Três experiências que estão mudando a educação no Brasil

Um sistema educacional de qualidade é condição fundamental para o desenvolvimento de um país. No Brasil, indicadores nacionais e internacionais apontam que ainda estamos longe de atingir um patamar considerado aceitável e que ofereça a todos os alunos as mesmas oportunidades de aprendizado. A complexidade da educação pública brasileira é consequência de decisões históricas, incluindo a escolha do modelo de sistema educacional. Somos o quinto maior país do mundo em extensão territorial e em número de habitantes. Só na educação básica, que atende os alunos matriculados desde as creches até o ensino médio, são mais de 48 milhões de matrículas, sendo que 81% dos alunos estudam em escolas públicas. Quando se trata de ensino público, a responsabilidade prioritária dos municípios é garantir o atendimento desde a Educação Infantil até o término do Ensino Fundamental. Logo, o avanço da qualidade e dos resultados da educação pública depende e muito do sucesso da gestão municipal.

Para a coordenadora do Instituto Positivo, Cristiane da Fonseca, é preciso considerar o contexto dos municípios brasileiros para compreender melhor o tamanho dos desafios no campo da educação: “Sabemos que 70% das cidades são consideradas pelo IBGE como de pequeno e de médio porte, ou seja, com menos de 23 mil habitantes. Muitas delas comprometem grande parte do orçamento com as despesas da folha de pagamento, sobrando assim pouco recurso para outros investimentos necessários, como por exemplo, a formação continuada de professores, a melhoria da estrutura física, a realização de eventos pedagógicos e aquisição de materiais”, explica Cristiane. Aliado a isso, a falta de continuidade de uma política educacional, em função da troca constante dos secretários de educação, pode comprometer a motivação dos profissionais e a progressividade das iniciativas. “Quando se analisa esse cenário surge a pergunta: haveria alguma maneira de superar esses obstáculos para viabilizar saltos de qualidade na educação pública?”, questiona Cristiane.

Em algumas regiões brasileiras, prefeituras, escolas e educadores parecem ter encontrado um caminho: atuar em regime de colaboração por meio da implantação de Arranjos de Desenvolvimento da Educação – ADE. Os arranjos são um modelo de trabalho em rede, no qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes buscam trocar experiências, planejar e trabalhar em conjunto – e não mais isoladamente – somando esforços, recursos e competências para solucionar conjuntamente as dificuldades na área da educação. A proposta dos arranjos foi homologada pelo MEC em 2011 e incluída como uma opção para o alcance das metas e das estratégias previstas no Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014 (artigo 7º, parágrafo 7º).

O Brasil possui hoje 12 ADEs, com aproximadamente 200 municípios trabalhando nesse modelo de colaboração. Outros ainda estão surgindo nas regiões Nordeste e Sul do país. Alguns deles já conquistaram avanços consistentes que indicam que estão no caminho certo.

ADE Instituto Chapada

A primeira experiência de trabalho em colaboração entre municípios surgiu em 1997, no interior da Bahia. Na época, a região da Chapada Diamantina registrava índices altíssimos de analfabetismo, imersa num cenário em que a educação não era prioridade. Uma professora decidiu que era necessário mudar isso e avaliou que o único caminho viável era a união e colaboração. Para dar início ao projeto, 12 municípios foram mobilizados. Numa região extremamente vulnerável, os dois principais desafios que enfrentavam eram a alfabetização e a evasão escolar. Os gestores e educadores envolvidos iniciaram as trocas de experiências, implantaram a formação continuada dos professores, instituíram o cargo de coordenador pedagógico e diretor escolar e buscaram apoio com parceiros técnicos.

Atualmente, estes municípios compõem o território com melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do estado da Bahia. Em 2005, quando o Brasil começou a medir o Ideb, eles tinham um indicador médio no território de 3,08. Dez anos depois eles praticamente duplicaram esse índice, passando para 5,28. Individualmente, eles também ocupam as primeiras posições, caso de Ibitiara, com Ideb 6,5, Novo Horizonte, com índice 6,3 e Piatã, com 6,1 – números que já superam a meta estabelecida para 2021 e fazem frente ao de capitais com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) bastante superior ao destas cidades. O município de Boa Vista do Tupim, que em 2005 apresentava um Ideb de 2,2, a partir do trabalho em colaboração, saltou para 5,8 em apenas 4 anos.

