No ritmo atual, Brasil só deve recuperar em 2028 a renda per capita de 2011

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2019 na próxima quinta-feira, e as previsões não são boas, tanto para a conjuntura econômica quanto para a renda da população, que está ficando mais pobre, pois, como o desemprego é elevado, não há aumento de salário para a maioria dos trabalhadores. Além disso, é crescente a sinalização de que o PIB deste ano será pior do que o do ano passado, de apenas 1,1%, condenando o brasileiro a ter uma renda per capita baixa. O quadro reflete a desconfiança de empresários e de investidores nos rumos da economia.

Uma estimativa feita pela Tendências Consultoria ilustra bem esse quadro desolador. A entidade está entre as mais otimistas no mercado, porque manteve a previsão de alta de 1,6% do PIB neste ano, bem superior às projeções da maioria dos analistas. De acordo com a Tendências, o PIB per capita deve registrar leve queda neste ano em relação a 2018, passando de US$ 8.960 para US$ 8.897. Além disso, o retorno ao pico do PIB per capita alcançado em 2011, de US$ 13,3 mil, só ocorrerá em 2028. “Isso indica que a renda média do brasileiro encolheu muito nos últimos anos, e o país está levando quase duas décadas para voltar ao que era antes da recessão”, explicou a economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências.

O PIB per capita é o total da riqueza gerado pelo país dividido para cada brasileiro. O levantamento da Tendências considerou um crescimento médio da população perto de 1% ao ano e um câmbio de R$ 4. Em artigo recente, o economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, ao analisar a evolução do PIB per capita levantou a questão de que o país já está vivendo um período de depressão, porque a população empobreceu e não há perspectivas de crescimento econômico robusto sem as reformas estruturais de que o país precisa. Segundo ele, serão necessários 233 anos para essa renda dobrar e a economia e a população estão sem horizontes.

Para Alessandra, o cenário é preocupante. “O país está crescendo muito pouco, e, como a população aumenta, o padrão do PIB per capita vai demorar mais de 10 anos para recuperar o tempo perdido. Isso pode ser classificado como depressão, porque não vemos o PIB per capita reagindo. Agora, quando olho para o PIB, não consigo qualificar esse mesmo quadro depressivo”, completa. Silvia Matos, pesquisadora sênior da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), também não qualifica o cenário como depressivo, mas reconhece a importância de Pastore levantar essa discussão. “O PIB não consegue crescer porque não estão sendo adotadas medidas que poderiam mudar o rumo, que é em direção a uma nova recessão, se não houver avanços nas reformas”, alertou.

Um estudo recente do Ibre revelou que os mais pobres estão sendo impactados pela crise, pois a desigualdade no mercado de trabalho aumentou pelo 17º trimestre consecutivo e alcançou o maior nível em pelo menos sete anos. O índice de Gini, que mede essa discrepância de renda, alcançou 0,627, o maior patamar da série histórica iniciada em 2012. Quanto mais perto de 1, maior é a desigualdade.

Recessão técnica
É crescente o número de analistas que preveem quedas entre 0,1% e 0,45% do PIB no primeiro trimestre. As projeções de expansão em 2019, que começaram o ano em 2,53%, depois de 13 quedas consecutivas, estão em 1,23%. Fontes do governo contam que as simulações do PIB rodam a uma taxa de 0,9% para este ano. “Alguns especialistas já estão prevendo PIB abaixo de 1%, algo entre 0,7% e 0,9%”, destacou Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, que prevê expansão neste ano de 1%, “com viés de baixa”. “Para o PIB crescer nesse ritmo seria preciso uma forte recuperação no segundo semestre, algo cada vez menos provável por conta das incertezas na área política”, afirmou.

