Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio de R$ 20 milhões

O apostador que acertar sozinho, hoje (25), a Mega-Sena poderá ganhar R$ 20 milhões. O sorteio ocorrerá às 20h (horário de Brasília), no Caminhão da Sorte estacionado na cidade de Jequié, na Bahia.

Quem for apostar tem até as 19h (horário de Brasília) para fazer o seu bilhete, em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país.

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O sorteio desta quinta-feira será feito no Caminhão da Sorte que está na cidade baiana de Jequié – Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Segundo a Caixa, aplicado na poupança o prêmio renderia cerca de R$ 74,3 mil por mês. A aposta simples com seis dezenas custa R$ 3,50.

Roger Waters faz homenagem a Marielle Franco em show no Rio

O cantor inglês Roger Waters usou seu show, no Rio de Janeiro, para homenagear a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), cujo assassinato em março ainda está sem solução.

No intervalo do concerto, o fundador da banda Pink Floyd usou uma camisa preta na qual se lia “Lute como uma Marielle Franco” e projetou no telão um recorte de jornal sobre a morte da militante.

“Marielle Franco ainda está conosco em nossos corações. De muitas formas, Marielle Franco é a líder deste país”, disse Waters, sendo aplaudido pelo público.

Estavam presentes Monica Benício, viúva de Marielle Franco, Anielle Franco, irmã da militante morta e Luyara Santos, filha da vereadora assassinada.

O show foi ontem (24) à noite, no Maracanã. Emocionado, o roqueiro disse que se identificava com Marielle por sua luta em favor dos direitos humanos. Ele aproveitou ainda para fazer críticas indiretas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Roger Waters deixou o Pink Floyd em 1985, mas em todos os shows faz manifestações políticas. Nas apresentações em Brasília, São Paulo e Salvador, ele também protestou. Em Salvador, o artista prestou homenagem ao capoeirista assassinado Moa do Katendê, que morreu durante confronto por intolerância política.

A turnê do cantor no Brasil inclui, ainda, shows em Curitiba e Porto Alegre, de onde ele segue para o Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México, onde encerra sua temporada latina em dezembro.

Cresce procura por curso de mecânica de motos

Segundo a Abraciclo, a produção de motocicletas no Brasil cresceu 10,7% somente no primeiro bimestre do ano. O rápido crescimento da presença das motocicletas no trânsito brasileiro é resultado de uma série de fatores combinados, entre eles a decisão de abandonar o transporte coletivo e passar a transitar em seu próprio veículo.

Com o crescimento, surgiu também a demanda por profissionais capacitados para realizar a manutenção das motos, o que abre muitas portas para quem está nas indesejáveis estatísticas de desempregados.

Já existem escolas especializadas em oferecer o curso de mecânica de motos, que são voltados para o conserto de sistemas mecânicos e elétricos de motocicletas, como a JUMPER! Profissões e Idiomas.

“O cenário da mecânica vem mudando ao decorrer das décadas, e isso se deve as novas tecnologias que estão se transformando a cada ano. E na mecânica de motos não é diferente, por isso, o aluno terá contato com um conteúdo voltado para manutenção e reparos das motos, bem como o funcionamento e suspensão traseira e dianteira, sistema de ignição, funcionamento, componentes, equipamentos de testes, circuitos e diagramas elétricos do freio, manutenção e diagnóstico de falha entre outros conceitos de reparo, que reúnem toda a composição técnica deste veículo.”, explica Everton Sabú, diretor da rede de escolas profissionalizantes JUMPER!

Frente ao mercado promissor, a rede percebeu a necessidade do mercado e implantou em suas escolas, oficinas próprias para favorecer o aprendizado. “Notamos que esta área ocupa um lugar estável, pelo fato da moto ter um baixo custo e facilidade de manutenção, portanto as oportunidades de emprego para esse profissional encontram-se aquecidas. Nossa missão é promover o desenvolvimento humano, nas mais diversas áreas, e com certeza o curso de mecânica de motos, vai contribuir para isto”, declara Everton.