O principal impacto foi a melhoria da aprendizagem das crianças, especialmente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Outras grandes vantagens foram o fortalecimento da atuação dos educadores, que recebem formação continuada, e a mobilização sociopolítica, que engaja as futuras lideranças dos municípios em prol da educação. Por meio de uma estratégia chamada de Dia E, o Instituto busca garantir o comprometimento dos candidatos a prefeito com a causa e a continuidade das boas políticas já empregadas. Eles participam de uma sabatina e assinam um termo de compromisso no qual, se eleitos, comprometem-se a cumprir com o que está definido no documento, elaborado em fóruns municipais abertos à população.

“A metodologia de trabalho do ADE Chapada engloba a escuta sensível, a formação continuada de professores e a construção real de tomada de decisões. A chance do outro participar das tomadas de decisões, ao lado de uma equipe de trabalho experiente e qualificada no contexto da Educação Pública, junto à formação continuada, faz a diferença para que o projeto dê certo e a colaboração de fato exista”, afirma Cybele Amado de Oliveira, presidente e diretora executiva do Instituto Chapada.

ADE Noroeste Paulista

Em 2009, uma mobilização iniciada no município de Votuporanga conseguiu reunir 17 municípios da região noroeste paulista para que, juntos, conseguissem identificar quais eram as necessidades comuns das cidades na área de educação. Atualmente, já são 58 municípios integrando o ADE. Ao iniciarem o diagnóstico sobre a realidade da educação na região, perceberam o potencial ainda pouco explorado para a formação de professores. Surgiu então a ideia de realizar um congresso que oferecesse formação mais qualificada e diversificada aos docentes. Hoje na 5ª edição, o Congresso Internacional de Educação do Noroeste Paulista reúne, em média, 1.500 professores de 250 escolas. Neste ano, serão 3 dias de programação voltada para a atualização dos docentes, que participam de cursos e palestras sobre práticas metodológicas e inovação, com a presença de especialistas renomados nacional e internacionalmente. “A consolidação de um evento desse porte só foi possível graças ao trabalho em regime de colaboração, pois além das secretarias se unirem para viabilizar as palestras e o congresso, o número de participantes acaba atraindo mais facilmente os parceiros”, destaca a secretária de Educação de Votuporanga e coordenadora do ADE, profa. Encarnação Manzano.

Além do congresso anual, o ADE promove também fóruns – nos quais são discutidos temas como sistema de avaliação e rendimento escolar, contraturno e educação em tempo integral, planejamento estratégico e mecanismos para ajudar a implementar as políticas de educação. Toda essa articulação regional trouxe avanços: o Ideb médio do território aumentou de 5,9 em 2007, para 6,5 em 2015. O engajamento de gestores municipais e docentes também aumentou. “Quando há união e cooperação entre todos, mais força a Educação tem, mais conquistas, mais resultados”, avalia Encarnação.

ADE Granfpolis

Dedicado a estudar e a difundir a metodologia dos ADEs no Brasil, o Instituto Positivo é parceiro da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (GRANFPOLIS), em Santa Catarina. Com a Granfpolis, em uma articulação pioneira, lançaram, em 2015, o primeiro ADE do Sul do País. Atualmente, os 22 secretários de educação da região e as suas equipes trabalham de forma conjunta, a fim de alcançar as três metas territoriais, definidas em comum acordo e que visam melhorar a qualidade do ensino no território. No ano de fundação do ADE, 16% dos alunos das redes municipais que compreendem o Arranjo estavam em situação de distorção idade/ano escolar. Portanto, a redução da evasão e da reprovação escolar foi considera uma meta prioritária. No total, em 2017, 1.200 alunos, de 14 municípios, receberam atenção especial e participaram conjuntamente de programas de formação e implantação da alfabetização e de aceleração na aprendizagem. Destes, 100% chegaram ao final de um ano em condições de fazer a progressão de nível.

