Mulheres são homenageadas em evento no Ministério do Trabalho

O Ministério do Trabalho realizou na quinta-feira (8) um evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Na solenidade, o ministro do Trabalho interino, Helton Yomura, destacou conquistas importantes das mulheres, como o aumento da participação no mercado de trabalho e a redução da diferença salarial nos últimos 10 anos. “Precisamos celebrar as vitórias, mas ainda temos muito para avançar e conquistar”.

A servidora Celina Pereira Martins, que trabalha há 24 anos no protocolo do Gabinete do Ministro, foi escolhida para representar todas as mulheres que colaboram no cumprimento da missão do órgão. Ela recebeu um buquê de flores entregue pelo ministro Helton Yomura em nome de todos os servidores do Ministério do Trabalho.

A representante do Ministério do Trabalho no Conselho Nacional de Direito das Mulheres, Priscila Temperani, destacou a importância das políticas públicas de direito para as mulheres na busca da igualdade de gênero, da equiparação salarial e do fim da discriminação no ambiente de trabalho. “É necessário o engajamento de todos para alcançar a igualdade de gênero”, enfatizou.

A secretária de Inspeção do Trabalho, Maria Teresa Pacheco Jensen, ressaltou o papel da mulher na sociedade, suas responsabilidades e seus desafios para conciliar o cuidado da família com o trabalho remunerado. “Precisamos valorizar as conquistas das mulheres que vieram antes de nós. Mas é necessário avançar em pontos como a diferença salarial, pois muitas mulheres que possuem a mesma capacidade intelectual dos homens e produzem igual ainda recebem salários menores”, afirmou.

A Secretaria de Governo da Presidência da República esteve representada no evento por Hélio de Souza, coordenador-geral de Direitos do Trabalho do Departamento de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres.

Raquel Lyra visita 25ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana

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A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, prestigiou, na manhã da quinta-feira (08), a 25ª edição da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana (RNMP). Ao lado do presidente da Associação Comercial e Industrial de Caruaru (Acic), Pedro Miranda, a prefeita visitou todos os stands de empresários da região.

Raquel citou o evento como uma oportunidade de ver o aquecimento da economia na região. “Pela segunda vez, a Prefeitura de Caruaru está apoiando a Rodada de Negócios e, aqui, a gente tem a sensação de que nunca tem crise. No ano passado, houve um aumento no percentual de compras e a expectativa é que esse ano seja ainda melhor. Quero aproveitar para parabenizar a todos que fazem parte da Acic. Tem gente do Brasil inteiro vindo pra cá para poder ver o que há de novidade na moda em Pernambuco e, especialmente, no polo têxtil do Agreste pernambucano”, complementou.

Mais de 400 compradores são esperados para esta edição, que, além de expositores da moda, conta com ações da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru evidenciando a cultura e o artesanato característicos do município. “Os visitantes ainda curtem um pouco da atmosfera junina e estão convidados a visitar o nosso São João, feito com tanto carinho e cuidado”, comentou Raquel em relação ao “Corredor do São João”, uma área de 10m de comprimento montada para recepcionar os participantes da rodada, que vai até esta sexta-feira (09).

Dia Internacional da Mulher – Raquel Lyra visitou, também, as ações em homenagem ao Dia Internacional da Mulher que estão sendo realizadas no Marco Zero da cidade e fazem parte da “Semana da Mulher – Lutas e Enfrentamentos”, coordenada pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). Em parceria com o Sesc, a SPM ofereceu ações de cidadania, qualidade de vida, saúde e enfrentamento à violência contra o gênero feminino, além de apresentar os serviços oferecidos pelo Centro de Referência Maria Bonita, com orientações jurídicas sobre a Lei Maria da Penha e atendimento psicossocial.

Caruaru recebe sessão especial do filme “O Silêncio da Noite”

Nos rincões do sertão entre Pernambuco e Paraíba reza a lenda: quem bebe da água do Rio Pajeú, vira poeta. Definindo o cotidiano das pessoas, nas festas, residências, nos mercados, relembrando histórias de cantorias, em grandes respostas poéticas e dissertando sobre o sentimento, a poesia é onipresente e primordial. E é ela a protagonista em O Silêncio da Noite é que tem sido Testemunha das Minhas Amarguras.

