Anfavea revisa positivamente previsão de licenciamento para 2017

A previsão de licenciamento de autoveículos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, para 2017 foi revisada para cima, de acordo com os dados divulgados pela entidade na quarta-feira, 6, em São Paulo.

A expectativa atual é que o total de autoveículos comercializados em 2017 atinja 2,20 milhões de unidades, cerca de 70 mil acima da previsão do começo do ano, que era de 2,13. Isto significa um aumento de 7,3% sobre as 2,05 milhões de unidades de 2016.

Conforme tendência antecipada por Antonio Megale, presidente da Anfavea, na coletiva de imprensa do início de agosto, os veículos leves foram alterados para cima, saindo de um aumento de 4,0% para 7,4%, enquanto os pesados para baixo, caindo de 6,4% para 3,6%.

As exportações, mesmo após a revisão de julho, mantiveram ritmo forte e foram novamente alteradas: a nova perspectiva é de exportar 745 mil autoveículos, que confirmaria o melhor ano da história para a indústria automobilística neste quesito.

Com o resultado de vendas e de exportação, o desempenho da produção foi consequentemente revisado também: o crescimento esperado para 2017 ante 2016 agora é de 25,2%. Este desempenho aponta um total de 2,70 milhões de unidades produzidas neste ano.

Para Megale, “as novas previsões da Anfavea demonstram que a indústria caminha para um cenário de retomada, mesmo se considerarmos que a base de comparação de 2016 é muito baixa. O que precisamos agora é de estabilidade no quadro econômico para que consumidores e investidores aumentem a confiança e o País como um todo entre em uma rota de aceleração da atividade econômica”.

Os dados de vendas internas e exportação de máquinas autopropulsadas também foram revisados, com respectivos aumentos de 6,9% e 34,6%.

Desempenho mensal

No oitavo mês do ano a produção de autoveículos alcançou 260,3 mil unidades, alta de 45,7% sobre as 178,7 mil do mesmo mês do ano anterior e de 15,4% ante as 225,5 mil de julho passado. O período acumulado da produção aponta para alta também: 25,5% ao se comparar as 1,75 milhão de unidades de 2017 com as 1,39 milhão de 2016.

No licenciamento o mês de agosto registrou 216,5 mil unidades, alta de 17,2% na comparação com as 184,8 mil de julho e de 17,8% sobre as 183,9 mil de agosto do ano passado. A soma dos oito meses atingiu 1,42 milhão de unidades, acréscimo de 5,3% ante as 1,35 milhão de 2016.

De acordo com Antonio Megale, presidente da Anfavea, o cenário de vendas é um reflexo de vários fatores:

“Agosto é tradicionalmente forte e o quadro econômico demonstra diversos sinais positivos, possibilitando este bom desempenho. Esta é a primeira vez no ano que superamos a casa das 200 mil unidades em vendas. O horizonte é promissor ao enxergarmos as quedas da inflação, da taxa de juros, do nível de desemprego, do endividamento das famílias e dos índices de inadimplência”.

As exportações de autoveículos permaneceram em ritmo forte: as 66,6 mil unidades enviadas para outros países em agosto representam elevação de 61,7% no comparativo com as 41,2 mil de igual mês de 2016 e alta de 1,6% com as 65,6 mil de julho. Nesses oito meses, 506 mil unidades foram exportadas, número 56,1% superior as 324,2 mil do ano passado, o que configura o melhor período acumulado da série histórica.

Caminhões e ônibus

As vendas de caminhões novos subiram 6,6% na comparação das 4,8 mil unidades de agosto com as 4,5 mil de julho. Também houve aumento, de 9,9%, sobre as 4,4 mil unidades do mesmo mês em 2016. No acumulado do ano, porém, o registro é de baixa de 11,1%: 30,8 mil unidades foram negociadas nesse ano e 34,7 mil no ano passado.