A professora Lilian Boeing, uma das líderes do ADE e secretária de Educação do Município de São José, conta que os educadores tinham grandes preocupações e muita energia para promover a melhoria do processo de alfabetização. “Por meio da colaboração e mobilização dos secretários de educação eles conseguiram estabelecer uma parceria com o Instituto Ayrton Senna. A partir das metodologias implantadas 92% dos alunos atendidos chegaram ao final do ano letivo plenamente alfabetizados. Crianças que antes não conseguiam decifrar as palavras, hoje, já conseguem ler um livro”, comemora Lilian. Segundo Cristiane, “esses exemplos demonstram como municípios organizados em regime de colaboração conseguem unir forças, identificar um foco de trabalho territorial prioritário, atrair parceiros, ratear custos e executar projetos conjuntos capazes de potencializar resultados efetivos em prol da educação”.

Instituto Positivo

O Instituto Positivo (IP) foi criado em 2012 para fazer a gestão do investimento social de todo o Grupo Positivo em favor da comunidade. A missão do Instituto Positivo é contribuir para a melhoria da qualidade da Educação Pública brasileira por meio do incentivo ao Regime de Colaboração, modelo estratégico de cooperação entre os estados, municípios e união que estimula o trabalho em rede e a troca de experiências. Para tornar isso possível, o IP incentiva a implantação de Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADE), metodologia homologada pelo MEC que favorece o trabalho colaborativo entre Secretarias de Educação de municípios próximos geograficamente. A partir do apoio mútuo e de metas comuns espera-se que sejam potencializados os aprendizados, as parcerias e as ações para a melhoria dos indicadores da Educação. Para ter mais informações, acesse o site do Instituto Positivo: instituto.positivo.com.br.

Vacinação antirrábica continua, em Caruaru, até o dia 30 deste mês

A Unidade de Controle de Zoonoses, pertencente a Secretaria de Saúde de Caruaru, continua vacinando os cães e gatos no pós-campanha na Zona Rural de Caruaru. Até o dia 11 de outubro, foram vacinados 40.155 animais.

Para as pessoas que não puderam vacinar seus animais, na zona urbana do município, uma equipe está disponível para atender os animais no estacionamento da Secretaria de Saúde (localizado por trás do prédio principal da Avenida Vera Cruz, 654 – São Francisco).

A raiva é uma doença viral e infecciosa, transmissível de animal para animal e de animal para o homem, por meio da saliva. A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura, arranhadura e lambedura de mucosas. A vacinação é gratuita e protege os animais contra a doença, que é fatal.

Morte de Aguinaldo Lima deixa imprensa de luto

Pedro Augusto

O jornalismo caruaruense está de luto! Morreu, na noite de ontem (17), na Capital do Agreste, o fotojornalista Aguinaldo Lima, de 51 anos. De acordo com informações repassadas por familiares, ele estava treinando jiu-jítsu, quando teria passado mal.

Aguinaldo chegou a ser socorrido pelo Samu para o Hospital Regional do Agreste, porém não resistiu. A suspeita é de que ele tenha sofrido um infarto fulminante.

Com bons serviços prestados na imprensa local, Aguinaldo era tido como um dos melhores fotojornalistas da região Agreste. Além de ter trabalhado como fotógrafo por vários anos na Secretaria Municipal de Comunicação, ele também já foi funcionário da Folha de Pernambuco bem como prestou vários serviços em campanhas eleitorais.

Até o fechamento desta matéria, a família do fotojornalista não havia anunciado o horário e o local de seu sepultamento. Ele era casado e tinha dois filhos. O Blog do Wagner Gil se solidariza com a família e amigos neste momento de muita dor.

Fashion Days inicia hoje no Shopping Difusora

Quem é que não gosta de ficar por dentro de todas as tendências da estação? No mundo da moda, cores, modelos, estampas, acessórios, maquiagem e demais materiais usados nas composições dos looks fazem toda a diferença quando o assunto é sentir-se bem. É com esse propósito em mente que o Shopping Difusora realizada nesta quinta e sexta, 18 e 19 de outubro, o primeiro Fashion Days Difusora.

O evento, que acontece na Arena de Eventos, no primeiro piso do mall, vai contar com desfiles, palestras e outras ações montados com participação de mais de 20 lojas que funcionam no shopping. Além das peças de roupas, os desfiles também contarão com apresentação de acessórios (bijuterias, bolsas e óculos) e sapatos, tudo com o que vai ser tendência no Verão 2019.

