Lei de Proteção de Dados impõe novos comportamentos a usuários e empresas

Há poucos meses do início de sua vigência, a Lei Geral de Proteção de Dados ainda é terreno obscuro às empresas (públicas e privadas) e também aos usuários brasileiros. O tema, que já vinha sendo discutido no país desde o ano 2000, ganhou relevância após a aprovação do GDPR (General Data Protection Regulation), na Europa, em maio deste ano, possibilitando maior controle das pessoas sobre suas informações pessoais.

Segundo Roberto Stern, CEO da Adamos Tecnologia, apesar de ambas terem nomes semelhantes, o GDPR e a LGPD possuem alguns aspectos diferentes. “A GDPR é mais abrangente e detalhista. A LGPD tem diversos aspectos dúbios e sem definições detalhadas, salvo a regulação da proteção e armazenamento de dados pessoais”, explica Stern, especialista em segurança da informação.

Nos poucos meses de vacatio legis, empresas públicas e privadas, bem como os usuários de seus serviços, precisam se adequar aos aspectos legais e entender a nova dinâmica comportamental que ela gerará a partir da sua incidência, em fevereiro de 2020. Entre os principais desafios que a LGPD traz é a adoção reiterada e demonstrada de mecanismos e políticas internas capazes de minimizar o dano e demonstrar o tratamento seguro e adequado aos dados pessoais, tudo atrelado a um sistema de governança voltada à imediata implementação de medidas corretivas. Porém esses procedimentos não são a realidade em 80% das empresas internacionais, ou seja, as de grande porte, que dirá as nacionais”, aponta Stern.

Segundo o executivo, apesar de alarmante, é bastante comum grandes provedoras de internet, de serviços de e-mail, cloud e até fornecedoras de software não terem um sistema criptografado para a armazenar os dados de seus clientes. “Casos famosos de vazamento de dados provam isso, como ocorrera com o Yahoo, a Netshoes, o Facebook e o Ashley Madison, por exemplo, o que deve ser visto com bastante preocupação pelos usuários, ainda mais quando comparada a estrutura das gigantes do Vale do Silício às empresas nacionais, públicas ou privadas”, alerta o especialista.
Para o executivo, como o objetivo da LGPD é trazer maior segurança aos dados e, ao mesmo tempo, maior autonomia aos usuários, que poderão ou não autorizar a coleta, o compartilhamento e o tratamento de seus dados pessoais e até optar pelo esquecimento, a população deve ser alertada para a nova e importante dinâmica que a LGPD traz. “Cada pessoa terá o direito ao correto tratamento, armazenamento, correção, sigilo e à criptografia de seus dados”.

“A lei, como qualquer outra, não pretende evitar o uso indevido, mas dará o respaldo jurídico para que cada usuário recorra ao Poder Judiciário fazendo com que os que hajam ilegalmente sejam processados por suas inadvertências, abusos ou fraudes, correndo o risco de pagar multas altíssimas”, aponta o especialista.

Algumas dessas adequações, é manter os dados pessoais de forma segura e sigilosa, ou seja, as empresas necessariamente precisarão adotar um sistema criptografado para realizar o armazenamento e compartilhamento (quando permitido pelo usuário) o mais inviolável possível. “Manter os dados da empresa num backup, em nuvem, e 100% criptografado não será mais uma opção, mas sim uma obrigação. Na Adamos, o que mais chamou nossa atenção, a partir da promulgação da LGPD é que já estávamos com nossa solução, o Safe Cloud Backup, totalmente adequada aos requisitos legais”, detalha Stern.

De acordo com o especialista, como a prática da empresa já era a de usar a criptografia end to end, de forma que somente o cliente final saiba a senha, e todo o conteúdo enviado de maneira automática para o backup à nuvem é inviolável, ninguém tem acesso, logo não é possível realizar tratamento sem autorização nesses dados.

Além disso, a LGPD indica que as empresas, públicas ou privadas, devem informar as finalidades especificas do tratamento de dados, bem como sua forma e duração. Também deverão indicar, de forma transparente, quem é o controlador e quais os seus contatos, bem como se haverá uso compartilhado das informações, elencando, ainda, os direitos do titular sobre os mesmos, entre outros aspectos.