A produção do segmento em agosto ficou em 7,9 mil unidades – acréscimo de 14,2% em relação as 6,9 mil de julho e de 52% quando comparado com as 5,2 mil de agosto do ano passado. Até esse mês, 50,9 mil caminhões foram produzidos, 22,5% acima dos 41,5 mil de 2016.

Os fabricantes de caminhões exportaram no último mês 2,4 mil unidades, resultado inferior em 14,1% em comparação com as 2,8 mil de julho, mas superior em 61,7% ante as 1,5 mil de agosto de 2016. No acumulado do ano, os dados apontam crescimento de 48%: foram 18,9 mil este ano contra 12,8 mil um ano antes.

No segmento de ônibus as vendas em agosto somaram 1,55 mil unidades, alta de 25,4% frente as 1,24 mil de julho e de 28,1% em relação as 1,22 mil de agosto do ano passado. Até esse mês, 7,7 mil unidades foram comercializadas, 10,5% abaixo das 8,6 mil de 2016.

Na produção, 2,2 mil chassis para ônibus saíram das linhas de montagem em agosto, 4,8% menor no comparativo com as 2,3 mil de julho, mas 49,7% acima das 1,5 mil de agosto do ano passado. No ano já foram fabricadas 14,5 mil unidades, crescimento de 17,3% na análise com as 12,3 mil unidades do ano passado.

A exportação acumulada de ônibus alcançou 5,8 mil unidades, praticamente estável com as 5,9 mil do mesmo período em 2016.

Máquinas agrícolas e rodoviárias

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias em agosto registraram baixa de 11,4% com relação ao mesmo mês do ano passado: 4,1 mil unidades contra 4,6 mil. Já contra julho deste ano, com 3,9 mil unidades, a elevação foi de 3%. O total de máquinas negociadas no acumulado cresceu 12,1%, com 29,3 mil unidades este ano e 26,1 mil em 2016.

Os fabricantes produziram 5,1 mil máquinas em agosto, abaixo em 10% sobre as 5,6 mil em julho e em 14,7% diante das 5,9 mil de agosto do ano passado. No acumulado deste ano a produção bateu 39,5 mil máquinas produzidas: expansão de 25,8% em relação as 31,4 mil do ano anterior.

As exportações até esse mês aumentaram 39,3%, com 8,6 mil unidades este ano e 6,1 mil no ano passado.

SEURB realiza encontro de alinhamento estratégico com todo quadro funcional

Com o intuito de alinhar ainda mais as relações de trabalho, a Secretaria de Urbanismo e Obras (SEURB) realizou, esta semana, a primeira reunião de alinhamento estratégico com todos os funcionários da pasta.

Além do quadro funcional, estava presente a secretária de Urbanismo e Obras, Nyadja Menezes, o secretário executivo de Obras, Rodrigo Miranda, a secretária executiva de Urbanismo, Raquel Brederode e o vice-prefeito, Rodrigo Pinheiro.

Na ocasião, foi apresentado todas as demandas atribuídas pela secretaria, as metas a serem atingidas neste segundo semestre, as funções de cada setor, bem como os projetos para 2018. “Nosso objetivo é estreitar ainda mais nossos laços de trabalho, aqui somos uma família que precisa trabalhar e executar nossas ações em conjunto”, frisou Nyadja.

Ainda na reunião, a secretária e os executivos puderam explanar as ações previstas no cronograma de execuções para 2017 e 2018, como o projeto de revitalização e construções de praças para cidade e zona rural, conclusão de calçamento nos bairros, tapa buraco e manutenções por toda cidade, reforma e construção de escolas e creches, entre outras.

“Ainda temos muito para executar, e isso só será possível com a ajuda de todos vocês, vamos juntos transformar Caruaru, trazendo mais qualidade de vida para todos da cidade. Estamos com um calendário de obras para ser cumprido pela cidade, vamos trabalhar ainda mais nesse segundo semestre”, finalizou a secretária.