Como o PIB de 2018 cresceu apenas 0,1% no último trimestre, especialistas não descartam a possibilidade de a revisão do IBGE vir com essa taxa negativa. Logo, se as previsões atuais se confirmarem, o país estará em recessão técnica, caracterizada pela queda do PIB em dois trimestres consecutivos. “Essa possibilidade não pode ser descartada”, destacou Rosa.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, está entre os mais pessimistas, pois espera queda de 0,45% e considera que, no segundo trimestre, há “chances reais” de a o PIB encolher de 0,1% a 0,2%, o que caracterizaria uma recessão técnica neste semestre ou recessão propriamente dita se o quarto trimestre de 2018 for negativo.

Alta de 0,6% no campo
O setor agropecuário brasileiro deve avançar 0,6% em 2019, representando melhora de 0,4% do previsto em fevereiro deste ano. O crescimento deve-se, principalmente, ao desempenho do setor da pecuária, com previsão de incremento de 3%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o instituto, a alta é reflexo do aumento de exportações na categoria. Na agricultura, as lavouras devem representar 0,1% do crescimento do PIB agropecuário. Para os pesquisadores, o pequeno crescimento é explicado pela queda da produção de soja que, segundo o Levantamento Sistemático de Agricultura do IBGE, deve encolher 4,4% no ano, devido a problemas climáticos na região Centro-Sul do país.

Correio Braziliense

Papa Francisco envia carta a Lula oferecendo ‘proximidade espiritual’

O papa Francisco enviou uma carta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde abril do ano passado, na qual manifesta sua “proximidade espiritual” e pede ao ex-presidente que não desanime, nem deixe de confiar em Deus. A mensagem do papa é uma resposta a uma carta que Lula havia enviado no início de abril, agradecendo ao apoio que o sumo pontífice “tem demonstrado ao povo brasileiro pela justiça e pelos mais pobres”.

No texto, o Papa afirma que “a responsabilidade política constitui um desafio permanente para todos aqueles que recebem o mandato de servir ao seu país” e agradece Lula pela mensagem anterior. O líder da igreja católica também manifesta seu pesar pelas “duras provas” que Lula viveu recentemente, numa referência às perdas familiares do ex-presidente, especialmente a de seu neto Arthur, de 7 anos.

O pontífice afirma ainda que uma das lições importantes que o período de Páscoa ensina é que “podemos passar da escuridão para a Luz; do pecado que separa Deus para a amizade que nos une a Ele; o bem vencerá o mal; e a verdade vencerá a mentira”. Nas redes sociais, a frase está sendo utilizada pelos parlamentares da oposição para exaltar o ex-presidente e sua relação com o papa Francisco.

Agência Estado

Antônio Campos deve assumir Fundaj até a próxima terça

Nomeado nesta quarta-feira (29) como novo presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o advogado e escritor Antônio Campos revelou em entrevista à Folha de Pernambuco que deve assumir o cargo até a próxima terça-feira (4). Irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, ele adiantou que a cerimônia de posse será “formal e austera”. “O momento exige”, explicou.

Sobre suas prioridades na gestão, o advogado e escritor – que também é membro da Academia Pernambucana de Letras – apontou quatro eixos fundamentais. “Primeiramente, trabalho articulado com o Ministério da Educação na avaliação de programas educacionais; em segundo, parceria com a Sudene e outros órgãos para o desenvolvimento regional; o terceiro, fortalecimento do papel da Fundaj como instituição de pesquisa, cultura e na formação de profissionais; e, em quarto lugar, o diálogo interno com os servidores da casa para construção de uma gestão coletiva”, enumerou.

A indicação de Antônio Campos veio do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e validada após encontro com o ministro da Educação. Abraham Weintraub. “Tivemos um excelente diálogo. Depois de refletir muito, conversei com amigos intelectuais, pesquisadores e políticos. Assumo com grande responsabilidade e vontade de servir o desafio de presidir a Fundaj”, contou.

Antônio Campos também não descartou ajustes nos cargos comissionados. “Iremos fazer um planejamento sobre o tema. 35% dos servidores da Fundaj já poderiam se aposentar e estão com abono de permanência. O último concurso foi em 2007”, disse.