A dinâmica do evento seguirá a seguinte programação: Na quinta-feira (18) e sexta-feira (19), às 19h, o público vai poder conferir desfiles especiais. Na ocasião, serão montados looks com peças das lojas do Shopping Difusora, essas apresentadas na passarela. A curadoria será da dupla de influencers Joana Quariguasi e Thaís Oliveira. A coordenação do evento é do jornalista e produtor de moda Wagnner Sales.

Logo após os desfiles, as influencers participarão de palestras, onde algumas dúvidas sobre as tendências, modelos e materiais das peças podem ser esclarecidas. Para fechar cada uma das noites, o público vai conferir desfiles autorais, com a participação de alguns nomes da moda regional, a exemplo do coletivo criativo Mulheres de Argila e do estilista pernambucano Chico Marinho.

“Esse é um evento que promete deixar o público que frequenta o Shopping Difusora interado sobre as tendências para o Verão 2019. Será um momento para tirar as dúvidas sobre a moda com pessoas que trabalham no segmento e ficar de olho no que será sucesso na estação. Logo em seguida, o conhecimento adquirido já pode ser usado nas compras, no próprio shopping”, destaca o gerente de Marketing do Shopping Difusora, Welter Duarte.

Serviço

Fashion Days Difusora

Local: Arena de Eventos, primeiro piso, próximo a entrada principal

Data: 18 e 19 de outubro, a partir das 19h

Participação gratuita

TSE convoca representantes de Bolsonaro e Haddad e pede clima de paz

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, se reuniu hoje com representantes das candidaturas de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) para discutir a difusão massiva de notícias falsas e a onda de violência durante as eleições. O tribunal vem colocando preocupações com a disseminação de conteúdos colocando em dúvida o sistema de votação e apuração nestas eleições. Participaram do encontro também os ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

Segundo representantes das candidaturas, que falaram a jornalistas ao fim do encontro, os ministros do TSE mostraram preocupação com os conteúdos enganosos e casos de agressão. Rosa Weber teria feito um apelo para que a campanha ocorra em clima de paz e para que os candidatos incentivem apoiadores a fazer uma campanha pacífica.

Em relação a conteúdos colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral, os ministros defenderam a segurança das urnas eletrônicas e do sistema de votação. Mas, conforme os relatos, não houve resolução ou encaminhamentos concretos, apenas recomendações dos ministros.

“As sugestões [do TSE] foram no sentido de que nós comunicássemos aos nossos clientes para que continuassem se esforçando para que houvesse cada vez mais a instrução dos eleitores para que se evite qualquer atitude que possa ser considerada violência. Embora nós tenhamos dito que isso foge ao controle de qualquer candidato. A violência existe, é um fenômeno no Brasil, e não se pode atribuir isso a um candidato”, relatou o advogado da candidatura de Jair Bolsonaro, Tiago Ayres.

Sobre as notícias falsas, o advogado da candidatura de Jair Bolsonaro acrescentou que o tema preocupa o político e sua campanha, que também estariam sendo alvos de mensagens deste tipo. Ele citou como exemplo as mensagens atribuindo ao deputado voto contra a Lei Brasileira de Inclusão, suspensas pelo TSE após questionamento da candidatura.

O coordenador da campanha de Fernando Haddad, Emídio Souza, informou que os representantes da candidatura pediram providências do TSE e de órgãos como a Polícia Federal em relação à disseminação de notícias falsas sobre o candidato do PT e da onda de violência que atribuiu aos apoiadores de Jair Bolsonaro.

“A disseminação de fake news, desta forma, deforma a democracia, altera o resultado eleitoral. Não é possível que a Justiça assista impassível tamanha agressão à democracia”, pontuou o coordenador. Sobre os atos de violência, Souza informou que solicitou um pronunciamento da presidente do TSE em defesa do bom senso. “Não é possível tamanha agressividade nesta campanha”. Não houve resposta sobre o pleito, segundo ele.