Projeto de Armando que endurece penas à violência nos estádios

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As torcidas organizadas serão dissolvidas judicialmente por atos de vandalismo e o torcedor que promover conflito ou agressões sofrerá pena de reclusão de dois a oito anos e multa. As medidas estão previstas em projeto de lei do senador Armando Monteiro (PTB-PE) aprovado esta semana, por unanimidade, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A proposta prevê punições mais severas à violência nos estádios. O projeto segue agora à votação da Câmara dos Deputados.

Na justificativa, o senador pernambucano diz ser necessário “coibir os violentos confrontos entre torcidas organizadas que, além da deprimente demonstração de incivilidade, violência e covardia, perturbam os espetáculos desportivos, ameaçam os demais espectadores e ferem os direitos do torcedor”. Os mais recentes conflitos em estádios, em junho último, envolveram torcidas do Coritiba e Corinthians, com sete feridos, um em estado grave, do Goiás e Vila Nova e entre torcedores de um mesmo time de futebol, o Vasco da Gama.

MAIS RIGOR – Armando enfatiza que seu projeto de lei, elogiado na sessão da CCJ pelos senadores José Serra (PSDB-SP) e Magno Malta (PR-ES), pretende “suprir as omissões apontadas na legislação em vigor, buscando criar os mecanismos legais mais eficazes na dissuasão dos atos de violência”. Objetiva, ao mesmo tempo, “punir com maior rigor os integrantes das torcidas organizadas que promoverem ou incitarem conflitos ou participarem deles”.

O projeto altera dispositivos do Estatuto de Defesa do Torcedor, aprovado por lei em maio de 2003. Entre outras medidas, proíbe os clubes, federações, ligas e empresas estatais ou de economia mista de transferir recursos às torcidas organizadas.

Determina a dissolução judicial delas em casos de vandalismo, conflitos coletivos ou agressões no estádio ou em vias públicas no raio de até cinco quilômetros do local do evento esportivo. Pune com reclusão de dois a oito anos o torcedor envolvido em confronto, mesmo no raio de cinco quilômetros. “O projeto de lei cria instrumentos necessários ao banimento dos arruaceiros dos estádios, como ocorreu em vários países da Europa”, conclui a justificativa de Armando Monteiro.

Inadimplência do consumidor tem leve queda de -0,41% em agosto

O volume de brasileiros com contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores voltou a apresentar queda no último mês de agosto. Segundo dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) houve uma leve retração de -0,41% na quantidade de inadimplentes na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês do ano passado, o que configura a sexta queda consecutiva na série histórica do indicador. A última vez em que se observou um aumento no número de devedores havia sido em fevereiro deste ano, quando a alta fora de 0,41%.

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Na comparação mensal, ou seja, na passagem de julho para agosto, sem ajuste sazonal, o indicador apresentou queda de 0,06%. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a CNDL estimam que o Brasil encerrou o mês de agosto com aproximadamente 59,1 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas.

Na avaliação do presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o recuo da inadimplência se explica porque o consumidor, no geral, está se endividando menos. “Se por um lado, as dificuldades do cenário recessivo fazem crescer o número de devedores, a maior restrição do crédito age na direção contrária, limitando a tomada de crédito e o crescimento da inadimplência”, afirma Pinheiro.

Com a perspectiva de que a economia e o consumo irão se recuperar de forma lenta e gradual ao longo dos próximos meses, os economistas do SPC Brasil avaliam que a expectativa é de que a inadimplência não volte a crescer a taxas expressivas no período, mas apresente sinais de estabilidade. “Com a retomada do ambiente econômico acontecendo de forma lenta, ainda demorará para termos um aumento expressivo do número de empregos e renda, fatores que impactam de forma positiva tanto no pagamento de pendências, quanto na propensão ao consumo por parte do consumidor e na concessão de crédito por parte das instituições financeiras. Mesmo sem o volume de inadimplentes crescer de forma significativa no curto prazo, o estoque de brasileiros nessa situação continua em patamar elevado”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Número de devedores em atraso caem em todas as regiões; Norte tem a maior quantidade de inadimplentes proporcionalmente a população

Dados mais detalhados do indicador revelam que houve queda generalizada no volume de inadimplentes em todas as regiões do país. A mais acentuada foi na região sudeste, cuja retração foi de -5,07% em agosto frente o mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Sul, que apresentou queda de -3,70% na quantidade de devedores. As variações também foram negativas no Centro-Oeste (-0,76%), Norte (-0,65%) e Nordeste (-0,27%).