Os valores do curso podem variar de acordo com cada unidade, por isso o importante é entrar em contato com a escola mais próxima. “É valido lembrar que por conta da nossa parceria com o BEP – Brasil Emprego Profissão, e com a Abrinq, oferecemos programas de bolsas de estudo. Quem estuda em escola pública ou não tem condições financeiras para realizar o curso é só agendar uma entrevista para o processo seletivo” explica Sabú.

Novos negócios apostam em empréstimos on-line para decolar

Em um momento de crise econômica, com poucos postos de emprego, cada vez mais pessoas empreendem em negócios próprios. Para impulsionar o trabalho, os empréstimos on-line se tornaram tendência – o website Lendico, por exemplo, registrou aumento de 81% na cessão de crédito para novos negócios em setembro, em relação a 2017.

A modalidade de crédito on-line, concedido por meio de websites ou aplicativos, tem uma dinâmica semelhante junto às instituições financeiras físicas. A principal diferença está no valor concedido, consideravelmente menor, entre R$ 5 mil e R$ 100 mil. “Muitos empresários, para iniciar o trabalho, precisam de crédito rápido, em valores menores e sem burocracia. Os empréstimos on-line atendem bem a demanda”, explica Cleverson Pereira, professor da disciplina Cenários Econômicos do Centro Universitário Internacional Uninter.

No Brasil, atualmente, além da Lendico, outras empresas estão se popularizando na oferta de crédito on-line: Creditas, Nexoos, Simplic, Geru e EasyCrédito, por exemplo. Quando bem estabelecidas, o professor confirma que são tão confiáveis quanto os bancos.

Para evitar cair em golpes, contudo, Pereira indica recolher o máximo de informações possíveis sobre a instituição: CNPJ, tempo de existência no mercado, telefone de contato, se possui registro no Banco Central do Brasil (Bacen) ou ainda se está autorizada a operar como correspondente bancário. “Quanto mais informações colhidas, maior a segurança no momento da contratação”, explica.

A recusa em fornecer as informações ou a impossibilidade de confirmá-las pode levantar suspeitas. Outra dica é consultar a reputação em sites como Reclame Aqui e Juros Baixos, que recolhem avaliações de clientes sobre as empresas.

No momento de firmar o contrato, o professor indica comparar as taxas oferecidas pelo credor com outras instituições e avaliar se não está sendo realizada uma cobrança indevida ou acima da média do mercado. Práticas que podem levantar suspeitas são a exigência pelo pagamento de taxas antecipadas ou a pressão para fechar o contrato.

Sobre o Grupo Uninter

O Grupo UNINTER é o maior centro universitário do país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Sediado em Curitiba – PR, já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 200 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com mais de 700 polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém quatro campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais acesse uninter.com.

Celular em sala de aula: conscientização do aluno é passo inicial

No ambiente escolar, sobretudo em sala de aula, o uso do celular por parte dos estudantes é causa de discussões, e, sobretudo, causa de preocupação, já que muitos perdem o senso de concentração. Para falar sobre a temática, colocamos à disposição a coordenadora do curso de Pedagogia da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Giselly Lima, que também é psicopedagoga e pedagoga.

A profissional adianta que o uso desses aparelhos deve ser equilibrado por parte dos alunos, ao mesmo tempo que as escolas podem oferecer mecanismos para que essas ferramentas tecnológicas possam ser utilizadas. ”Esses aparelhos podem ser uma grande ferramenta, entretanto, é necessária a maturidade do educando para que isso se torne realidade. É preciso conscientizar ainda mais os alunos para que eles entendam que o único lesado com o mal uso desses smatphones são eles mesmos, pois um desequilíbrio ou mal uso do celular pode causar grandes danos ao estudante”, alerta.