Ademais, dentro da nova legislação, o usuário torna-se mediador de seus próprios dados, ou seja, toda e qualquer movimentação, deve ser autorizada por ele. “Esses são os pilares centrais da LGPD: o consentimento do proprietário dos dados e a definição do motivo da organização coletar os mesmos. Ambos devem caminhar em sintonia, tendo, portanto, as autoridades um papel importante na manutenção do equilíbrio entre os direitos dos usuários e os deveres das empresas captadora dos dados. “O tratamento deve ser explicitado e o consentimento requerido antes do “tratamento”. Ou seja, não será mais possível “monetizar” os dados e informações sem a autorização do usuário”, finaliza o CEO.

Sobre a Adamos Tecnologia

Adamos Tecnologia é uma empresa, com mais de 13 anos de atuação, especialista no desenvolvimento de soluções voltadas para segurança de dados e suporte remoto. A empresa é pioneira no desenvolvimento do Safe Cloud Backup, sistema de backup 100% automatizado e criptografado. Mais informações estão disponíveis nos sites: www.adamos.com.br e www.safebkp.com.br.

Pesquisa revela como os jovens lidam com chefes ausentes

Em muitas organizações já foi adotada a gestão horizontal, na qual cada um desempenha sua tarefa, sem o comando direto de um coordenador. Já outras seguem o padrão tradicional das hierarquias. Nessas, não é incomum ver superiores distantes e com despreparo para o cargo. Levando em consideração esse cenário, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo com 25.534 jovens. A pergunta tema foi: “como você lida com um chefe ausente?”. O resultado apontou para prejuízos na produtividade.

O levantamento ocorreu em todo o Brasil, de 8 a 19 de outubro. A faixa etária analisada foi de 15 a 26 anos. A resposta com maior impacto, apontada por 37,80%, ou 9.652 pesquisados foi: “tento mostrar meu talento quando estou ao lado dele”. Segundo Jéssica Alves, analista de treinamento do Nube, demonstrar seu potencial sempre é positivo. “O alerta é: não o faça somente na presença do gerente”, enfatiza. Executar as atividades com dedicação máxima e empenho resulta em qualidade na entrega, bem como em um marketing pessoal. “Contudo, no ambiente corporativo, compomos times e equipes, portanto, o elemento chave é equilíbrio! Brilhe sem precisar ocultar a eficiência dos demais”, ressalta.

Na sequência, 27,66% (7.063) admitiram: “é muito difícil, pois isso trava muitos processos” e outros 26,80% (6.842) desabafaram: “é ruim, porque aprendo menos e mais devagar”. Nesses casos, o ideal é o próprio comandante eleger um responsável para auxiliar nas decisões e liberações de projetos, ou protagonizar essas iniciativas quando estiver externo, acompanhando por telefone ou e-mail. “Quanto ao aprendizado, diretor e funcionário devem exercer uma comunicação clara e transparente, para ambos entenderem as razões por trás do afastamento e os sentimentos gerados por essa ação”, recomenda a especialista.

Apesar disso, 6,43% (1.643) comentaram: “eu prefiro, assim tenho poucas cobranças”. Porém, não ter grandes exigências também pode acarretar em baixo desempenho e queda no engajamento, da mesma forma como altas demandas têm o mesmo efeito. “Quando uma pessoa não é desafiada, tende a sentir-se pouco útil dentro desse contexto. Logo, sua automotivação cai, assim como a entrega de tarefas. O ideal é o colaborador ser capaz de aproveitar o máximo de suas capacidades intelectuais, sem esgotá-las”, explica.

Por fim, 1,31% (334) revelaram: “odeio isso, sinto-me desrespeitado”. Para alterar essa sensação, Jéssica incentiva a comunicação. “Converse com seu líder, abra suas inquietações e receios e, principalmente, busque entender o porquê das ausências”, indica. Lembre-se: um bom profissional mantém a excelência de seu trabalho e empenho sempre, independentemente de exigências e acompanhamento assíduo. “Comprometa-se com sua carreira, seu desenvolvimento depende de você!”, finaliza.