São João de Caruaru e de Serra Talhada terão videomonitoramento

Para reforçar a segurança durante as festas juninas, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) realiza, do dia 31 de maio até o dia 30 de junho, a Operação São João. Neste São João, o videomonitoramento, que era feito somente no Recife nos anos anteriores, será estendido para outros municípios – além da capital, haverá também em Caruaru, no Ageste, e Serra Talhada, no Sertão.

“A ampliação do videomonitoramento no Estado se deu pela necessidade de realizar uma cobertura de segurança maior já que as festas são tão capilarizadas”, afirmou o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.

Este ano, o esquema de segurança conta com 28.152 postos de trabalho, 1.946 a menos que em 2018, quando foram criadas 30.098 jornadas de trabalho. O valor empregado na segurança no período junino deste ano é de R$ 2,5 milhões, o mesmo investimento do ano passado. A segurança conta com a ação de 4.457 policiais civis, 17.290 policiais militares, 288 policiais científicos, 5.621 bombeiros, 65 profissionais do Grupamento Tático Aéreo (GTA) e 431 da corregedoria.

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Pernambuco terá no período junino 600 polos descentralizados de segurança, 150 a menos do que em 2018. Segundo o secretário, o número de postos de trabalho reduziu porque 2018 foi ano de Copa do Mundo e, por isso, teve uma concentração maior de polos. “A secretaria recebeu um número menor de demanda do que em 2018. Mas o investimento continua o mesmo”, ressaltou. O secretário explicou que a ativação dos mais das 28 mil jornadas faz com que as vagas de trabalho estejam disponíveis para um mesmo profissional atuar mais de uma vez, porém com períodos intercalados.

Segundo o coronel da Policia Militar Vanildo Maranhão, os policiais atuarão em patrulhas, plataformas elevadas, realizando abordagens e prevenindo a ação de criminosos. “Nós distribuiremos, através do planejamento operacional, os policiais em todo o Estado”, afirmou.

O Agreste e a Zona da Mata, onde se concentram a maior quantidade de pessoas, receberão 11.309 policiais militares, 1.938 civis, 4.003 bombeiros, 30 GTA, 250 policiais da corregedoria e 104 policiais científicos. O público esperado em todo o Estado é de cerca de 2,5 milhões.

De acordo com o coronel comandante do Corpo de Bombeiros, Manoel Cunha, o efetivo atuará na área técnica de regularização dos pátios de eventos e nas barracas de fogos. “É prudente informar que todo evento que esteja dentro de uma estrutura condensada tem o projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros e os locais de venda também passam por regularização”, afirmou.

Delegacias móveis
Em Caruaru, funcionarão três Delegacias Móveis – uma no pátio de eventos, uma no Alto do Moura e outra na Feira de Artesanato, sempre aos sábados e domingos. A meta é atender demandas com mais rapidez.

Alerta Celular
Os pátios de eventos do Recife, de Gravatá e de Caruaru receberão equipes, no período de 22 a 26 de junho, que estarão registrando o IMei do telefone da população no sistema Alerta Celular, da SDS. Além disso, os policiais farão abordagens a suspeitos e consultarão o número de identificação do aparelho celular, podendo encontrar possíveis aparelhos roubados.

Folhape

São João do Shopping Difusora começa nesta quinta-feira (30)

Já é possível sentir o cheiro de festa junina no ar. Em Caruaru, junho é sinônimo de muita festa, e o Shopping Difusora não fica de fora dessa! A partir desta quinta-feira (30), uma programação especial será oferecida para clientes e visitantes que passarem pelo empreendimento durante o mês de junho. Vale lembrar que a programação é gratuita e deve atrair muita gente.

Para começar, nesta quinta-feira (30), a partir das 18h, a festa começa com uma apresentação especial de Klever Lemos. No repertório, o cantor promete trazer muito forró das antigas. Será um momento onde o público pode relembrar de sucessos que marcaram uma época. A apresentação acontece na Praça de Alimentação do segundo piso. Uma excelente oportunidade de reunir amigos e familiares para aproveitar.