Fenômeno eleitoral
O fenômeno das notícias falsas vem marcando as eleições deste ano. A missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou preocupação com o fenômeno da desinformação durante o 1º turno e elogiou a segurança das urnas. No balanço da votação do 1º turno, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, também alertou para o problema, em especial, vídeos e mensagens colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral.

Nos últimos dias, o TSE mandou retirar publicações falsas contra a candidatura de Haddad tratando da distribuição do que passou a ser chamado de kit gay. Na segunda (15), nova decisão ordenou a retirada de vídeos relacionando a candidata a vice, Manuela d’Ávila à hipersexualização de crianças. Ontem, o ministro Sérgio Banhos barrou propaganda contra Bolsonaro segundo a qual o candidato do PSL teria votado contra a Lei Brasileira de Inclusão (LBI).

WhatsApp
A rede social WhatsApp tem sido o foco de maior preocupação. Estudo divulgado hoje por professores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrantes da Agência Lupa que acompanhou 347 grupos na plataforma encontrou entre as imagens mais compartilhadas um índice de apenas 8% de caráter verdadeiro.

Ontem, o conselho consultivo do TSE para notícias falsas realizou reunião à distância com representantes da plataforma de troca de mensagens WhatsApp. O objetivo foi discutir formas de garantir o alcance de respostas diante da divulgação de notícias falsas dentro da rede social.

A videoconferência foi uma providência decidida em reunião realizada na semana passada. Integrantes do colegiado manifestaram receios em relação à disseminação de notícias falsas na plataforma, especialmente mensagens e vídeos colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral e apontando supostas fraudes nas urnas.

Uma das preocupações manifestadas por integrantes do órgão após o encontro foi como encontrar meios para garantir que desmentidos e direitos de resposta alcançassem no WhatsApp usuários atingidos pelas mensagens iniciais, objetivo que é conseguido em redes como Facebook e Twitter.

Segundo o vice-procurador eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, o WhatsApp se propôs a disponibilizar ferramentas ao TSE já adotadas por agências de checagem de conteúdos enganosos e fabricados. Mas o vice-procurador não detalhou que sistemas poderão ser aplicados e qual a serventia deles.

De acordo com Jacques de Medeiros, os representantes da plataforma relataram encontrar “dificuldades” para aplicar a metodologia de outras redes sociais, como mecanismos de checagem de fatos (como no Facebook e no Google) e possibilidades de veiculação de direito de resposta aos mesmos usuários alcançado pelas mensagens originais consideradas falsas. O WhatsApp estaria “aquém disso”, nas palavras do procurador.

Agência Brasil

Trabalhadores nascidos em outubro podem sacar o PIS a partir de hoje

Começa nesta quinta-feira (18) o pagamento do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS), calendário 2018/2019, para os trabalhadores nascidos no mês de outubro. Em relação ao Pasep, abono destinado a servidores públicos, que é feito pelo Banco do Brasil, o pagamento é para quem tem inscrição de final 3. Os pagamentos se referem ao ano-base 2017.

Segundo a Caixa, no caso do PIS, os valores variam de R$ 80 a R$ 954, conforme o tempo de trabalho durante o ano passado. Titulares de conta individual na instituição, com saldo acima de R$ 1,00, já receberam o crédito automático antecipado na última terça-feira (16).

A Caixa reservou R$ 1,3 bilhão apenas para o pagamento de 1,8 milhão de trabalhadores nascidos em outubro e que têm direito ao benefício. O início do pagamento se deu em julho, com os nascidos naquele mês. Os recursos de todos beneficiários ficam disponíveis até 28 de junho de 2019. No total, ao longo do calendário de pagamentos, serão disponibilizados o valor de R$ 16,3 bilhões destinados a mais de 22,3 milhões de beneficiários.

Quem tem direito

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2017 com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados estejam corretamente informados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), ano-base 2017.

Quem tem o Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir a uma casa lotérica, a um ponto de atendimento Caixa Aqui ou aos terminais de autoatendimento do banco estatal. Caso o trabalhador não tenha o Cartão do Cidadão ou não tenha recebido automaticamente na sua conta, o valor pode ser retirado em qualquer agência da Caixa, bastando apresentar um documento de identificação com foto.

