Prazo para renovação de contratos do Fies é prorrogado para dia 23 de novembro

O prazo para renovação de contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no segundo semestre de 2018 foi prorrogado para o dia 23 de novembro. Até então, a data final para fazer o aditamento era nesta sexta, 16 de novembro. Devem fazer o aditamento pelo sistema SisFies os estudantes que contrataram o FIES até 31 de dezembro de 2017.

De acordo com o presidente do FNDE, Silvio Pinheiro, o prazo foi estendido para que nenhum estudante com contrato a ser renovado fique de fora. “Em virtude do feriado, decidimos dar mais prazo para que todos consigam concluir o processo de aditamento no sistema”, afirmou Pinheiro, lembrando que é fundamental que os alunos acessem o SisFies o quanto antes e não deixem para a última hora.

É importante esclarecer que os estudantes que aderiram ao Novo Fies e contrataram o financiamento em 2018 devem seguir o cronograma da Caixa Econômica Federal, que, de acordo com a Lei 13.530, de 7 de dezembro de 2017, é o Agente Operador do Novo FIES.

Os contratos do Fies precisam ser renovados todo semestre. O pedido de aditamento é inicialmente feito pelas instituições de ensino para depois as informações serem validadas pelos estudantes no sistema. Neste semestre cerca de 890 mil contratos devem ser renovados no SisFies.

Caso o aditamento tenha alguma alteração nas cláusulas do contrato, o estudante precisa levar a nova documentação ao agente financeiro (Banco do Brasil ou Caixa) para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.

Novo Fies – Estudantes que ingressaram no Fies a partir de 2018 já entraram em um novo sistema de financiamento. O Novo Fies é um modelo de financiamento estudantil moderno, em que o programa está dividido em várias modalidades diferentes que oferecem condições a quem mais precisa e uma escala de financiamentos que varia para cada candidato. Mais informações sobre o novo modelo podem ser obtidas na página do Fies.

Inscrições para 2º Prêmio Inep de Jornalismo nesta segunda-feira

O prazo para inscrições no 2º Prêmio Inep de Jornalismo – Avaliações e Estatísticas Educacionais termina na próxima segunda-feira, 19 de novembro. Em sua segunda edição, o Prêmio Inep de Jornalismo vai premiar os melhores trabalhos de duas categorias: Exames, Avaliações e Estatísticas da Educação Básica e Exames, Avaliações e Estatísticas da Educação Superior. Em ambas, serão premiadas as melhores reportagens veiculadas nas mídias impressa, televisão, rádio e internet; além de um Grande Prêmio para os melhores trabalhos, independentemente da plataforma de veiculação. Serão distribuídos R$ 136 mil, em dez prêmios, além de troféus e certificados.

Podem concorrer trabalhos produzidos em língua portuguesa e veiculados em mídia impressa, rádio, televisão e internet, desde que assinados por jornalistas profissionais, com registro válido e atuação em veículos de comunicação com sede no Brasil, de qualquer porte. A premiação dos melhores trabalhos de cada mídia, com prêmios de R$ 12 mil, visa valorizar todas as plataformas de comunicação. Já os vencedores do Grande Prêmio receberão R$ 20 mil. Podem concorrem matérias veiculadas de 14 de novembro de 2017 a 19 de novembro de 2018, mesma data do término das inscrições. Os trabalhos devem ser inscritos por meio do Site do Prêmio Inep de Jornalismo.

Realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em parceria com a Organização de Estados Ibero-Americanos para Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o Prêmio Inep de Jornalismo visa prestigiar os trabalhos jornalísticos que melhor contribuam para o entendimento da importância dos exames, avaliações e estatísticas realizadas pelo Inep para o monitoramento e desenvolvimento das políticas públicas de educação no Brasil. Conheça os temas de cada categoria:

Exames, Avaliações e Estatísticas da Educação Básica

Nesta categoria podem concorrer reportagens, sobre o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb); Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja); Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa); Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); Censo da Educação Básica; Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis); e relatório Education at a Glance (EaG).

Exames, Avaliações e Estatísticas da Educação Superior

Nesta categoria podem concorrer reportagens sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade); Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes); Indicadores de Qualidade da Educação Superior; Censo da Educação Superior; relatório Education at a Glance (EaG).