Mesmo encabeçando a liderança entre as regiões onde a inadimplência mais recuou, é na região Sudeste em que se concentra a maior quantidade de consumidores com contas em atraso, em termos absolutos: 24,45 milhões – número que responde por 37% do total de consumidores que residem nesses Estados. A segunda região com maior número absoluto de devedores é o Nordeste, que conta com 16,32 milhões de negativados, ou 40% da população. Em seguida, aparece o Sul, com 8,02 milhões de inadimplentes (36% da população adulta).

Já em termos proporcionais, destaca-se o Norte, que, com 5,41 milhões de devedores, possui 46% de sua população adulta incluída nas listas de negativados, o maior percentual entre as regiões pesquisadas. O Centro-Oeste, por sua vez, aparece com um total de 4,90 milhões de inadimplentes, ou 42% da população.
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País tem 16,8 milhões de negativados na faixa dos 30 anos; Idosos com contas em atraso somam 4,7 milhões

O indicador ainda revela que a maior parte dos inadimplentes está na faixa dos 30 anos. São aproximadamente 16,8 milhões de consumidores entre 30 e 39 anos com contas sem pagar. Em segundo lugar estão os adultos com idade entre 40 e 49 anos (12,8 milhões) e em terceiro os consumidores de 50 a 64 anos (11,7 milhões). Jovens adultos de 25 a 29 anos são 7,8 milhões de inadimplentes no Brasil e os idosos de 65 a 84 anos, são 4,7 milhões. Na faixa etária dos mais jovens, de 18 a 24 anos, o número verificado é de que 5,1 milhões de consumidores com alguma conta em atraso e com o CPF registrado em cadastros de devedores.

“A faixa dos 30 anos de idade coincide com um período de grandes responsabilidades da vida adulta, como casamento, filhos, aluguel ou aquisição da casa própria. É um momento em que as atribuições financeiras crescem de forma muito acentuada, exigindo organização”, justifica a economista Marcela Kawauti.

Número de dívidas cai 4,82% em agosto; pendências com o comércio tem a retração mais expressiva

Outro número calculado pelo SPC Brasil e pela CNDL foi o volume de dívidas em nome de pessoas físicas. Neste caso, a variação negativa foi de -4,82% na comparação anual, entre agosto deste ano frente a agosto do ano passado e, de -0,30% na comparação mensal, entre julho e agosto de 2017, sem ajuste sazonal.

As dívidas com o comércio, muitas vezes feitas no crediário, foram aquelas que mostraram a maior queda em agosto. Na comparação entre agosto deste ano com o mesmo mês do ano passado, as pendências de pessoas físicas nesse ramo caíram -6,38%. Os atrasos com o setor de comunicação, que engloba contas de telefonia, internet e TV por assinatura, recuaram -4,46% na comparação anual.

As dívidas bancárias, como cartão de crédito, financiamentos e empréstimos e, que respondem sozinhas por 49% do total das dívidas em aberto existentes no Brasil, caíram -2,63% em agosto deste ano frente igual período de 2016. Já as contas básicas de água e luz, que em um passado recente apresentavam as altas mais expressivas, caíram -1,55% no último mês de agosto.

Metodologia

O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%.

Site oferece 25 mil vagas remanescentes em faculdades do Grande Recife

Para quem pretende iniciar uma faculdade ainda no 2º semestre, o Quero Bolsa oferece 24.840 vagas remanescentes com descontos de até 70%. No total, 56 instituições presentes na Região Metropolitana de Recife disponibilizam o benefício, entre elas Uninassau, Joaquim Nabuco, Santa Helena e FSM. Disponíveis até 30 de setembro, as bolsas de estudos são para cursos de graduação e pós-graduação, nas modalidades presenciais e a distância (EAD).