Abono de 2016

Os trabalhadores que não sacaram o Abono Salarial PIS/Pasep calendário 2017/2018, ano-base 2016, que terminou em 29 de junho, também terão nova oportunidade para sacar o benefício. Para esses trabalhadores, cerca de 8% dos beneficiários, o valor está disponível para saque até 28 de dezembro deste ano.

Agência Brasil

Até 2023, Programa de Benefício em Medicamentos deve crescer 15% ao ano

O mercado de PBM (Programa de Benefício em Medicamentos) é responsável atualmente, no Brasil, pela dispensação de aproximadamente 300 mil caixas de medicamento, por dia. Esse volume representa quase 10% do mercado farmacêutico brasileiro. Mas a expectativa do setor é de que esse número cresça em torno de 15% ao ano, até 2023. “O conceito chegou no Brasil na década de 1990 e ainda há muito espaço no mercado a ser explorado”, justifica Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM.

Nos Estados Unidos, onde o PBM existe desde a década de 1980, perto de 80% da população aviam suas receitas médicas pelo sistema. “No território americano, praticamente 100% de todas as prescrições médicas contam com uma instituição que subsidia o custo do medicamento”, explica o presidente da PBMA. Aqui no Brasil, as empresas que já disponibilizam o benefício custeiam, em médias, 50% do valor final dos medicamentos prescritos. Além da facilitação do acesso aos medicamentos, os empregadores começam a entender a real abrangência do benefício.

Entre as vantagens para as empresas que oferecem PBM a seus funcionários está a gestão do tratamento medicamentoso e a subsequente melhora da saúde populacional, queda do absenteísmo e, consequentemente, maior produtividade. “Estudos demonstram que 50% dos doentes crônicos abandonam o tratamento prescrito muitas vezes pela falta de acesso ao medicamento e incentivo para o tratamento. Com o benefício, a chance de segui-lo é muito maior, até porque as empresas conseguem promover e acompanhar a correta adesão ao tratamento”, alega Monteiro.

Aqui no Brasil, as empresas Telefônica, IBM, Caterpillar, Unilever, Arcelor Mital, Carrefour, Nestlé, Gerdau e Tigre, entre outras, já subsidiam medicamentos para seus funcionários.

Prefeitura de Sanharó promove Curso de Corte e Processamento Bovino

A Prefeitura de Sanharó, através da Secretaria de Agricultura, está promovendo mais um curso de capacitação. Na quarta-feira (17), tiveram início, na Escola Amaro Soares, as aulas do curso de “Técnicas de Corte e Processamento Bovino”, realizado em parceria com o Senai. Durante 60 horas/aula, cerca de 25 participantes vão conhecer a importância do manejo e como manter a qualidade do corte bovino. O vice-prefeito, Jailton Leite, e o secretário de Agricultura, Tarcísio Leite, participaram da aula de abertura do curso.

De acordo com o secretário de Agricultura, entre outras coisas, o curso permite ao aluno avaliar a qualidade da carne, aprender sobre a produção de industrializados, e conhecer as embalagens mais utilizadas no mercado. “Os alunos vão conhecer todo o processo, desde o abate até preparação de derivados da carne, como linguiças e defumados”, explica Tarcísio Leite.

Diversos outros cursos já foram promovidos pela Secretaria de Agricultura, como os de “Fabricação de Doces e Geleias”, “Lacticínios”, “Pedreiro”, “Atendimento ao Cliente”, “Caprinocultura”, e “Tratorismo”. “A capacitação, visando a geração de emprego e renda e o fomento de novos negócios é uma das prioridades da nossa gestão. Os cursos são realizados em parceria com instituições reconhecidas nacionalmente, como o Senac, o Senai e o Senar, o que valoriza os certificados”, enfatiza o prefeito Heraldo Oliveira.

Bolsonaro e Haddad assinam termo de compromisso com a Constituição

Os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), assinaram nesta quarta (17), um Termo de Compromisso de Respeito à Constituição da República Federativa do Brasil proposta pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O presidente da entidade, Domingos Meirelles, disse que a intenção é restabelecer “o fulcro natural” da campanha, para que os dois voltem a discutir propostas de governo e questões pragmáticas no lugar de trocarem insultos.

