A palavra ‘mito’ é originária do grego – mythos, que significa ‘conto’. Em sua maioria, os mitos são narrativas fantásticas transmitidas através dos séculos para esclarecer fenômenos da Natureza, trazer à luz acontecimentos inexplicáveis, incrementar histórias de deuses ou heróis históricos, entre outros.
Algumas dessas fábulas incorporadas pelo senso comum e passadas de pai para filho acabam sendo comprovadas na prática. Um bom exemplo é a história de que canja de galinha evita gripe. É bem possível que sua avó já tenha te obrigado a tomar uma depois de uma chuva forte que você tomou. Pois cientistas descobriram que, quando cozido, o frango libera um aminoácido chamado cisteína, cuja composição química é muito similar à da acetilcisteína, princípio ativo presente em remédios usados para tratar doenças como gripe e bronquite.
Sua avó era uma cientista secreta? Não. É que depois de gerações e gerações tomando canja de galinha e não tendo gripe, acabou se criando esse mito. Que, por acaso, é verdade. Um exemplo oposto é de que comer manga e tomar leite provoca a morte, o qual seu professor de história certamente já comentou ser uma mentira inventada pelos senhores do engenho para economizar o leite de suas vacas, produto de alto valor agregado na época.
Mas e agora? Como separar o que é verdade passada de pai para filho e o que não passa de invencionice? A gente te ajuda. Convidamos professores do Stoodi – startup de educação à distância que oferece videoaulas, plano de estudos e monitorias transmitidas ao vivo – para desvendar três dos principais mitos envolvendo as provas do vestibular.
1) Nas respostas dissertativas escreva bastante, mesmo se você não conhecer o assunto
Para a professora de Redação, Karina Chamklidjian, este é um mito absurdo. “A banca é muito bem treinada para distinguir quem está ‘enchendo linguiça’ de quem sabe de verdade. Uma resposta mesmo concisa, mas correta, é o que conta nesse tipo de prova”, comenta. Braian Matilde, professor de Sociologia, tem a mesma opinião. Para ele, construir textos extensos sem o menor sentido é registrar a ignorância e (literalmente) assinar embaixo. “Escrever muito só dá certo se o vestibulando tiver domínio do assunto. Se sabe um pouquinho sobre aquele assunto, é melhor ser honesto e colocar no papel só o pouco que sabe. Ainda que a nota não seja máxima, pelo menos algum ponto o candidato conquistará”, orienta.
2) Comece a responder pelas questões mais difíceis
O professor de Biologia Rafael Lomazi explica que a estratégia é justamente o contrário. “Sugiro ir logo nas matérias que o aluno tem facilidade, pois são as que ele terá mais chance de acertar e garantir a pontuação. Outra tática é priorizar aquelas disciplinas relacionadas ao curso pretendido. O mais indicado é que o aluno faça um ranking de prioridades, equilibrando facilidade, tempo para resolução das questões e tempo para interpretação dos textos”, aconselha. Mesma dica dada pela professora Karina. “Resolvendo as mais fáceis, o candidato vai ganhando mais confiança para resolver as médias e difíceis. Se ele tem dificuldade em resolver uma questão, o ideal é passar para a seguinte para não perder muito tempo, ainda mais em provas longas, como o Enem; terminadas as que ele sabe, aí sim, retorna para resolver as mais difíceis”, conclui.
3) Se for chutar, escolha sempre a mesma letra
Para Matilde, esse mito foi o mais fácil de desvendar, ele nem precisou chutar. “Chutar sempre na mesma? Isso é tão antigo quanto mentiroso. Quando o aluno não sabe a resposta para alguma questão, a primeira coisa a se fazer é tentar eliminar alternativas erradas, para só depois dar o seu melhor chute nas que restaram, o que logicamente fará cada chute da prova ser em uma letra diferente”, diz. Isso pode fazer com que o chute seja em alternativas diferentes.
Sobre o Stoodi
Lançado em 2013, o Stoodi é uma startup de educação à distância que oferece videoaulas, plano de estudos e monitorias transmitidas ao vivo. A plataforma nasceu com o objetivo de democratizar o acesso à educação no país, oferecendo uma plataforma intuitiva e acessível para facilitar a vida dos estudantes em fase pré-vestibular e de alunos do ensino médio que precisam de reforço escolar. A plataforma já conta com 500 mil alunos cadastrados.