De acordo com Bernardo de Pádua, CEO do Quero Bolsa, a alternativa é ideal para pessoas que desejam cursar o Ensino Superior, mas não podem arcar com o valor integral das mensalidades e não conseguiram uma vaga pelos programas educacionais disponíveis pelo Governo. “Além disso, vale ressaltar que o estudante ao ingressar na faculdade neste momento, adianta praticamente seis meses da sua vida, uma vez que não precisará esperar o início do próximo ano para começar os estudos”, argumenta.

Para conseguir uma bolsa de estudos, o interessado deve efetuar a inscrição no site e, em seguida, pagar a pré-matrícula para garantir o desconto. Pádua explica ainda que para conquistar a bolsa de estudos não é necessário comprovar renda ou ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Após realizar a pré-matrícula na plataforma, é preciso apenas comparecer a instituição de ensino escolhida para prosseguir com a matrícula. A bolsa é válida até o final do curso.

Mais informações podem ser consultadas pelo site www.querobolsa.com.br ou por meio da central de atendimento, no telefone 0800 123 2222, de segunda a sexta-feira, entre 8h e 22h, e aos sábados, das 9 às 13 horas (horário de Brasília).

Sobre o Quero Bolsa

O Quero Bolsa (www.querobolsa.com.br) é um marketplace que reúne bolsas de estudos em mais de 1.200 instituições de ensino do País, oferecendo descontos em cursos de graduação, pós-graduação, profissionalizantes e técnicos. A plataforma também traz aos interessados desde informações de faculdades, cursos e comparativo de preços, até dicas de estudo e carreiras. Além do site, a empresa conta com aplicativo móvel disponível nos sistemas Android e iOS.

ARTIGO — Crédito alternativo

Armando Lazzaris Fornari

Em tempos de crise, os juros altos diminuem o consumo, o que prejudica as vendas e as empresas. Se essas não crescem, há mais desemprego e a economia encolhe. Enfim, essa novela é antiga e em grande parte do mundo o sistema financeiro funciona da mesma maneira. Ou seja, muda-se o país, continuam os problemas.

Criado com o propósito de ser um modelo que promova inclusão financeira de forma solidária e com valores democráticos, o cooperativismo de crédito cresce a passos firmes. Hoje, o sistema, segundo o Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito, conta com mais de 200 milhões de associados em mais de 57 mil organizações de 105 países.

No Brasil, as cooperativas de crédito formam juntas a sexta maior instituição financeira do país, com ativos de R$ 221 bilhões. São, no total, mais de 9 milhões de associados em 1,1 mil cooperativas, que têm crescido em ritmo acelerado nos últimos anos. Elas ampliaram sua fatia de mercado nos ativos totais de 2,88% em 2015 para 3,57% em 2016, nos depósitos passou de 5,38% para 6,64%, no patrimônio líquido de 5,77% para 5,95% e nas operações de crédito, de 2,97% para 3,42%.

Com um ambiente favorável para o aumento das captações e na carteira de crédito, o cooperativismo de crédito deve continuar em expansão e consolidar-se no mercado financeiro nacional. Em tempos de economia em baixa, o sistema se destaca por todas as condições oferecidas pela modalidade, que não visa lucro, mas a relação humana. Nele, lucro não existe e é substituído por sobra, rateado entre todos os cooperados ao final do ano em exercício.

Mas qual o segredo do crescimento das cooperativas? A justificativa é até simples. Por terem forte atuação local e regional (sistema está presente em 95% dos municípios brasileiros, sendo que em 564 deles é a única forma de inclusão financeira disponível na região), elas mantêm-se próximas de seus associados mesmo em períodos de dificuldades, com estímulos ao desenvolvimento e apoio às comunidades em que estão presentes.