Pernambuco tem R$ 29 milhões do Abono 2016 para 38 mil trabalhadores

O valor do Abono Salarial ano-base 2016 ainda disponível para os trabalhadores de Pernambuco chega a R$ 29 milhões. Ao todo, 38,3 mil pessoas com direito ao benefício ainda não retiraram o dinheiro no estado. O prazo máximo para o saque nas agências bancárias é 28 de dezembro e não haverá nova prorrogação. Depois desta data, o recurso retornará ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Em toda a região Nordeste, 317 mil trabalhadores ainda têm R$ 243 milhões a receber. O valor disponível em todo o Brasil chega a R$ 1,36 bilhão. São 1,85 milhão de trabalhadores que ainda não sacaram o benefício, o que corresponde a 7,56% do total das pessoas com direito ao abono de 2016.

Pode receber o abono salarial ano-base 2016 quem estava inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2016 com remuneração mensal média de até dois salários mínimos (R$ 1.908) e teve seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

A quantia destinada a cada trabalhador depende do tempo que ele trabalhou formalmente em 2016. Quem esteve empregado o ano todo recebe o valor cheio, que equivale a um salário mínimo (R$ 954). Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo, que é de 1/12, e assim sucessivamente.

Trabalhadores da iniciativa privada devem procurar a Caixa Econômica Federal. A consulta pode ser feita pessoalmente, pela internet (https://servicossociais.caixa.gov.br/internet.do?segmento=CIDADAO01) ou pelo telefone 0800-726 02 07. Para servidores públicos, a referência é o Banco do Brasil, que também fornece informações pessoalmente, pela internet (https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/setor-publico/governo-federal/gestao/gestao-de-recursos/pagamento-de-ordens-bancarias,-salarios-e-beneficios/pasep/aplicativo-bb-pasep#/) ou pelo telefone 0800-729 00 01.

Compesianos lançam livro com panorama hídrico da região Agreste

Os engenheiros civis Nyadja Menezes, Ronaldo Chagas e Sérgio Torres, que têm em comum a atuação de anos na Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), lançaram, na terça-feira, 23, o livro Sistemas de Abastecimento de Água, desenvolvido a partir de experiências profissionais no interior de Pernambuco, especialmente no Agreste, a região com o pior balanço hídrico de Pernambuco.

O lançamento do livro aconteceu na biblioteca Vicente Jorge Espíndola Rodrigues do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP | Wyden). Colaboradores da Compesa, autoridades, jornalistas e alunos estiveram presentes. O presidente da Compesa, Roberto Tavares, que estava com agenda em Brasília, foi representado pelo assessor da diretoria de Articulação e Meio Ambiente, Waldecy Farias. “Parabenizamos aos nossos colegas pelo importante trabalho que demonstra a importância de se documentar memórias. A Compesa tem percebido a necessidade de beber da fonte da sabedoria dessas pessoas que tanto contribuíram com a história da Companhia. Os autores são profissionais respeitados que estão colaborando com os futuros engenheiros sanitaristas e as próximas gerações”.

Em sete capítulos e 264 páginas, os autores falam dos desafios superados durante o trabalho em uma das maiores empresas de saneamento do país. “Eu espero poder auxiliar as pessoas que estão tendo o primeiro contato na graduação com os sistemas de abastecimento de água. O livro traz as situações do dia a dia que eu vivenciei em 39 anos de trabalho na Compesa, situações essas que nos exigem pensamento rápido, criatividade e soluções urgentes para os problemas que impactam a população. É uma área desafiadora e apaixonante”, afirmou Sérgio Torres.

“O Abastecimento muda a vida das pessoas. A infraestrutura urbana é muito importante. Comecei na Compesa como estagiária em 1998 e eu fui me apaixonando por essa área. Tenho orgulho de fazer parte da Companhia e hoje lançar esse trabalho. A maioria dos livros sobre o tema traz uma abordagem muito genérica e foca nas regiões sul sudeste. Então, essa é uma obra em que o aluno daqui vai identificar situações da nossa região que tem um histórico de dificuldades no abastecimento de água típicas de uma região do semiárido do Brasil”, disse Nyadja Menezes.

Kojima com Camarão, atum, salmão e filé, por R$ 29,90

As opções para esta quinta-feira (25) são salmão, filé e um delicioso camarão. O salmão é acompanhado de legumes e arroz yaquimeshi. As entradas são sushi e sunomono. A sobremesa são os minichurros, com sorvete de creme e calda de amora.