Prêmio Inep de Jornalismo – A premiação é um reconhecimento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) à contribuição da imprensa brasileira para o entendimento da importância das avaliações e estatísticas educacionais brasileiras, responsabilidades da autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação. O Prêmio Inep de Jornalismo foi lançado em 2017, durante as comemorações de 80 anos de fundação do Instituto. O objetivo é estimular e prestigiar trabalhos jornalísticos sobre educação, em especial aqueles que abordem, de forma aprofundada, as avaliações e as estatísticas educacionais do Inep.

Mercado de trabalho: taxa de desemprego tem redução no país

No final do mês passado o IBGE divulgou dados da PNAD/Mensal, que apresentou uma taxa de desemprego do último trimestre (Jul-Ago-Set/2018) de 11,90%. Quando comparado ao trimestre anterior, representa redução de 0,5 p.p., que totaliza 474 mil empregos. De acordo com Jefferson Marcondes Ferreira, economista e membro do Comitê Macroeconômico do ISAE Escola de Negócios, em relação ao mesmo período em 2017, verifica-se uma retomada lenta e gradual na geração de emprego.

“Quanto ao trimestre anterior, a queda na taxa de desemprego pode demonstrar uma tendência de estabilização, contudo, com a baixa confiança na economia brasileira e instabilidade política a geração de empregos ainda estará sujeita a variações sazonais”, comenta o especialista. “A expectativa é que até o final deste ano, o índice se estabilize, com possibilidades de melhora se de fato houver retomada do crescimento econômico e estabilização política no país” .

Partindo dos dados mais recentes, pode-se verificar que o total de pessoas aptas a trabalhar (14 anos ou mais que compõe a força de trabalho nacional) teve um acréscimo de 1,6 milhões desse contingente quando comparado ao mesmo período em 2017. Ao analisar as pessoas aptas a trabalhar, mas que estão desempregadas, verifica-se que ocorreu uma redução de 469 mil pessoas em relação ao mesmo período do ano passado. “Este movimento é, em parte, explicado, pelo aumento da população apta a trabalhar, e também por pessoas que estão aptas a trabalhar mas que desistiram de procurar trabalho e pessoas que encontraram ocupação no período, que resultou num crescimento de 1,3 milhões”, explica o economista.

No setor empregador, (dono do próprio negócio) houve crescimento de 184 mil. Já no setor de pessoas que optaram em trabalhar por conta própria, o crescimento foi de 586 mil pessoas. E no setor de trabalho familiar auxiliar (quando o indivíduo complementa a renda familiar com uma atividade remunerada intermitente, vulgo “bico”), houve redução de 42 mil. “Essa variação reforça o quadro da degradação do mercado de trabalho brasileiro no período analisado, ocasionado pela crise econômica brasileira. Apesar do número de pessoas empregadas ter aumentado para 92.621 milhões, houve um movimento de migração, principalmente dos trabalhadores com carteira assinada”, conclui Jefferson.

Conab dá início à 9ª etapa de fiscalização de armazéns próprios e de terceiros

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciará, nesta segunda-feira (19), em todas as regiões do país, a 9ª etapa de fiscalização dos estoques governamentais armazenados por empresas contratadas pelo Governo Federal e Unidades Armazenadoras próprias. Serão inspecionadas mais de 800 mil toneladas de produtos como arroz, café, milho, trigo, sacarias, embalagens e diversos itens beneficiados ou manufaturados. Os fiscais visitarão 179 unidades armazenadoras em todo o país.

A fiscalização de estoques governamentais tem como finalidade essencial a apuração de condições de qualidade e quantidade dos estoques e a avaliação da situação técnico-operacional das unidades depositárias. Até a oitava etapa, foram inspecionados mais de 4,3 milhões de toneladas de produtos.

Nas fiscalizações que a Conab realiza, quando é verificado caso de desvios, além dos reflexos administrativos, o fato é levado ao conhecimento da polícia federal, Ministério Público da União, Receita Federal e Secretaria de Fazenda do estado. Quanto às perdas em armazéns próprios, é repassada a incumbência para os setores de Armazenagem e de Logística da Companhia e, no caso de armazém de terceiros, também à área financeira, pois há cobrança administrativa.