A partir do dia 08 de junho, o Shopping Difusora abre espaço para a 2ª edição do Festival de Quadrilhas Estilizadas. Assim como aconteceu no ano passado, muitos grupos prometem levar colorido, música e animação para a Arena de Eventos, localizada no primeiro piso, próximo a entrada principal. As apresentações são gratuitas e começam a partir das 15h.

Para marcar o início do festival com o pé direito, o grupo de quadrilha da terceira idade do Sesc Caruaru fará uma apresentação especial. “O mês de junho, no Shopping Difusora, é sempre uma atração à parte. Preparamos uma programação que promete colocar todo o público par dançar e se divertir. Uma ótima opção para trazer toda a família”, destaca o gerente de Marketing do Shopping, Welter Duarte.

No dia 11 de junho, a festa segue no Shopping Difusora com apresentação do cantor Sebastian Silva. Na ocasião, ele vai prestar uma homenagem ao cantor Dominguinhos, com um repertório recheado de clássicos que se tornaram conhecidos através da voz marcante do artista garanhuense. A apresentação acontece na Praça de Alimentação do segundo piso, a partir das 18h.

Para quem não dispensa o forró misturado com romantismo, não pode perder a apresentação de Serginho Brayner e F5 Acústica, no dia 27 de junho. Na ocasião, o artista vai trazer prestar uma homenagem a banda Limão Com Mel. Todos os maiores sucessos da banda estarão presentes no repertório da apresentação, que acontece na Praça de Alimentação do segundo piso, às 18h.

Para deixar o Shopping Difusora ainda mais no clima da festa, alguns espaços ganharão decoração junina, incluindo a fachada. “Uma festa do povo e para o povo. Este é o sentido que tentamos evidenciar no São João do Shopping Difusora. Preparamos uma programação que promete fazer sucesso entre os frequentadores do espaço. Será um mês de junho do jeito que o caruaruense e os turistas gostam”, completa Welter.

Festival São João Sinfônico une popular e erudito no Teatro Luiz Mendonça

“Nosso desejo é criar um ambiente de interação entre a cultura junina e a cultura sinfônica.” Nas palavras do maestro José Renato Accioly, este é o sentimento que resume o Festival São João Sinfônico, que ocupa o palco do Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, nos próximos dias 31 de maio e 1º de junho. Com direção artística do regente da Orquestra de Câmara de Pernambuco (OCPE) e realizado pela produtora Carla Navarro, com incentivo do Funcultura, o evento reedita o concerto São João Sinfônico, promovido em parceria com o Conservatório Pernambucano de Música em 2017, no Teatro Santa Isabel.

Volta maior, em formato de festival, incluindo quatro apresentações – dois concertos e dois concertos-aula –, e ainda mais rico, com programas diferentes em cada uma das noites. Como solistas, participam os forrozeiros Maciel Melo (sexta, 31) e Silvério Pessoa (sábado, 1º). Beto Hortis e Júlio César Mendes assumem o acordeom. No dia 29, haverá ainda um encontro com estudantes de música e os participantes, no Conservatório, para detalhar o processo de criação do espetáculo.

“Promover essa interação entre a dança, a poesia e os ritmos que compõem essa cultura junina; com o universo da música sinfônica, representada por instrumentos como violino, clarinete e oboé, é um desafio delicioso”, comenta Accioly. “Todas as vezes que a gente consegue construir um caminho de desmistificar a música junina no ritmo, na diversidade, nas melodias, na poesia do nordestino, e trazê-la para o universo da música clássica, isso deixa muita felicidade. Proporcionar ao Recife essa mistura é muito prazeroso”, conclui.

O regente conta com o apoio luxuoso de Sérgio Campelo (SaGrama) nos arranjos de clássicos de Luiz Gonzaga e de Jackson do Pandeiro, homenageado do festival pelo seu centenário em 2019. São sucessos como A volta da asa branca, Assum preto, Paraíba masculina, Chiclete com banana, A ema gemeu, Cabeça feita e Cabo Tenório. Ao lado dos ícones do forró, composições de um artista que se firma como um dos grandes do atual cenário do forró nordestino: Maciel Melo, que conduz a primeira noite deste casório matuto entre o popular e o erudito.

