São Paulo. Dado alarmante que reflete a realidade do Brasil, país com a quinta maior taxa de feminicídio do mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de assassinatos chega a 4,8 para cada 100 mil mulheres. O Mapa da Violência de 2015 aponta que, entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas morreram por sua condição de ser mulher. As mulheres negras são ainda mais violentadas. Apenas entre 2003 e 2013, houve aumento de 54% no registro de mortes, passando de 1.864 para 2.875 nesse período. Muitas vezes, são os próprios familiares (50,3%) ou parceiros/ex-parceiros (33,2%) os que cometem os assassinatos.

Com a Lei 13.140, aprovada em 2015, o feminicídio passou a constar no Código Penal como circunstância qualificadora do crime de homicídio. A regra também incluiu os assassinatos motivados pela condição de gênero da vítima no rol dos crimes hediondos, o que aumenta a pena de um terço (1/3) até a metade da imputada ao autor do crime. Para definir a motivação, considera-se que o crime deve envolver violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Para a promotora de Justiça e coordenadora do Grupo Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (GEVID) do Ministério Público do Estado de São Paulo, Silvia Chakian, a lei do feminicídio foi uma conquista e é um instrumento importante para dar visibilidade ao fenômeno social que é o assassinato de mulheres por circunstâncias de gênero. Antes desse reconhecimento, não havia sequer a coleta de dados que apontassem o número de mortes nesse contexto.

Apesar dessa importância, a promotora alerta que a lei é um ponto de partida, mas sozinha será capaz de acabar com crimes de feminicídio. “Como um problema bem complexo de causas sociais que estão relacionadas a aspectos da nossa sociedade – ainda tão patriarcal, machista e conservadora – não existe uma fórmula mágica, é necessário um conjunto integrado de ações”, defende.

Lei Maria da Penha

A implementação integral da Lei Maria da Penha é o primeiro ponto desse rol de medidas que devem ser tomadas pelo Estado. Reconhecida mundialmente como uma das melhores legislações que buscam atacar o problema e elemento importante para a desnaturalização da violência como parte das relações familiares e para o empoderamento das mulheres, a lei ainda carece de implementação, especialmente no que tange às ações de prevenção, como aquelas voltadas à educação, e à concretização de uma complexa rede de apoio às mulheres vítimas de violência, na avaliação da promotora Silvia Chakian.

“A gente não vai avançar na desconstrução de uma cultura de discriminação contra a mulher, que está arraigada na sociedade, nas instituições e em nós mesmas, sem trabalhar a dimensão da educação”, alerta.

De acordo com a promotora, a rede de atendimento, de atenção e de proteção às mulheres que vivenciam situações de violência pode ser definidora do rompimento desse ciclo, porque ela deveria fornecer apoio multidisciplinar, inclusive psicológico e financeiro, para que a mulher possa tomar a decisão de romper a relação abusiva e tenha condições de se manter fora dela.

“Onde não há delegacia especializada, centro de referência, casa abrigo e outras instituições de apoio, essa mulher vai sofrer calada, dentro de casa, sem conseguir buscar ajuda”, afirma. Como o fato extremo do assassinato é, em geral, uma continuidade de violências perpetradas antes, a existência desses mecanismos de auxílio pode interromper o ciclo de violações, antes que a morte ocorra. “Os feminicídios são tragédias anunciadas, por isso, essas são evitáveis”, alerta Chakian.

Outras formas de combater essa realidade dramática é aprimorar as condutas dos profissionais envolvidos nos processos de investigação e julgamento de crimes de feminicídio. Nesse sentido, em 2016 o governo brasileiro, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e a ONU Mulheres publicaram as Diretrizes Nacionais para Investigar, Processar e Julgar com Perspectiva de Gênero as Mortes Violentas de Mulheres – Feminicídios.

O documento detalha, por exemplo, quando e como a perspectiva de gênero deve ser aplicada na investigação, processo e julgamento de mortes violentas de mulheres, além de formas de abordagem das vítimas e informações sobre os direitos delas. O documento destaca ainda ações que podem ser desenvolvidas pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário, de modo que a justiça incorpore a perspectiva de gênero em seu trabalho e para que sejam assegurados os direitos humanos das mulheres à justiça, à verdade e à memória.

Governador Paulo Câmara entrega Prêmio IDEPE

Com o objetivo de valorizar o trabalho das escolas, Gerências Regionais de Educação (GRE) e municípios que obtiveram bons desempenhos educacionais no Estado, o governador Paulo Câmara entregará, nesta segunda-feira (28.08), o Prêmio IDEPE (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco). A iniciativa, considerada o momento mais importante do calendário da educação pública pernambucana, entrou no calendário do Governo do Estado em 2015.

Os resultados do IDEPE são calculados com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco (SAEPE), e as variáveis utilizadas são as mesmas usadas no cálculo do índice nacional (IDEB): fluxo escolar e proficiência dos estudantes do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e do Ensino Médio.

Profissionais de saúde serão capacitados sobre saúde de negros

A Secretaria de Saúde de Caruaru, a partir desta segunda-feira (28), estará ofertando capacitações para os seus profissionais sobre a Política de Saúde Integral da População Negra. As atividades serão realizadas no auditório da Secretaria e contarão com cerca de 800 participantes, sendo ministradas até o mês de outubro.

A capacitação tem como objetivo abordar, inicialmente, a reflexão e o debate sobre as questões raciais que são encontradas na área da saúde, através da exclusão ou dificuldade de acesso aos serviços. Ela dará ênfase às pessoas portadoras da doença falciforme, implantando, assim, na rede municipal de saúde, a oferta de ações e serviços adequados às necessidades desse grupo.

De acordo com Eliane Dauer, coordenadora de Saúde Integral da População Negra, essas capacitações irão atingir agentes comunitários, médicos de unidades básicas, enfermeiros, dentistas e profissionais do NASF, a fim de estimular o compromisso e participação efetiva dos profissionais, para que se alcance um resultado positivo dentro do que se espera para a comunidade negra.