Reajustes constantes assustam motoristas

Gasolina (1)

Pedro Augusto

Os constantes aumentos nos valores da gasolina estão difíceis de ser acompanhados pelos consumidores caruaruenses. Com a atual política de revisão de preços que vem sendo aplicada pela Petrobras desde o último mês de julho, os reajustes em relação ao combustível têm ocorrido quase que diariamente pesando ainda mais nos orçamentos dos motoristas. Nesta semana, por exemplo, somente na última terça-feira (12), o valor do litro da gasolina passou a ficar 1,40% mais caro nas bombas dos postos do país e locais com a previsão de mais acréscimos nas datas seguintes.

No mercado de Caruaru, conforme identificou a pesquisa do VANGUARDA, o preço médio do litro do combustível vem girando na casa dos R$ 3,78 a R$ 4,05. Números estes bastante salgados, segundo ressaltou o motorista de Uber, César Vieira. “Jamais tinha visto um valor tão alto no que diz respeito à gasolina. Estou tendo de me virar para poder sobreviver com esses aumentos constantes. E pelo andar da carruagem ainda vem muito reajuste por aí”, disse. E deve vir mesmo, segundo projetou o especialista em Economia e colunista do semanário, Maurício Assuero.

“É possível que essa tendência de alta permaneça. Isso vai depender das contas do Governo Federal. Nós temos indicativos de que poderia ser diferente como as projeções discretas de crescimento econômico e a volta do emprego. Então, num cenário de aumento de renda ver produtos tão essenciais com tendências de alta é como se um efeito anulasse o outro. O efeito desse aumento, sem sombra de dúvidas, será observado em 2018, porque o governo não tem como cobrir o déficit e a Petrobras não pode cometer o erro cometido no governo Dilma, que foi segurar preços para não impactar na inflação. Deu no que deu.”

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela Petrobras no dia 30 de junho deste ano. Com o novo modelo, a estatal tem como objetivo acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus valores, atualmente a Petrobras vem avaliando todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, estão pesando as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Para não sofrer tantos impactos financeiros com esses reajustes constantes – se é que é possível -, é recomendável que os motoristas tentem economizar gasolina adotando algumas dicas, como respeitar a troca de marchas, manter a manutenção em dia, não acelerar com o carro desengatado, evitar levar muito peso no veículo, verificar sempre a pressão dos pneus, evitar acelerar e frear bruscamente, deixar o carro em ponto morto nas descidas, evitar utilizar o ar-condicionado, dentre outras.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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