A segunda opção do Kojima é o filé com arroz yaquimeshi, também acompanhado de sushi e sunomono na entrada, além da sobremesa.

Também hoje no Kojima, camarão empanado, com árvore de macarrão e arroz yaquimeshi. Os acompanhamentos são os mesmos: duas peças de sushi e sunomono, com sobremesa garantida. O valor desses pratos é de apenas R$ 29,90.

Com os mesmos acompanhamentos, o Kojima também oferece como opção ‘Atum’ e ‘Agulhão branco’.

O Kojima funciona no térreo do Shopping Difusora. Reservas 2103-4181

Comeca amanhã a 1ª Feira de Formatura & Debutantes do Agreste

O Caruaru Shopping promove, de amanhã (26) até o domingo (28), a 1ª Feira de Formatura & Debutantes do Agreste. O evento reúne todos os profissionais e serviços fundamentais para essas duas festas que marcam época e ficam registradas para sempre na vida das pessoas.

De acordo com Walace Carvalho, gerente de Marketing do Caruaru Shopping, a feira conta com cerca de 70 expositores, no Pavilhão de Eventos. “Temos tudo o que é necessário para fazer uma festa de formatura ou de 15 anos. Fotografia, filmagem, buffet, maquiagem, roupas etc. Também contamos com a presença de estilistas que podem sugerir a produção de peças exclusivas”, informou Walace.

A 1ª Feira de Formatura & Debutantes do Agreste tem a coordenação da conceituada promoter Cleide Santos. “O Caruaru Shopping traz nessa 1ª Feira de Formatura & Debutantes o ‘Ônibus Balada’, uma excelente novidade para quem quer realizar uma festa com estilo”, destacou Cleide Santos.

Na noite da sexta-feira (26) haverá desfile e apresentação musical. Nos demais dias, desfiles, músicas e diversas apresentações.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Reforma tributária de Bolsonaro provocaria rombo de R$ 27 bilhões

A proposta de reforma tributária do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) vai provocar um rombo anual de R$ 27 bilhões se for implantado da maneira como está, segundo cálculos feitos a pedido da reportagem da Folha de São Paulo pelo economista Sergio Gobetti. Como a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite a redução de impostos sem a criação de compensações, o caminho mais provável para zerar as contas é por meio de corte de subsídios para empresas e de deduções no Imposto de Renda de Pessoa Física.

A proposta de reforma de Bolsonaro, feita pelos economistas Paulo Guedes e Marcos Cintra, está baseada em quatro pilares: Isenção de imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos (R$ 4.770); adoção de uma alíquota única, de 20%, para as demais faixas de renda; Tributação das empresas, que hoje vai de 24% a 34%, em 20%; aplicação da mesma alíquota de 20% para o pagamento de dividendos, o lucro distribuído para acionistas de empresas.

Atualmente, não paga imposto de renda (IR) quem ganha até R$ 1.903,98 por mês, já descontada a contribuição para a Previdência. As empresas pagam impostos quando distribuem dividendos, mas não as pessoas que recebem. A adoção de uma alíquota única seria uma reviravolta histórica para um país que adota uma tabela progressiva para a renda, baseada na ideia de quem ganha mais deve pagar mais impostos.

Na prática, porém, não é o que ocorre. Os pobres pagam muito mais impostos do que os ricos por causa da taxação do consumo, não da renda. É por isso que há um consenso entre os dois candidatos de que é preciso corrigir a distorção, em parte, alterando a tributação sobre a renda.

O candidato do PT, Fernando Haddad, quer aumentar a progressividade, com a criação de uma alíquota de 35% e taxar os que chama de super-ricos, aqueles com ganhos entre 40 e 60 salários mínimos mensais (R$ 38,2 mil a R$ 57,2 mil). Só a taxação dos super-ricos renderia R$ 80 bilhões, na estimativa de economistas do PT, o que evitaria rombos.