“O Nordeste precisa de visão integrada dos governantes e investimentos”, afirma Armando

O principal desafio do Nordeste nos próximos anos é se tornar competitivo para atrair investimentos privados para a região. É isso que o fará crescer e sair da crise fiscal e econômica que assola o país. Assim pensa o senador Armando Monteiro quando é indagado sobre o futuro do NE.

De acordo com Monteiro, a região sofreu um processo de regressão econômica em consequência das mudanças no ambiente externo e para mudar a situação é necessário que os governantes repensem as políticas de governo empregadas na atualidade. É preciso pensar de maneira integrada objetivando o crescimento coletivo.

“Os governadores têm que ter uma posição convergente do que seria uma agenda renovada para a região. Alguns ainda têm a visão nostálgica do planejamento feito nos moldes da Sudene, que não se harmoniza com as novas tendências e a realidade da abertura de mercado, economia e fluxos de produção e financeira”, diz Armando.

Em contrapartida, o parlamentar acredita que o novo Governo Federal, para prospectar um futuro promissor, terá que realizar intervenções decisivas em vários aspectos. “Se o NE não tiver investimentos públicos expressivos na área de infraestrutura, e que sejam atrativos para o mercado privado, estaremos condenados a uma defasagem que não será superada em décadas”, alertou.

Uma alternativa seriam modelos de PPP ajustados para o Nordeste que garantam rentabilização para a investidora num curto período se comparado a outras regiões. Lembrando que o investimento pode ser chinês, japonês, holandês, qualquer que seja ele , deverá também existir agências reguladoras que cobrem do concessionário com regras claras e bem definidas.

A Transnordestina reflete isso. “É preciso um reforço regional que priorize integralmente a importância que esse modal tem para a competitividade futura da economia da região. Todo esforço é necessário agora. Precisamos encontrar um ponto comum. O Ceará está com obras adiantadas, em Pernambuco, atrasadas. Um novo concessionário que garanta a implantação de ramais de forma integradora seria a solução”, aconselha o senador.

Semana da Consciência Negra no UniFavip|Wyden

O Centro Universitário UniFavip|Wyden realiza, entre os dias 19 e 23 de novembro, IV Semana da Consciência Negra. O evento, que será gratuito e aberto ao público, contará com exposições, oficinas, minicursos, palestras e mesas redondas.

Alguns dos destaques da programação são as apresentações de roda de Capoeira, grupo de dança Afro e pocket show com Cris Mendes. Como encerramento, no dia 23, após a última mesa redonda, o evento realizará uma degustação das comidas típicas da cultura afro feitas na oficina gastronômica que ocorrerá durante a tarde do mesmo, com a presença de Ogans.

As inscrições para as atividades devem ser feitas através do link https://www.even3.com.br/ivscn. A IV Semana da Consciência Negra acontecem no Campus do UniFavip|Wyden, na Avenida Adjar da Silva Casé, nº 800, Indianópolis, Caruaru.

Brasil concentrou 40% dos feminicídios da América Latina em 2017

A cada dez feminicídios cometidos em 23 países da América Latina e Caribe em 2017, quatro ocorreram no Brasil. Segundo informações da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 2.795 mulheres foram assassinadas na região, no ano passado, em razão de sua identidade de gênero. Desse total, 1.133 foram registrados no Brasil.

O levantamento também ranqueia os países a partir de um cálculo de proporção. Nessa perspectiva, quem lidera a lista é El Salvador, que apresenta uma taxa de 10,2 ocorrências a cada 100 mil mulheres, destacada pela Cepal como “sem paralelo” na comparação com o índice dos demais países da região.

Em seguida aparecem Honduras (5,8), Guatemala (2,6) e República Dominicana (2,2) e, nas últimas posições, exibindo as melhores taxas, Panamá (0,9), Venezuela (0,8) – também com uma base de 2016, e Peru (0,7). Colômbia (0,6) e Chile (0,5) também apresentam índices baixos, mas têm uma peculiaridade, que é o fato de contabilizarem somente os casos de feminicídio perpetrado por parceiros ou ex-parceiros das vítimas, chamado de feminicídio íntimo.

