A greve dos caminhoneiros derrubou o fluxo de clientes em shoppings e lojas de rua no último fim de semana. Nos dias 26 e 27, a queda chegou a 38%, em comparação à média do ano. A informação foi apurada pela Seed Digital, empresa de consultoria em varejo especializada em análise de fluxo em todo o Brasil.
“Esta foi a pior média do ano e, considerando o momento, a queda já era esperada. Ainda assim, foi muito alta, embora os lojistas tenham aberto as portas normalmente para receber os poucos clientes que conseguiram chegar”, afirma Sidnei Raulino especialista em varejo e fundador da Seed.
Sidnei ainda ressalta que, para economizar combustível, os consumidores optaram por comprar em locais próximos das residências, em centros comerciais e shopping centers: “Nestes estabelecimentos, que oferecem mais opções, a queda no fluxo foi menor”.
As redes de supermercados também sofreram impactos com a greve, mas no sentido contrário. “Com a falta de distribuição de mercadoria, a população preocupada com o desabastecimento dobrou o fluxo nos corredores dos mercados, que restringiram a compra de itens para poder atender a mais clientes, até que o abastecimento normalize”.