Sobre o Nube

Desde 1998 no mercado, o Nube oferece vagas de estágio e aprendizagem em todo o país. Possui mais de 7.500 empresas clientes, 14 mil instituições de ensino conveniadas no Brasil e já colocou mais de 800 mil pessoas no mercado de trabalho. Também administra toda a parte legal e realiza o acompanhamento do estagiário e aprendiz por meio de relatórios de atividades.

Anualmente, são realizadas 11 milhões de ligações, enviados 3,2 milhões de SMS e encaminhados 750 mil candidatos. O banco de dados conta com 4,5 milhões de jovens cadastrados e todos podem concorrer às milhares de oportunidades oferecidas mensalmente Para facilitar a vida dos cadastrados, foi desenvolvido um aplicativo no Facebook para publicação das vagas.

PMC investe no projeto Ilumina Caruaru

O Ilumina Caruaru tem trazido mais qualidade de vida para os caruaruenses.💡🙌 A emoção toma conta dos moradores que agora podem ver suas ruas iluminadas e mais seguras. Veja como está o Loteamento Moura Brasil, onde a população vivia na escuridão #IluminaCaruaru #PrefeituraQueFaz

Arte da Palavra volta a Belo Jardim e discute o processo criativo da escrita

Nesta terça-feira (27/11), o Sesc Ler Belo Jardim recebe mais uma edição do Circuito de Oralidades do projeto nacional Arte da Palavra. A agenda terá dois encontros, às 15h30 e às 19h, e será realizada na Sala de Música do Sesc Ler Belo Jardim, localizado na Rua Pedro Leite Cavalcante, s/n, no Bairro da Cohab II. A entrada é aberta ao público.

O processo criativo da escrita será o tema da conversa com a poetisa Letícia Brito. Pessoas a partir de 15 anos podem participar da programação. Letícia é carioca e dedica-se à poesia falada (spoken word/poetry slam). A artista integra a produção do Slam das Minas RJ e já participou das antologias “On dystopia”, organizada por Porsha O., e “On sisterhood”, organizada por Melissa Louzada, com poemas em português e inglês.

Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras – o projeto foi lançado em março de 2017 para atuar em toda a cadeia da literatura, incluindo a formação e a divulgação de novos autores, a valorização das novas formas de produção e fruição literária, estimulando a divulgação de autores nas suas diferentes formas de manifestações, a fim de promover o intercâmbio de artistas e a formação de leitores, possibilitadas pela emergência de discursos periféricos e a utilização de novas tecnologias. Três tipos de circuito compõem o projeto: “Autores”, voltado para a valorização e divulgação de autores; “Oralidade”, com apresentações em que a oralidade é privilegiada, voltado para contadores de histórias, saraus e apresentações que mesclam poesia com outras manifestações artísticas; e “Criação Literária”, com oficinas literárias de diferentes temáticas para o exercício da prática da escrita literária e formação de leitores com maior bagagem literária.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço: Arte da Palavra

Data: 27 de novembro

Horário: 15h30 e 19h

Local: Sesc Ler Belo Jardim – Rua Pedro Leite Cavalcante, s/n – Cohab II

Entrada: Gratuita

Informações (81) 3726-1576

Serviço de recapeamento de vias chega ao bairro Indianópolis

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Urbanismo e Obras (SEURB), deu início, na última sexta-feira (23), a mais serviços de recapeamento pela cidade, desta vez, com execuções no bairro Indianópolis, contemplando as seguintes vias: Rua Dantas Barreto, Rua Francisco Otaviano, Rua Oscar Laranjeira e Rua Francisco de Castro.

Os trabalhos estão sendo realizados no período noturno, com o objetivo de não atrapalhar o fluxo normal do trânsito, com liberação da via logo no início da manhã seguinte, após o período de conclusão.

Para as ruas deste bairro, a previsão é que até a próxima quinta-feira (29), os serviços estejam finalizados. Já os demais bairros seguem com execuções em andamento.