O filme tem estreia nacional dia 15 de março em algumas capitais, mas antes passa por cidades do interior de Pernambuco, promovendo um circuito gratuito de exibições na região. Em Caruaru, sessão acontece na segunda-feira, 12.03, no Auditório Mestre Vitalino, às 18h30, com o diretor Petrônio Lorena.

O evento tem o apoio do Centro Acadêmico do Agreste.

Finalista entre os dez melhores filmes da 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo – São Paulo, SP (2016), o longa foi rodado nas cidades de Ouro Velho e Prata (PB) e da pernambucana São José do Egito, tomada como berço imortal da poesia. O documentário passeia pela região, revelando a tradição herdada por várias gerações, vidas pautadas pela poesia e a peculiar e orgulhosa prática diária de poetas, sonetistas, cantadores e violeiros que fazem de métricas e rimas disciplinadas um modo de vida.

O Silêncio da Noite é a segunda produção em longa-metragem de Petrônio Lorena (deO Gigantesco Imã), diretor e também compositor e produtor musical para trilhas. Nascido em Serra Talhada, localizada a duas horas de São José do Egito, desde a infância se interessava pela poesia, pela composição de músicas, sempre em contato com os poetas da região. Em 2010 deu o impulso inicial, realizando um profundo trabalho de pesquisa e de desenvolvimento de roteiro, apoiado pelo Funcultura. Filmou aos poucos, em muitas idas ao sertão, até 2015.

A distribuição do longa, realizada pela Inquieta Cine, conta também com financiamento do Funcultura, junto com o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

“O que eu acho mais legítimo do documentarista é sempre voltar àquilo no qual está trabalhando, criar um envolvimento. Eu sempre retornava à região. Esse envolvimento fez com que a poesia, que já estava presente, entrasse mais ainda dentro de mim; não a métrica, não o saber fazer poético, mas o sentimento. Lá tem muitos que dizem:‘o verdadeiro poeta é o outro’. E o outro é aquele que sente. Então o verdadeiro poeta é o quesente,o que foi transformado”,explica o diretor Petrônio Lorena.

A taciturna frase que dá nome ao filme faz alusão a uma das figuras mais interessantes retratadas no longa: Severina Branca, dita a “Eleonor Rigby do Nordeste”, e quem deu o ‘mote’ ao poema elaborado, então, por Didi Patriota. Musa e prostituta, poetisa e boêmia, Severina encantava os poetas da região, dando-lhes ‘motes’ rebuscadíssimos, cantados por eles, falando não apenas da vida dela, mas das amarguras de ser poeta. “O título refere-se também à dor e à alegria de ser poeta; da cumplicidade da madrugada na criação desses versos num sertão conservador e da utilidade social que a poesia traz a essas pessoas”, completa Petrônio.

PSB tem primeira mulher trans a integrar Executiva Nacional

Tathiane Araújo, 37 anos, é a primeira mulher trans a integrar a Executiva Nacional do PSB, depois de ser eleita secretária nacional LGBT. Ela foi escolhida no último fim de semana, durante o 14º Congresso Nacional do partido.

Tathiane integra o Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT, órgão colegiado da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e é conselheira nacional de Saúde e de Assistência Social.

Também preside a Rede Trans, organização não-governamental que representa pessoas travestis, transexuais e homens trans do Brasil, e coordena a ONG Astra, responsável há 17 anos pela Parada LGBT em Sergipe.

Sindloja e Accape promovem palestra

O Sindloja Caruaru promove em parceria com a Accape uma palestra com o tema “Impactos da Reforma Trabalhista na extinção dos contratos de trabalho: uma análise da Lei n. 13.467/2017 e da aplicação da Convenção Coletiva de Trabalho”. O evento será no dia 15 de março, das 14h às 18h, no auditório do Sindloja. O público-alvo são preferencialmente contadores e lojistas.