“Maciel é um nome original da nossa música popular. É um criador, tem uma força tremenda na composição. Demos a ele liberdade para escolher o repertório, então ele ficou bem à vontade, e junto com Sérgio, definiu o que vamos tocar. Tem muitos sucessos dele, como Caboclo Sonhador, Tampa de Pedra e Isso Vale um Abraço”, detalha José Renato.

Silvério Pessoa participa pela segunda vez do projeto São João Sinfônico. Antigo parceiro de José Renato no Baile do Menino Deus, onde atuam juntos há 13 anos, ele é hoje o intérprete que mais se debruça sobre a obra de Jackson do Pandeiro. “Quando fizemos o concerto, em 2017, ficamos com este sonho de fazer algo para marcar os 100 anos de Jackson. Foi uma alegria imensa quando conseguimos aprovar o festival no Funcultura. Liguei para Silvério e falei que os 100 anos iam ser com muito forró”, conta a produtora.

INTEGRAÇÃO
O Festival São João Sinfônico aprofunda a sua proposta de mesclar o erudito com o popular ao colocar no mesmo palco, além dos 30 músicos da OCPE e dos forrozeiros – cantores e sanfoneiros – dois outros grupos de música instrumental, o Quarteto de Clarinetes Sopros de PE e o Grupo Instrumental Brasil (GIB). O primeiro toca na noite de estreia, levando para o palco os músicos Isaías Rafael, Jônatas Zacarias, Gabriel Sena e Crisóstomo Santos. O grupo tem um repertório que vai da música de concerto à MPB, com ênfase na música pernambucana.

Já o GIB, atração do sábado, tem como formação principal instrumentos de metais e percussão e é formado por professores do Departamento de Música da UFPE e UFPB e do Conservatório Pernambucano de Música, além de músicos da Orquestra Sinfônica do Recife. São eles Augusto França, Josias Adolfo, Rinaldo Fonseca, Mizael França, Zilmar Medeiros, Íris Vieira e Antônio Barreto.

“No imaginário do pernambucano, os metais tocam frevo. E, na verdade, os metais podem tocar tudo, inclusive músicas juninas. O GIB traz trompetes, trompa, trombone, tuba… A ideia também é chamar a atenção para estes instrumentos mais particulares e que as pessoas não ouvem no dia a dia. Criamos um formato, que vai permitir chamar a atenção para estas peculiaridades. E teremos também o Quarteto de Clarinetes, que é um conjunto eclético, que usa o clarone, um clarinete grave. O público terá acesso à sonoridade desse instrumento que não se ouve sempre”, destaca José Renato Accioly.

Este papel didático do São João Sinfônico, de apresentar instrumentos menos usuais e como eles podem dialogar com os mais populares e conhecidos do público é reforçado pelos concertos-aula, a se realizarem nas tardes de sexta e sábado, sempre às 16h. Voltado a escolas, entidades sociais, mas também ao público em geral, o formato funciona como uma aula de música, com o maestro apresentando os instrumentos, a sonoridade de cada um deles e a expertise dos músicos. A entrada é gratuita, com entrega dos ingressos uma hora antes da abertura do teatro.

“É a nossa entrega social e de amor à música. Temos uma preocupação com a formação de plateia, com a perpetuação da cultura pernambucana. Queremos poder levar toda essa nossa riqueza musical, cultural, às novas gerações, às crianças e jovens. Não conhecemos outro festival com esta proposta de trazer o São João para um concerto, de alinhar a cultura junina com o erudito. Temos um produto de grande qualidade e parceiros de peso, que acreditaram no projeto, e isso é muito gratificante”, salienta Carla Navarro.