Os dois candidatos, porém, têm um ponto em comum: a isenção para quem ganha até cinco salários mínimos, proposta criticada até por economistas petistas como o ex-ministro Nelson Barbosa por beneficiar quem não precisa de subsídio, na interpretação dele.

Bolsonaro adotou uma política liberal que foi moda há 30 anos: a da alíquota única.
Segundo as contas de Gobetti, a isenção até cinco salários mínimos e adoção da alíquota de 20% no imposto de pessoas físicas geraria perdas de R$ 69 bilhões. A mesma alíquota para as empresas provocaria uma queda de R$ 34 bilhões na arrecadação. Já a tributação dos dividendos traria ganhos de R$ 76 bilhões. O resultado é uma perda de R$ 27 bilhões ao ano.

“É uma proposta positiva, mas não dá para arriscar perder receita na conjuntura atual. Não dá para aumentar o desequilíbrio fiscal”, diz Isaías Coelho, professor da Fundação Getúlio Vargas, onde também é pesquisador sênior do Núcleo de Estudos Fiscais. Coelho defende o corte de subsídios para empresas para evitar o rombo. No ano passado, as renúncias fiscais atingiram R$ 237,4 bilhões, o equivalente a 4% do PIB (Produto Interno Bruto).

Entre 2011 e 2017, o governos federal aprovou 298 desonerações tributárias. Esse mesmo governo deve gastar neste ano R$ 141 bilhões a mais do que arrecada.

Gobetti aponta que há convergência entre a proposta de Paulo Guedes e mudanças que estão sendo implantadas em países como França, Inglaterra, Chile e Noruega. “A ideia de reduzir o imposto para as empresas e tributar dividendos na pessoa física é praticamente um consenso hoje. Economistas do PT defendem isso. As divergências existem sobre o modo de fazer isso, se de forma progressiva ou com alíquota única”, afirma.

O motivo dessa convergência foi a redução de impostos para empresas nos Estados Unidos, de 35% para 21%, feita pelo presidente Donald Trump. As empresas brasileiras pagam hoje entre 24% e 34% de impostos. Sem a redução, as empresas instaladas no país perderiam competitividade no mercado externo, uma visão comungada por economistas de Bolsonaro e do PT.

Há, porém, críticas duras à adoção da alíquota única de 20% por Bolsonaro. Fernando Gaiger Silveira, pesquisador do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), diz que a proposta de Guedes e Cintra é primária porque vai na contramão das discussões internacionais. “Não faz sentido adotar uma alíquota única de imposto de renda num país tão desigual como o Brasil”, afirma.

Segundo ele, países que adotaram esse tipo de política, como a Estônia e a Hungria, tinham populações com renda mais homogênea porque haviam acabado de deixar o bloco soviético, nos anos 1990. Silveira vê risco de a proposta retirar renda da classe média num momento em que o consumo precisa ser estimulado. Também afirma que a taxação sobre dividendos é exagerada. “O que a gente precisa fazer é aumentar a progressividade dos impostos dos mais ricos e diminuir o imposto das empresas”, afirma.

Há um outro empecilho, segundo ele, para a adoção da alíquota única. Como a progressividade está inscrita na Constituição, teria que haver uma reforma constitucional para adotar a medida. Não será fácil aprovar essa mudança, na visão de Silveira, porque vai ficar claro que a classe média que apoiou Bolsonaro será uma das perdedoras com a mudança.

O economista Marcos Cintra, que está detalhando a proposta tributária de Bolsonaro junto com Paulo Guedes, diz que não haverá perdas de arrecadação. “Não vai haver rombo. Ainda estamos trabalhando no modelo a ser apresentado”, diz.

Ele disse que não teve tempo de checar os dados obtidos pela reportagem e que não poderia confirmar nem rebatê-los. Em 25 de setembro, em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que não vi problemas com eventuais rombos. “A União perderia arrecadação, sim, mas o gás que você daria para as empresas, para os comerciantes, produtores rurais, para empregar gente, desonerando a folha de pagamento, compensa e muito”, afirmou. Segundo ele, a mudança seria feita “sem sacrifício para ninguém”.

Folhapress