A capacitação vai ser ministrada pela assessora jurídica do Sindloja Caruaru, a advogada Kilma Galindo, professora universitária, mestre em Gestão Empresarial e Relações de Trabalho e especialista em Direito e Processo do Trabalho.

O objetivo será esclarecer especificamente a nova regra da lei que trata da homologação da rescisão de contrato de trabalho, que poderá ser feita na empresa, acabando com a obrigatoriedade de ocorrer nos sindicatos ou nas Superintendências Regionais do Trabalho. Desde novembro do ano passado, a legislação garante que as rescisões contratuais realizadas diretamente com os empregadores tenham validade jurídica.

A inscrição é 1kg de alimento não-perecível e os interessados devem fazer a cadastro na Accape, localizada no 12º andar, salas 726 – 727, do Empresarial Difusora ou pelo telefone (81) 3721-0862. Serão disponibilizadas 60 vagas. Os alimentos arrecadados serão doados para instituições de caridade da cidade.

REFORMA TRABALHISTA
A Reforma Trabalhista foi sancionada pelo presidente Michel Temer em 13 de julho de 2017, através da Lei n. 13.467/2017, e entrou em vigor no dia 11 de novembro do mesmo ano, trazendo alterações em mais de 100 artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Entre elas, a que fala sobre a homologação da rescisão de contrato de trabalho.

Palestra “Extinção contratual com base na reforma trabalhista e nas normas da Convenção Coletiva do Trabalho”
Quando: Dia 15 de março
Local: Sindloja Caruaru
Inscrição: 1kg de alimento não-perecível
Mais informações: (81) 3721-0862

Pedidos de bloqueio de celular por roubo ou extravio já somam 9,5 milhões

As operadoras brasileiras de telefonia móvel receberam, em fevereiro, 122 mil novos pedidos de bloqueio do acesso de aparelhos celulares por motivo de roubo, furto ou extravio. Com isso, um total de 9,5 milhões de IMEIs (código de identificação) de aparelhos celulares já aparecem registrados no Cadastro de Estações Móveis Impedidas (Cemi), banco de dados das empresas de telefonia que funciona desde 2000. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil).

O número de pedido de bloqueios em fevereiro é um pouco menor do que o de janeiro, quando foram realizados 128 mil solicitações. Em relação a fevereiro de 2017, quando foram registrados 123 mil pedidos de bloqueio, os registros praticamente se equivalem, mantendo a média do período, segundo o sindicato.

O estado que registrou o maior número de pedidos de bloqueio do acesso foi São Paulo, com 45,6 mil solicitações. Na segunda posição, está o Rio de Janeiro, com 18,8 mil pedidos, seguido de Minas Gerais, com 7,9 mil pedidos, em terceiro lugar. Os três estados também apresentam as maiores bases de celulares ativos do país.

Como bloquear

Para fazer a solicitação de bloqueio, o cliente deve entrar em contato com a operadora e informar dados pessoais, como RG, CPF e endereço. Se o cliente souber, também deve informar o IMEI do aparelho (sigla em inglês para International Mobile Equipment Identity, que em português significa Identificação Internacional de Equipamento Móvel). Para descobrir o IMEI, basta digitar no teclado do aparelho  a sequência *#06# e o número será exibido na tela do celular. Para saber se um aparelho está registrado no CEMI, as prestadoras mantêm ainda um site na internet para consulta.

De acordo com o SindiTelebrasil, o procedimento de bloqueio do IMEI impede a comunicação de voz e de pacotes de dados contratados junto às prestadoras do serviço, mas não intervém no funcionamento do aparelho como dispositivo eletrônico, que continua operando com aplicativos instalados e pode se conectar a outras redes, como internet WiFi, sobre as quais as operadoras não têm ingerência.