“Diante desse caos, um dos motivos que nos levou a pedir que eles assinassem [o Termo de Compromisso] era baixar a temperatura e que voltassem a discutir programa de governo e não ficar um acusando o outro. Isso foi uma conversa preliminar e eles concordaram. É uma intenção de baixar a poeira e decantar um pouco o tom de intolerância da campanha”, disse Meirelles, em entrevista à Agência Brasil.

No texto do documento, que tem a concordância dos dois candidatos, a ABI cita o fato da Carta Magna ter 30 anos e que notícias veiculadas pela imprensa indicavam uma eventual vontade dos candidatos em promover uma Constituinte para modificar os principais postulados da Constituição. A ABI destacou que é importante que a sociedade brasileira tenha tranquilidade e confiança de que o Texto Constitucional em vigor não sofrerá deformações que comprometam sua verdadeira natureza.

A entidade destacou também “a enxurrada de notícias que circulam pelas mais diversas redes sociais, na maioria das vezes de conteúdo fraudulento, enfatizando o desejo dos candidatos em transfigurar nossa Lei Maior”.

Diálogo
De acordo com o presidente da entidade, o compromisso assinado com Bolsonaro e com Haddad foi resultado de um processo que começou em um primeiro contato para saber se ambos concordavam em assinar o documento, que em seguida foi encaminhado para análise de cada um. Bolsonaro assinou no Rio e Haddad em São Paulo.

“A ABI é talvez a mais longeva entidade da sociedade civil, está completando 110 anos em 2018. Nós, diante do peso da instituição e da idade que ela tem, nos achamos no dever de fazer uma carta compromisso para os candidatos [questionando] se eles concordavam em não mexer na Constituição”.

Segundo Meirelles, pairava sobre as duas candidaturas suspeitas de modificação na Carta Magna e como a ABI defende direitos humanos, as liberdades e garantias individuais, houve a avaliação de que os dois precisavam mostrar este compromisso. O presidente da ABI disse que ficou surpreso com a concordância imediata dos candidatos em assinar o documento.

“Eles não pediram para mexer em nada. Isso é que realmente surpreendente. Senti que eles estavam assinando com um certo alívio. É como se eles estivessem se livrando de um peso que carregassem nas costas. É essa a minha leitura”, disse.

Meirelles disse que a história da ABI pode ter levado à concordância imediata dos candidatos em assinar o documento. “Talvez pelo fato de ser uma entidade como a ABI, ela tem 110 anos, a própria história em defesa da liberdade, da democracia, que teve um papel importante na luta pelo restabelecimento do estado de direito. Talvez a soma de todos esses aspectos, eles não criaram nenhum tipo de objeção”, disse.

Cláusulas
O Termo de Compromisso tem três cláusulas. A primeira destaca o Título II da Constituição e os preceitos do Caput do Artigo 5º que trata da “inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Na segunda, o compromisso é de respeitar as cláusulas pétreas da Carta Magna, afastando por completo qualquer tipo de manobra ou artifício que viole ou produza preceitos contrários ao atual texto Constitucional. Na última, os candidatos ratificam e enfatizam seu pacto de assegurar os direitos à informação, à liberdade de expressão e, por conseguinte, à liberdade de imprensa.

O presidente da ABI acrescentou que o compromisso está firmado, mas não pode garantir que o eleito vá respeitar o documento. “É um compromisso moral e ético”, disse.

TSE convoca representantes de Bolsonaro e Haddad e pede clima de paz

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, se reuniu na quarta (17) com representantes das candidaturas de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) para discutir a difusão massiva de notícias falsas e a onda de violência durante as eleições. O tribunal vem colocando preocupações com a disseminação de conteúdos colocando em dúvida o sistema de votação e apuração nestas eleições. Participaram do encontro também os ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

Segundo representantes das candidaturas, que falaram a jornalistas ao fim do encontro, os ministros do TSE mostraram preocupação com os conteúdos enganosos e casos de agressão. Rosa Weber teria feito um apelo para que a campanha ocorra em clima de paz e para que os candidatos incentivem apoiadores a fazer uma campanha pacífica.

Em relação a conteúdos colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral, os ministros defenderam a segurança das urnas eletrônicas e do sistema de votação. Mas, conforme os relatos, não houve resolução ou encaminhamentos concretos, apenas recomendações dos ministros.