Os países que já promoveram essa alteração em sua legislação foram os seguintes: Costa Rica (2007), Guatemala (2008), Chile (2010), El Salvador (2010), Argentina, México (2012), Nicarágua (2012), Bolívia (2013), Honduras (2013), Panamá (2013), Peru (2013), Equador (2014), República Dominicana (2014), Venezuela (2014), Paraguay (2016) e Uruguai (2017). No Brasil, a caracterização desse tipo de crime foi detalhada em 2015, com a lei 13.104, que classificou o feminicídio como crime hediondo.

Veiculado a poucos dias do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, o comunicado da Cepal também assinala como um dos principais desafios para se abordar corretamente o tema a compreensão de que todas as formas de violência que afetam as mulheres estão determinadas, para além de sua condição sexual e de gênero, por diferenças econômicas, etárias, raciais, culturais, de religião e de outros tipos.

Na avaliação da comissão, esse discernimento permitiria que as políticas públicas considerassem a diversidade das mulheres e as diversas formas de violência direcionada a essa parcela da população.

Segundo o Instituto Patrícia Galvão, as diretrizes que norteiam as classificações aplicadas na América Latina para se tratar de feminicídio abarcam a diversidade de contextos dessas mortes. Embora distintas, as 13 linhas revelam que o desprezo ou a discriminação da vítima devido à sua “condição de mulher” são componentes constantes em todas ocorrências.

São relacionados, por exemplo, além do feminicídio íntimo, o feminicídio sexual sistêmico, em que a vítima também é sequestrada e estuprada, e o feminicídio lesbofóbico ou bifóbico, configurado quando a vítima é bissexual ou lésbica e é assassinada porque o agressor entende que deve puni-la por sua orientação sexual.

Agência Brasil

JPZ traz Léo Santana, Pedrinho Pegação e Raí

No próximo dia 30 de novembro, o público jovem terá encontro marcado com uma das maiores festas do ano e que vai reunir, no mesmo palco, nomes como Léo Santana, Pedrinho Pegação, Raí (ex-Saia Rodada), além de Robinho e o DJ Larrosa. Intitulado de #JPZ, o evento será realizado no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Caruaru. Para isso, uma grande estrutura de som, luz, banheiros, palco e barracas de bebidas será montada, relembrando grandes festas que já aconteceram no local.

Nesse encontro de estilos, um dos principais destaques é Leandro Silva de Santana, mais conhecido como Léo Santana. Cantor e compositor, o artista ingressou na carreira solo após o Carnaval 2014, quando deixou a Banda Parangolé. Léo tornou-se compositor ao escrever a canção ‘Rebolation’, grande sucesso da Parangolé, além de ‘Negro Lindo’ e ‘Quebradinha’. No Salvador Fest 2010, o cantor entrou, junto com a banda, para o Guinness Book, colocando mais de 100 mil pessoas para dançarem o ritmo.

Já Pedrinho Pegação se coloca como sucessor de Wesley Safadão. O cantor, de 25 anos, é natural de Jucurutu, no Rio Grande do Norte, e está na estrada há seis anos. Foi abrindo os shows de Safadão, que também se tornou conhecido no circuito do forró nordestino. Hoje, é sócio do seu mentor e trilha os mesmos caminhos que fizeram Wesley estourar no país inteiro.

Outra atração bastante esperada é o cantor Raí, ex-vocalista da Banda Saia Rodada. No repertório, ele trará um pouco do seu DVD Paradise, gravado em Aracajú, na praia, contando com as participações de Luan Estilizado, Jonas Esticado, Márcia Fellipe e Nathália Calasans.

Os ingressos podem ser adquiridos na Banca de Revistas Terceiro Mundo (Centro) e no quiosque Melhor do Ingresso, no Shopping Difusora. Eles estão sendo vendidos em três modalidades: camarote, que custa R$ 100,00; open bar, R$ 235,00, e o setor famosinho, por R$ 55,00.

“Resolvemos fazer essa festa no Autódromo porque eu entendo ser a melhor área para eventos na cidade. Nós vamos iniciar uma nova história nesse setor. Em grandes praças, os autódromos recebem festas o ano inteiro. Como exemplo, temos o Carnatal (carnaval fora de época de Natal, no Rio Grande do Norte), que ocorre numa pista de corrida. Nossa ideia é também fazer evento privado no São João de Caruaru, utilizando esse espaço fantástico”, disse o empresário João (Pizza) Paulo. “No autódromo, temos espaço para estacionamento e para criar áreas mais confortáveis para o público”, completou.