E como todo forrobodó que se preza, o São João Sinfônico também vai ter muita dança. Os irmãos Josy e Tico Caxiado, do Balé Cultural de Pernambuco, são responsáveis pelas coreografias dos ritmos juninos. Tem forró, arrasta-pé, xaxado, coco…. Tudo para garantir que este São João seja danado de bom.

O Festival São João Sinfônico conta com o incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, Secretaria de Cultura de Pernambuco e da Fundarpe. Conta ainda com apoio da Cepe, Secretaria de Educação de Pernambuco, Conservatório Pernambucano de Música, Prefeitura do Recife, Passa Discos e Rede Globo.

SERVIÇO

Festival São João Sinfônico. Bate-papo com estudantes de música: dia 29/5, 14h30, no Conservatório Pernambucano de Música (Av. João de Barros, 594, Santo Amaro). Concertos: dias 31 de maio e 1º de junho, 20h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem). Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada), à venda na loja Passa Discos e pelo Sympla. Concertos-aula: dias 31 de maio e 1º de junho, 16h, Teatro Luiz Mendonça. Ingressos distribuídos uma hora antes na bilheteria do teatro.

Embate de Fernando Rodolfo e Carla Zambelli adia a votação de adicional aos professores

Uma discussão acirrada, hoje (quarta, 29), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), entre os deputados federais Fernando Rodolfo (PL-PE) e Carla Zambelli (PSL-SP), considerada aliada radical do governo Bolsonaro, adiou para a próxima semana a votação na Comissão de parecer de Rodolfo a projeto de lei que beneficia os professores municipais. O parecer destina como adicional ao salário dos professores 60% dos precatórios do governo federal (valores devidos após condenação judicial definitiva) no Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental).

O Ministério da Educação e o Tribunal de Contas da União (TCU), que proibiu o repasse em junho passado, por liminar, transformada em acórdão em dezembro, são contrários ao parecer do deputado pernambucano. Atendendo solicitação das duas instituições, Zambelli solicitou, primeiro, a retirada de pauta do parecer, contra o que se opôs firmemente Rodolfo, e, depois, pediu vistas, acabando por adiar a votação para a sessão da CFFC da próxima semana.

“Estamos votando um projeto de lei. A Câmara dos Deputados não vai baixar a cabeça para o TCU,que é um órgão de assessoramento do Poder Legislativo e está fazendo pressão, nesse plenário, para retirar de pauta o parecer. Fui procurado pelo TCU e pelo Ministério da Educação para votar contra os professores. Eles perderam tempo”, declarou o deputado pernambucano.

Segundo Rodolfo, as prefeituras vinham destinando 60% dos precatórios do Fundef a adicionais de salários dos professores, conforme determinação da Lei 11.464/2007, que regulamenta o Fundo, até que em junho de 2018 a liminar do TCU suspendeu a destinação. Ocorreu, então, na sua visão, uma divisão injusta entre professores que receberam e aqueles que não tiveram direito ao adicional. “Não é justo que, simplesmente por um entendimento do TCU, uma parte dos professores tenha recebido e outra não”, enfatizou.

Exemplificou entre os que não receberam os professores de Ibirajuba, no agreste de Pernambuco, cuja prefeitura possui R$ 4 milhões de precatórios do governo federal no Fundef para usar como adicional salarial e está impedida de aplicá-los em benefício do magistério local.

Fernando Rodolfo é relator na CFFC da Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) 181/2018,que estabelece a obrigatoriedade. Seu parecer informa que R$ 90 bilhões foram depositados pelo governo federal no Fundef como resultado de ação judicial das prefeituras reconhecendo não tera União repassado tal quantia ao Fundo entre 1996 e 2007. Desse total, sublinha o parecer,60% – cerca de R$ 54 bilhões – tem de ser destinado “ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica”, conforme determina a lei que regulamenta o Fundef.

 “O adicional é um reforço providencial em salários normalmente baixos e uma justíssima reivindicação dos professores”, conclui o parecer de Rodolfo.