Ao total, já foram concluídas as seguintes vias, localizadas nos bairros Centro e Boa Vista I e II.

Vias recapeadas:

Rua dos Sapateiros

Rua Saldanha da Gama

Rua Paulista

Rua Sanharó

Rua Limoeiro (binário)

Rua São José do Egito (binário)

Rua Belém de São Francisco

Rua São Vicente Ferrer

Rua Santa Maria da Boa Vista

Dia D da Campanha Novembro Azul acontece nesta quinta no Residencial Bezerros

Na quinta-feira, 29 de novembro, acontecerá o Dia D da Campanha Novembro Azul em Bezerros. O trabalho consiste na prevenção e orientação sobre a importância de exames regulares e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, adotando cuidados que previnam também as doenças que mais afetam a população masculina.

Na ocasião, procedimentos diversos, como atendimento médico, realização de teste rápido, aferição de pressão arterial e exame de glicose serão ofertados gratuitamente à população. A ação será promovida no Residencial Bezerros, das 16h às 20h.

Renda recua e Brasil se torna o 9º país mais desigual

O relatório País estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras – 2018, divulgado nesta segunda-feira (26) pela organização não governamental Oxfam Brasil, mostra que entre 2016 e 2017 a redução da desigualdade de renda no Brasil foi interrompida pela primeira vez nos últimos 15 anos – reflexo direto da recente recessão econômica. A estagnação fez com que o Brasil caísse da posição de 10º para 9º país mais desigual do planeta no ranking global de desigualdade de renda de 2017.

“Vivemos uma crise econômica recente muito severa que gerou uma onda de desemprego. Essa onda reduziu a renda geral do Brasil, sobretudo a renda da base da pirâmide social, os primeiros a sofrerem nos tempos de crise. E como efeito, houve aumento da desigualdade da renda do trabalho, aumento da pobreza e a estagnação da equiparação de renda entre os gêneros, além de um recuo na equiparação de renda de negros e brancos. Esse cenário é o que compõe o país estagnado estampado pelo relatório”, avalia o autor do relatório e coordenador de campanhas da organização no Brasil, Rafael Georges.

Retração da renda
Em 2017, os 50% mais pobres da população brasileira sofreram uma retração de 3,5% nos seus rendimentos do trabalho. A renda média da metade mais pobre da população foi de R$ 787,69 mensais, menos que um salário mínimo. Por outro lado, os 10% de brasileiros mais ricos tiveram crescimento de quase 6% em seus rendimentos do trabalho. A renda média dessa parcela da população foi de R$ R$ 9.519,10 por mês, conforme dados da PNAD/IBGE.

O número de pessoas pobres também cresceu no período. Havia 15 milhões de pessoas pobres no Brasil em 2017, o que corresponde a 7,2% da população – aumento de 11% em relação a 2016, quando havia 13,3 milhões. É considerado pobre quem sobrevive com renda de até US$ 1,90 por dia, cerca de R$ 7, conforme critério do Banco Mundial.

Georges argumenta que do ponto de vista estrutural, o Brasil está tendo que aprender a “dura lição” de que conquistas sociais se perdem muito rapidamente. A distância entre os mais ricos e os mais pobres vinha diminuindo há 15 anos no Brasil desde 2002, conforme o índice de Gini de rendimentos totais per capita, medido pelas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílio (PNAD-IBGE).

“Em 2017, nós voltamos para os mesmos níveis de 2012 em termos de porcentagem da população na pobreza. A menor taxa foi em 2014, em 2015 ela subiu um pouco e em 2016 e 2017 ela saltou. Em dois anos, voltamos cinco. Esse movimento nos lembra que é importante adotar medidas estruturais. O Brasil aprendeu a combater a desigualdade por meio do incremento de renda, o que é importante, mas renda não é tudo. É importante garantir uma infraestrutura social por meio da oferta de serviços de saúde e educação, principalmente, com aumento de investimentos nessas áreas”, defendeu.