Trump aceita se reunir com Kim Jong-un em maio

Kim Jong-Un e Trump
Kim Jong Un e Trump devem finalmente se encontrarReuters/KCNA handout

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aceitou nesta quinta-feira (8) comparecer à reunião que lhe foi proposta pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e disse que esse encontro deverá ocorrer em maio, disseram emissários sul-coreanos em Washington. A informação é da EFE.

O anúncio foi feito pelo chefe do Escritório de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, que hoje entregou a Trump, na Casa Branca, uma carta que lhe tinha sido dada na segunda-feira por Kim Jong-un durante uma reunião em Pyongyang.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un propôs uma reunião ao presidente dos EUA e lhe ofereceu suspender o programa nuclear e de mísseis de seu país para iniciar uma negociação.

Novo modelo de placas de veículos começa a valer em 1º de setembro

Nova placa de veículos
Até o final de 2023, toda a frota de veículos nacionais deverá estar circulando com a nova placa de identificaçãoDivulgação/Ministério das Cidades

A partir de 1º de setembro, as placas de veículos brasileiros começarão a ser substituídas por um novo modelo que segue o padrão estabelecido pelo Mercosul. Aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a mudança deverá ser feita até 31 de dezembro de 2023, quando toda a frota de veículos nacionais deverá estar rodando com a nova identificação. O valor a ser cobrado pelas placas ainda não está definido.

Segundo resolução nº 729, publicada no Diário Oficial da União de hoje (8), a medida se aplica também aos reboques, semirreboques, motocicletas, triciclos, motonetas, ciclo elétricos, quadriciclos, ciclomotores, tratores e guindastes, que serão identificados por uma única placa, instalada na parte traseira.

Revestidas com película retrorrefletiva, as novas placas terão fundo branco com margem superior azul e as imagens da bandeira brasileira e o símbolo do Mercosul, mantendo os atuais sete caracteres alfanuméricos. Na parte frontal, a película protetora deverá conter as palavras Mercorsur Brasil Mercosul estampadas. Além disso, deverão possuir código de barras bidimensionais dinâmicos (Quick Response Code – QRCode) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados de seu fabricante.

Os fabricantes de placas serão credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e serão responsáveis pela produção, logística, gerenciamento informatizado, distribuição e estampagem das placas veiculares. O credenciamento dos fabricantes terá validade de quatro anos, podendo ser revogado a qualquer tempo, se não mantidos, no todo ou em parte, os requisitos exigidos para o credenciamento.

Governo e empresários brasileiros criticam EUA por sobretaxas ao aço e alumínio

Bobinas de aço galvanizado prontas para serem entregues
O Brasil exporta para os EUA principalmente produtos semi-acabados, como chapas de aço, que são reprocessados pelas siderúrgicas americanasEFE/Arquivo

O governo brasileiro afirmou nesta quinta-feira (8), que a confirmação da sobretaxa de exportação do aço (25%) e do alumínio (10%) de outros países para os Estados Unidos, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, vai causar “graves prejuízos” ao Brasil e terá impactos “nas relações comerciais e de investimentos entre os dois países”.

Em nota conjunta assinada pelos ministros Marcos Jorge (Indústria e Comércio) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores), o governo brasileiro disse que “buscou, em sucessivas gestões, evitar a aplicação das medidas às exportações brasileiras, esclarecendo ao governo americano que os produtos do Brasil não causam ameaça aos interesses comerciais ou de segurança dos EUA”.

Grande perda

Ao todo, 32% do aço exportado pela indústria nacional têm como destino o mercado americano, fazendo do Brasil o segundo maior exportador do produto para os Estados Unidos, ficando atrás apenas do Canadá. Apenas em 2017, 4,7 milhões de toneladas do aço brasileiro foram embarcadas, para os EUA, representando um faturamento de US$ 2,6 bilhões. A perda para o Brasil seria enorme.

Segundo a Casa Branca, todos os países que exportam aço e alumínio para os EUA serão afetados pela nova tarifa, com exceção de México e Canadá, que foram excluídos da medida por conta de sua participação no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).