78% dos consumidores que atrasaram contas em abril são reincidentes

Tão importante quanto renegociar uma dívida que venceu, é conseguir manter-se livre de novos atrasos. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que 78% dos consumidores que tiveram o CPF negativado no último mês de abril são reincidentes nos atrasos – ou seja, já haviam aparecido no cadastro de devedores ao longo dos últimos 12 meses.

Considerando o universo de devedores reincidentes, 27% haviam regularizado a dívida anterior, enquanto 52% ainda estavam com uma dívida pendente e passaram a acumular mais um atraso nas contas. Os 22% restantes de pessoas que se tornaram inadimplentes em abril não estiveram com restrições no CPF ao longo dos últimos 12 meses e, por isso, não são considerados reincidentes.

Reincidência acontece, em média, após três meses do primeiro atraso

O indicador ainda revela que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida para outra é de 96 dias, isso significa que, depois de pouco mais de três meses após ficar inadimplente, o consumidor volta a atrasar o pagamento de uma segunda conta.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o alto índice de reincidentes é sinal de que falta ao consumidor inadimplente estudar melhor a sua condição financeira antes de tentar um acordo com o credor. “Uma renegociação é como um novo compromisso financeiro, que segue novas condições, novos valores, novas taxas… Se ele não for honrado, nada impede o credor de voltar a negativar o CPF de quem está devendo. Um acordo só deve ser aceito ou proposto, se o consumidor avaliar que ele se encaixa na sua realidade”, explica Pellizzaro Junior.

Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, é fundamental ter planejamento e disciplina para renegociar uma dívida. “Uma dica importante é procurar o credor sabendo exatamente o quanto você deve, o quanto sua dívida aumentou por causa de juros e o quando você consegue pagar por mês para sair dessa situação. Muitos bancos e financeiras possuem canais especializados na internet e por telefone para facilitar esse tipo de negociação. É comum as empresas fazerem acordos por preferirem receber um valor inferior ao previsto inicialmente do que nenhuma quantia, mas é importante que o consumidor vá preparado para esse tipo de negociação”, explica Vignoli. “Tendo estudado e definido todos esses pontos antes de procurar o credor, o consumidor consegue já definir sua proposta e esperar inclusive uma contraproposta”, afirma.

Volume de brasileiros que quitaram dívidas cresce 11,2% em abril

Sobre o pagamento de dívidas, o indicador da CNDL e do SPC Brasil mostra que cresceu 11,2% o volume de brasileiros inadimplentes que saíram do cadastro de devedores no acumulado em 12 meses até abril deste ano. O índice é semelhante aos 10,6% observado em março e pouco abaixo dos 13,0% verificados em fevereiro.

Do total de devedores que recuperaram crédito no mês passado, 42% residem na região Sudeste e 25% moram no Nordeste. Em terceiro lugar aparece a região Sul (14%), seguida do Centro-Oeste (9%) e Norte (7%).

O levantamento ainda mostra que entre os devedores que recuperaram crédito em abril, 23% têm entre 30 e 39 anos. Outros 21% estão na faixa de 40 a 49 anos e 36% possuem idade acima de 50 anos. O Indicador de Recuperação de Crédito aponta que não há diferença significativa entre os gêneros: 51% dos que pagaram as dívidas são mulheres, ao passo que 49% são homens.

Metodologia

O Indicador de Recuperação de Crédito mostra a evolução da quantidade de devedores que deixaram o cadastro de inadimplentes num dado mês por conta do pagamento das suas pendências em atraso, bem como a quantidade de dívidas. Já o Indicador de Reincidência mostra o volume de devedores que atrasaram mais de duas contas. Para isso, são usados os registros de saída de CPFs das bases a que o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) tem acesso. Os dados são de abrangência nacional. Baixe a íntegra do indicador em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/indices-economicos
SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

Vila do Polo recebe São João no mês de junho

Tudo pronto para o início do São João do Polo Caruaru. O Centro de Compras e Lazer preparou uma programação especial que inicia no próximo sábado (1º) e segue até o dia 30 de junho. A decoração da nova área de eventos já foi inaugurada para receber o público. Atrações musicais, brincadeiras para as crianças, comidas típicas… Tudo muito pensado para quem quer curtir o melhor São João, além de comprar roupa boa com aquele precinho.