E se alguém ainda tinha dúvida sobre as operações cooperativistas, há de se ressaltar que o sistema oferece a mesma segurança dos bancos tradicionais, pois também é fiscalizado pelo Banco Central e conta com o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito. As novas regulamentações do Conselho Monetário Nacional também garantem mais segurança e contribuem para a elevação da confiança no sistema.

Por tudo isso, as cooperativas estão prontas para ajudar os brasileiros com qualidade, eficiência e tecnologia. E esse é o nosso papel, como cooperativista, fomentar, a quem quer que seja, o fácil acesso ao sistema financeiro, de forma solidária e humana. Afinal, nós acreditamos em um país mais justo e nas pessoas e empresas que possam contribuir eficazmente para o seu desenvolvimento e crescimento.

*É médico com especialização em Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte, presidente da Central Sicoob UniMais e presidente do Conselho de Administração do Sicoob UniMais Bandeirante

SOBRE O SICOOB UNIMAIS (www.sicoobunimais.com.br)

Instituído em 1993, o Sicoob UniMais é uma instituição financeira cooperativa, regulamentada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil. Reconhecido como instituição financeira e administrado em sua grande parte por profissionais da saúde, o Sicoob UniMais oferece produtos e serviços financeiros para seus associados e faz a gestão dos seus recursos, com a distribuição de resultados ao final de cada ano. Hoje, o Sicoob UniMais contempla nove cooperativas no Estado São Paulo, com mais de 50 pontos de atendimento, garantindo sua presença, inclusive, em boa parte das cidades do interior paulista e do litoral, além da Grande São Paulo. Dessa forma, a instituição totaliza mais de 42 mil cooperados e mais de 500 colaboradores e dirigentes.

Em todo o Brasil, o Sicoob, maior Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, é a sétima instituição do Sistema Financeiro Nacional, somando R$ 16,4 bilhões em patrimônio líquido em 2016. Está presente em todos os Estados com mais de 2,5 mil pontos de atendimento, 878 correspondentes e 3.430 mil caixas eletrônicos, além do aplicativo SicoobNet Celular e Internet Banking

Senai sediou o oitavo encontro do Conselho Empresarial da Fiepe

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Esta Semana, a Unidade Regional Agreste (URA) da Fiepe realizou, no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a oitava reunião ordinária deste ano do Conselho Empresarial. O diretor regional, Andrerson Porto, e a gerente regional da URA, Carolina Campos, empresários e conselheiros das cidades da região estiveram presentes para dialogar sobre assuntos de interesse do setor industrial.

Além disso, fizeram uma visita ao Mundo Senai, ação gratuita que ocorre em todo País e oferece atividades sobre o ensino profissionalizante e formação dos alunos para o mercado de trabalho no setor industrial. “O Mundo Senai é importante porque os empresários podem ter acesso à novas tecnologias e processos que são feitos aqui. É interessante também pelo diálogo com empresários, professores e diretores do Senai e com os alunos. Um evento desses serve para novas reinvindicações da classe empresarial e oportunidades de trabalho para os alunos que estão aqui se profissionalizando. O Senai é o braço de tecnologia do sistema Fiepe. Aqui, temos a tecnologia para as nossas empresas e é aqui que buscamos a competitividade para o nosso negócio”, destacou o diretor da unidade Regional Agreste da Fiepe, Andrerson Porto.

A apresentação do novo reitor do Unifavip/Devry, Ricardo Ciriaco, e parte da equipe coorporativa, foi uma dos momentos da reunião desta tarde. O reitor lembrou que a instituição completou ontem 17 anos de existência e que atende quase dez mil alunos de Caruaru e região. Além disso, firmou a parceria com a Fiepe, estando à disposição para as demandas solicitadas pela unidade.

Informações sobre a reunião geral da Diretoria da Federação, realizada na última segunda-feira (4), também foram repassadas. Andrerson Porto falou sobre a sua participação em um evento no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) que tratou sobre a jornada dos estudantes de Engenharia Mecânica, com o tema “Inserção dos jovens no mercado de trabalho”.