Entre as alegações usadas por Trump, segundo a Casa Branca, estão a necessidade de recuperar a indústria siderúrgica do país, que perdeu mais de 54 mil postos de trabalho desde o início dos anos 2000, e garantir ao país autossuficiência em aço e alumínio, que são matérias-primas essenciais para o setor de defesa, como a produção de veículos e aeronaves de combate militar.

“As medidas restritivas às importações de aço e alumínio são incompatíveis com as obrigações dos EUA ao amparo da Organização Mundial de Comércio e não se justificam, tampouco, pelas exceções de segurança do GATT 1994”, disseram os ministros Aloysio Nunes e Marcos Jorge, em nota. O governo disse que manterá a “preferência pela via do diálogo e parceria”, mas promete ações, em âmbito bilateral e multilateral, para preservar os direitos e interesses nacionais.

Empresas

O Instituto Aço Brasil, que representa a indústrias siderúrgicas que atuam no país, também publicou nota rechaçando a decisão dos EUA de sobretaxar o aço.”É entendimento do Instituto que o bloqueio das exportações brasileiras para o mercado americano – em sua quase totalidade composta de produtos semi-acabados, que são reprocessados pelas siderúrgicas americanas -, ocasionará dano significativo não só para as nossas empresas, mas também para as americanas, que não tem autossuficiência no seu abastecimento”, alertou a entidade.

O Instituto Aço Brasil afirma que estuda, em conjunto com o governo brasileiro, a entrada imediata de recurso contra o governo dos EUA para tentar reverter a medida.

A sobretaxa do aço deve ter efeito colateral contra empresas norte-americanas, pois vai afetar a importação pelo  Brasil de carvão siderúrgico dos Estados Unidos (cerca de US$ 1 bilhão, em 2017), que é usado principalmente na produção brasileira de aço, que depois é exportado para os EUA .

O Insituto Aço Brasil ainda manifestou preocupação com o agravamento mundial do problema do excedente de capacidade instalada de produção de aço, que atualmente está em torno de 750 milhões de toneladas. O principal temor é que, com a perda de mercado nos EUA, siderúrgicas de outros países inundem o mercado brasileiro com produtos abaixo do preço de mercado, prejudicando a produção nacional e afetando os empregos no setor

Segundo a nota dos ministros Marcos Jorge e Aloysio Nunes, as medidas americanas “minarão os esforços em curso no Foro Global do Aço, do qual os EUA fazem parte, com vistas a uma solução para a questão do excesso de capacidade na área siderúrgica, verdadeira raiz dos problemas enfrentados pelo setor”.

CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também lamentou a elevação das tarifas para os dois produtos. Em nota, a entidade classificou a decisão de injustificada e ilegal. De acordo com a CNI, o Brasil venderá US$ 3 bilhões a menos de aço e US$ 144 milhões a menos de alumínio para os Estados Unidos, o que equivale a uma massa salarial de quase R$ 350 milhões e impostos da ordem de R$ 200 milhões.

Trump oficializa tarifas dos EUA para importações de aço e de alumínio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (8) a aplicação de tarifas de 25% para as importações de aço e 10% para as de alumínio. Por enquanto, México e Canadá, integrantes do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) ficam isentos, das alíquotas.

“Não adotamos estas ações por escolha, mas por necessidade”, afirmou Trump em um ato na Casa Branca.  A informação é da EFE.

Brasil pode contestar

A tarifa adicional de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio adotadas nos EUA pelo governo do presidente Donald Trump preocupam o Brasil, conforme informou no começo dese mês o Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). De acordo com a pasta, a restrição comercial afetará as exportações brasileiras de ambos os produtos e pode resultar em contestação brasileira nos organismos internacionais.

Em nota oficial, o MDIC informou que o governo brasileiro espera chegar a um acordo com os Estados Unidos para evitar a aplicação das tarifas, mas caso isso não seja possível, o Brasil pode questionar a elevação das tarifas em foros globais. “O governo brasileiro não descarta eventuais ações complementares, no âmbito multilateral e bilateral, para preservar seus interesses nesse caso concreto”, diz a nota.