Para esse show, haverá uma segurança diferenciada, com monitoramento através de vídeo. “Será uma festa com muita, muita energia positiva”, finalizou João.

Serviço
Léo Santana, Pedrinho Pegação, Raí, DJ Larrosa e Robinho
Onde: Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Caruaru
Quando: 30 de novembro
Quanto custa: open bar, R$ 235,00; camarote, R$ 100,00, e o setor famosinho, R$ 55,00
Informações e reservas: Melhor do Ingresso (Shopping Difusora) e Banca de Revistas Terceiro Mundo (Centro)

Apenas 48% dos idosos fazem controle sistemático das finanças. Nos últimos seis meses, 37% deixaram de pagar alguma conta

A situação de aperto financeiro, em diversas ocasiões, acaba levando a inadimplência. Nos últimos seis meses, em cada dez pessoas acima de 60 anos, quatro (37%) deixaram de pagar ou atrasaram o pagamento de alguma conta e 21% ficaram com o CPF negativado no último ano. Os atrasos foram, principalmente, com as contas de luz (15%), água (11%) e telefonia (9%). Os que garantem ter pagado todas as contas em dia no último semestre somam 57% da amostra. Para quem deixou de pagar alguma conta, os motivos mais alegados foram a diminuição da renda (18%), esquecimento (16%), falta de planejamento dos gastos (15%) e problemas de saúde (9%).

O planejamento do orçamento é algo que ainda precisa melhorar entre a população idosa, demonstra a pesquisa. Pouco menos da metade (48%) dos idosos brasileiros realiza controle das finanças, seja por meio de anotações ou qualquer outra forma sistemática. Por outro lado, 52% não fazem o controle do orçamento. Nesse caso, 29% confiam apenas na memória e 12% contam com a ajuda de alguém da família para essa tarefa.

As justificativas para não realizar o controle das despesas envolvem o fato de não achar a atividade importante ou necessária (27%), falta de conhecimento (21%) e indisciplina (19%).

Metodologia

Foram entrevistados 612 consumidores com idade acima de 60 anos de ambos os gêneros e de todas as classes sociais, nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

37% dos idosos acreditam que padrão de vida piorou na terceira idade; 51% precisam recorrer a crédito para pagar contas

Se por um lado o estudo mostra que os idosos são de grande importância para o sustento de seus lares, por outro, se observa também que muitos deles apenas conseguem pagar suas contas, sem que haja sobras de dinheiro para realizar um sonho de consumo ou investir. De modo geral, 39% dos idosos brasileiros até conseguem pagar suas contas sem atrasos, mas fecham o mês sem recursos excedentes. Outros 14% nem sempre conseguem pagar as contas e algumas vezes precisam fazer esforço para administrar o dinheiro que recebem e 4% nunca ou quase nunca conseguem honrar os compromissos financeiros. Os idosos em situação financeira confortável, ou seja, pagam as contas e ainda sobra dinheiro, são 42% da amostra.

Para manobrar o orçamento, recorrer ao crédito acaba sendo uma saída prática, apesar de arriscada. Mais da metade (51%) dos idosos costuma fazer empréstimos, utilizar cartão de crédito ou cheque especial para pagar as contas e conseguir cumprir compromissos mensais. Recorrer a uma reserva financeira seria a solução mais indicada, mas apenas 39% dos idosos possuem dinheiro guardado.

“A reserva financeira é a garantia de que a pessoa terá independência para se reinventar na terceira idade, ampliar suas oportunidades de ser feliz, cuidar da saúde e viver bem. Além disso, se houver imprevisto, será muito menos penoso arcar com o aspecto financeiro se a pessoa tiver um montante guardado. Deve-se tomar cuidado com o crédito fácil oferecido, muitas vezes, acompanhado de altas taxas, que favorecem uma compra além da capacidade de pagamento ao longo do tempo”, afirma o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

Ao refletirem sobre o padrão de vida que possuem hoje, comparado ao que tinham aos 40 anos de idade, a maior parte (37%) dos idosos considera que piorou, ao passo que 33% avaliam levar uma vida melhor hoje do que no passado. Para 28% a situação permanece a mesma. Em uma escala de um a dez, a nota média que os idosos atribuem para a satisfação com a vida financeira atual é de 6,7 pontos.