“As sugestões [do TSE] foram no sentido de que nós comunicássemos aos nossos clientes para que continuassem se esforçando para que houvesse cada vez mais a instrução dos eleitores para que se evite qualquer atitude que possa ser considerada violência. Embora nós tenhamos dito que isso foge ao controle de qualquer candidato. A violência existe, é um fenômeno no Brasil, e não se pode atribuir isso a um candidato”, relatou o advogado da candidatura de Jair Bolsonaro, Tiago Ayres.

Sobre as notícias falsas, o advogado da candidatura de Jair Bolsonaro acrescentou que o tema preocupa o político e sua campanha, que também estariam sendo alvos de mensagens deste tipo. Ele citou como exemplo as mensagens atribuindo ao deputado voto contra a Lei Brasileira de Inclusão, suspensas pelo TSE após questionamento da candidatura.

O coordenador da campanha de Fernando Haddad, Emídio Souza, informou que os representantes da candidatura pediram providências do TSE e de órgãos como a Polícia Federal em relação à disseminação de notícias falsas sobre o candidato do PT e da onda de violência que atribuiu aos apoiadores de Jair Bolsonaro.

“A disseminação de fake news, desta forma, deforma a democracia, altera o resultado eleitoral. Não é possível que a Justiça assista impassível tamanha agressão à democracia”, pontuou o coordenador. Sobre os atos de violência, Souza informou que solicitou um pronunciamento da presidente do TSE em defesa do bom senso. “Não é possível tamanha agressividade nesta campanha”. Não houve resposta sobre o pleito, segundo ele.

Fenômeno eleitoral
O fenômeno das notícias falsas vem marcando as eleições deste ano. A missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou preocupação com o fenômeno da desinformação durante o 1º turno e elogiou a segurança das urnas. No balanço da votação do 1º turno, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, também alertou para o problema, em especial, vídeos e mensagens colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral.

Nos últimos dias, o TSE mandou retirar publicações falsas contra a candidatura de Haddad tratando da distribuição do que passou a ser chamado de kit gay. Na segunda (15), nova decisão ordenou a retirada de vídeos relacionando a candidata a vice, Manuela d’Ávila à hipersexualização de crianças. Ontem, o ministro Sérgio Banhos barrou propaganda contra Bolsonaro segundo a qual o candidato do PSL teria votado contra a Lei Brasileira de Inclusão (LBI).

WhatsApp
A rede social WhatsApp tem sido o foco de maior preocupação. Estudo divulgado hoje por professores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrantes da Agência Lupa que acompanhou 347 grupos na plataforma encontrou entre as imagens mais compartilhadas um índice de apenas 8% de caráter verdadeiro.

Ontem, o conselho consultivo do TSE para notícias falsas realizou reunião à distância com representantes da plataforma de troca de mensagens WhatsApp. O objetivo foi discutir formas de garantir o alcance de respostas diante da divulgação de notícias falsas dentro da rede social.

A videoconferência foi uma providência decidida em reunião realizada na semana passada. Integrantes do colegiado manifestaram receios em relação à disseminação de notícias falsas na plataforma, especialmente mensagens e vídeos colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral e apontando supostas fraudes nas urnas.

Uma das preocupações manifestadas por integrantes do órgão após o encontro foi como encontrar meios para garantir que desmentidos e direitos de resposta alcançassem no WhatsApp usuários atingidos pelas mensagens iniciais, objetivo que é conseguido em redes como Facebook e Twitter.

Segundo o vice-procurador eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, o WhatsApp se propôs a disponibilizar ferramentas ao TSE já adotadas por agências de checagem de conteúdos enganosos e fabricados. Mas o vice-procurador não detalhou que sistemas poderão ser aplicados e qual a serventia deles.

De acordo com Jacques de Medeiros, os representantes da plataforma relataram encontrar “dificuldades” para aplicar a metodologia de outras redes sociais, como mecanismos de checagem de fatos (como no Facebook e no Google) e possibilidades de veiculação de direito de resposta aos mesmos usuários alcançado pelas mensagens originais consideradas falsas. O WhatsApp estaria “aquém disso”, nas palavras do procurador.