Impostos para os mais ricos
Para viabilizar mais investimentos sociais, o relatório aponta mudanças no atual sistema tributário que permitiriam ao Brasil avançar dois a cinco anos no quesito redução de desigualdades, considerando a média anual de redução verificada desde a Constituição de 1988. “A questão fiscal é fundamental. Não dá para fazer políticas sociais sem que as contas estejam equilibradas. Esse é um ponto pacífico e a Oxfam parte disso. O que não dá também é deixar de fora da equação os benefícios dos gastos sociais. A questão fiscal não é puramente fiscal, ela é social acima de tudo”, defendeu.

O relatório aponta inúmeras medidas para a redução das desigualdades no Brasil, entre elas a criação de metas para diminuir, o aumento real do salário mínimo, o estabelecimento de metas para o fim da discriminação salarial em função de raça e gênero e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, que instituiu o Teto de Gastos. Mas a principal recomendação da Oxfam para lidar com o desafio é a redução da carga tributária indireta no país, que pesa especialmente sobre os mais pobres.

“O Brasil nunca seguiu o princípio constitucional de que a capacidade contributiva precisa ser respeitada. O conjunto da obra do sistema tributário nacional é regressivo, o que é inconstitucional. Existe uma necessidade urgente que o Brasil repense o sistema tributário e redistribuia a conta, reduzindo o peso da tributação indireta, sobre bens e serviços, e aumentando a tributação sobre renda individual e patrimônio”, explicou Rafael Georges.

Entre os países da OCDE, o Brasil é o que menos tributa renda e patrimônio. Enquanto no Brasil a cada R$ 1 que é arrecadado, R$ 0,22 vêm de impostos sobre a renda e do patrimônio, na média dos países essa parcela equivale a R$ 0,40 para cada R$ 1 pago em tributos. Nos Estados Unidos, por exemplo, 59,4% da arrecadação vêm de impostos sobre a renda e o patrimônio da população.

Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Social não se posicionou sobre o relatório e informou que ainda não havia analisado os dados divulgados.

Agência Brasil

Diferença salarial entre mulheres e homens aumenta após 23 anos

As desigualdades entre rendimentos de mulheres e homens aumentaram nos últimos dois anos e tornaram mais distante a equiparação de renda entre os gêneros no Brasil. Isso é o que também revela o relatório País estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras – 2018, divulgado nesta segunda-feira (26) pela organização não governamental Oxfam Brasil, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua de 2016 e 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que, em 2016, as mulheres ganhavam em média cerca de 72% do que ganhavam homens no Brasil, proporção que caiu para 70% em 2017, o primeiro recuo em 23 anos.

Em 2017, a renda média de mulheres no Brasil era de R$ 1.798,72, enquanto a de homens era de R$ 2.578,15. Os dois gêneros tiveram aumento médio geral de renda em relação a 2016, mas enquanto o incremento entre os homens foi de 5,2%, entre as mulheres foi de 2,2%.

Entre os 10% mais ricos do Brasil, a distância entre a renda de mulheres e homens é ainda maior. As mais ricas ganharam em média 60% do que os mais ricos em 2017. Enquanto os homens mais ricos tiveram quase 19% de aumento em seus rendimentos entre 2016 e 2017, as mulheres mais ricas viram sua renda média crescer apenas 3,4%.

Tendência oposta foi observada entre a metade mais pobre do país, onde verificou-se redução da renda, especialmente entre as mulheres pobres, que perderam 3,7% de seus rendimentos. Os homens pobres perderam 2% do seu rendimento em relação a 2016.

A disparidade de renda entre grupos raciais também aumentou nos últimos dois anos. Em 2016, os negros ganhavam R$ 1.458,16 em média, o que correspondia a 57% dos rendimentos médios de brancos, que naquele ano foram de R$ 2.567,81. Em 2017, os rendimentos médios de negros foram de R$ 1.545,30 frente a R$ 2.924,31 entre os brancos, diminuindo o percentual para 53%.