Entre as novidades para 2019, a réplica da Casa do Mestre Vitalino e a mercearia de Seu Djalma. Um resgate histórico para que as pessoas possam reviver a trajetória do Mestre do Barro e do consagrado empreendedor caruaruense. Além disso, o Polo refez uma réplica do comércio de Caruaru na década de 50.

Kelvis Duran, Faringes da Paixão, Amigos Sertanejos e Israel Filho são atrações confirmadas no evento e prometem atrair um grande público. “O Polo é parada obrigatória pra que vem à Caruaru aproveitar a festa e quer opções de lojas, programação musical, forró pé de serra, comidas típicas e muito mais”, afirmou o diretor do Polo Caruaru, Djalma Cintra Júnior.

Confira a programação dos shows do São João do Polo:

01/06 – Faringes da Paixão (14h às 16h)
02/06 – Benil (14h às 16h)
08/06 – Calango Aceso (14h às 16h)
09/06 – Decentes do Forró (14h às 16h)
15/06 – Kelvis Duran (14h às 16h)
16/06 – Maurício Ramalho (14h às 16h)
22/06 – Amigos Sertanejos (14h às 16h)
23/06 – Israel Filho (14h às 16h)
24/06 – Assisão (13h às 15h)
29/06 – Elias Guinho (14h às 17h)
30/06 – Thayse Dias (14h às 17h)

Começam a valer regras para uso de patinetes em São Paulo

A partir de hoje (29), a prefeitura de São Paulo pode multar empresas e usuários que descumprirem as regras para o serviço de aluguel de patinetes na cidade. O decreto regulamentando o sistema foi publicado no último dia 14 de maio. Os veículos começaram a ser disponibilizados na capital paulista em agosto do ano passado.

As empresas ficaram obrigadas a fazer um cadastro na administração municipal e demonstrar capacidade de organizar os equipamentos no espaço público, evitando atrapalhar a circulação de pedestres.

Foi proibido o uso dos patinetes elétricos nas calçadas ou em vias com velocidades máximas superiores a 40 km/h. A velocidade máxima permitida para os patinetes, seja em vias públicas ou em ciclovias, é de 20 km/h. Também é obrigatório o uso do capacete.

Penalidades

Circulação com patinetes elétricos invadiram as ruas das grandes cidades nos últimos meses.
Patinetes elétricos invadiram as ruas das grandes cidades nos últimos meses. – Valter Campanato/Agência Brasil

Os usuários que circularem em locais indevidos ou acima da velocidade permitida estão sujeitos a multa de R$ 500. Se não usarem o capacete, o valor a ser pago é R$ 100. As punições serão aplicadas às empresas que podem repassar os valores aos clientes.

As empresas podem ser multadas em R$ 20 mil se não contratarem seguro para cobrir eventuais danos de acidentes. A sanção também será aplicada caso seja desrespeitada a confidencialidade das informações pessoais dos usuários. As companhias ficam ainda obrigadas a disponibilizar dados para a prefeitura e, eventualmente, órgãos de segurança pública, informações sobre a quantidade de acidentes e dados de condutores envolvidos em crimes ou acidentes.

Entre as punições possíveis estão ainda a apreensão dos equipamentos e o descadastramento das empresas.

Novas regras

De acordo com a prefeitura, a medida anunciada ainda é provisória. Regras mais detalhadas serão discutidas nos próximos três meses junto com as 11 empresas que responderam a um chamamento público e assinaram um termo de responsabilidade para oferecer o serviço.

Durante esses 90 dias, o grupo de trabalho concluirá os estudos, verificando como essas regras são estabelecidas em outros locais do mundo e finalizando a discussão com a sociedade civil. A regulamentação também vai estabelecer regras para o estacionamento dos veículos que, por enquanto, poderão ficar parados nas calçadas.