Na reunião, o advogado da Gerencia de Relações Industriais da Fiepe (Geri), Roger Bold, falou sobre “Defesa de Interesse”, que consiste na identificação e posterior desenvolvimento de produtos e mecanismos que facilitem a análise e solução de situações que trazem impactos positivos ou negativos à atividade industrial no Estado de Pernambuco.

Por fim, a gerente regional, Carolina Campos, ainda apresentou os próximos eventos da Unidade como o Seminário “Liderança, Gestão e Competitividade”. Um dos palestrantes será o administrador de empresas e autor de diversos livros sobre carreiras e gestão empresarial, Max Gehringer. O evento será realizado no dia 19 de outubro, no Teatro do Shopping Difusora, e tem como objetivo estimular os participantes a refletirem sobre temas de liderança, cases de sucesso, empreendedorismo e ideias criativas para o negócio.

Alunos do Cebrac de Caruaru arrecadam mantimentos para vítimas

As fortes chuvas que caíram na região no início de junho, deixando diversas cidades em estado de alerta e com famílias desabrigadas, fizeram com que a escola profissionalizante CEBRAC de Caruaru (PE) direcionasse seus esforços solidários ao auxílio dessas pessoas. A escola se tornou um centro de arrecadação de mantimentos, produtos de limpeza, roupas, calçados e cobertores. Para a cidade Belém de Maria foram enviados 36 cestas básicas, grande quantidade de roupas, calçados e cobertores e 120 litros de água mineral. No bairro de Vila do Aeroporto, de Caruaru, foram doadas 20 cestas básicas e 100 litros água mineral. Além disso, alimentos e roupas foram distribuídos para moradores de comunidades locais e até alunos cujas famílias foram afetadas pelas chuvas.

Nas mais de cem escolas CEBRAC, uma das mais renomadas redes de ensino profissionalizante do Brasil, além dos conteúdos técnicos, são transmitidos aos alunos conceitos como empreendedorismo, solidariedade, responsabilidade social e cuidados com o meio ambiente. Para isso, a rede realiza em todas suas unidades o projeto ECO CEBRAC. Dividido em três etapas, o projeto já arrecadou em 2017 mais de uma tonelada de alimentos, dezenas de cadeiras de rodas e até mechas de cabelo – sempre com o objetivo de colaborar com instituições próximas às escolas.

Fases ECO CEBRAC

A primeira fase, Eco Consciência, ocorre de janeiro a março, e tem como aspecto central a conscientização nas áreas de ecologia e responsabilidade social. Pensada para dar ao aluno o poder de ser um agente conscientizador, cada unidade incentiva seus estudantes a criarem materiais que possam conscientizar outros públicos.

De abril a junho ocorre a etapa Eco Solidariedade. Os alunos visitam hospitais, creches, asilos e abrigos locais a fim de descobrir as principais necessidades dessas instituições. A partir daí, recolhem materiais recicláveis, como latinhas e óleo de cozinha, para vendê-los e, com o dinheiro arrecadado, comprar itens para doação.

Por fim, a Eco Transformação, de julho a setembro, incentiva os alunos a reaproveitar materiais. Oficinas de customização de roupas, conserto de brinquedos, confecção de objetos com materiais recicláveis, entre outros, são realizadas e os produtos finais, doados a instituições.

Sobre o CEBRAC

O CEBRAC – Centro Brasileiro de Cursos – nasceu em 1995 com a vocação de educar e qualificar pessoas através de seus diversos cursos profissionalizantes. O CEBRAC tem formado para o mercado de trabalho milhares de profissionais brilhantes em suas áreas de conhecimento. Os cursos focam no desenvolvimento pessoal, o que prepara os alunos do ponto de vista comportamental e aprimoram a postura profissional e empreendedora.

O CEBRAC é a rede de ensino mais premiada do Brasil no segmento: em 2017 foi octacampeã 5 Estrelas do prêmio Melhor Franquia do Brasil pela revista “Pequenas Empresas & Grandes Negócios” e também conquistou o Selo de Excelência da Associação Brasileira Franchising (ABF) pela 10ª vez consecutiva. Pelas práticas sustentáveis que desenvolve já foi premiado três vezes com o troféu Destaque Sustentabilidade da ABF, e pelo foco no empreendedorismo recebeu em 2015 e 2016 o Prêmio Ozires Silva.