O relatório da Oxfam revela que entre a metade mais pobre da população, os negros pobres ficaram ainda mais pobres, com redução de renda média de 2,5%; enquanto os brancos tiveram aumento na renda média de 3%. Em 2016, a média geral da renda da metade mais pobre da população foi de R$ 749,31. Entre os brancos pobres, a média era R$ 882,23, enquanto entre os negros pobres, R$ 634,66.

“Quem está na base da pirâmide social no Brasil é a população negra e, em particular, a mulher negra. A mulher negra é a pessoa que tem a menor renda média no país. A população branca, o homem branco em particular, está no extremo oposto disso. Então, se a mulher negra vai mal no Brasil, o Brasil está indo mal na área social, acho que esse é um indicador principal que a gente tem que prestar atenção”, disse Rafael Georges autor do estudo e coordenador de campanhas da Oxfam Brasil.

Em 2017, a renda média geral dos mais pobres foi de R$ 804,35, e enquanto a renda média dos brancos mais pobres subiu para R$ 965,19, a dos negros foi para R$ 658,14.

Entre os 10% mais ricos, a renda média mensal dos brancos em 2017 foi de R$ 13.753,63, enquanto a média dos negros foi R$ 6.186,01 por mês, o equivalente a 45%. Entre 2016 e 2017, os negros que fazem parte dos 10% mais ricos tiveram aumento de renda de 8,1%, enquanto os brancos incrementaram suas rendas em 17,35%.

Temer sanciona reajuste para ministros do STF

O presidente Michel Temer sancionou na segunda-feira (26) o reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e da procuradora-geral da República. O aumento foi garantido após a Suprema Corte cumprir acordo com Temer condicionando o aumento do salário à revogação do auxílio-moradia a juízes de todo o país.

Aprovados no início do mês pelo Senado, os dois projetos de lei sancionados hoje alteram o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil. A medida provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário, abrindo caminho também para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e do presidente da República.

Devido ao impacto do reajuste, o Palácio do Planalto previa que a sanção integral das leis só seria garantida se houvesse o fim do auxílio-moradia. Na decisão de hoje em que revoga liminar relativa ao pagamento, o ministro do STF Luiz Fux já mencionava a recomposição das perdas inflacionárias dos integrantes do tribunal em 16,38%, percentual previsto no projeto de lei. Interlocutores do Planalto lembram, porém, que a proposta de reajuste foi feita pelo próprio Supremo em 2016, e aprovada pelo Poder Legislativo.

Diario de Pernambuco

Arte da Palavra volta a Belo Jardim e discute o processo criativo da escrita

Nesta terça-feira (27/11), o Sesc Ler Belo Jardim recebe mais uma edição do Circuito de Oralidades do projeto nacional Arte da Palavra. A agenda terá dois encontros, às 15h30 e às 19h, e será realizada na Sala de Música do Sesc Ler Belo Jardim, localizado na Rua Pedro Leite Cavalcante, s/n, no Bairro da Cohab II. A entrada é aberta ao público.

O processo criativo da escrita será o tema da conversa com a poetisa Letícia Brito. Pessoas a partir de 15 anos podem participar da programação. Letícia é carioca e dedica-se à poesia falada (spoken word/poetry slam). A artista integra a produção do Slam das Minas RJ e já participou das antologias “On dystopia”, organizada por Porsha O., e “On sisterhood”, organizada por Melissa Louzada, com poemas em português e inglês.

Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras – o projeto foi lançado em março de 2017 para atuar em toda a cadeia da literatura, incluindo a formação e a divulgação de novos autores, a valorização das novas formas de produção e fruição literária, estimulando a divulgação de autores nas suas diferentes formas de manifestações, a fim de promover o intercâmbio de artistas e a formação de leitores, possibilitadas pela emergência de discursos periféricos e a utilização de novas tecnologias. Três tipos de circuito compõem o projeto: “Autores”, voltado para a valorização e divulgação de autores; “Oralidade”, com apresentações em que a oralidade é privilegiada, voltado para contadores de histórias, saraus e apresentações que mesclam poesia com outras manifestações artísticas; e “Criação Literária”, com oficinas literárias de diferentes temáticas para o exercício da prática da escrita literária e formação de leitores com maior bagagem literária.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.