Câmara aprova obrigação de supermercados destacarem validade de produtos que expirem em até sete dias

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou hoje regras para a informação de datas de validade nas embalagens e nas prateleiras de supermercados.

Apesar de ter deixado para o órgão regulador as regras para cada tipo de produto, a proposta estabelece que supermercados devem divulgar de forma clara, destacada e visualmente integrada ao produto a data de vencimento dos produtos cujo prazo de validade expire em até sete dias.

O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor ao Projeto de Lei (PL) 2415/15, deputado Hildo Rocha (PMDB-MA).

A relatora da proposta, deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), ressaltou a importância de regras, uma vez que nem sempre a validade é de fácil visibilidade em produtos, o que gera prejuízos ao consumidor.

Pela proposta, todo produto que possua um prazo de validade específico deve apresentar esse prazo de forma destacada e facilmente legível. Quem descumprir as normas, pode pagar multas, ter produtos apreendidos, e até mesmo sofrer intervenção, no caso de estabelecimentos. As medidas estão previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90).

Como tramita em caráter conclusivo, a proposta está aprovada pela Câmara e segue para revisão do Senado, se não houver recurso para votação em Plenário. Quando aprovada, a nova lei só deve entrar em vigor um ano após a sua publicação.

O autor do projeto, deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), considera que a data de validade é uma das informações mais relevantes a respeito dos produtos oferecidos aos consumidores, uma vez que itens perecidos podem afetar gravemente a saúde de seus adquirentes.

“Hoje, a anotação de dados sobre o perecimento dos produtos em suas embalagens não atende a requisitos legais de padronização, o que dificulta sua consulta pelos seus destinatários”, afirma Rocha.

Justiça do DF nega prisão domiciliar ou militar a Geddel

A Justiça do Distrito Federal negou, nesta quinta-feira (14), pedido da defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima para que ele deixe o presídio da Papuda e passe para a prisão domiciliar ou, como segunda alternativa, para a prisão militar. Na decisão, a a juíza Lelia Cury, da Vara de Execuções Penais, afirmou que Geddel não corre riscos na cadeia e que a reportagem anexada ao pedido é “meramente especulativa”.

“Essencial registrar que as medidas necessárias ao resguardo da integridade física do custodiado vêm sendo adotadas pela Direção da unidade prisional em que se encontra, não havendo, até o momento, nenhuma notícia de que ela tenha sido violada”, diz a magistrada.

Quanto a possibilidade de Geddel migrar para a prisão militar, a magistrada lembra que o benefício só é concedido a advogados, agente político do Estado e militares enquanto ainda integram a referida força. Na decisão, ela ressalta não ser o caso de Geddel.

Lelia Cury nega ainda o pedido da defesa para que o processo corra em segredo de Justiça. “A publicidade do presente feito se faz necessária para demonstrar que ao custodiado vem sendo dispensado o mesmo tratamento dado aos demais presos do DF que ostentam as mesmas condições pessoais e processuais”, diz a juíza em uma das justificativas.

Geddel foi preso na última sexta-feira (8), dois dias após a PF localizar um apartamento com R$ 51 milhões, distribuídos em malas e caixas, que havia sido emprestado por um empresário ao ex-ministro. Essa foi a maior apreensão de dinheiro vivo na história do país. Foram identificadas impressões digitais do peemedebista em cédulas apreendidas no “bunker”.

Geddel havia sido preso em 4 de julho, acusado de tentativa de obstrução de Justiça em meio às ações da Operação Cui Bono. Uma semana depois, por meio de habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, passou para a prisão domiciliar.

Amigo pessoal do presidente Temer, na Cui Bono, Geddel também é suspeito de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propina de empresas em troca da liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal (CEF). Ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica entre 2011 e 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.